Tópicos do dia
Brasil

- Política Brasil: Seis destaques devem ser apreciados hoje
- Em entrevista ao programa GloboNews de ontem, Roberto Campos sugere que o avanço da reforma foi positivo
- Equipe econômica do governo estuda a unificação das diferentes propostas de reforma tributária
Internacional

- China: Superávit comercial cresce para US$ 50,98 bi em junho
- Petróleo impulsionado por tempestades tropicais e estoques mais baixos na semana, mas perspectivas de oferta e demanda ainda incertas
- Zona do Euro: produção industrial avança 0,9% em maio
Empresas

- BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3): Empresas desistem da fusão
- Copel (CPLE6): Contrata assessores financeiro e jurídico para venda da Copel Telecom, positivo
- Via Varejo (VVAR3): Parceria com ZestFinance, empresa americana de inteligência artificial relacionada a crédito
Coe News

- PepsiCo: Resultados em linha no 2T19; Foco em publicidade e novos produtos
- Amazon supera US$ 1 trilhão e equivale a quase 10 x a Petrobras
- Apple desabilita o app Walkie-Talkie após falha na seleção de chamadas do iPhone
IBOVESPA -0,63% | 105.146 Pontos
CÂMBIO 0% | 3,75/USD
Foco nos destaques da previdência
Após dia de realização no Ibovespa na quinta-feira, e em meio à votação dos destaques na Câmara, a sessão foi encerrada com ainda 6 destaques para serem apreciados hoje.
Com isso, o calendário de Rodrigo Maia fica em xeque, que previa para hoje a reforma aprovada em segundo turno. Assim, volta a crescer a chance de que o plenário da Câmara só conclua a votação da reforma em agosto, o que se confirmado pode trazer um pouco de volatilidade.
O resultado da votação de ontem foi regras mais brandas para policiais (impacto estimado em R$ 5 bilhões), redução no tempo de contribuição e mudanças na pensão por morte (impacto conjunto de R$ 20 bilhões). Segundo o Ministério da Economia, a desidratação pode ficar entre R$ 50-60 bilhões. Como o projeto que chegou ao plenário trazia R$ 987,5 bilhões aos cofres públicos, a economia continuaria acima de R$ 900 bilhões, o que vemos como positivo.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos, disse em entrevista ao programa GloboNews na noite de ontem que o avanço da reforma da Previdência foi “uma vitória dos brasileiros” e que pode “ estimular também com que o investidor local privado faça investimento”.
A fala de Campos parece sugerir que o avanço da reforma na câmara pode ter melhorado o balanço de riscos para a inflação monitorados pelo BC. Assim, é possível que o mercado volte a intensificar o debate sobre o tamanho de corte de juros (0,25% ou 0,50%) na próxima reunião do COPOM ao final de julho.
No internacional, futuros dos EUA operam em alta, em meio a sessões positivas na Europa e na Ásia durante a noite. Ontem, dados de inflação levemente acima do esperado nos EUA corroboraram com o questionamento do mercado sobre tamanho do corte de juros na reunião de julho, mas ainda se espera corte de 0,25%, o que sustenta a bolsa.
Hoje, dados de comércio da China mostrarem superávit maior do que o esperado após uma grande queda nas importações, em linha com a desaceleração da economia chinesa. As exportações também caíram um pouco mas menos do que o esperado.
Sobre tensões comerciais entre EUA e China, o otimismo inicial que se seguiu à trégua comercial Trump-Xi deu lugar à cautela. O Washington Post disse que a Casa Branca está cada vez mais preocupada com as perspectivas de um acordo com a China, e o presidente Trump twittou que a China está “nos decepcionando” com as compras agrícolas.
Do lado das empresas, a BRF e a Marfrig desistiram da potencial fusão, por não ter sido atingido acordo quanto à governança da companhia combinada. De certa forma, isso já era uma possibilidade vista pelo mercado. Mantemos nossa recomendação de compra para Marfrig que ainda negocia a desconto e pode se beneficiar do ciclo positivo para proteínas. Após o anúncio da potencial fusão, as ações da BRF performaram 17% acima da Marfrig, que ficou de lado.
Mantemos Neutro na BRF. Na nossa visão, a peste suína africana pode ser benéfica para a geração de caixa da empresa e ajudar na desalavancagem mas preferimos nos posicionar nesse tema via JBS que já vem entregando resultados, múltiplos de 2020 ainda estão descontados e tem sido vocal com potencial IPO nos EUA, de destravaria valor adicional.
