IBOVESPA +2,8% | 112.764 Pontos
CÂMBIO -1,73% | 5,07/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Agenda da semana
No cenário internacional, o destaque da semana será a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária dos EUA (FOMC), assim como a inflação ao consumidor de julho e a segunda prévia do PIB do segundo trimestre da Zona do Euro. No Brasil, teremos a proxy do PIB divulgada pelo Banco Central referente a junho e o monitor do PIB da FGV. No Congresso, seguem as discussões acerca do orçamento de 2023.
Resumo da semana anterior
Com as temporadas de resultado do Brasil e dos EUA se encaminhando para o fim, e, principalmente, dados de inflação dos EUA melhores do que esperado, os mercados globais terminaram a semana passada em território positivo. No brasil, o Ibovespa encerrou o período em alta de +5,9% aos 112 mil pontos. Já o Dólar fechou a semana com queda de -1,73% em relação ao Real, em R$ 5,07/US$.
Na Renda Fixa, os juros futuros tiveram queda em relação ao fechamento da semana anterior, mas com movimento de ajuste técnico de alta nos últimos dias por conta de realização parcial de lucros. A redução nos prêmios reflete ainda o posicionamento do Copom, confirmado na ata de terça-feira passada, sobre uma sinalização de fim do ciclo de altas da taxa Selic. O mercado já passa a provisionar uma futura reversão para quedas no ano que vem.
Mercados hoje
As bolsas internacionais amanhecem mistas (EUA -0,5% e Europa +0,2%) após forte rali na semana anterior em resposta aos dados positivos da inflação americana. Nos EUA, até o momento, das 456 companhias do S&P 500, que já reportaram seus resultados, 77,6% superaram as estimativas de lucro, segundo a Refinitiv. Na Europa, os riscos de recessão da zona do euro alcançam 60%, o seu maior nível desde novembro de 2020, segundo o consenso da Bloomberg. O forte aumento dos preços que já vinha prejudicando as atividades das companhias e o consumo das famílias, agora está sendo agravado pela crise energética na região. Na China, o índice de Hang Seng (-0,7%) encerrou em leve baixa após surpresa negativa nos dados econômicos do país. Os preços das commodities estão caindo e o dólar americano se fortalece esta manhã, refletindo a perspectiva de desaceleração econômica global.
Dados econômicos da China abaixo da esperado
Os indicadores de atividade econômica da China referentes à julho ficaram abaixo das expectativas. A produção industrial cresceu 3,8% ano a ano (4,3% esperado), frente a 3,9% em junho. As vendas no varejo desaceleraram para 2,7% de 3,1% (4,9% esperados). O mercado imobiliário, por sua vez, continua a ser a principal fonte de contração economica. As vendas caíram 29%, de 18% em junho. Como resposta, o Banco Popular da China (banco central) cortou os juros das linhas de crédito de médio prazo em 0,10 pp, para 2,75%.
Temporada de resultados
Por fim, a semana será marcada pelo fim da temporada de resultados no Brasil. Nomes como Ânima, Omega Energia, Méliuz e Rede D’Or irão reportar hoje. Até agora, 73% dos resultado têm vindo acima das nossas expectativas. E lá fora, será a vez das varejistas dos EUA como Walmart, Target, Home Depot, Lowe’s e Ross que divulgarão seus balanços e serão importantes indicadores sobre o consumidor americano. Acompanhe os resultados diariamente no Radar Global.
Resumo da Semana
Com as temporadas de resultado do Brasil e dos EUA se encaminhando para o fim, mas ainda em uma semana repleta de resultados de empresas brasileiras – com 73% dos resultados do 2T22 acima das nossas expectativas até agora – o Ibovespa reagiu bem aos números das companhias, que vieram mais consistentes do que o antecipado, e encerrou o período em alta de +5,9% aos 112 mil pontos. No Brasil, o IPCA de julho caiu 0,68% no mês, e acumula alta de 10,1% em 12 meses, abaixo dos 11,89% de junho. A leitura de julho foi fortemente influenciada pelo impacto das medidas de redução de impostos sobre os preços de energia elétrica, combustíveis e telecomunicações. Nossa equipe econômica mantém a projeção de 7,0% para o IPCA em 2022.
