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Pesquisa XP

- Pesquisa XP-Ipespe: Desaprovação popular do governo Bolsonaro cresce, enquanto aprovação diminui
Brasil

- Política Brasil: Medida que poderia gerar arrecadação extraordinária ao Tesouro
Internacional

- Reino Unido: Theresa May renuncia em meio à crise do Brexit
Empresas

- Cosan (CSAN3): A revisão tarifária da COMGAS 4ª foi concluída, termos em linha com nota técnica preliminar; Reiteramos COMPRA
- Marfrig (MRFG3): Muda planejamento em meio aos impactos positivos da peste suína africana
- Frigoríficos: Ministério busca ampliar número de frigoríficos aptos a exportar à China
Resumo
Tensão nos mercados internacionais e Pesquisa XP-Ipespe no Brasil
Mercados internacionais operam em alta no final de mais uma semana em que as tensões comerciais dominaram os mercados, enquanto as preocupações com a desaceleração da economia mundial persistem.
Em comentários durante a noite de ontem, Trump rotulou a gigante de telecomunicações chinesa Huawei Technologies de “muito perigosa”, mas disse que os problemas com a empresa poderiam ser resolvidos dentro de um acordo comercial com o país, embora nenhuma negociação com a China tenha sido programada ainda.
No Reino Unido, a primeira-ministra Theresa May anunciou que renunciará no dia 7 de junho, conforme já era esperado após fatos recentes ao redor do Brexit. Seu substituto terá o grande desafio de resolver o impasse da saída da União Europeia, mesmo que com atraso, e reunir o conturbado Partido Conservador.
No Brasil, governo começa a dar detalhes da medida que poderia gerar arrecadação extraordinária ao Tesouro. A ideia é permitir que o preço de bens, especialmente imóveis, possam ser atualizados mediante pagamento de tributo. As estimativas iniciais da Receita apontam para ganhos de, pelo menos, R$ 300 bilhões aos cofres públicos.
A rodada extraordinária da pesquisa XP-Ipespe mostra, pela primeira vez neste ano, a avaliação negativa numericamente à frente da opinião positiva em relação ao governo Jair Bolsonaro. O grupo de entrevistados que classifica a atuação do governo como ruim ou péssima subiu 5 p.p. (de 31% para 36%), enquanto os que avaliam a atual administração como ótima ou boa oscilaram de 35% para 34%.
Nesta rodada, os entrevistados foram provocados pela primeira vez a avaliar o andamento da agenda do presidente Bolsonaro no Congresso. Apenas 4% dos entrevistados avaliam como satisfatória a execução dos objetivos do governo no parlamento. Enquanto, 35% afirma que a agenda tem prosseguido lentamente por culpa do governo e do Congresso. Outros 30% creditam o ritmo lento à atuação apenas do Congresso e 20% culpam só o governo Bolsonaro pela lentidão.
Do lado das empresas, ontem o regulador ARSESP divulgou nota técnica final para o processo de revisão tarifária da COMGAS, com todas as projeções praticamente em linha com os termos da nota técnica preliminar publicada em 3 de abril, que já haviam sido incorporados em nossas estimativas. No entanto, acreditamos que o anúncio é um marco para a Cosan, podendo destravar um novo ciclo de investimentos em distribuição de gás, e reiteramos a recomendação de compra nas ações.

