IBOVESPA -0,05% | 122.032 Pontos
CÂMBIO -0,29% | 5,23/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em leve queda ontem, pela quarta sessão consecutiva, aos 122,032 pontos (-0,1%). O dia foi marcado pelas divulgações do PMI e ISM de manufatura nos EUA, referentes ao mês de maio, que recuaram, o que pesou no sentimento do mercado em relação à economia americana em meio a uma inflação persistente.
Os principais destaques negativos na Bolsa brasilera foram as ações do setor de mineração e siderurgia, como CSN (CSNA3, -3,0%), Gerdau (GGBR4, -2,9%), e Vale (VALE3, -2,1%), após o preço do minério de ferro fechar em queda de 2,7% na China – a menor cotação desde 16 de abril deste ano. Os principais destaques positivos foram Pão de Açúcar (PCAR3, +7,3%) e Hypera (HYPE3, +5,4%), após um movimento técnico de recuperação.
Para o pregão desta terça-feira, teremos a divulgação do PIB do 1º trimestre e, globalmente, JOLTS de abril nos EUA, e PMI Caixin de serviços de maio na China.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de segunda-feira com um leve fechamento por toda a extensão da curva, aliviado pelo cenário externo. Domesticamente, os números divulgados no Boletim Focus trouxeram um pessimismo maior com a economia brasileira, por meio de expectativas de inflação e taxa Selic maiores para 2024 e 2025. Por outro lado, dados de PMI e ISM industriais dos EUA apontaram encolhimento acima do esperado pelo consenso, o que abriu espaço para o mercado voltar a precificar o ciclo de cortes de juros começando em setembro. Por lá, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam em 4,82% (-7,0bps) e as de 10 anos em 4,41% (-10,0bps). DI jan/25 fechou em 10,38% (queda de 1,5bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 10,78% (queda de 1bps); DI jan/27 em 11,13% (queda de 1bps); DI jan/29 em 11,6% (queda de 2bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: -0,5%; Nasdaq 100: -0,5%), após dados piores da indústria e deterioração do sentimento do mercado.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,7%), no aguardo de um corte de juros pelo Banco Central Europeu na reunião dessa semana.
Na China, as bolsas fecharam em alta (CSI 300: 0,8%; HSI: 0,2%), dando sequência ao movimento de crescimento após dados indicarem melhora no setor industrial em maio.
Economia
Nos EUA, o índice ISM Industrial caiu para 48,7 em maio de 2024, indicando contração na atividade manufatureira, com produção estável, mas demanda fraca.
No Brasil, o boletim Focus mostrou maiores projeções para a taxa Selic e inflação, com expectativas de inflação para 2026 aumentando de 3,58% para 3,60%, e para 2025, de 3,75% para 3,77%, refletindo incertezas domésticas; as projeções para a Selic subiram para 10,25% em 2024 e 9,18% em 2025, sem alterações no PIB e na taxa de câmbio.
Na agenda de hoje, destaque para a divulgação do PIB do 1º trimestre, com previsão de crescimento nos setores de Agropecuária, Serviços e Indústria, segundo o cálculo do lado da oferta.
Veja todos os detalhes
Economia
Mercado volta às atenções para o PIB do primeiro trimestre
- Nos Estados Unidos, o índice ISM Industrial – indicador que, baseado em pesquisas com gerentes de compras, mede a saúde do setor industrial – caiu para 48,7 em maio de 2024, de 49,2 em abril, ficando abaixo da projeção de mercado de 49,6. A leitura indica uma contração na atividade manufatureira, com produção estável, mas demanda fraca. O índice é calculado de forma que um valor acima de 50 indica expansão no setor, enquanto um valor abaixo de 50 indica contração. Houve quedas nas novas encomendas (45,4 vs 49,1) e nos estoques (47,9 vs 48,2). Por outro lado, o emprego teve uma recuperação (51,1 vs 48,6), e os preços aumentaram em um ritmo mais lento (57 vs 60,9).
- Na agenda internacional hoje, teremos os dados de vagas de emprego nos EUA (reportado pelo relatório JOLTS), às 11:00, para avaliar a demanda de trabalho na maior economia do mundo. O mercado espera que o dado mostre uma queda para 8,37 milhões em abril, ante 8,488 milhões em março. Uma diminuição pode sinalizar condições mais frouxas no mercado de trabalho, potencialmente aumentando as esperanças de cortes nas taxas do Fed ainda este ano, ao reduzir as pressões salariais e a inflação. Os diretores do banco central americano provavelmente manterão as taxas de juros estáveis em 5,25% a 5,50% na reunião da próxima semana, já que vários oficiais enfatizaram recentemente a necessidade de mais evidências de desaceleração estável dos preços antes de considerar cortes nas taxas.