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Economia
Atividade econômica abaixo do esperado na China reforça tendência de desaceleração global
- Os indicadores de atividade econômica da China referentes à julho ficaram abaixo das expectativas. A produção industrial cresceu 3,8% ano a ano (4,3% esperado), frente a 3,9% em junho. As vendas no varejo desaceleraram para 2,7% de 3,1% (4,9% esperados). O mercado imobiliário, por sua vez, continua a ser a principal fonte de contração economica. As vendas caíram 29%, de 18% em junho. Como resposta, o Banco Popular da China (banco central) cortou os juros das linhas de crédito de médio prazo em 0,10 pp, para 2,75%. Os preços das commodities estão caindo e o dólar americano se fortalece esta manhã, refletindo a perspectiva de desaceleração econômica global;
- Para o restante da semana, os destaques serão a atividade econômica dos EUA – produção industrial na terça-feira, vendas no varejo na quarta – e a divulgação da ata da última reunião do FOMC (comitê de política monetária dos EUA) também na quarta-feira;
- No Brasil, os mercados acompanharão hoje o indicador mensal de atividade econômica do Banco Central para junho e os comentários do presidente Roberto Campos sobre a inflação, em um webinar esta manhã. O mercado espera que Campos reforce a sinalização de que estamos próximos a uma pausa no ciclo de aperto monetário.
Empresas
Grupo Mateus (GMAT3): O ponto de inflexão está aqui; Colocando como preferência no varejo alimentar com Assaí
- O Grupo Mateus anunciou o Sr. Túlio de Queiroz (antigo CFO da Guararapes) como seu novo Diretor Financeiro (CFO), além da mudança do papel do Sr. Ilson de CEO (Diretor Presidente) para Chairman do Conselho de Administração, com o Sr. Jesuíno Borges Filho assumindo como novo CEO;
- Nós vemos esse anúncio como positivo, principalmente o do novo CFO, uma vez que vemos como um passo importante na profissionalização da companhia. Dessa forma, colocamos GMAT junto com ASAI como nossas preferências no varejo alimentar, uma vez que vemos dinâmicas positivas para o 2º semestre frente a uma melhor dinâmica de capital de giro e investimentos, benefícios do Auxílio Brasil e melhora da governança corporativa;
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M. Dias Branco (MDIA3) 2T22: pegue um biscoito e aproveite uma forte temporada de resultados
- A M. Dias Branco apresentou fortes resultados no 2T22, reportando uma impressionante recuperação de margens após a acomodação dos preços das commodities e, portanto, alívio nas pressões de custo, o que se traduziu em um EBITDA bem acima das nossas estimativas;
- Conforme analisamos em nosso relatório de Início de Cobertura, nossa análise de regressão nos fez entender que a empresa consegue arbitrar preços em períodos de queda de preços de commodities, representando, portanto, uma dinâmica de positiva para as margens;
- A MDIA3 está superando o IBOV em 31,3% no acumulado do ano, e vemos a empresa sendo negociada a 11,2x EV/EBITDA para o fim de 2023 (vs. sua média de 8 anos de 12,0x). Ainda, somos da opinião de que a melhora nos fundamentos já está precificada. Portanto, reiteramos nossa recomendação de Neutro no papel;
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Brisanet (BRIT3): 2T melhor do que o esperado; Margem melhorando e menor queima de caixa
- A Brisanet reportou resultados sólidos no 2T22, superando nossas estimativas principalmente em EBITDA e margem;
- A receita líquida foi de R$ 236,6 milhões (+39% A/A e 1% acima vs. XPe) e o EBITDA Ajustado foi de R$ 96,6 milhões (+65,1% A/A e 6% acima de XPe). A margem EBITDA atingiu 41%, com uma expansão consistente de 5,1 pp T/T e 6,5 pp A/A. O consumo de caixa neste trimestre foi reduzido para R$ 90 milhões comparado a R$ 529 milhões no 1T22, como resultado o indicador Divida Liquida/EBITDA atingiu 2,3x (vs. 2,4x no 1T22);
- Mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo para o final de 2022 de R$10,0/ação;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Cemig (CMIG4): Resultados sólidos no 2T22, impulsionados pela GT
- Os resultados da Cemig no 2T22 ficaram um pouco acima de nossas estimativas, impulsionados pelo (i) forte desempenho da Cemig GT, com aumento de +18,4% na energia faturada A/A juntamente com uma estratégia bem sucedida de alocação de energia que resultou em maior margem; e (ii) desempenho neutro da Cemig D, apesar do cenário de pressões inflacionárias e postergação do reajuste tarifário anual;
- Mantemos nossa recomendação Neutra para Cemig com preço-alvo de R$ 13/ação;
- Acesse aqui o relatório completo.
