IBOVESPA -2,52% | 111.593 Pontos
CÂMBIO +0,03% | 5,08/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
O mercado continua apreensivo depois que os EUA revelaram discussões ativas com governos europeus sobre a proibição de importações de petróleo e gás natural russos. Após o pronunciamento da Alemanha, em nome de países europeus, dizendo que não vão parar com as compras, por falta de alternativa viável de curto prazo, os EUA avaliam proibir sozinhos a compra de combustíveis russos. Na agenda internacional de hoje, temos a divulgação dos dados do PIB da zona do euro para o quarto trimestre do ano passado, que devem mostrar um aumento de 4,6% no ano, enquanto os dados já divulgados mostram que a produção industrial alemã subiu 2,7% no mês de janeiro, muito mais que o esperado. No Brasil, com petróleo do tipo Brent sendo negociado a mais de US$125/barril, os políticos voltam suas atenções para como evitar que os preços internacionais cheguem no consumidor final. Arthur Lira defende um subsídio temporário, com recursos dos dividendos da Petrobrás e Royalties do petróleo, em vez de mudar a política de preços vigente. Alguns membros do governo ressaltam que esses recursos iriam para o Tesouro Nacional, e que abrir mão deles seria de grande impacto na arrecadação. Não está descartado um pedido de estado de calamidade, que possibilitaria utilização de créditos extraordinários para subsidiar o preço dos combustíveis, no entanto, essa opção vem com contrapartidas.
Brasil
A Bolsa brasileira começou a semana acompanhando o mau humor no exterior, com investidores pessimistas em relação aos preços de energia, reflexo do conflito Rússia-Ucrânia, já de olho em um provável embargo ao petróleo russo, como uma forma de sanção ao país de Vladmir Putin. O Ibovespa encerrou o dia em baixa de -2,52%, aos 111.593 pontos, depois de oscilar entre 111 e 114 mil pontos. O dólar ignorou novamente as tensões entre Ucrânia e Rússia e ficou de lado com ajuda do capital estrangeiro. A moeda americana fechou em alta de 0,03%, a R$ 5,079. No mercado de renda fixa, os juros futuros fecharam o dia de ontem com novo movimento de alta, puxadas pelos contínuos temores em relação aos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Ainda não há visibilidade em relação a um cessar-fogo e o risco de um embargo ao petróleo russo aumenta, o que deve levar a novas altas no preço da commodity e, consequentemente, maiores pressões inflacionárias. Na sessão estendida, notícias de que o governo brasileiro estuda congelar os preços de combustíveis levaram a um novo aumento das expectativas. DI jan/23 fechou em 13,105%; DI jan/25 encerrou em 12,20%; DI jan/27 foi para 12,13%; e DI jan/29 fechou em 12,20%.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem em leve alta (EUA +0,2% e Europa +0,3%), mesmo em um movimento de aversão ao risco dos investidores com o avanço da invasão russa na Ucrânia. Em entrevista ontem, a vice-secretária de Estado americano, Wendy Sherman, anunciou que os Estados Unidos estão avaliando todas as sanções possíveis contra a Rússia, inclusive um embargo às importações de petróleo do país. Como retaliação, a Rússia alertou na segunda-feira (7) que poderia interromper o fluxo de gás natural através de gasodutos da Rússia para a Europa, via o gasoduto existente Nord Stream 1. Na China o índice de Hang Seng (-1,4%) encerra em baixa, assim como outros mercados asiáticos, também refletindo a preocupação com a alta dos preços do petróleo e a desaceleração do crescimento econômico em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Economia
Com os aumentos generalizados nos preços de commodities, a reunião do Banco Central Europeu na quinta-feira (10) passou a ficar em foco, já que os formuladores de políticas agora precisam lidar com a perspectiva de que a inflação, já em níveis recordes, aumente ainda mais no momento em que uma nova crise ameaça a economia. Além disso, A União Europeia vai disponibilizar ainda essa semana seu plano de venda conjunta de títulos, cujo objetivo é financiar gastos com defesa e energia.
Commodities
Após notícias mas firmes de um possível embargo dos EUA e seus aliados europeus ao petróleo e gás natural russo, o petróleo Brent atingiu seu nível mais alto desde 2008, chegando a ser negociado a mais de 140 dólares o barril durante o dia. Esse aumento reflete, não só o medo das novas sanções energéticas à Rússia, mas também atrasos no potencial retorno do petróleo iraniano aos mercados globais. Além disso, o gás, o níquel e o trigo europeus também subiram para níveis recordes em meio a preocupações com interrupções no fornecimento.
