IBOVESPA 1,00% | 125.561 Pontos
CÂMBIO -0,26% | 5,23/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Na semana passada, o Ibovespa bateu um novo recorde histórico ao atingir os 125.561 pontos. O índice acumulou uma alta de +2,4% durante a semana, na esteira do otimismo dos mercados globais com a recuperação econômica que permanece em curso, superando preocupações com a inflação. Domesticamente, a Bolsa foi impulsionada também por melhores perspectivas de crescimento econômico, melhora nos números fiscais, e alguns avanços nas discussões das reformas.
Hoje, mercados globais amanhecem sem movimentos expressivos, com bolsas nos Estados Unidos e na Europa praticamente estáveis (-0,1% e 0%, respectivamente) na falta de catalisadores de preços. Na China, as bolsas registram ligeira alta de +0,2%; destaque para a atividade industrial de maio, que segue em expansão, mas desacelera contra período anterior – as medidas de aperto do governo local, a desaceleração das exportações e o aumento de custos das matérias primas estariam afetando a produção industrial no País.
Do lado da Economia, a inflação segue sendo o grande destaque. Nos EUA, a inflação acima das expectativas não parece levar o Fed a repensar, por ora, sua estratégia de política monetária. Globalmente, os mercados de ações permanecem próximos aos recordes, na medida em que os bancos centrais seguem indicando que devem aceitar um nível mais alto de inflação no curto prazo para garantir a recuperação econômica. No Brasil, os números do PIB do primeiro trimestre são o destaque desta semana, em meio a pressões inflacionárias e discussão sobre risco de racionamento de energia.
No campo político brasileiro, o Congresso Nacional tem sessão marcada para esta terça-feira (1) em que está prevista a votação dos projetos de lei que recompõem despesas obrigatórias e permitem remanejamento de recursos do Orçamento de 2021. Há também na pauta os vetos do presidente Jair Bolsonaro ao próprio Orçamento e a temas anteriores, como a concessão de cota dobrada de auxilio emergencial em 2020 a famílias monoparentais chefiadas por homens e o programa de recuperação fiscal de estados e municípios. Uma reunião hoje às 16h deve servir para uma tentativa de acordo entre deputados, senadores e o governo envolvendo os projetos e os vetos.
No campo político internacional, o presidente dos EUA, Joe Biden, apresentou nesta sexta-feira (28) um projeto de Orçamento de USD 6 trilhões para o ano fiscal de 2022. Vale lembrar que a proposta do presidente é apenas um guia para o Congresso, o responsável por desenvolver e aprovar o Orçamento. Apesar de resistência republicana, a maioria democrata nas duas Casas significa que o projeto pode ser aprovado via reconciliation; no entanto, para isso, a Casa Branca precisaria do apoio de 100% dos parlamentares democratas. Diante das divergências entre as alas do partido, as negociações podem levar meses e devem resultar numa versão reduzida da proposta.
Do lado das empresas, revisamos nossas recomendações para as companhias de shopping centers: brMalls (BRML3), Iguatemi (IGTA3) e Multiplan (MULT3). Continuamos com recomendação de compra (preço-alvo de R$29,50/ação) para a Multiplan (nossa preferida no setor), elevamos nossa recomendação de brMalls de neutro para compra (preço-alvo de R$13,00/ação) e rebaixamos a recomendação de Iguatemi de compra para neutro (preço-alvo de R$48,00/ação). Para mais detalhes, acesse nosso relatório completo.
Além disso, publicamos uma nota sobre a Méliuz, incluindo análise ESG. Na nossa visão, a Méliuz deverá enfrentar diversos desafios à medida que cresce via aquisições, dentre outras vias; para avaliar a capacidade da sua gestão de enfrenta-los, analisamos o seu histórico no comando da empresa em um relatório completo. Além disso, após incorporar os resultados do 1T21 no modelo, elevamos o preço-alvo para R$48 por ação. Finalmente, também trazemos uma análise ESG da empresa: por um lado, sentimos falta de uma divulgação detalhada; por outro, apreciamos as iniciativas atuais da empresa nesta agenda, com destaque para o pilar Social, ao mesmo tempo em que vemos espaço para melhorias na diversidade de gênero na liderança. Em nossa visão, a forte cultura da empresa é um fator-chave para a agenda ESG e esperamos ver mais avanços em todas as três frentes adiante.