Rumo (RAIL3): Tracker Mensal de Ferrovia; Atualizando Nossas Estimativas (EBITDA 2022 Acima do Guidance e do Consenso)
- Neste relatório, destacamos: (i) que estamos atualizamos nossas estimativas para Rumo após os resultados do 2T22 (EBITDA para 2022E de R$ 4,7 bilhões, ~10% acima do guidance e do consenso para a empresa) e (ii) fortes volumes (recorde) reportados em julho (+11% A/A);
- Esperamos resultados fortes para o 2S22 (suportando estimativas acima do guidance para 2022), respaldados por: (i) perspectivas sólidas de colheita de milho no Mato Grosso; e (ii) melhoria da competitividade tarifária de sua rota de exportação Sorriso-Santos (15% mais barata que o Arco Norte [Sorriso-Barcarena]);
- Também vemos implicações positivas de longo prazo; com os resultados de 2023 beneficiados pelo bom momento do 2S (EBITDA de R$ 5,7 bilhões 7% acima do consenso), o que ajuda a validar o guidance de longo prazo da Rumo para 2025 (EBITDA varia de R$ 7-8 bilhões);
- Reiteramos nossa perspectiva positiva para as exportações de grãos do Centro-Oeste do Brasil e recomendação de Compra para RAIL3 (novo preço-alvo para final de 2023 de R$24,0/ação);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- IRB Brasil contrata bancos para ‘follow-on’ de R$ 1 bi, dizem fontes (Valor);
- Santander decide abrir atendimento de alta renda a todos os clientes (Valor);
- Total de chaves PIX cadastradas já é o dobro da população brasileira (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Copa do Mundo, Auxílio Brasil e 5G melhoram expectativas de vendas no varejo (Estadao);
- Natura &Co coloca geração de caixa como prioridade e seguirá aumentando preços na América Latina (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Entenda até quando vai durar queda no preço dos combustíveis (G1);
- MME abre nova consulta com garantia física de hidrelétricas (Canal Energia);
- Petróleo fecha sessão em queda, mas acumula ganhos de mais de 3% na semana (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Resumo dos resultados do 2º trimestre de 2022: 73% dos resultados acima das nossas expectativas até agora
- A divulgação dos resultados do 2° trimestre de 2022 (2T22) das empresas listadas na Bolsa começou no dia 14 de julho e 72% das empresas do Ibovespa já reportaram seus resultados;
- Até agora, vemos os resultados do segundo trimestre como sólidos. 73% das empresas reportaram Lucros Operacionais (EBITDA) acima do que esperávamos, 14% foram em linha, e os 14% restantes abaixo do que esperávamos. Quanto à receita, 27% das empresas superaram nossas expectativas, 12% foram em linha e 61% vieram abaixo;
- Quanto aos setores, empresas de Transporte & Logística, Petróleo e Gás, e Saúde reportaram EBITDA acima das nossas expectativas;
- Nesse relatório, nós disponibilizamos uma análise parcial dos resultados do 2T22 divulgados até agora, assim como os principais destaques de cada companhia da nossa cobertura;
- Clique aqui para o relatório completo.
