IBOVESPA -1,0% | 119.199 Pontos
CÂMBIO 0,4% | 5,43/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa fechou em queda de 1,0% ontem, a 119.199 pontos, seguindo o desempenho negativo das bolsas dos Estados Unidos em mais um dia marcado pelas preocupações com o avanço da inflação na maior economia do mundo. Já as taxas futuras de juros encerraram o dia de ontem praticamente estáveis, com viés de queda nos vencimentos mais longos. O movimento foi puxado pela retomada de discussões sobre o auxílio emergencial. DI jan/22 fechou em 3,41%; DI jan/24 encerrou em 6,03%; DI jan/26 foi para 6,93%; e DI jan/28 fechou em 7,43%.
Nessa manhã, mercados globais em leve alta. Nos EUA (+0,3%), investidores aguardam a divulgação dos PMIs, que devem confirmar uma recuperação robusta da atividade econômica. Na Europa (+0,2%), a soma de fortes resultados no setor de luxo com PMI alemão acima das expectativas melhora o sentimento.
No cenário internacional, seguem as preocupações relacionadas à aprovação do novo pacote fiscal nos Estados Unidos. A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse ontem que espera um avanço do pacote no Congresso nas próximas duas semanas. Ainda nos EUA, com a onda de frio que afeta principalmente o sul do país, o governo Biden ressaltou a importância de desenvolver a infraestrutura do país e “adequá-la para resistir mudanças climáticas”. O democrata anunciou anteriormente que está desenvolvendo um pacote de medidas com ênfase em infraestrutura.
Na frente de dados econômicos, a prévia do PMI composto do Japão acelerou de 47,1 em janeiro para 47,6 em fevereiro. A indústria foi o principal destaque, passando de 49,2 para 51,3, acima dos 50 pontos que delimitam o território de expansão. A agenda internacional do dia terá como destaque o PMI composto americano e a Conferência de Segurança de Munique, onde discursarão o presidente dos Estados Unidos, a presidente da Comissão Europeia e outras autoridades.
No Brasil, a Petrobras anunciou reajustes significativos nos preços de combustíveis. Os preços do diesel subiram 14,6%, e os da gasolina 9,9%. Ainda que consideremos positivo que a companhia tenho realizado tais reajustes, notamos que os preços do diesel ainda não estão alinhados à paridade de importação.
Destacamos as declarações do Presidente Jair Bolsonaro sobre os reajustes em sua “Live” semanal de ontem. Bolsonaro criticou o reajuste, considerando-o “fora da curva” e “excessivo”. Também criticou o Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, sobre declarações no passado de que a insatisfação dos caminhoneiros não era um problema da Petrobras. Finalmente, Bolsonaro afirmou que “algo irá acontecer na Petrobras nos próximos dias”, embora não tenha fornecido detalhes adicionais a respeito.
Além disso, o presidente anunciou que irá zerar os impostos federais (Pis e Cofins) sobre o diesel por dois meses a partir de 1º de março. Afirmou ainda que vai zerar tributos federais que incidem sobre o gás de cozinha, de forma permanente. Nossa primeira estimativa aponta que zerar os impostos federais sobre o diesel, aos níveis atuais de preço e volume de vendas, representaria uma renúncia de receitas da ordem de R$ 1,5 bi por mês (R$ 3 bi no bimestre anunciado, portanto). Quanto ao gás de cozinha, o impacto tende a ser pequeno. Cabe ressaltar, contudo, que a redução só poderá entrar em vigor quando medidas compensatórias forem implementadas. Dado o baixo peso dos impostos federais na composição do preço de gás de cozinha e o pequeno peso do item diesel no IPCA, os impactos na inflação ao consumidor devem ser limitados, ao redor de -1 bp.
Quanto aos impactos na empresa, apesar de não ser possível avaliar impactos das declarações do Presidente, acreditamos que o mercado deverá reagir de maneira negativa tendo em vista a maior percepção de riscos para a autonomia da estatal e de sua política de preços de combustíveis. Isso reforça nossa visão de maior cautela com a Petrobras conforme afirmamos em nosso relatório recente de rebaixamento das ações para Neutro.
Ainda em política, o Senado prevê para a próxima quinta-feira, dia 25, a votação em dois turnos da PEC Emergencial, que vai viabilizar o pagamento da nova rodada do auxílio emergencial. O relatório deve ser apresentado entre hoje e segunda-feira. A expectativa é que contenha pontos das PECs Emergencial e do Pacto Federativo e mecanismos que permitam o pagamento do benefício. Para conseguir avançar, medidas de ajuste mais severas devem ficar fora do texto. Depois de aprovada no Senado, a PEC precisa ser votada pela Câmara. Após a promulgação, o governo poderia editar a medida provisória com o crédito para pagamento do auxílio.
Para tentar ganhar tempo enquanto isso, o governo quer garantir uma injeção de R$ 57 bi na economia com a antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas e do abono salarial.