Tópicos do dia
Acesse aqui o relatório internacional
Economia
- A inflação acima das expectativas nos EUA não parece levar o Fed a repensar, por ora, sua estratégia de política monetária. Os mercados de ações permanecem próximos aos recordes, na medida em que os bancos centrais seguem indicando que devem aceitar um nível mais alto de inflação no curto prazo para garantir a recuperação econômica. Na China, o setor de serviços passou a liderar a recuperação, como mostram os PMIs de maio. No Brasil, os números do PIB do primeiro trimestre são os destaque desta semana, em meio a pressões inflacionárias e discussão sobre risco de racionamento de energia.
Política
- Semana tem previsão de sessão do Congresso para superar impasse sobre Orçamento
- Política internacional: Biden apresenta Orçamento de USD 6 tri
Empresas
- Setor Elétrico: Como a deterioração do cenário hidrológico afeta as ações do setor elétrico?
- Shopping Centers | Uma Estratégia de Reabertura
- Irani (RANI3): Aprovação de novo financiamento para destravar projetos de expansão
- Méliuz (CASH3): Análise de execução e ESG
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
ESG
- Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 31/05
- Radar ESG | Méliuz (CASH3): Cultura forte como fator-chave para a evolução adiante
Veja todos os detalhes
Economia
A inflação acima das expectativas nos EUA não parece levar o Fed a repensar, por ora, sua estratégia de política monetária. Os mercados de ações permanecem próximos aos recordes, na medida em que os bancos centrais seguem indicando que devem aceitar um nível mais alto de inflação no curto prazo para garantir a recuperação econômica. Na China, o setor de serviços passou a liderar a recuperação, como mostram os PMIs de maio. No Brasil, os números do PIB do primeiro trimestre são os destaque desta semana, em meio a pressões inflacionárias e discussão sobre risco de racionamento de energia.
- Sexta-feira passada, o deflator dos gastos do consumo nos EUA – a medida de inflação preferida do Fed – subiu 0,7% em maio, acima das expectativas do mercado (0,6%). A taxa anual aumentou de 1,9% para 3,1%, a maior desde maio de 1992. No entanto, o Fed provavelmente continuará a ver isso como um choque transitório e não deve ajustar a política monetária tão cedo. Esperamos que este seja o pico da trajetória da inflação anual. Projetamos 2,67% ao final deste ano e 1,6% até o final de 2022;
- O PMI de manufatura da China caiu para 51,0 em maio, de 51,1 em abril, um pouco abaixo dos 51,1 esperados. O PMI de serviços subiu de 54,9 para 55,2. As medidas de aperto do governo, a desaceleração das exportações e o aumento de custos das matérias primas estão afetando a produção industrial. Por outro lado, a recuperação do consumo segue acelerando. O índice PMI composto aumentou de 53,8 para 54,2, sugerindo que a recuperação econômica continua;
- No Brasil, a imprensa chama atenção para o risco de racionamento de energia e água, causado pela pior temporada de chuvas em 91 anos. A maioria dos especialistas acredita que a oferta potencial hoje é suficiente para evitar um racionamento amplo, como ocorreu em 2001. Mesmo assim, racionamentos pontuais, em horários de pico, parecem possíveis. De qualquer forma, com a ativação das plantas térmicos, os custos com energia aumentarão nos próximos meses. O estabelecimento de bandeira tarifária “vermelha 2” para o consumidor em junho, anunciada no final da semana passada, aponta nesta direção;
- A inflação dos preços ao produtor continua subindo. O IGP-M de maio, divulgado na última sexta-feira, atingiu 37% na variação anual. Junto com o problema de energia, o aumento da matérias primas revelado pelo IGP-M traz um risco de alta para nossa projeção de 5,4% para o IPCA de 2021;
- No calendário econômico, o Governo publica hoje os números fiscais do governo geral de abril. Mas o principal destaque desta semana são os números do PIB do primeiro trimestre, a serem publicados amanhã.