Conteúdo na íntegra
Pesquisa XP
Pesquisa XP-Ipespe: Desaprovação popular do governo Bolsonaro cresce, enquanto aprovação diminui
- A rodada extraordinária da pesquisa XP-Ipespe mostra, pela primeira vez neste ano, a avaliação negativa numericamente à frente da opinião positiva em relação ao governo Jair Bolsonaro. O grupo de entrevistados que classifica a atuação do governo como ruim ou péssima subiu 5 p.p. (de 31% para 36%), enquanto os que avaliam a atual administração como ótima ou boa oscilaram de 35% para 34%. Considerando a redução observada entre os entrevistados que avaliam o governo como regular, é provável que pessoas desse grupo tenham migrado para uma opinião negativa sobre o governo.
- A tendência descendente foi observada ainda na expectativa da população para o restante do mandato de Bolsonaro. O grupo de entrevistados que esperam que o restante do governo seja ótimo ou bom caiu de 51% para 47%. Na contramão, oscilou também 4 p.p. para cima o percentual dos que têm expectativa de que o restante do mandato seja ruim ou péssimo.
- Nesta rodada, os entrevistados foram provocados pela primeira vez a avaliar o andamento da agenda do presidente Bolsonaro no Congresso. Apenas 4% dos entrevistados avaliam como satisfatória a execução dos objetivos do governo no parlamento. Enquanto, 35% afirma que a agenda tem prosseguido lentamente por culpa do governo e do Congresso. Outros 30% creditam o ritmo lento à atuação apenas do Congresso e 20% culpam só o governo Bolsonaro pela lentidão. Pesquisa completa no link.
Brasil
Política Brasil: Medida que poderia gerar arrecadação extraordinária ao Tesouro
- Governo começa a dar detalhes da medida que poderia gerar arrecadação extraordinária ao Tesouro. A ideia é permitir que o preço de bens, especialmente imóveis, possam ser atualizados mediante pagamento de tributo. As estimativas iniciais da Receita apontam para ganhos de, pelo menos, R$ 300 bilhões aos cofres públicos;
- Com manifestações a favor do governo marcadas para domingo, o presidente diz que pedir o fechamento do Congresso e do STF é “pauta mais para Maduro”, em relação ao mandatário do país vizinho.
Internacional
Reino Unido: Theresa May renuncia em meio à crise do Brexit
- Como já era esperado após os recentes desenvolvimentos em torno do Brexit, Theresa May anunciou hoje sua demissão como líder conservadora. Com isso, um novo sucessor será eleito e enfrentará o grande desafio de dar um fim ao impasse e também reunir o conturbado Partido Conservador;
- A saga Brexit consumiu May e sua partido. Ela submeteu seu acordo à Câmara dos Comuns, mas foi derrotada três vezes, inicialmente pela maior maioria contra um governo da história, informa o Financial Times;
- Segundo a Reuters, o processo de eleição de um novo líder conservador deve ser concluído antes do final de julho. A partida de May pode aprofundar a crise do Brexit, pois é provável que um novo líder queira uma divisão mais decisiva, aumentando as chances de confronto com a UE e uma eleição parlamentar potencialmente imprevisível.
Empresas
Cosan (CSAN3): A revisão tarifária da COMGAS 4ª foi concluída, termos em linha com nota técnica preliminar; Reiteramos COMPRA
- Em 23 de maio, após o mercado, o regulador ARSESP divulgou a nota técnica final para o processo de revisão tarifária da COMGAS (NT nº 30/2019);
- Olhando para os números publicados, tanto a base de ativos como projeção de custos e investimentos ficaram praticamente em linha com os termos da nota técnica preliminar publicada em 3 de abril, que já haviam sido incorporados em nossas estimativas. No entanto, acreditamos que o anúncio é um marco para a Cosan, destravando potencialmente um novo ciclo de investimento para a expansão da rede de distribuição de gás natural da concessionária e, portanto, maior demanda em comparação com nossas estimativas regulatórias. Além disso, a menor percepção de risco regulatório para os fluxos de caixa da COMGAS deve contribuir para a redução do desconto da Cosan para a soma das partes de sesu negócios;
- Reiteramos nossa recomendação de compra na Cosan, com preço-alvo de R$62/ação.
Marfrig (MRFG3): Muda planejamento em meio aos impactos positivos da peste suína africana
- Em entrevista com jornalistas em um complexo da Marfrig em Itupeva, Miguel Gularte, executivo responsável pelas operações da empresa na América do Sul, afirmou que a demanda excepcional da China por proteínas alterou o planejamento de vendas da Marfrig;
- Para se apropriar dos aumentos quase diários dos preços pagos pelos importadores chineses, a Marfrig aumentou os estoques e reduziu o volume de vendas contratadas. Com isso, a companhia consegue aproveitar os preços mais altos carnes, fechando os contratos gradualmente e à medida que os preços da carne sobem, justificou Gularte;
- Os executivos da Marfrig se disseram bastante confiantes com as autorizações da China para que mais unidades da companhia possam exportar. De acordo com eles, é possível que Pequim autorize mais frigoríficos brasileiros a exportar já na próxima semana.
Frigoríficos: Ministério busca ampliar número de frigoríficos aptos a exportar à China
- Segundo o Valor Econômico, apesar da China sinalizar que quer habilitar apenas mais 20 frigoríficos brasileiros para exportar carnes a seu mercado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, confirmou ontem que enviará para Pequim uma lista com 30 plantas. A relação deve incluir 19 unidades de bovinos, dez de aves e uma de asininos, segundo uma fonte a par das negociações;
- Durante sua viagem à China, as autoridades do GACC, órgão responsável pela defesa agropecuária do país asiático, informaram que, dos 11 estabelecimentos visitados no Brasil em novembro do ano passado, 6 já estão aprovados e prontos para serem habilitados. Os outros cinco ainda apresentam inconformidades técnicas, como apontado em relatório do serviço veterinário chinês divulgado após a inspeção;
- Ontem em reunião técnica na sede do Ministério da Agricultura, em Brasília, o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, pediu para que as associações definissem os frigoríficos mais preparados para fazer parte da lista e o ministério vai checar todas as informações fornecidas pelas empresas antes de enviar a lista para a China.

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