- No Brasil, o boletim Focus mostrou novamente maiores projeções de taxa Selic e inflação. As expectativas de inflação em 2026 aumentaram. Desta vez, de 3,58% para 3,60%. Para 2025, o consenso de mercado seguiu o mesmo movimento: de 3,75% na semana passada para 3,77% nesta semana. Ambos os movimentos refletem a desancoragem das expectativas de inflação, reflexo de maiores incertezas domésticas. Para a taxa Selic, o consenso de mercado se movimentou tanto para o ano corrente (de 10,00% para 10,25%) quanto para 2025 (de 9,00% para 9,18%). A mudança é explicada pelas contínuas mudanças de expectativas de mercado para uma inflação mais alta, que estão resultando em maiores projeções para a taxa Selic. Enquanto isso, PIB e taxa de câmbio não demonstraram alterações. Leia mais aqui.
- Na agenda de hoje, destaque para a divulgação do PIB do 1º trimestre na 3ª-feira às 9h. Do lado da oferta, prevemos crescimento para os três grandes setores. A Agropecuária se recuperou após a queda registrada no 4º trimestre. O setor de Serviços ganhou ímpeto no último trimestre, enquanto a Indústria deve apresentar tímido crescimento, com sinais mistos entre seus componentes. Do lado demanda, destaque para o consumo das famílias resiliente e a recuperação dos investimentos. Nos Estados Unidos, a pesquisa de oferta de empregos (JOLTS) será publicada nesta terça-feira às 11h.
Empresas
Alupar (ALUP11): Novos projetos arrematados no Chile; Retornos atrativos e alinhados à estratégia de crescimento da Alupar
- A Alupar anunciou dois projetos de transmissão conquistados no Chile;
- Os projetos têm RAP de US$ 19,4 milhões e um Capex estimado de US$ 145,9 milhões (média de 13,3% RAP/Capex);
- A previsão de início das linhas é dezembro de 2027;
- Vemos a aquisição como positiva devido aos seus retornos atrativos e alinhados com a estratégia de crescimento da Alupar na América Latina;
- Além disso, acreditamos que os novos projetos podem ter sinergias com a recente aquisição no Chile (TES);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Ambipar (AMBP3): Novo Guidance de alavancagem, crescimento e rentabilidade
- A Ambipar antecipou sua meta de desalavancagem de atingir 2,5x Dívida Líquida/EBITDA em 18 meses e assumiu o compromisso de aumentar pelo menos 10% sua receita líquida até dez/24 e pelo menos 10% de aumento nas margens EBITDA até jun/25 (ou 3 p.p.);
- Além disso, a Companhia anunciou um programa de recompra de ações que visa comprar 20,8 milhões de ações até novembro de 2025;
- Vemos a notícia como positiva, pois demonstra um compromisso com a geração de caixa e a diligência na alocação de capital, que acreditamos ser o caminho certo;
- Além disso, estas novas orientações são mais restritivas e diminuem a chance de um potencial follow-on, que é a principal preocupação dos investidores;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- BTG Pactual assumirá controle do Banco Nacional, em liquidação extrajudicial há 28 anos (Valor);
- Bancos dos EUA injetam bilhões para disputar espaço no crédito privado (Estadão);
- Mercado Pago está na fase de ‘sair da toca’, diz Chaves (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Governo quer restringir uso de créditos do PIS/Cofins para compensar desoneração da folha (Folha de São Paulo);
- Carrefour congela preços de itens básicos no RS até o fim de junho (Folha de São Paulo);
- Senado deve votar hoje projeto que inclui imposto de 20% sobre importados de até US$ 50 (O Globo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- EUA vivem lenta e gradual desaceleração da economia e queda da inflação, diz Megale (Infomoney);
- Boletim Focus: projeções para inflação e Selic sobem e as do PIB se mantêm na semana (Infomoney);
- Em 2024, o CUB acumula variação positiva de 1,47% (Sinduscon);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Privatização da Sabesp terá oferta 100% secundária e cláusula de não-concorrência (InfoMoney);
- Alupar vence leilão para dois projetos de transmissão de energia no Chile (Valor Econômico);
- Guilherme Lencastre é o novo presidente da Enel SP (Energia Hoje)
- Clique aqui para acessar o relatório.
