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Economia em Destaque: Crise hídrica aumenta inflação e reduz crescimento no Brasil

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No Brasil, a divulgação do PIB do segundo trimestre surpreendeu negativamente o mercado. Além disso, riscos associados à crise hídrica, envio do orçamento e aprovação na câmara da reforma tributária do imposto de renda acendem riscos para o final de ano.

No cenário internacional, destaque para inflação e possibilidade de tapering na Europa, além de dados mistos de atividade econômica nos EUA.

Para semana que vem, destaque no Brasil para a continuidade das discussões da agenda fiscal no Congresso e inflação medida pelo IPCA. No cenário internacional, discurso de dirigentes do Fed e reuniões dos bancos centrais da Zona do Euro e da China.

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Atualizações Covid-19

No Brasil, a média móvel de 7 dias de novos diagnósticos voltou a recuar no comparativo semanal, de 26.190 para 21.991, uma queda de 16%. O número de óbitos também caiu, de uma média móvel de 703 na última semana para 621.

A vacinação segue avançando. 62,9% da população já tomou ao menos a primeira dose e 30,6% já estão com o esquema vacinal completo. Diversos estados já vacinam adolescentes e se preparam para aplicar dose de reforço na população acima de 70 anos e imunossuprimida.

Cenário Internacional

Estados Unidos

Nesta semana tivemos dados mistos de atividade econômica nos EUA. Por um lado, o índice ISM manufaturas ficou em 59,9, sugerindo que o setor industrial segue crescendo em bom ritmo (leituras acima de 50 indicam expansão). Por outro lado, o índice de confiança do consumidor nos EUA caiu para 113,8 em agosto, de 125,1 em julho, provavelmente afetado pelo avanço da variante delta do Coronavírus.

Dados de mercado de trabalho também vieram fracos. Foram criados 235 mil vagas de emprego, contra uma expectativa de mercado de 733 mil. A decepção ficou exatamente nos setores mais ligados às medidas restritivas à Covid, como lazer e turismo.

Nesse ambiente ainda incerto, o Banco Central provavelmente não terá pressa para reduzir os estímulos monetários, mantendo a ampla liquidez global – que reduz taxas de juros e impulsionam a bolsa ao redor do mundo.

Europa

O destaque foi a inflação de agosto na zona do euro, que subiu para 3% no acumulado em 12 meses até agosto (2,2% em julho). Com a inflação mais alta e a economia normalizando, o Banco Central Europeu (BCE) sinalizou que começa a pensar em reduzir os estímulos monetários. Mas, assim como nos EUA, não há urgência uma vez que a incerteza da pandemia ainda é elevada.

China

Os indicadores econômicos chineses também vieram mistos esta semana. A sondagem industrial PMI mostra que o setor segue firme. Já para o setor de serviços, a pesquisa mostrou retração – provavelmente por conta das medidas para conter o avanço da variante delta.

Enquanto isso no Brasil...

Cenário Político Econômico

Crise Hídrica leva a mais inflação...

Nesta semana, foi anunciada revisão da bandeira vermelha 2 e criação da bandeira de escassez hídrica. A falta de chuvas comprometeu o nível das represas hidrelétricas. Com a medida, elevamos nossa projeção de IPCA para este ano de 7,3% para 7,7%. (mais detalhes aqui). 

... E menos PIB.

A alta de energia pressiona custos de produção e reduz a renda disponível de consumidores. Isso acaba pesando sobre a atividade econômica.

Além disso, o risco fiscal continua gerando incertezas e o PIB do segundo trimestre ficou abaixo do esperado (detalhes mais abaixo).

Diante destes fatores, reduzimos nossa projeção de crescimento da economia de 5,5% para 5,3% em 2021, e de 2,3% para 1,7% em 2022 (mais detalhes aqui).

Orçamento não contempla demandas políticas

O orçamento de 2022 foi enviado ao Congresso. Por conta da recente alta das despesas com ações judiciais (precatórios), o governo não conseguiu incluir demandas políticas importantes, como o aumento do programa Bolsa Família e as emendas do Relator. Além disso, a inflação projetada para estimar as despesas do ano que vem está subestimada.

O governo tentará aprovar a chamada PEC dos precatórios para abrir espaço no orçamento para os necessários ajustes. Vale acompanhar de perto. Movimentos do Congresso que afrouxem as regras fiscais para permitir mais gastos em 2022 tende a provocar volatilidade nos mercados brasileiros.

Reforma tributária

Outro tema da semana foi a reforma do imposto de renda, votada esta semana na Câmara. Para reunir apoio à empreitada, o relator Celso Sabino (PSDB-PA) excluiu a regra que restringiria a opção pela declaração simplificada do IRPF a quem recebe até R$ 40.000 por ano, manteve benefícios tributários do setor aéreo e de embarcações. Foi aprovada redução na proposta de tributação sobre lucros e dividendos, que passou para 15%. FIIs estão fora da proposta, seguem isentos.

A proposta segue para o Senado, onde deve enfrentar novas resistências.

Indicadores

O PIB do segundo trimestre

O PIB do Brasil apresentou queda de 0,05% no segundo trimestre de 2021 em comparação ao trimestre anterior (consenso: +0,2%; expectativa XP: +0,3%). O resultado reflete descasamento na cadeia produtiva, ainda como consequência das barreiras sanitárias

A despeito da surpresa baixista trazida pelos resultados do 2º trimestre, esperamos recuperação importante do PIB na segunda metade do ano, puxada sobretudo pela retomada dos serviços prestados às famílias e normalização gradual dos serviços públicos

Produção industrial

O número da produção industrial de julho veio abaixo do esperado, com contração de 1,3%. A alta dos custos de produção e a falta de alguns insumos de produção, como semicondutores para produção de veículos, vem freando a atividade industrial no país.

Mercado de Trabalho

Nesta semana tivemos uma surpresa positiva com a divulgação da taxa de desemprego abaixo do esperado, em 14,1% (média das projeções era 14,3%). O destaque ficou para as contratações no setor de serviços e volta dos empregos formais.

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O que esperar para semana que vem?

No cenário internacional, os destaques serão a inflação ao produtor nos EUA, a reunião do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco do Povo da China (BPOC). Além disso, discursos de dirigentes do Fed e dados de setor externo na China também podem agitar o mercado.

No cenário doméstico, a reforma tributária e discussões sobre a Pec dos Precatórios ocupam a pauta do congresso. Entre os indicadores, destaque para a inflação do IPCA de agosto e a Pesquisa Mensal do Comércio referente a julho. Além disso, teremos também o feriado nacional na terça-feira, que promete ser agitado do ponto de vista político...

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