Tópicos do dia
Brasil
- Brasil Política: Lula fora da TV
Internacional
- Banco do Japão anuncia mudanças na política monetária
- PIB da Zona do Euro desaponta
- Inflação surpreende, desemprego estável na zona do euro
Empresas
- Itaú 2T18: Levemente abaixo do esperado, mas com pontos positivos; Reiteramos COMPRA
- Cielo 2T18: mais um trimestre desafiador
- Petrobras: Governo às vésperas de renovar congelamento do diesel; neutro no curto prazo
Conteúdo na íntegra
Brasil
Brasil Política: Lula fora da TV
Segundo o jornal Folha, o Tribunal Superior Eleitoral, TSE, deve impedir que o ex-presidente Lula apareça como candidato no programa de TV do PT durante a programação do horário Eleitoral, independentemente do fato de seu julgamento não ter sido finalizado. Os mercados devem ter uma reação positiva com o PT com menos ferramentas para voltar ao poder. Gravações feitas antes da prisão ainda poderiam ser mostradas em programa de um outro candidato do PT.
Bolsonaro participou ontem de uma entrevista na TV, Roda Viva. O candidato se anunciou como um candidato liberal, disse que quer privatizar a maioria das empresas estatais e quer aprovar uma reforma previdenciária. Mas o candidato se contradisse quando perguntado sobre a reforma previdenciária dos militares e policiais, ele afirmou que eles precisam de um plano de pensão especial.
Internacional
Banco do Japão anuncia mudanças na política monetária
O Banco do Japão manteve as taxas de juros e a meta de inflação em 2%, mas fez uma leve mudança na sua política monetária. BoJ afirmou que pretende manter os rendimentos do bônus de referência, o papel de 10 anos, quase a 0%, mas pode aceitar um avanço até 0,2%. Na prática, a instituição elevou sua meta para o yield (retorno) do bônus de 10 anos do governo japonês. A leitura do mercado é que a política monetária estimulativa não foi alterada, apenas foi estendido a longevidade do programa atual.
PIB da Zona do Euro desaponta
Segundo a Eurostat, no segundo trimestre a atividade cresceu 0,3% na zona do euro ante o primeiro trimestre, abaixo dos 0,4% projetados. Mesmo com o número mais fraco, analistas seguem calculando um avanço mais forte no segundo semestre.
Inflação surpreende, desemprego estável na zona do euro
A Eurostat também apresentou a inflação ao consumidor (CPI) do mês de julho, resultado preliminar subiu 2,1%, acima dos 2,0% esperados. Outro indicador apresentado hoje foi a taxa de desemprego, indicador ficou estável em 8,3% no mês de junho, como esperado por analistas.
PMI da China desaponta
Segundo a Markit, o PMI Industrial na China passou de 51,5 para 51,2 no mês de julho. Analistas esperavam uma queda menor, para 51,3. Resultado segue acima da barreira de 50 que separa otimismo de pessimismo, mas a Markit aponta que as tensões comerciais com os EUA já afetaram o indicador.
Empresas
Itaú 2T18: Levemente abaixo do esperado, mas com pontos positivos; Reiteramos COMPRA
Ontem o Itaú divulgou o resultado do 2T18, com R$17,3 bi de Margem Financeira Bruta, +2% vs nosso número e vs 2T17, e R$6,4 bi de lucro líquido (-6% vs XPe), com 21,6% de ROE (contra 22,1% XPe e 22,2% do 1T). Conforme observado nos resultados de Bradesco e Santander na semana passada, a inadimplência e as provisões seguiram melhorando, com a última contraindo 4,9% no trimestre e 19,5% no ano. A receita de tarifas ficou em linha com a XPe em R$8,7bi e as despesas não decorrentes de juros foram o principal destaque negativo devido a eventos pontuais. Embora as ações possam reagir negativamente na margem, uma vez que o consenso de lucro líquido estava acima do reportado, acreditamos que o 2T18 foi sólido e de qualidade. Para saber mais sobre a nossa tese de Itaú, clique aqui.
Cielo 2T18: mais um trimestre desafiador
A Cielo reportou resultados mais fracos do que o esperado no 2T, com o EBITDA 9% abaixo de nossa estimativa e do consenso, -8% no trimestre. O lucro líquido de R$817,5 milhões veio 17,2% abaixo do nosso e 13,4% abaixo do consenso. O custo de serviços (+ 11,2% no 2T) e despesas operacionais (+ 28,4% no 2T), mais que compensaram as receitas mais fortes de R$ 2,9 bilhões, + 2,3% vs XPe e + 5,1% em relação ao trimestre anterior. Esperamos uma reação negativa e reiteramos nossa recomendação neutra nas ações. Para saber mais sobre a nossa tese de Cielo, clique aqui.