Estratégia
XP Short Scout: Monitor de short selling no Brasil – 31/5/2024
- No relatório de hoje, atualizamos os dados de short selling dos ativos brasileiros com os dados de fechamento de 31 de maio de 2024. Entre os principais destaques das últimas duas semanas, ressaltamos:
- Embora valor total de posições vendidas em aberto do Ibovespa tenha diminuído de R$ 97 bilhões para R$ 93 bilhões, o short interest (SI) mediano subiu para 6,2%;
- As empresas de Transportes vêm passando por uma deterioração significativa das suas métricas de short interest. O percentual de ações alugadas da Gol (GOLL4) atingiu nova máxima no ano, em 18,9%. Também destacamos altas relevantes no SI de Movida (MOVI3), Vamos (VAMO3) e Azul (AZUL4), bem como o aumento no days to cover de Simpar (SIMH3) — todos já tinham níveis elevados dessas métricas anteriormente;
- Outras ações para ficar de olho: ALUP11, AMBP3, AMER3, AURE3, BEEF3, COGN3, EZTC3, JALL3, MGLU3, MRVE3, RADL3, RRRP3, TAEE11;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Carteiras XP: Top 10, Dividendos e Small Caps – Junho 2024
- Na Carteira Top 10 Ações, removemos um papel do setor de Transportes, e adicionamos um papel do setor de Óleo, Gás, e Petroquímicos (clique aqui para conferir);
- Na Carteira Top Small Caps XP, removemos um papel do setor de Varejo, e adicionamos um papel do setor de Agro (clique aqui para conferir);
- Por fim, na Carteira Top Dividendos XP, removemos um papel do setor de Elétricas, e adicionamos um papel do setor de Óleo, Gás e Petroquímicos (clique aqui para conferir).
Renda fixa
Carteiras recomendadas – Junho 2024
- Investindo em Junho 2024: Renda Fixa (Clique aqui para acessar a carteira);
- Investindo em Crédito Privado – Junho de 2024 (Clique aqui para acessar a carteira)
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Comércio com China e União Europeia estará em debate no Fórum Futuro do Agro (Globo Rural);
- CNA vai ao Supremo contra importação de arroz pelo governo federal (O Globo);
- Privatização da Sabesp terá oferta 100% secundária e cláusula de não-concorrência (InfoMoney);
- Ratings da Oi elevados para ‘CCC-’ e ‘brCCC+’ e colocados em CreditWatch positivo (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Perspectivas por Classe de Ativo + Carteiras Recomendadas: Jun/2024
- Nesta publicação, divulgamos as nossas perspectivas por classe de ativo, dentre classes domésticas e globais, levando em conta nossa visão do cenário macroeconômico atual.
- O material inclui também as carteiras recomendadas, com percentuais por classe de ativo, para as políticas de investimentos, que foram simplificadas em três: Conservadora, Moderada e Sofisticada.
- Neste mês, acompanhamos a evolução das expectativas de cortes das taxas de juros nos EUA e as sinalizações sobre a política monetária doméstica dadas pela última reunião do Copom.
- Acesse aqui o conteúdo completo.
Carteiras Recomendadas Pessoa Jurídica Jun/2024
- Publicamos nossas carteiras para pessoas jurídicas para junho de 2024, com as alocações recomendadas para cada política de investimento.
- Neste mês, seguimos sem alterações nos percentuais alocados por classe de ativo, que vêm acontecendo de forma paulatina.
- Confira as carteiras pelos links abaixo:
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Com R$ 13 bi em ativos, gestora HSI busca comprador (Estadão);
- Quase 90% dos Fiagros amargam desvalorização neste ano (Valor Econômico);
- HGLG11 e XPLG11 “unem forças” e fecham 2 acordos milionários de compra e venda de imóveis (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Japão conclui teste de primeira planta de energia solar offshore | Café com ESG, 04/06
- O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV registrando leve baixa de 0,05%, enquanto o ISE subiu 0,80%;
- No Brasil, o presidente Lula disse ontem que os países em desenvolvimento vão precisar de algo entre US$ 4 trilhões e US$ 6 trilhões ao ano para ações de adaptação às mudanças climáticas – o tema, segundo ele, será endereçado na COP 29, marcada para novembro, em Baku, no Azerbaijão;
- No internacional, (i) a Baía de Tóquio no Japão está se tornando um banco de testes para energia solar gerada a partir da superfície do mar após a Sumitomo Mitsui Construction (SMC) concluir a instalação da primeira fazenda solar offshore do país – construída para uso comercial, a instalação foi conectada a um cabo subaquático que já começou a transmitir energia para a costa; e (ii) segundo a Agência Internacional de Energia, o mundo não está no caminho certo para alcançar a meta de triplicar a capacidade global de produção de renováveis até 2030 – com isso, a COP29 deve dedicar boa parte das discussões para garantir que os planos acordados no ano passado sejam cumpridos;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Carteira ESG XP: Uma alteração no nosso portfólio para junho
- Com o objetivo de ajudar os investidores no processo de alocação de recursos, lançamos em setembro/21 nossa carteira recomendada ESG, combinando 10 nomes que gostamos sob uma perspectiva fundamentalista e que possuem altos padrões ESG;
- Para junho, estamos fazendo uma mudança na carteira: trocando um nome que enfrenta um cenário mais desafiador no curto prazo, além de uma dinâmica de lucro incerta para frente; por outro, com valuation atraente, fundamentos sólidos e forte desempenho operacional, além de um bom desempenho na agenda ESG;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.


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