Política
Semana tem previsão de sessão do Congresso para superar impasse sobre Orçamento
- O Congresso Nacional tem sessão marcada para esta terça-feira em que está prevista a votação dos projetos de lei que recompõem despesas obrigatórias e permitem remanejamento de recursos do Orçamento de 2021 – últimas etapas para que o impasse seja superado. Há também na pauta os vetos do presidente Jair Bolsonaro ao próprio Orçamento e a temas anteriores, como a concessão de cota dobrada de auxilio emergencial em 2020 a famílias monoparentais chefiadas por homens e o programa de recuperação fiscal de estados e municípios. Uma reunião hoje às 16h deve servir para uma tentativa de acordo entre deputados, senadores e o governo envolvendo os projetos e os vetos.
Política internacional: Biden apresenta Orçamento de USD 6 tri
- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou nesta sexta-feira (28) um projeto de Orçamento de USD 6 trilhões para o ano fiscal de 2022. Confira a proposta na íntegra aqui;
- Vale lembrar que a proposta do presidente é apenas um guia para o Congresso, o responsável por desenvolver e aprovar o Orçamento. Apesar de resistência republicana, a maioria democrata nas duas Casas significa que os democratas podem aprovar o projeto via reconciliation (manobra que permite esquivar o filibuster no Senado). No entanto, para utilizar essa manobra a Casa Branca precisara do apoio de 100% dos parlamentares democratas. Diante das divergências entre as diferentes alas do partido, as negociações podem levar meses e devem resultar numa versão reduzida da proposta;
- No lado das negociações pelo pacote de infraestrutura do governo Biden, autoridades indicam que negociações com republicanos devem ser finalizadas – com ou sem resolução – até a segunda semana de junho. Se não houver acordo com o partido de oposição, o governo deve buscar avançar via reconciliation;
- Na Alemanha, o partido de Angela Merkel, o CDU/CSU, retomou a liderança nas pesquisas eleitorais após declínio do partido Verde por duas semanas consecutivas. Os partidos registram 25% e 23%, respectivamente;
- E a China anunciou que deve permitir que famílias tenham 3 filhos para combater crise demográfica.
Empresas
Setor Elétrico: Como a deterioração do cenário hidrológico afeta as ações do setor elétrico?
- Publicamos um relatório sobre os impactos do cenário hidrológico mais adverso nas ações do setor elétrico. Sem dúvidas dentro do setor elétrico o segmento de geração é o mais afetado pelo cenário hidrológico adverso, especialmente os nomes que possuem maior participação hídrica no seu portifólio;
- Com o declínio dos níveis dos reservatórios, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) autoriza o despacho de usinas termelétricas para garantir a segurança energética do país. Como consequência, a geração das usinas hidrelétricas é reduzida com objetivo de desacelerar o esgotamento dos reservatórios durante o período seco. Com isso, as geradoras podem precisar comprar energia no mercado de curto prazo, para honrar com seus contratos. No entanto, a compra dessa energia ocorre em um momento em que a mesma tem preços elevados como resultado do acionamento das usinas termelétricas, que, por sua vez, são mais caras;
- Apesar de esperarmos uma pressão nos resultados de curto prazo das geradoras com maior exposição ao risco hídrico (AES Brasil e Cesp), mantemos inalterada nossa recomendação de Compra e preços alvos de R$36/ação para CESP6 e R$18/ação para AESB3, por duas razões: (i) baixa visibilidade do risco se prolongar no logo prazo, dado que o nível total de contratação do portfólio das empresas diminui ao longo dos anos; e (ii) continuamos enxergando um risco-retorno atrativo nos preços atuais, lembrando que parte do risco de curto prazo parece ter sido precificado pelo mercado (AESB -14,1% e CESP6 -9,4% YTD vs. +5,5% IBOV);
- Por fim, trazermos nesse relatório uma análise que ilustra a sensibilidade de valuation (preço-alvo) relativamente limitada em função do risco hidrológico de curto prazo. Em nossa visão, o principal risco de fundamento para as empresas do setor está concentrado na probabilidade de manutenção do cenário atual nos próximos anos, estendendo o déficit hídrico no longo prazo. Clique aqui para acessar o relatório completo.