Petrobras: Governo às vésperas de renovar congelamento do diesel; neutro no curto prazo
Segundo o Valor Econômico, o governo federal está às vésperas de publicar o decreto que renova o congelamento dos preços de diesel, cujo prazo termina em 1º de Agosto. Segundo a notícia, a nova etapa do programa valerá até o final do ano, mas terá atualização mensal de preços. No curto prazo, vemos a renovação do programa como Neutra para a Petrobras e o setor, haja visto que os preços implícitos no programa correspondem aos que seriam praticados pela Petrobras segundo sua política de preços. No entanto, ainda consideramos incerta a viabilidade de uma política de preços que adequadamente reflete a base de custos da Petrobras, principalmente tendo em vista a proximidade das eleições no Brasil. Temos recomendação Neutra nas ações da Petrobras, com preços-alvo de R$20 (PETR4) e R$19 (PETR3). Para saber mais sobre a nossa tese de Petrobras, clique aqui.
BRF pode ter que vender ativos separadamente na Argentina
De acordo com Valor Econômico, a BRF pode ter que vender ativos na Argentina em partes, segundo pessoas próximas à companhia. Isso se deve ao fato da Avex, negócio de carne de frango, ser responsável por mais de 50% das perdas da companhia no Cone Sul. Além da falta de habilidades do país para exportar e problemas com as safras de grãos do país vizinho, há problemas operacionais com relação à integração de rede de fornecedores e alta concorrência de outras empresas. Por isso, fontes acreditam que só a Granja Tres Arroyos, também maior produtora de carne de frango na Argentina, teria interesse pela operação da BRF. Ainda assim, por um preço baixo. Nesse cenário, a venda de ativos poderá se dar a partir de uma divisão em três partes, segundo a notícia: a Avex, o negócio de hambúrguer (Quickfood) e as operações de carne suína. Para saber mais sobre a nossa tese de BRF, clique aqui.
Eletrobras – Renova prazo para operar distribuidoras até o final do ano; esperado
Em uma assembleia geral extraordinária sediada ontem, os acionistas da Eletrobras aprovaram a prorrogação do período de operação das 6 distribuidoras em processo de privatização, com a contrapartida que a holding não precise mais injetar recursos nestas empresas. Se não tivesse sido aprovada, a alternativa imediata teria sido liquidar tais companhias, o que poderia gerar um ônus de R$22-23 bilhões à estatal. Vemos a notícia como esperada, mas destacamos que o leilão das distribuidoras remanescentes depende da aprovação do PL1033, para o qual há um espaço de tempo apertado para análise no Senado.
Saúde: ANS revoga resolução sobre franquia e coparticipação
A ANS revogou a Resolução Normativa 433, que estabelecia o limite de 40% sobre o pagamento de valores de procedimento a título de franquia e coparticipação. Após a OAB Nacional entrar com uma arguição no STF sobre a competência da agência para editar a medida, a ministra Cármen Lúcia decidiu liminarmente pela suspensão da resolução, que permaneceu suspensa até o anúncio da ANS que revogou a medida. ANS pretende realizar uma nova audiência pública para debater o assunto.
Telecom: Após conversão de dívida, Oi prepara AGE
Depois de concluir na semana passada a conversão de sua dívida em ações, a Oi prepara a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), a ser realizada entre o fim de agosto e o início de setembro, para deliberar sobre a nova composição do conselho de administração da operadora. Na prática, a conversão significou uma redução da dívida financeira da Oi de R$ 45 bilhões para cerca de R$ 14 bilhões. Com a entrada de novos acionistas, a base de acionistas ficou muito mais pulverizada e alargada. A Pharol (ex-Portugal Telecom) teve sua participação reduzida de 27,49% para menos de 8%.
Destaques do mercado ontem: JBSS3 -5,7%; VVAR11 +6%
Ontem as ações da JBS caíram 5,7% na B3, seguindo revisão de projeções feitas pela americana Tyson Foods. Principal concorrente da JBS nos Estados Unidos, a Tyson Foods cortou em mais de 10% a previsão de lucro para o ano fiscal de 2018, devido à efeitos da guerra comercial nos Estados Unidos. Isso se deve principalmente à sobretaxas aplicadas por China e México que podem afetar as exportações de carne suína e elevar o produto no mercado doméstico. Além disso, a sobreoferta de carne de frango nos EUA e maior concorrência com a carne bovina também vem impactando frigoríficos americanos. Do lado positivo, as ações da Via Varejo subiram 6% seguindo rumores de potenciais compradores para a empresas, que incluem, seguindo notícia da Veja: Magazine Luiza, Amazon e o chinês Tencent.
Embraer – 2T18 abaixo do esperado com não recorrente
A Embraer reportou receita líquida de US$ 1,26 bi, vs. uma média das projeções de US$ 1,38 bi (9% abaixo do consenso coletado pelo Broadcast). A margem operacional no trimestre foi de -1,4%, impactada negativamente pela revisão da base de custos do contrato de desenvolvimento do KC-390, item não recorrente de US$ 127 mi por conta de um incidente envolvendo um protótipo. Excluindo efeitos não recorrentes, a margem teria sido de 8,7%. Com isso, o prejuízo no trimestre atingiu US$ 127 mi. O lucro ajustado teria sido de US$ 6 mi. A companhia reitera o guidance para o ano.
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