Por fim, a Câmara tem sessão em que deve manter preso o deputado Daniel Silveira (PSL), detido depois de ter postado vídeo com ataques ao Supremo Tribunal Federal.
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Brasil
- Agenda ESG brasileira reforça importância na redução de emissão de carbono
Internacional
- Política internacional: Pacote de estímulos e novas dinâmicas internacionais em foco
Empresas
- Petrobras (PETR4): Anuncia aumentos consideráveis nos preços dos combustíveis, Bolsonaro faz declarações que devem aumentar percepção de risco
- JHSF – Resultado do 4T20: Desempenho sólido apesar dos desafios macro; Reiteramos Compra
- Vale (VALE3): Avanço na agenda ESG com a criação de uma diretoria exclusiva de Sustentabilidade
- Bancos: Saldo de carteira prorrogada totalizou R$ 353,5 bi ao final de 2020
- Klabin (KLBN11): BNDES reduz participação para 5,4%
- Ânima Educação (ANIM3): Desdobramento de Ações da Companhia
- Papel & Celulose: Preço da celulose de fibra curta na China estável na semana
- Proteínas (MRFG3 e outras): Animais morrem no Texas em função das baixas temperaturas
Veja todos os detalhes
Brasil
Agenda ESG brasileira reforça importância na redução de emissão de carbono
- A BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, vem aumentando consideravelmente a pressão sobre as empresas que investe para que tomem medidas mais ambiciosas na redução do impacto ambiental. Essa semana, o fundo americano publicou um documento que traz recomendações sobre como lidar com os riscos climáticos, principalmente, e requer que as empresas definam metas de curto, médio e longo prazo para reduzir as emissões conforme o acordo climático de Paris. Empresas poderão usar créditos de carbono no curto e no médio prazo, a fim de desenvolverem a tecnologia adequada para a redução de suas emissões gerais no longo prazo, conforme cobertura da Folha, Exame e Valor Econômico;
- No Brasil, o programa Renovabio, do governo federal, diretamente envolvido com a meta de redução de carbono, prevê mecanismos de mercado como os CBios, que são ativos vinculados à redução das emissões de carbono. Eles são emitidos por produtores e importadores de biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol, que aderem ao programa, além de serem listados na B3, onde podem ser comprados para compensar a emissão de carbono – as empresas distribuidoras de combustíveis fósseis são obrigadas, por lei, a adquirir uma cota de CBIOs. Em apoio ao programa, o BNDES possui o chamado BNDES RenovaBio, uma iniciativa complementar que prevê que as empresas que alcançarem metas de redução de emissão de CO2 terão redução na taxa de juros de empréstimos. Assim, incentiva-se a adoção de melhores práticas produtivas e ambientais;
- Entendemos que, em 2021, este será um assunto cada vez mais discutido dentro da agenda ESG brasileira. As políticas públicas são necessárias para fomentar a transição para uma economia de baixo carbono, assim como o entendimento, por parte do setor privado, de que esse processo não é pontual e exige constante evolução na adoção de medidas práticas.
Internacional
Política internacional: Pacote de estímulos e novas dinâmicas internacionais em foco
- A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, reiterou apoio ao pacote de estímulos à economia do país de USD 1,9 trilhões. Apesar de indicadores de venda de varejo superarem expectativas no mês de janeiro, afirmou que o estímulo é necessário. No Congresso dos EUA, lideranças democratas disseram que procurariam aprovar o pacote na Câmara no final da semana que vem, o que permitiria aprovação do projeto até meados de março;
- Com a onda de frio que afeta principalmente o sul dos Estados Unidos ainda em destaque, o governo Joe Biden ressaltou a importância de desenvolver a infraestrutura do país e “adequá-la para resistir mudanças climáticas”. O democrata anunciou anteriormente que está desenvolvendo um pacote de medidas com ênfase em infraestrutura;
- No lado das relações globais, a Casa Branca manifestou disposição de retomar negociações para acordo nuclear com o Irã. Por sua vez, o governo iraniano pediu que sanções aplicadas durante o governo Trump sejam eliminadas de forma imediata;
- Destacamos ainda que Biden deve falar hoje com países do G7. Em discurso, o democrata procurará revitalizar as relações entre com a Europa e ressaltar o papel dos EUA nas dinâmicas internacionais . Com esse mesmo intuito, o governo Biden deve evitar sanções a empresas que atuem na construção de um gasoduto entre a Rússia e Alemanha, anunciadas pelo governo Trump.
