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Especulação financeira: clique e saiba tudo sobre o termo!  

Especulação financeira é uma espécie de investimento de alto risco e curtíssimo prazo, operando ativos visando o lucro com a variação de preço. Saiba mais o que é especulação financeira e como ela funciona.

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Especulação financeira: clique e saiba tudo sobre o termo!  

A especulação financeira é uma prática antiga que já fez muita gente ganhar e perder bastante dinheiro no mercado. Trata-se de uma estratégia arriscada para aplicar o dinheiro e buscar retornos mais rápidos.  

Você vai perceber nesse artigo que a especulação financeira não é nada mais que uma estratégia para ganhar dinheiro com ativos e que, assim como todos os investimentos, precisa de uma atenção especial. Mas que não é uma prática voltada para todos os perfis.  

Continue lendo para aprender tudo o que você precisa saber sobre o que é especulação financeira! 

O que é especulação financeira?

Especulação financeira é a prática de comprar e vender um ativo no curto prazo visando lucrar em cima da sua variação de preço no mercado.  O economista Benjamin Graham definiu o termo da seguinte forma no livro “O Investidor Inteligente”: 

“Uma operação de investimento é aquela que, após análise profunda, promete a segurança principal e um retorno adequado. Às operações que não atendem a essas condições são especulativas” 

Com base nessa definição, conseguimos determinar algumas características de uma especulação financeira:  

  • Alto risco financeiro: mesmo os especuladores usando dados para realizar operações desse gênero, é impossível prever o mercado totalmente, de modo que existe sempre uma exposição a um risco considerável.  
  • Retorno rápido: as operações em geral duram minutos ou algumas horas. Então, você demora pouco para obter resultados, sejam eles negativos ou positivos.  
  • Aposta na volatilidade: o especulador se baseia, sobretudo, no cenário do mercado para obter vantagem na sua negociação. Por exemplo, ele utiliza notícias sobre um ativo para justificar sua operação. 

O que é especulação imobiliária?  

Fotografia de escavadeira jogando terra num terreno em construção, exemplificando a especulação imobiliária
Especulação financeira e imobiliária são termos parecidos, mudando, apenas, o foco principal: o ativo.

Especulação imobiliária é o ato de negociar um imóvel prevendo vender ou alugar posteriormente com lucro. Basicamente, o especulador compra uma propriedade apenas pela perspectiva de sua valorização futura e sem pretensão de utilizá-la. 

Nesse caso, o especulador utiliza de informações, como a previsão de melhoria da infraestrutura em uma região, para perceber a oportunidade de investimento. Assim, quando o local se valoriza e mais pessoas buscam moradia por perto, ele poderá vender por um preço superior.  

De certo modo, o conceito é semelhante à especulação financeira, mas, nesse caso, os ativos são os imóveis e a operação pode durar anos e até décadas para gerar retorno.  

Como funciona a especulação?  

Na especulação financeira, você negocia se baseando, principalmente, no cenário atual de um ativo no mercado e seus movimentos de curto prazo, sem avaliar com profundidade seu potencial no longo prazo.  

Ou seja, pouco importa a volatilidade de uma empresa no mercado nos últimos 10 anos ou sua projeção de crescimento para os próximos 10. A compra ou venda desse ativo se baseará mais na variação de um período mais recente. Portanto, o curto prazo é considerado o mais importante nesse caso.  

Uma especulação financeira seria, por exemplo, você vender uma ação na Bolsa de Valores supondo que ela vai cair porque saiu uma nova notícia dizendo que uma medida do Governo afetará a empresa de alguma forma.  

Portanto, é quando você utiliza de suposições para tomar suas decisões em relação à negociação.  

Riscos da especulação financeira  

Um dos sinônimos para a palavra “especulação” no dicionário é “hipótese”. Como você sabe, uma hipótese é como uma possibilidade, uma suspeita.  

Portanto, mesmo com a melhor das análises, ao especular que um ativo vai oferecer um bom retorno, isso é apenas uma suspeita que pode se concretizar ou não. Se sim, você obtém o resultado esperado. Se não, a perda pode ser grande.  

Desse modo, quando se realiza a especulação financeira existe sempre um grande risco envolvido.  

