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LCI: o que é e como investir em Letras de Crédito Imobiliário

A LCI é uma ótima alternativa de investimento, ideal para investidores conservadores que desejam proteção e rendimento consistente. Conheça mais sobre a aplicação e por que vale a pena investir.

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LCI: o que é e como investir em Letras de Crédito Imobiliário

Investir em Letras de Crédito Imobiliário (LCI) é uma estratégia cada vez mais procurada por investidores que desejam aliar segurança e potencial de retorno em seus aplicativos financeiros.  

Com baixo risco, benefício fiscal, e garantia pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a LCI é uma excelente opção para quem busca diversificação, especialmente para perfis mais conservadores.  

Além disso, ela oferece diferentes modalidades de remuneração, o que permite adequar o investimento ao seu planejamento financeiro.  

A seguir, você vai entender o que é LCI, conhecer os diferentes tipos de LCI, principais riscos e ainda um passo a passo para começar a investir no ativo. Vamos lá? Boa leitura. 

O que é LCI e como funciona

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras para captar recursos que serão usados no financiamento de imóveis, construção e reformas.  

Esses recursos ajudam a viabilizar empréstimos para quem deseja adquirir ou reformar um imóvel, apoiando o crescimento do setor imobiliário no país. 

Ao investir em uma LCI, você está emprestando dinheiro para a instituição financeira que emite o título, que se compromete a devolver o valor investido acrescido de juros na data combinada.  

Para oferecer mais segurança, a LCI conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, caso a instituição enfrente problemas financeiros.  

A emissão das LCIs deve seguir regras que limitam o volume e os prazos desses títulos, garantindo que estejam alinhados com os financiamentos imobiliários que as instituições possuem, o que contribui para maior controle e transparência no mercado. 

Como funciona a rentabilidade da LCI? 

Uma das vantagens de investir em LCI é a diversidade de opções de remuneração, o que permite que você escolha a melhor opção para o seu perfil de investidor e objetivos. Conheça os diferentes tipos de LCI: 

  • LCI Prefixada: oferece uma taxa de retorno fixa definida no momento da contratação. Assim, você sabe exatamente quanto receberá ao final do prazo, independentemente das variações do mercado. A LCI Prefixada é indicada para quem acredita que as taxas de juros permanecerão estáveis ou em queda, garantindo maior previsibilidade de ganhos. 
  • LCI Pós-fixada: nessa modalidade, a remuneração está atrelada a um indexador, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Nesse cenário, o retorno varia conforme a evolução do indicador. É ideal para quem deseja preservar o poder de compra do capital ao longo do tempo. 
  • LCI Híbrida: combina uma taxa fixa mais um índice econômico, como o IPCA, permitindo que você aproveite juros previsíveis acrescidos de uma correção monetária. Essa modalidade é adequada para quem busca um equilíbrio entre segurança e potencial de valorização. 

Resumindo, a remuneração das LCIs são da seguinte forma: 

  • Percentual do CDI, indicado quando há expectativa de alta nos juros; 
  • CDI mais um spread, interessante em períodos de queda dos juros; 
  • Índices de preços como o IPCA, recomendado para investidores de longo prazo que querem proteger seu patrimônio; 
  • Taxa prefixada, indicada após ciclos de alta dos juros, pois o investidor já sabe quanto vai receber no vencimento no momento da aplicação. 

LCI, LCA, CDB ou Tesouro Direto: por qual optar? 

Para compreender melhor as vantagens da LCI, é importante compará-la a outros investimentos de renda fixa disponíveis no mercado: 

CDB  

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título emitido por bancos que pode oferecer rentabilidade fixa ou variável, com prazos de resgate que variam entre liquidez diária e o vencimento do título.  

Confira também nosso artigo detalhado: CDB ou LCI: qual o melhor investimento? 

Tesouro Direto 

O Tesouro Direto é título público federal, considerado um dos investimentos mais seguros do país, com diferentes modalidades de remuneração (prefixada, indexados à inflação, ou híbridos). Oferecem maior liquidez, porém, o rendimento pode ser inferior ao de LCIs, dependendo do período de aplicação. 

LCI ou LCA? 

É comum entre os investidores ter dúvidas entre investir em LCI ou LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), mas a principal diferença entre as aplicações está no lastro. A LCI está atrelada a financiamentos imobiliários, enquanto a LCA é lastreada por operações do setor agropecuário.  

As duas oferecem benefícios fiscais semelhantes, porém, a escolha deve levar em conta o setor de preferência e as condições de rentabilidade. 

Entenda as diferenças entre LCI e LCA e saiba como diversificar seus investimentos lendo este artigo sobre LCA. 

LCI ou CRI? 

Outro investimento ligado ao universo imobiliário é o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), no entanto, ele tem uma origem um pouco diferente.  

Ele é emitido por companhias securitizadoras e representa a antecipação de fluxos de caixa futuros de diversos créditos imobiliários, como aluguéis de grandes empreendimentos, parcelas de vendas de imóveis ou financiamentos imobiliários de terceiros. 

