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Apple à prova de recessão? – 🌎 Radar Global

YouTube pode estar planejando lançar seu próprio serviço de streaming, parceria entre DoorDash e Facebook e compras da Apple.

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem mistas (EUA -0,5% e Europa +0,2%) após forte rali na semana anterior em resposta aos dados positivos da inflação americana. Nos EUA, hoje começa a semana dos resultados das varejistas, com nomes relevantes como Walmart, Target, Home Depot, Lowe’s e Ross. Até o momento, das 456 companhias do S&P 500, que já reportaram seus resultados, 77,6% superaram as estimativas de lucro, segundo a Refinitiv. Na Europa, os riscos de recessão da zona do euro alcançam 60%, o seu maior nível desde novembro de 2020, segundo o consenso da Bloomberg. O forte aumento dos preços que já vinha prejudicando as atividades das companhias e o consumo das famílias agora está sendo agravado pela crise energética na região. Na China, o índice de Hang Seng (-0,7%) encerra em leve baixa após surpresa negativa nos dados econômicos do país. As vendas do varejo (2,7% vs. 5,0% a/a), produção industrial (3,8% vs. 4,6% a/a) e investimentos no setor imobiliário (-12,3% a/a) desaceleraram em julho e ficaram abaixo das estimativas do mercado. Por outro lado, o banco central chinês anunciou cortes na taxa de juros de médio prazo de 2,85% para 2,75% e de 2,1% para 2,0% na taxa de juros de curto prazo.

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EMPRESAS

Apple à prova de recessão? A mação de trilhões solicitou aos fornecedores que produzam pelo menos a mesma quantidade de seus iPhones de próxima geração vs. a de 2021. Colocando em perspectiva, a big tech está dizendo para seus fornecedores produzirem ao menos 90 milhões de seus iPhones da nova geração, mesmo com as projeções menos otimistas para o mercado de smartphones para esse ano. Com o movimento, a companhia parece apostar na resiliência de seu consumidor, que pertence ao nicho de maior poder aquisitivo. Em termos anuais, a Apple (Nasdaq: AAPL | BDR: AAPL34) espera produzir cerca de 220 milhões de iPhones em 2022, em linha com o volume do ano passado.

O comunicado é recebido com certa surpresa pelos investidores, à medida que a empresa prometeu ser disciplinada com gastos em meio ao cenário macroeconômico incerto para 2022 e 2023. Além disso, a notícia vai na contramão do que tem sido visto no mercado de smartphones. Fabricantes de dispositivos móveis começaram a congelar pedidos, segundo alerta da maior fabricante de chips da China nesta última sexta-feira. De acordo com a IDC, o mercado global de celulares, que caiu 9% no trimestre de junho, deve encolher 3,5% em 2022. Por outro lado, pelo menos até o momento, a Apple parece não estar testemunhando nenhum impacto significativo em suas vendas de iPhone no cenário atual.

Nova parceria entre DoorDash e Facebook: Os motoristas do DoorDash, um dos maiores aplicativos de entrega dos EUA, estão entregando itens que os consumidores compram no Facebook Marketplace como parte de um novo acordo entre o aplicativo de entrega e a Meta Platforms. A parceria é uma tentativa de fazer com que mais pessoas, especialmente as mais jovens, usem o Facebook. Já o DoorDash enxerga na nova colaboração uma oportunidade para expandir seus serviços de entrega além dos alimentos. Ambos o Facebook e o DoorDash confirmaram que já testaram o serviço em várias cidades dos EUA nos últimos meses. Até o momento, a nova modalidade de entrega permite que os usuários do Facebook comprem e recebam itens do Marketplace sem sair de casa, em um raio de 24 quilômetros de distância e em até 48 horas.

A parceria chega em boa hora para a Meta, uma vez que ajudará a catalisar um aumento no número de usuários de seu marketplace, sendo esta uma das ferramentas em que o aplicativo azul do Facebook ainda é popular entre os usuários. O Facebook tem lutado para adicionar usuários mais jovens em sua plataforma, em consequência da forte concorrência com o TikTok, que tem resultado em uma perda de sua fatia de mercado. Além disso, o aumento do uso do Facebook Marketplace ajudaria a Meta a medir melhor a eficácia dos anúncios e recuperar a captação de alguns dos dados perdidos depois que a Apple mudou sua política de privacidade, porque os canais de comércio fornecem dados mais detalhados dos usuários.

YouTube pode estar planejando lançar seu próprio serviço de streaming: O YouTube planeja lançar uma loja online para serviços de streaming de vídeo e vem conversando com empresas de entretenimento sobre a participação na nova plataforma, segundo o Wall Street Journal. A empresa espera que o novo serviço, que está se referindo internamente como “channel store” e que está em andamento há pelo menos 18 meses, possa estar disponível já no outono americano. Atualmente, o YouTube permite que assinantes do YouTube TV, seu pacote online de canais a cabo de US$ 64,99 por mês, adicionem uma assinatura de serviços como o HBO Max. O novo mercado permitiria que os consumidores escolhessem serviços de streaming à la carte por meio do aplicativo principal do YouTube.

Normalmente, as empresas com hubs de streaming obtêm uma parte da receita das compras em seus marketplaces. O YouTube está discutindo a divisão da receita de assinaturas com os parceiros de streaming, embora os termos possam variar muito para cada parceria, de acordo com o Wall Street Journal. Caso isso se concretize, o YouTube, de propriedade da Alphabet (NASDAQ: GOOGL, BDR: GOGL34) se juntará a empresas como Amazon (NASDAQ: AMZN, BDR: AMZO34), Roku (NASDAQ: ROKU, BDR: R1KU34) e Apple (NASDAQ: AAPL, BDR: AAPL34), que têm seus próprios hubs para vender serviços de streaming de vídeo. Com uma variedade de aplicativos agora disponíveis, esses gigantes da tecnologia estão tentando se posicionar como o local ideal para os consumidores terem acesso a todos os seus filmes e programas favoritos. A venda de vários serviços por meio de um único aplicativo pode facilitar a vida dos consumidores.

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ANÁLISE

Fonte: Bloomberg

Tencent e Alibaba foram as empresas de tecnologia que mais perderam valor de mercado globalmente: O gráfico acima, da Bloomberg, mostra que a Tencent e o Alibaba foram as empresas de tecnologia que mais perderam valor de mercado globalmente desde fevereiro de 2021, com uma perda de US$ 564,1 bilhões e US$ 494,7 bilhões respectivamente. Os problemas que as empresas de tecnologia chinesas passam são familiares. A repressão do governo chinês contra a grandes empresas de tecnologia desde o ano passado, fez com que grandes fundos globais e e alguns analistas enxergasse essas empresas como um investimento arriscado. E agora, as notícias de que uma série de empresas chinesas estão saindo das bolsas dos EUA, também estão pesando no sentimento, as ações de tecnologia do continente caíram nas negociações pré-mercado em Nova York.

Nessa semana, a Tencent irá reportar seus resultados do último trimestre. A empresa deve relatar seu primeiro declínio de receita trimestral desde a crise financeira de 2008, prejudicada por uma desaceleração nas vendas de jogos. A falta de clareza sobre a repressão de Pequim também está pesando no sentimento.

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