Brasil
Política Brasil: Seis destaques devem ser apreciados hoje
- O dia ontem foi de intensas negociações para votação dos destaques da reforma da previdência. O resultado foi regras mais brandas para policiais (impacto estimado em R$ 5 bilhões), redução no tempo de contribuição e mudanças na pensão por morte (impacto conjunto de R$ 20 bilhões);
- O atraso para o início da sessão fez com que os deputados ficassem até as 3 da manhã em plenário e não conseguissem concluir as votações. São 6 destaques que devem ser apreciados hoje. Fica em xeque o calendário de Rodrigo Maia, que previa para hoje a reforma aprovada em segundo turno. Assim, volta a crescer a chance de que o plenário da Câmara só conclua a votação da reforma em agosto;
- Jair Bolsonaro decidiu indicar o filho Eduardo Bolsonaro, hoje deputado federal, para embaixada brasileira nos EUA.
Em entrevista ao programa GloboNews de ontem, Roberto Campos sugere que o avanço da reforma foi positivo
- O presidente do Banco Central, Roberto Campos, disse em entrevista ao programa GloboNews na noite de ontem que o avanço da reforma da Previdência foi “uma vitória dos brasileiros” e que “não é todo dia que a gente vê multidões nas ruas pedindo reforma. É muito importante para a economia porque um dos problemas que não foram resolvidos é o fiscal. Agora, a gente tem o primeiro passo para ajustar o fiscal, que tem outras partes para serem endereçadas”;
- Além disso Campos ressaltou que o avanço da reforma “vai estimular também com que o investidor local privado faça investimento”;
- A fala de Campos parece sugerir que o avanço da reforma na câmara pode ter melhorado o balanço de riscos para a inflação monitorados pelo BC. Assim, é possível que o mercado volte a intensificar o debate sobre o tamanho de corte de juros (0,25% ou 0,50%) na próxima reunião do COPOM ao final de julho.
Equipe econômica do governo estuda a unificação das diferentes propostas de reforma tributária
- De acordo com os jornais Valor Econômico e Correio Braziliense, a equipe econômica do governo já analisa as diferentes propostas de reforma tributária que estão em pauta e estudam uma possível unificação entre elas;
- O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, disse que o governo pretende encaminhar ao congresso uma proposta própria e ainda considera a possibilidade da recriação de um imposto similar à CPMF, mas que isso dependerá da decisão de Paulo Guedes;
- Segundo fontes do governo, o texto que está sendo elaborado pelo governo deve apresentar um novo modelo de desoneração da folha de pagamentos. A intenção é divulgar a agenda da reforma já na próxima semana.
S&P: Reforma impulsionará concessão de crédito
- Segundo o Valor Econômico, a agência de classificação de risco S&P publicou um relatório avaliando os impactos no mercado de crédito da provável aprovação da Reforma da Previdência no Congresso brasileiro. Houve alguns sinais de desaceleração nos dados mais recentes do Banco Central (maio) e o avanço do projeto deve fortalecer a oferta e a demanda de crédito;
- No início do ano, a S&P esperava que o saldo do sistema nacional aumentasse 10% em 2019. No entanto, dado o fraco crescimento econômico do primeiro trimestre e o ritmo lento da agenda de reformas, a projeção foi revisada para a faixa de 6%-8% (vs 5,5% em 2018);
- No mesmo relatório, a agência apontou uma melhora marginal da inadimplência do sistema de 3% para 2,6% entre 2019 e 2020. Finalmente, e em linha com a nossa visão, a S&P vê os bancos privados brasileiros bem posicionados para expandir o crédito às empresas, o que está demorando mais do que o esperado mas deve acelerar no 2S19. Mantemos nossas recomendações para o setor e o Bradesco como nossa preferência, embora reconhecendo que os preços atrativos já não são tão óbvios quanto há alguns meses.
Internacional
China: Superávit comercial cresce para US$ 50,98 bi em junho
- O superávit comercial da China passou de US$ 41,65 bilhões em maio para US$ 50,98 bilhões em junho. A leitura ficou acima da previsão do mercado (US$ 42 bilhões);
- As importações caíram 7,3% na comparação anual de junho, enquanto as exportações cederam 1,3%. As expectativas eram de redução de, respectivamente, 3,8% e 2,0%;
- Além disso, os bancos chineses aumentaram a concessão de empréstimos em junho, que passaram de 1,18 trilhão de yuans em maio para 1,66 trilhão de yuans no mês passado.