Jesse Livermore, considerado o maior especulador da história da Bolsa Americana, conseguiu transformar alguns poucos dólares em US$100 milhões e virou um dos homens mais ricos do país. No entanto, a especulação financeira, da mesma forma como o fez rico, também o fez falir 4 vezes.  

A história do Jesse serve para exemplificar um pouco como funciona a vida de um especulador: existe sempre o alto risco de ganhar e perder muito.  

No entanto, vale ressaltar que a especulação financeira não é a pior prática do mundo. Ela apenas precisa estar alinhada com o seu perfil de investidor para funcionar. Não é recomendada para uma pessoa com um perfil mais conservador, por exemplo.  

Ademais, ainda existe a tecnologia ao seu dispor hoje em dia que permite melhorar a assertividade das suas negociações.  

Para quem é indicada a especulação financeira?  

A especulação financeira é recomendada para investidores com um perfil mais arrojado ou agressivo.  

E como é esse perfil?  

Ele é composto por algumas características clássicas, como: 

  • Ótimo controle emocional diante de perdas;  
  • Aceita a exposição ao risco;  
  • Deseja rentabilidades altas e rápidas, mesmo correndo risco de perdas em contrapartida.  

Ademais, é essencial que um especulador tenha um bom conhecimento técnico das operações que quer realizar, bem como uma estratégia. 

Em geral, é mais indicado para quem possui uma boa experiência de mercado, não sendo recomendado para iniciantes.  

Ciclo da especulação financeira 

Mulheres em uma sala de escritório. Uma delas está em pé escrevendo numa espécie de lousa. Ela está mostrando o ciclo da especulação financeira
A especulação financeira requer atenção redobrada na hora da aplicação

O ciclo da especulação financeira se relaciona diretamente com a teoria dos ciclos econômicos de mercado, dividindo-se em quatro etapas:  

  • Expansão: quando ocorre a subida dos preços de um ativo. 
  • Boom: quando o preço de um ativo atinge o “ápice”.  
  • Recessão: quando o preço do ativo começa a cair.  
  • Depressão: quando a queda se estabiliza.  

Quais os efeitos negativos da especulação financeira?  

Devido ao alto risco desse tipo de operação, o especulador pode perder bastante dinheiro ou até mesmo quebrar. Por exemplo, pode ser que a pessoa compre tarde demais e o preço comece a cair ou, então, espere muito tempo para vender.  

Enfim, existe um risco bem grande de perda, sobretudo para quem não possui o perfil de investidor que mencionamos acima.  

No mercado, a especulação também pode reduzir a quantidade de papéis disponíveis para venda, o que consequentemente aumenta o preço da ação.  Ademais, quanto essa prática é utilizada em larga escala, produz um risco significativo para a economia em geral: as bolhas especulativas.  

A bolha especulativa é um evento que ocorre quando os valores dos ativos atingem um pico graças à especulação financeira. 

Nesse caso, muitas pessoas são atraídas pela perspectiva de ganhar dinheiro rápido com essa estratégia, de modo que existem muito mais pessoas dispostas a comprar ativos do que a vender, gerando uma alta dos preços momentaneamente.  

Quando a bolha “estoura”, uma grande quantidade dos especuladores vende o ativo rapidamente. Com isso, o preço dos ativos cai drasticamente, visto que acontece um efeito manada. 

Tipos de especulação financeira  

Em uma perspectiva geral, existem três formas de se fazer uma especulação financeira no mercado. Confira quais são elas: 

Day Trade  

O Day Trade é o tipo de especulação financeira mais popular do mercado e consiste em realizar operações de compra e venda de ativos no mesmo dia. É uma prática de curtíssimo prazo, durando poucos minutos ou horas.  

Swing Trade  

O Swing Trade é um modelo de especulação de curto ou médio prazo, de modo que o especulador segura o ativo por mais tempo até valorizar o suficiente para vender. Com uma boa estratégia, você consegue reduzir um pouco os riscos dessa operação.  

Robôs traders  

Quem quer ter retornos realmente expressivos com especulação precisa investir bastante tempo em análises de gráficos, mercados, entre outros pontos.  

Com o avanço da tecnologia, criaram alguns softwares em que é possível programar para identificar oportunidades e mudanças no mercado. Você consegue, inclusive, colocá-los para operar no seu lugar.  