Rússia e Ucrânia
A guerra na Ucrânia chega ao 13º dia com intensificação dos ataques em grandes cidades e sem avanços relevantes nas negociações. O governo Zelensky e o governo Putin têm novas conversas marcada para quinta-feira (10). Essas devem acontecer na Turquia e serão as negociações de mais alto escalão até o momento, entre os ministros das relações exteriores. Nas conversas de segunda-feira, “pequenos avanços” foram relatados pelo governo ucraniano sobre corredores humanitários. Segundo o governo russo, as condições sendo estipuladas nas conversas são a rendição total militar da Ucrânia, a mudança da Constituição do país para garantir que nunca irá aderir à Otan ou União Europeia e reconhecer Crimeia, Donetsk e Luhansk como território russo. Vale notar que, em meio a discussões de mais medidas por aliados ocidentais, a Rússia já se converteu no país mais sancionado do mundo. Segundo o Kremlin, em resposta, o país estuda cortar gás para Europa via o gasoduto Nord Stream 1.
Mercado em Gráfico
O rublo, a moeda oficial russa, desde o início de fevereiro, quando se intensificou as tensões geopolíticas com a Ucrânia, chegou a cair mais de -60%. Nesta segunda feira (7) a moeda russa atingiu um novo mínimo histórico, chegando a operar em 132 rublos em relação ao dólar e 144 rublos em relação ao euro. Essa intensificação na desvalorização da moeda russa surge depois que os EUA anunciarem que se prepara, junto com seus aliados, para proibir as importações de petróleo e gás natural da Rússia, numa nova tentativa de asfixiar a economia russa em retaliação à guerra na Ucrânia. A balança comercial de energia garante aos russos uma forte entrada de dólares. Deixar esse canal aberto é uma forma de diminuir os efeitos das sanções do Ocidente. Por outro lado, boicotar as vendas de petróleo e gás russos pode levar a um colapso cambial em pouco tempo, já que o BC da Rússia está sem reservas e o país tem sofrido sanções também de diversas empresas multinacionais se retiraram do país.
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Agenda de resultados
Vulcabras (VULC3): Após o fechamento
Temporada de resultados do 4º trimestre 2021 – o que esperar?
Economia
Guerra Rússia/Ucrânia gera incerteza em relação ao crescimento global
- A União Europeia vai disponibilizar ainda essa semana seu plano de venda conjunta de títulos, cujo objetivo é financiar gastos com defesa e energia;
- Os EUA avaliam proibir sozinhos as compras de combustíveis russos, uma vez que países europeus, liderados pela Alemanha, já disseram que não vão parar com as compras, por falta de alternativa viável de curto prazo.
- Na frente de dados econômicos, os dados do PIB da zona do euro para o quarto trimestre do ano passado devem mostrar um aumento de 4,6% no ano, enquanto os dados já divulgados mostram que a produção industrial alemã subiu 2,7% no mês de janeiro, muito mais que o esperado;
- No Brasil, com petróleo do tipo Brent sendo negociado, nesse momento, em USD 126 o barril, os políticos voltam suas atenções para como evitar que os preços internacionais cheguem no consumidor final. Arthur Lira defende um subsídio temporário, com recursos dos dividendos da Petrobrás e Royalties do petróleo, em vez de mudar a política de preços vigente. Alguns membros do governo ressaltam que esses recursos iriam para o Tesouro Nacional, e que abrir mão deles seria de grande impacto na arrecadação. Não está descartado um pedido de estado de calamidade, que possibilitaria utilização de créditos extraordinários para subsidiar o preço dos combustíveis, no entanto, essa opção vem com contrapartidas;
- Publicamos o relatório macro mensal de março. Inflação corrente elevada e alta de custos pioraram a perspectiva para o IPCA, mesmo com a taxa de câmbio mais apreciada. Elevamos nossa projeção de 5,2% para 6,2% este ano, e de 3,25, para 3,80% no ano que vem.
Política
A guerra na Ucrânia chega ao 13º dia com intensificação dos ataques em grandes cidades e sem avanços relevantes nas negociações
- O governo Zelensky e o governo Putin têm novas conversas marcada para quinta-feira (10). Essas devem acontecer na Turquia e serão as negociações de mais alto escalão até o momento, entre os ministros das relações exteriores;
- Nas conversas de segunda-feira, “pequenos avanços” foram relatados pelo governo ucraniano sobre corredores humanitários. Segundo o governo russo, as condições sendo estipuladas nas conversas são a rendição total militar da ucrânia, a mudança da Constituição do país para garantir que nunca irá aderir à Otan ou União Europeia e reconhecer Crimeia, Donetsk e Luhansk como território russo;
- Vale notar que, em meio a discussões de mais medidas por aliados ocidentais, a Rússia já se converteu no país mais sancionado do mundo. Segundo o Kremlin, em resposta, o país estuda cortar gás para Europa via o gasoduto Nord Stream 1.