Petróleo impulsionado por tempestades tropicais e estoques mais baixos na semana, mas perspectivas de oferta e demanda ainda incertas
- Os preços do Brent estão estáveis em US $ 66,8/barril (+ 0,36% e alta agora e de 4,5% nesta semana). Parte dos ganhos refletiu as interrupções no Golfo do México devido a tempestades tropicais, que interromperam 53% da produção da região (ou 1 milhão de barris/dia) Além disso, dados da API e do EIA apontaram para queda de estoques de petróleo, um sinal positivo para os preços;
- No entanto, outras notícias refrearam parte do otimismo. De acordo com a Agência Internacional de Energia, a alta na produção de petróleo dos EUA e a menor demanda global deverão levar a aumento dos estoques nos próximos meses, o que implica que a OPEP precisará reduzir ainda mais sua produção se quiser dar suporte a preços;
- Além disso, as previsões da Opep também apontam para uma demanda menor e um retorno do mercado a uma situação de sobreoferta, apesar da extensão do acordo de cortes de produção do grupo no início do mês.
Zona do Euro: produção industrial avança 0,9% em maio
- A produção industrial da zona do euro avançou 0,9% na passagem de abril para maio, superando a previsão de alta de 0,2%. Já na comparação anual, a produção industrial recuou 0,5% em maio, menos que a perda de 1,6% estimada pelos economistas;
- Além disso, os membros do BCE sinalizaram em sua última reunião que consideram adotar novos estímulos em breve, diante de uma inflação fraca e um cenário global incerto;
- A ata divulgada sugere que o BCE está preparado para dar sustentação à economia, com medidas monetárias estimulativas, tais como recompras de ativos e outras.
Trump segue criticando gigantes de tecnologia
- Em discurso na Casa Branca nesta quinta-feira, Trump reuniu-se com alguns de seus apoiadores nas discussões sobre gigantes de tecnologia;
- Trump atacou as empresas de mídia social que, segundo ele, estão tentando silenciar usuários e grupos com visões de direita, porém sem apresentar exemplos específicos. O presidente americano também informou que irá explorar todas as soluções legislativas e regulatórias para proteger a liberdade de expressão de todos os americanos: “Empresas de tecnologia não podem censurar as vozes do povo americano ”;
- As gigantes de mídia social Facebook, Twitter, e Alphabet, proprietária do Google e do YouTube, não foram convidadas para o evento de quinta-feira e se recusaram a discutir o assunto. Dirigentes dessas empresas negaram viés político e informaram que seguem supervisionando o conteúdo.
Empresas
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3): Empresas desistem da fusão
- Em comunicado ao mercado ontem, a BRF e a Marfrig desistiram da potencial fusão, por não ter sido atingido acordo quanto à governança da companhia combinada. De certa forma, isso já era uma possibilidade vista pelo mercado;
- Mantemos nossa recomendação de compra para Marfrig que ainda negocia a desconto e pode se beneficiar do ciclo positivo para proteínas. Após o anúncio da potencial fusão, as ações da BRF performaram 17% acima da Marfrig, que ficou de lado;
- Mantemos Neutro na BRF. Na nossa visão, a peste suína africana pode ser benéfica para a geração de caixa da empresa e ajudar na desalavancagem mas preferimos nos posicionar nesse tema via JBS que já vem entregando resultados, múltiplos de 2020 ainda estão descontados e tem sido vocal com potencial IPO nos EUA, que destravaria valor adicional.
Copel (CPLE6): Contrata assessores financeiro e jurídico para venda da Copel Telecom, positivo
- Em um fato relevante divulgado ontem, a Copel anunciou que contratou Rothschild e Cescon Barrieu como seus assessores financeiro e jurídico para a venda de sua subsidiária Copel Telecom;
- Segundo o Valor Econômico, a empresa espera concluir a transação até o 1T2020. O primeiro passo seria a reavaliação do valor justo da subsidiária, que deve levar de 60 a 90 dias. O segundo passo seria a aprovação da transação pelo conselho da empresa, o que exigiria de 30 a 45 dias. Por fim, a Copel deve abrir a sala de dados virtuais para potenciais compradores;
- Vemos o anúncio como positivo para a Copel, haja visto que a venda da divisão de telecomunicações deve contribuir para a redução do endividamento. Conforme mencionado em nosso início de cobertura (link), estimamos que a participação da Copel valha cerca de R$1,03bi, que após o pagamento de impostos levaria a uma redução de 10,2% da dívida líquida da Copel e um ganho por ação de R$3,3. Reiteramos nossa recomendação de COMPRA na Copel, com preço-alvo de R$55/ação.