Shopping Centers | Uma Estratégia de Reabertura
- Continuamos preferindo companhias com portfólio de shopping centers de alta qualidade e dominantes, pois acreditamos que esses devem recuperar mais rapidamente do que média do setor após a recente reabertura dos shoppings;
- Multiplan é nosso nome favorito do setor. Preferimos a Multiplan dado a combinação de: i) um portfólio premium e dominante e valuation atrativo dado que a ação está negociando a FFO Yield de 5,7% para 2022E, deixando cerca de 1,6 p.p de prêmio para a NTN-B 2035;
- Revisando a recomendação para compra de brMalls dado o valuation descontado. Apesar da forte performance recente da ação (19% no mês), continuamos vendo um atrativo ponto de entrada para a ação dado que ela está negociando a um FFO Yield de 6,1% para 2022E;
- Os fundamentos da Iguatemi permanecem intactos, mas vemos potencial limitado após a recente alta. Apesar da Iguatemi possuir ativos de alta qualidade, estamos rebaixando nossa recomendação de compra para neutro dado que vemos o valuation já refletindo parcialmente a perspectiva positiva após a performance de +21% em maio e ela está agora negociando a um FFO Yield de 5,4% para 2022E. Para mais detalhes, acesse nosso relatório completo.
Irani (RANI3): Aprovação de novo financiamento para destravar projetos de expansão
- De acordo com Fato Relevante publicado na sexta-feira (28), a Irani anunciou a aprovação da contração de financiamento com a Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame), subsidiária do BNDES, pelo seu conselho de administração. O valor do financiamento é no valor de R$ 484 milhões e os recursos serão destinados à execução dos investimentos previstos na Plataforma Gaia;
- Segundo a nota, a Irani terá um prazo de dois anos para utilização dos recursos, contados da data da formalização jurídica da operação. Esse prazo pode ser prorrogado, a critério da Finame, por até 12 meses. Além disso, a companhia terá um prazo de carência é de até 36 meses contados a partir do 15º dia após o pedido de liberação de recursos ser protocolado;
- Temos recomendação de Compra para Irani, com preço-alvo de R$ 8,50 por ação.
Méliuz (CASH3): Análise de execução e ESG
- Decidimos compartilhar nossas notas sobre o livro recém-lançado (2021/05/10) contando a história da gestão da Méliuz, suas conquistas, fracassos e o que aprenderam com essas experiências;
- Diante de novos desafios que colocam à prova a capacidade da administração de executar novos projetos, vemos o livro como positivo para a nossa tese de investimento, pois corrobora nossa visão favorável sobre a capacidade da administração de ter um bom desempenho em novos empreendimentos comerciais;
- No geral, estamos otimistas com a Méliuz e reafirmamos nosso rating de compra com um novo preço alvo de R$ 48 (vs. R$ 41 anteriormente) implicando em um upside de 21%, à medida que incorporamos os resultados do 1T21 ao nosso modelo. Além disso, acreditamos que o livro serviu bem ao reduzir os riscos de execução percebidos;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Acesse este relatório com notícias do setor financeiro que complementam nossos comentários publicados no Morning Call, mas que não consideramos relevantes o suficiente para serem analisadas. Aqui você encontra o título com o link para a fonte original da notícia, além de uma breve descrição do conteúdo;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
- Nesta publicação diária, trazemos as principais notícias do setor de varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.) nacional e internacional, complementando nossa visão sobre as tendências e acontecimentos mais importantes do dia. Além disso, o relatório contém um resumo dos múltiplos e recomendações para as empresas de nossa cobertura;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 31/05
- Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo falam sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança;
- Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance histórica do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP;
- Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Radar ESG | Méliuz (CASH3): Cultura forte como fator-chave para a evolução adiante
- Dado o recente IPO da empresa, era de se esperar que a Méliuz não contasse com informações detalhadas no que se refere aos dados ESG. Mesmo assim, apreciamos as iniciativas atuais da empresa nesta agenda, com destaque para o pilar Social, ao mesmo tempo em que vemos espaço para melhorias na diversidade de gênero na liderança;
- Em nossa visão, a forte cultura da empresa é um fator-chave para a agenda ESG e esperamos ver mais avanços em todas as três frentes (ambiental, social e governança) adiante;
- Neste relatório, destacamos os tópicos ESG que vemos como os mais importantes para a Méliuz, que acaba de lançar um livro com a história da companhia. Clique aqui para ler o conteúdo completo.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!