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5 anos em 5 minutos – Novembro 2020

O objetivo deste relatório mensal é passar nossa visão de longo prazo em 5 minutos ou menos. Nesta edição veja nosso cenário para 2021.

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Retornos esperados para os portfólios nos próximos 5 anos

Desde 30 de outubro, quando soltamos nossa última edição mensal deste, os mercados ao redor do mundo passaram por uma forte alta, com investidores felizes com o resultado das eleições americanas, onde teremos um presidente mais moderado que Trump, mas sem poder completo sobre o Congresso para executar os planos mais controversos do partido Democrata. Dados econômicos que continuam fortes, especialmente nos Estados Unidos e a divulgação do sucesso nos testes de 3 grandes vacinas adicionaram otimismo ao caldeirão.

O Brasil foi muito beneficiado pela percepção positiva para mercados emergentes, dadas expectativas de uma política externa americana menos truculenta sob Biden. O governo brasileiro também deu mais sinais de abandonar as ideias mais ousadas do ponto de vista fiscal, mas ainda estamos diante de um cenário muito desafiador.

Neste relatório vamos focar no ano de 2021, já que já entramos em dezembro.

O ano de 2021

Estamos começando um ano particularmente desafiador, e com a esperança de responder várias perguntas que não pudemos em 2020. O mundo e o Brasil passaram juntos por uma recessão forte e aguda, da qual estamos saindo agora.

Os resultados dos ativos de risco globais vão depender do vencedor da corrida entre o coronavírus e a vacina, que é o que vai dizer se as economias podem voltar a algo próximo da normalidade. No Brasil essas incertezas se unem com a necessidade de reformas que garantam nossa capacidade de honrar nossa dívida.

Diversificação será a chave para atingir um bom resultado. O infográfico abaixo resume nossa visão de quais classes de ativos mais se beneficiam das 4 combinações possíveis de cenários.

Será crucial também ter uma carteira adequada ao seu perfil. Clique aqui para conhecer melhor nossos perfis de investimento ou aqui para conhecer a família DNA, que implementa a carteira ideial para você em 1 único fundo.

Prefixados e ativos atrelados à inflação são oportunidade se houver reformas

Olhando só para Brasil é interessante notar que a curva de juros já reflete nosso cenário negativo (veja mais abaixo), como mostra o gráfico ao lado. Dessa forma, esses ativos tendem se beneficiar de um cenário onde o Brasil faz reformas que enderessem nossos problemas fiscais, mesmo se o crescimento mundial for baixo ano que vem.

Na verdade, num cenário em que o Brasil faz as reformas e o crescimento mundial (e consequentemente doméstico) permanece baixo, esses ativos podem ser os melhores em termos de risco vs. retorno no ano que vem.

Prêmios de crédito

Os fundos de crédito continuaram obtendo bons resultados ao de outubro, os prêmios de crédito se mantendo estáveis na parcela de debêntures atreladas ao CDI. Nas debêntures de infraestrutura, atreladas à inflação, houve um forte fechamento.

O spread de crédito para a classe de Pós-Fixados com base no índice IDA-DI, divulgado pela ANBIMA e na taxa disponível para papéis bancários na plataforma da XP está hoje em torno de 1,49% ao ano, 0,1% maior do que no relatório passado, devido a abertura dos prêmios das debêntures e maior prêmio dos ativos bancários na plataforma.

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No espaços de inflação, onde utilizamos o IDA IPCA Infraestrutura para estimar o prêmio de crédito, estamos em 0,7% ao ano acima da NTN-B de mesmo duration, um fechamento de 0,10% ao ano.

Como os ativos são isentos, esse prêmio de crédito sobe para 2,1% ao ano quando a comparação é feita líquida de IR.

Com a alta ajustamos nossas expectativas de prêmio sobre os papéis do tesouro para 0,4% ao ano no cenário positivo e 1,5% ao ano no cenário negativo. Eles implicam, respectivamente, em ganho e perda de capital.

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Cenário neutro

Entendemos que ainda há um ambiente pró-reformas no Brasil, que tende a fazer com que as engrenagens da economia deslizem com mais facilidade, trazendo crescimento e mais eficiência.

No entanto, estamos longe de um ambiente político harmônico: o executivo federal e o congresso têm um diálogo truncado e existe muita resistência à agenda de reformas por grupos organizados e influentes.

A bolsa brasileira é a classe com maior retorno potencial em 5 anos, mas recomendamos muita cautela na hora de construir sua posição devido aos acontecimentos recentes. Leia mais aqui.

Cenário pessimista

Ainda que esse não seja nossa visão, não podemos ignorar que, dadas as instabilidades políticas, existe a chance de que piore a relação entre o Executivo e o Congresso. Isso faria com que as Reformas empacassem, com o país falhando em desbloquear um novo ciclo de crescimento.

O baixo crescimento pode abrir os ouvidos da população para políticos populistas, que queiram desfazer reformas como a do Teto de Gastos e talvez até mesmo a Reforma da Previdência.

A Renda Variável Global é nossa principal defesa em um cenário adverso:

Cenário otimista

Mesmo com a articulação truncada, podemos ser surpreendidos pelo alinhamento do Congresso em entregar as reformas, e as privatizações. O crescimento da economia nos próximos anos seria mais forte do que conseguimos agora antecipar, ao mesmo tempo em que a taxa de juros neutra seria mais baixa.

Nesse cenário os lucros das empresas cresceriam mais, e com taxas de juros mais baixas, haveria maiores ganhos nos papéis de renda fixa.

Fundos multimercados podem se adaptar rápido mudanças no cenário

Principais temas globais

Nossa visão de como os grandes temas globais afetam o Brasil está detalhada no quadro a seguir. Atualmente é difícil enxergar quão rápida será a saída do mundo da recessão criada pela pandemia de coronavírus.

Porém, entendemos que os temas globais visando o longo prazo continuam os mesmos: crescimento baixo, taxas de juros ainda mais comprimidas e aversão a risco mantendo Dólar e outros ativos considerados seguros em patamares valorizados.

Metodologia

O quadro a seguir resume os dados e premissas utilizados para calcular os retornos por classe de ativo.

Notas

Inflação: Para estimar o retorno da classe inflação para o portfólio, utilizamos como referência uma carteira composta por 50% IMA-B e 50% IMA-B5. Para definir o prêmio de crédito, utilizamos o IDA IPCA Infraestrutura. O prêmio de crédito é aplicado em 50% da classe de inflação, fazendo o gross-up dos retornos para refletir a isenção de IR.

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