Via Varejo (VVAR3): Parceria com ZestFinance, empresa americana de inteligência artificial relacionada a crédito
- A Via Varejo fechou uma parceria com a ZestFinance, empresa americana focada em softwares de inteligência artificial. O racional é trazer mais tecnologia para o crediário da Via Varejo e um novo modelo de crédito com o uso de inteligência artificial deve ser testado no segundo semestre de 2019, com implementação prevista para início de 2020. A parceria também vale para o banQi (banco digital da varejista). A iniciativa faz parte da estratégia de inovação e transformação digital da Via Varejo, que vemos como positiva;
- Além disso, segundo o Estadão, a família Klein deve indicar dois nomes para o Conselho de Administração da Via Varejo. Um deles será Marcel Cecchi, diretor de finanças do Grupo CB (holding da família) e que atualmente ocupa cadeira no Comitê de Auditoria. O outro será Raphael Klein, filho de Michael Klein, que já presidiu o conselho de administração anteriormente. Por fim, a notícia sugere que, do lado da XP Investimentos, o indicado será Rogério Calderón, que trabalhou no Itaú Unibanco e no HSBC. A formalização dos nomes ocorrerá na próxima reunião de conselho, prevista para ser convocada no próximo dia 15 para ser realizada no dia 23.
Frigoríficos: Exportações de carne suína mais que dobraram em junho
- Conforme dados da Secex compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações brasileiras de carne suína renderam US$137,7mi em junho, mais do que o dobro do ano passado (+23,4% no acumulado do ano), impulsionadas principalmente pela China, frente à grave epidemia de peste suína africana;
- Em volume, os embarques de carne suína ao exterior aumentaram +81% A/A, para 63,6 mil toneladas, acumulando ganho de +24,5% no ano. Apesar do aumento A/A partir de uma base de comparação fraca, dado a greve dos caminhoneiros, o aumento da demanda é uma realidade. No primeiro semestre, a China foi responsável por 26,7% da carne suína exportada pelos brasileiros, totalizando 91,2 mil toneladas, incremento de 30,7%;
- Conforme temos mencionado, a proliferação da peste suína africana na China tem surtido efeitos, com os frigoríficos brasileiros sendo claros beneficiários. O potencial desequilíbrio da oferta/demanda global de proteínas já impulsionaram as ações, mas, na nossa visão, há mais por vir. Reiteramos recomendação de Compra na JBS, que segue como nosso nome preferido dentre os frigoríficos, seguido pela Marfrig. Mantemos neutro em BRF.
Coe News
PepsiCo: Resultados em linha no 2T19; Foco em publicidade e novos produtos
- Os resultados do 1T19 vieram em linha com as estimativas de mercado, com receitas crescendo 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado, em US$ 16,45bi, e lucro de US$ 2,04bi, 12% superior na comparação anual. Destaque para o aumento diversificado das vendas, desde Américas até Europa, Oriente Médio, África e Ásia, além do momento positivo da marca Frito-Lay nos EUA e Canadá;
- Segundo o atual presidente da gigante de snacks e bebidas, Ramon Laguarta, desde outubro de 2018 o grupo vem (i) aumentando os gastos com publicidade, (ii) ampliando sua linha de produtos e inovando alguma de suas embalagens, como no lançamento do refrigerante Pepsi Mango, (iii) além de seguir com o plano de expansão de suas redes de distribuição;
- Segundo os dirigentes da empresa, para conseguir manter o potencial de crescimento de 4% de receita no 2S19, será preciso continuar com os investimentos em publicidade, capacidade produtiva e rede de distribuição.
Amazon supera US$ 1 trilhão e equivale a quase 10 x a Petrobras
- A Amazon voltou a atingir a marca histórica de US$ 1tri em valor de mercado, negociando acima de US$2.000,00. O valor da Amazon equivale a quase dez vezes o da Petrobras, empresa mais valiosa do Ibovespa mediante ao valor de mercado de aproximandamente US$104bi;
- Não distante, outras gigantes de tecnologia como Microsoft e Apple seguem com valores de mercado em US$ 1,06tri e cerca de US$ 935bi respectivamente;
- Já do ponto de vista do valor da marca, a Amazon segue como primeira colocada no ranking da consultoria BrandZ em 2019, mantendo-se acima da Apple e Google. Segundo a empresa de pesquisa Kantar, responsável pelo estudo, a varejista digital atingiu um valor de marca de US$ 315,5 bi neste ano.
Apple desabilita o app Walkie-Talkie após falha na seleção de chamadas do iPhone
- A gigante de Tech desativou o aplicativo Walkie-Talkie do Apple Watche depois de encontrar uma falha de segurança que eventualmente permite outra pessoa ouvir conversas durante chamadas sem o consentimento do usuário do iPhone. Esta é a segunda falha relacionada à potencial espionagem de que o grupo está sendo acusado;
- A Apple não revelou a natureza da vulnerabilidade, mas disse que desativou temporariamente o aplicativo enquanto trabalha para corrigir o problema. Segundo dirigentes do grupo, não há casos em que determinado usuário fora prejudicado ou exposto publicamente mediante esta falha.

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