Apesar de ambos serem voltados para o setor imobiliário e oferecerem benefícios fiscais semelhantes (como a isenção de Imposto de Renda para pessoa física), a principal diferença está no emissor e no tipo de lastro.  

A decisão entre LCI e CRI deve considerar o emissor do título, a estrutura do lastro e, claro, as condições de rentabilidade e liquidez. 

Como investir em LCI: passo a passo 

Se você deseja começar a investir em LCI, confira este guia prático: 

1. Abra uma conta em uma corretora de valores: escolha plataformas confiáveis, como a XP, que tem mais de 20 anos de experiência de mercado. 

2. Analise seu perfil de investidor: avalie o prazo de aplicação, os objetivos financeiros e sua tolerância ao risco. 

3. Pesquise as opções de LCI disponíveis: compare taxas, prazos, modalidades de remuneração e emissores, priorizando instituições com alta classificação de crédito. 

4. Faça simulações e escolha o produto que melhor atende suas necessidades: utilize plataformas de investimento para verificar a rentabilidade estimada. 

5. Realize a aplicação: transfira o valor desejado para a sua conta de investimento e adquira o título. 

6. Acompanhe e gerencie seu investimento: monitore o prazo, o rendimento e a liquidez, planejando os resgates ou reinvestimentos ao vencer. 

Quais os riscos de investir em LCI? 

Embora as LCIs sejam consideradas investimentos de baixo risco, é importante estar atento a alguns aspectos: 

  • Solidez da instituição financeira: além do rating de crédito, verifique sua reputação, histórico e liquidez para diversificar os emissores e reduzir riscos específicos. 
  • Prazo de investimento: as LCIs costumam ter carência mínima de seis meses, por isso, são indicadas para objetivos de médio a longo prazo. Evite resgates antecipados, pois eles podem impactar a rentabilidade. 
  • Risco de crédito: mesmo com garantias do FGC, avalie o desempenho financeiro da instituição emissora e a qualidade de seus créditos lastro. Prefira emissores com alta classificação de risco (AAA, AA). 
  • Legislação e impostos: embora muitas LCIs sejam isentas de IR, mudanças na legislação podem alterar essa condição. Acompanhe as notícias do mercado financeiro e atualizações legais. 

Como é a tributação da LCI? 

A isenção do Imposto de Renda para esses investimentos existia porque o governo buscava captar recursos no mercado financeiro para financiar projetos importantes para o desenvolvimento econômico do país, como os setores imobiliário e agronegócio. 

No dia 11 de junho de 2025, o governo anunciou uma Medida Provisória (MP) com medidas para “compensar” o aumento das alíquotas do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), que foi divulgado em maio de 2025.  

Apesar de uma das medidas propor o fim da isenção do Imposto de Renda para determinados títulos, com a aplicação de uma alíquota de 5%, a isenção permanece válida para investimentos como LCI, LCA, CRI, CRA, FII e debêntures incentivadas. 

Para os títulos que já são tributados, o governo definiu um imposto fixo de 17,5%, eliminando a tabela regressiva que varia de 15% a 22,5%, conforme o prazo da aplicação. A tabela regressiva atual é assim: 

  • 22,5% até 180 dias corridos; 
  • 20,0% entre 181 e 360 dias corridos; 
  • 17,5% entre 361 e 720 dias corridos; 
  • 15,0% após 721 dias corridos.

IOF

A alíquota aplicável a aplicações em renda fixa, sejam elas realizadas por pessoa física ou pessoa jurídica, com prazo inferior a 30 dias, é de 1% ao dia, limitado ao rendimento oriundo da operação, em função do prazo, conforme tabela a seguir:

Leia nossa análise completa e confira os possíveis efeitos para emissores e investidores de títulos de renda fixa caso a medida seja aprovada. 

Perguntas frequentes sobre LCI  

Reunimos aqui as dúvidas mais comuns sobre LCI para te ajudar a dar os primeiros passos no mundo dos investimentos, confira:  

O que é preciso para começar a investir em LCI? 

Para investir em LCI, você só precisa abrir conta em um banco ou corretora, escolher uma LCI disponível, investir o valor mínimo exigido e aguardar o vencimento para resgatar o valor com rendimentos. 

Qual a taxa da LCI hoje? 

As taxas variam conforme o emissor, modalidade e prazo, podendo chegar a aproximadamente 9% a 10% ao ano, dependendo do cenário de mercado. 

LCI ou LCA, qual é melhor? 

Ambas são boas opções de renda fixa com isenção de IR. A escolha depende do setor de lastro, expectativa de retorno, e do perfil do investidor. 

Vale a pena investir em LCI? 

Para quem busca segurança, previsibilidade e benefícios fiscais, a LCI é uma alternativa bastante atrativa, especialmente para investimentos de médio a longo prazo. 

LCI paga Imposto de Renda? 

Pela proposta atual da Medida Provisória, LCI, assim como LCAs, CRIs e CRAs seguem isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, ou seja, os rendimentos que você recebe não pagam IR.   

As regras de tributação podem mudar a qualquer momento, por isso é sempre bom se manter informado antes de investir. 

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