Número de pessoas físicas na Bolsa cresce 35,7% em um ano – XP Monitor
- Em julho, o número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) atingiu 5.243.325. Em relação a junho, houve um aumento de 57.100 investidores PFs, equivalente a um crescimento mensal de +1,1% e +35,7% em relação ao mesmo período de 2021;
- A maioria dos investidores da Bolsa encontram-se na faixa etária dos 26 a 35 anos, com 1.750.589 contas ativas em maio, representando 33,4% de todas as contas. Continuando a tendência vista desde 2013, dados mais antigos disponibilizados, as pessoas estão começando a investir cada vez mais jovens;
- Em relação a regiões, ainda há uma concentração de investidores no Sudeste do país. Os estados de SP, RJ e MG juntos possuem 56,4% do total de investidores, 39,5 p.p. à frente de PR, RS e SC somados (16,9%);
- O número de investidoras na Bolsa alcançou 1.252.868 em julho, o que corresponde a 23,9% do número total de investidores pessoas físicas. Apesar de uma representatividade ainda pequena, o número de mulheres vêm crescendo em ritmo acelerado, com alta de +47,9% desde 2020;
- Por fim, observa-se um grande aumento no número de investidores com interesse em BDRs: são 1,4 milhão representando 26% do estoque. Além disso, em termos relativos, esse foi o produto que mais cresceu nos últimos 12 meses, registrando um aumento de +532% no número de CPFs cadastrados;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Apple à prova de recessão?
- Apple mantém meta de produção para iPhones em meio ao cenário desfavorável do setor;
- Nova parceria entre Facebook e DoorDash;
- YouTube pode estar planejando lançar seu próprio serviço de streaming;
- Tencent e Alibaba foram as empresas de tecnologia que mais perderam maior valor de mercado globalmente;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Dividendos de FIIs: investimento necessário para obter renda de R$ 5 mil por mês cai quase à metade em 2 anos (InfoMoney);
- ESG bate à porta dos Fundos Imobiliários, mas poucos abrem (Suno);
- Que tal gamificar o mercado imobiliário? Com os tokens, isso já é possível (MoneyTimes);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
McKinsey afirma que agenda ESG continua importante e cada vez mais relevante | Café com ESG, 15/08
- O mercado fechou o pregão de sexta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +2,8% e +2,4%, respectivamente. Na semana, o Ibov e o ISE fecharam em alta de +5,9% e +3,2%, respectivamente;
- Do lado das empresas, (i) os fabricantes de carros globais têm metas de descarbonização muito claras e a eletrificação dos automóveis torna-se cada vez mais comum em diversas partes do mundo, entretanto, no Brasil, esse tema ainda é obscuro e falta clareza nos detalhes e nos prazos – das 13 montadoras de carros com fábricas no país, duas (Toyota e CAOA Chery) produzem híbridos localmente; e (ii) a fabricante de sementes e produtos químicos agrícolas Bayer AG lançou uma plataforma chamada “ForGround”, que utilizará dados de clima, solo, sementes e práticas agrícolas para fazer recomendações sobre como os produtores podem melhorar a saúde do solo, reduzir as emissões e reduzir o uso de água e aplicações químicas;
- No internacional, um estudo recente da McKinsey afirmou que as críticas ao ESG são compreensíveis e os questionamentos são válidos, mas os princípios essenciais que sustentam essa agenda não só continuam relevantes como serão cada vez mais importantes – os autores concentram a análise nos méritos ESG do ponto de vista das empresas e da gestão, mas observam de saída que um ponto difícil para os defensores da sustentabilidade é o desempenho atual nos mercados. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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