Empresas
Construtoras | Baixa Renda: Atualizando nossos preços-alvo e elevando MRV para compra
- Estamos revisando nossos preços-alvo para Cury (CURY3), Direcional (DIRR3), MRV (MRVE3 elevando para compra), Tenda (TEND3) e Plano & Plano (PLPL3) para refletir uma perspectiva macroeconômica mais desafiadora, bem como aumento da incerteza política. Também revisamos nossas estimativas operacionais e financeiras de longo prazo;
- Estamos reduzindo nosso preço-alvo da Cury para R$ 13,00/ação (de R$ 15,00), Direcional para R$ 17,00/ação (de R$ 20,50), MRV para R$ 19,00/ação (de R$ 23,00), Tenda para R$ 28,00/ação (de R$ 38,00) e Plano & Plano para R$ 7,00/ação (de R$ 10,00);
- Dito isso, agora temos recomendação de compra em todos os nomes de baixa renda, devido ao valuation atrativo e fundamentos robustos de longo prazo, mas favorecemos nomes com foco no topo do programa CVA. Portanto, mantemos a Cury como nossa principal recomendação, negociando a 4,9x P/L em 2022;
- Clique aqui para ver nosso relatório.
Omega Energia (MEGA3): Adquire as Expansões de Assuruá
- Em 07 de março de 2022, a Omega Energia divulgou um Fato Relevante informando que assinou o acordo para aquisição de: (i) 40% de Assuruá 4 (211,5MW); (ii) 20% de Assuruá 5 (243,6MW) e (iii) os direitos relacionados às expansões eólica e solar do projeto que inclui o desenvolvimento de Assuruá 6 e 7 e Assuruá Solar. A companhia pagará R$ 262 milhões pelos ativos e direitos, sendo R$ 57,2 milhões em caixa e quatro parcelas anuais de R$ 51,2 milhões;
- Com isso, a empresa deterá 100% dos ativos (455,1MW) e o seu direito a expansões que, juntas, podem chegar a 617,6MW de capacidade instalada adicional com direito a 50% de desconto na TUST;
- Consideramos a transação como neutra para a Omega Energia, uma vez que estimamos uma taxa de retorno justa para as ações com base em nosso modelo proprietário desenvolvido para os ativos adquiridos. Por outro lado, do ponto de vista estratégico, a aquisição é positiva, pois agora a Omega Energia poderá desenvolver e expandir o restante do portfólio;
- Continuamos a ver a Omega como uma das melhores histórias de risco-retorno em nossa cobertura e nossa top-pick no setor. Mantemos nossa recomendação de Compra da Omega Energia, com preço-alvo de R$ 17/ação;
- Clique aqui para conferir.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- ‘Estamos focados no longo prazo’, diz fundadora do Nubank (Valor);
- O Banco Central e o choque de petróleo e alimentos (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Quase 60% das famílias de baixa renda começaram o ano de 2022 inadimplentes (Estadão)
- Mercado passa a ver Selic a 8,25% em 2023, mostra Focus (Folha)
- Dados de cerca de 300 mil usuários do Mercado Livre vazam (Folha)
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Trigo volta a atingir limite de alta na bolsa de Chicago (Valor);
- Emissões de CBios estão mais fracas do que um ano atrás (Valor).
- Guerra gera mais custos ao setor de carnes do Brasil, mas também abre espaço para exportações (Infomoney);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Bolsonaro é aconselhado a apoiar suspensão de reajuste de combustíveis durante guerra. (Valor Econômico);
- Biden deve ir à Arábia Saudita para pedir aumento da produção de petróleo. (epbr);
- Omega Energia assina acordo para compra do complexo eólico Assuruá por R$ 262 milhões. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Os fundos imobiliários mais recomendados pelos analistas para comprar em março; FIIs de logística ganham peso e lideram a seleção (InfoMoney);
- Investidores com cotas do FII HGCR11 terão direito a R$ 1,05 em rendimentos (Estadão);
- Número de brasileiros investindo em FIIs cresce 660% em 3 anos (Estadão);
- Clique aqui para acessar o Radar Imobiliário completo.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Uber eleva estimativas de lucro
- Microsoft inaugura seu quarto data center na Índia;
- Uber eleva suas estimativas de lucro;
- GM anuncia nova fábrica de materiais de bateria no Canadá;
- Aumento dos preços do petróleo possuem um grande impacto na inflação dos Estados Unidos;
- Clique aqui para ver o relatório.
ESG
Após conflito Rússia e Ucrânia, UE pode aumentar a geração de energia renovável e reduzir dependências | Café com ESG, 08/03
- Na segunda-feira, o mercado fechou em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -2,5% e -3,8%, respectivamente;
- No Brasil, (i) ontem foi o último dia do prazo da consulta pública da minuta de uma circular da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para começar a regular as seguradoras não só com relação à gestão dos riscos climáticos, mas também outros riscos ambientais e sociais; e (ii) de acordo com um estudo da universidade de Exeter, do Instituto Potsdam e da universidade técnica de Munique, a floresta amazônica está perdendo sua capacidade de se recuperar da destruição, e partes dela estão se aproximando de “um ponto de inflexão catastrófico”;
- No internacional, a União Europeia vai elaborar um plano hoje para reduzir as importações de gás russo em 2/3 dentro de um ano, enquanto busca reduzir sua dependência do abastecimento de combustível do país após a invasão da Ucrânia – para Frans Timmermans, comissário europeu do Green Deal, o bloco poderia importar mais gás natural liquefeito, aumentar rapidamente a geração de energia renovável e reduzir a demanda com medidas de eficiência. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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