No entanto, tem duas observações nessa parte: 

  1. Você precisa ter a estratégia certa para programar o robô.  
  1. É importante saber programar 
  1. Fica mais difícil observar alguma movimentação atípica no mercado (não é possível contar com o ‘feeling humano’ quando se opera com robôs). 

O que é um especulador?

Fotografia de homem analisando gráficos da especulação financeira. Na mesa há vários gráficos, calculadora e notebook
O especulador é diferente do investidor, é preciso conhecer qual o seu perfil.

Especulador é a pessoa que compra ativos para vender em um futuro próximo com uma boa margem de lucro a partir das flutuações de preços do mercado. Para fazer isso, ele acompanha análises e o mercado para selecionar as melhores oportunidades.  

Existem diversos tipos de especuladores, porém o mais popular é o especulador da Bolsa de Valores que negocia as ações das empresas e outros ativos de renda variável, como câmbio, commodities e juros futuros.  

De maneira geral, essas pessoas ajudam a movimentar o mercado de ações e a manter a liquidez das negociações.  

Especular x investir: veja as diferenças  

Especular é muito diferente de investir, e é importante entender as características de ambas as práticas.  

De forma geral, podemos dizer que investir significa aplicar o dinheiro em um projeto com potencial de crescimento com a expectativa de um retorno futuro enquanto o objetivo da especulação é um resultado de curtíssimo prazo.  

Nesse sentido, existem quatro diferenças primordiais entre as duas práticas:  

Indicador Especulação Investimento 
Prazo Curto ou curtíssimo prazo Longo prazo  
Análise Análise técnica Análise fundamentalista  
Retorno Possibilidade de retornos extraordinários Rentabilidade mais moderada e menos variável 
Risco Alto Baixo/Médio 

Ativos como Tesouro Direto, Fundos Imobiliários, CDB, LCI, LCA e fundos de investimentos fazem sentido na carteira de um investidor que visa diversificação e resultados no longo prazo.  

Já o especulador quer investir o dinheiro visando conseguir um resultado imediato. Para isso, buscam ativos que têm liquidez na renda variável, como como contratos futuros de dólar, mini-dólar, commodities, índices, entre outros.  

As ações são ativos em comum entre investidores e especuladores. Contudo, a diferença é que o especulador compra ação com objetivo de obter retornos com o crescimento de longo prazo da empresa, enquanto especulador quer aproveitar movimentos de curto prazo e vender rapidamente com lucros. 

Bônus: especulação financeira na crise de 1929  

Sem dúvidas, você já ouviu falar da crise de 1929 ou da queda da bolsa de valores americana. Esse ficou conhecido como um dos maiores casos de especulação financeira do mundo

Mas o que aconteceu?  

Basicamente, o cenário das maiores potências mundiais durante esse período estava devastado devido à ocorrência da Primeira Guerra Mundial, mas a economia dos Estados Unidos estava em ascensão, já que o país não foi atacado e forneceu suprimentos para nações afetadas  

Com isso, as empresas aumentaram a sua produção e a população começou a comprar ativos na Bolsa de Valores em massa. O grande problema foi que essa compra foi amplamente financiada por crédito: muitas pessoas se endividaram para comprar ativos. 

Só que a compra dos ativos estava baseada em pura especulação, e os preços começaram a desmoronar. No dia 24 de outubro de 1929, chamada “Quinta Feira Negra”, os preços desmoronaram.  

Isso resultou na falência de dezenas de empresas do mercado e gerou milhares de desempregados no país, além da falência pessoal de centenas de milhares de pessoas que não tinham mais fundos para pagar seus empréstimos. Os efeitos se alastraram internacionalmente, dando início à Grande Depressão. 

Dicas: aprenda tudo sobre especulação financeira  

Se você quer aprender um pouco mais sobre o assunto, trouxemos algumas indicações de livros e filmes para entender mais sobre o que é especulação financeira: 

  • Livro: O Investidor Inteligente — Benjamin Graham  
  • Livros: Ações Comuns Lucros Extraordinários – Philip Fisher 
  • Filme: O Lobo de Wall Street  
  • Filme: A Grande Aposta 
  • Filme: Grande Demais para Quebrar  

Conseguiu aprender sobre o que é especulação? Agora, coloque todo esse conhecimento em prática e aplique como você achar melhor. Aproveite e continue estudando pelo nosso blog

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