Empresas
Petrobras (PETR4): Anuncia aumentos consideráveis nos preços dos combustíveis, Bolsonaro faz declarações que devem aumentar percepção de risco
- Ontem (18 de fevereiro) a Petrobras anunciou que vai implementar reajustes nos preços do diesel e da gasolina a partir de 18 de fevereiro de 2021. Os reajustes foram: (i) Para o diesel: novos preços na refinaria de R$ 2,58 / litro, o que significa um reajuste de +14,6% em relação aos níveis anteriores de preços; (ii) Para a gasolina: novos preços na refinaria de R$ 2,49 / litro, o que se traduz em um reajuste de +9,9% em relação aos níveis anteriores de preços;
- Embora consideremos o anúncio de reajustes de preços da Petrobras como positivo, notamos que mesmo após os aumentos, os preços de diesel da no nível das refinarias ainda estão abaixo das referências internacionais de preços de combustíveis. Isto significa que os níveis atuais de preços ainda não estão em um patamar que permita que operadores independentes possam importar combustíveis com margem de lucro. Desta forma, continuamos a ver riscos para os resultados futuros da Petrobras tanto em termos de menores margens de refino como também devido a riscos de que a companhia tenha que realizar importações a prejuízo para manter o mercado local abastecido;
- No nosso relatório completo, analisamos os atuais níveis de preços de combustíveis praticados pela Petrobras, bem como apresentamos análise de potenciais impactos para as ações em um cenário de riscos para a política de preços de combustíveis da companhia;
- Adicionalmente, após o anúncio do reajuste o presidente Jair Bolsonaro criticou o presidente da companhia, Roberto Castello Branco pelo ajuste “fora da curva e excessivo”, e disse que, embora não possa e “nem iria interferir” na empresa, “alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias”, embora não tenha fornecido maiores detalhes a respeito. ”. Bolsonaro também criticou o Presidente da Petrobras por declarações no passado de que a insatisfação dos caminhoneiros não era um problema da companhia. Ele também anunciou que, a partir de 1 de março, o governo irá zerar os impostos federais incidentes no diesel e no gás de cozinha. No caso do diesel, a suspensão de imposto federal valerá por dois meses;
- Apesar de não ser possível avaliar impactos sobre a Petrobras das declarações do Presidente da República, acreditamos que o mercado deverá reagir de maneira negativa tendo em vista a maior percepção de riscos para a autonomia da estatal e de sua política de preços de combustíveis. Isso reforça nossa visão de maior cautela com a Petrobras conforme afirmamos em nosso relatório recente de rebaixamento das ações para Neutro. Temos recomendação Neutra nas ações da Petrobras, com preços-alvo de 12 meses de R$32 para PETR4 e PETR3.
JHSF – Resultado do 4T20: Desempenho sólido apesar dos desafios macro; Reiteramos Compra
- JHSF apresentou fortes resultados referente ao quarto trimestre de 2020, impulsionado pelos fortes resultados do segmento de shopping centers e residencial, superando nossas expectativas. A receita líquida fechou o trimestre acima do esperado em razão do sólido desempenho dos shopping centers (vendas nas mesmas lojas e alugueis nas mesmas lojas) e também pelas fortes vendas de unidades na Fazenda Boa Vista e Boa Vista Village. Reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$9,70/ação;
- Apesar da crise do coronavírus e das restrições nos shopping centers durante o trimestre, a JHSF reportou números operacionais sólidos. As vendas nas mesmas lojas subiram 10,3% e os alugueis nas mesmas lojas subiram 7,1% comparado com o mesmo período do ano passado (contra queda de 14,3% e 23,8% no terceiro trimestre, respectivamente). No segmento residencial, conforme anunciado na prévia operacional, a JHSF registrou forte desempenho de vendas de R$378 milhões (+193% ano contra ano e -8% trimestre contra trimestre), impulsionado pelos empreendimentos Fazenda Boa Vista e Boa Vista Village. Adicionalmente, os segmentos de gastronomia e hotelaria também apresentaram melhora nos números no quarto trimestre, como número de couvert e taxas de ocupação nos hotéis;
- A receita líquida foi R$395 milhões (+111% ano contra ano e +11% trimestre contra trimestre), impulsionada pelo desempenho melhor do que o esperado dos shopping centers e das vendas do segmento residencial. O segmento residencial apresentou receita líquida de R$273 milhões (vs. nossas estimativas de R$256 milhões) e receita de shopping centers foi de R$65 milhões (vs. nossas estimativas de R$54 milhões. O EBITDA ajustado (excluindo eventos não recorrentes e valor justo das propriedades de investimento) foi de R$240 milhões (e EBITDA não ajustado de R$207 milhões), acima das nossas projeções em 17%. Por fim, o lucro líquido atingiu R$189 milhões no período (+27% vs. nossas estimativas);
- Em Governança Corporativa, JHSF elegeu cinco novos membros independentes para o Conselho de Administração durante o período, elevando a composição para uma maioria independente de 78%. Além disso, a companhia criou 6 novos comitês de assessoramento, incluindo transações com partes relacionadas, ESG, gestão de pessoas, etc. No âmbito social, a companhia informou que 54% da holding é composto por mulheres, o que vemos como positivo do ponto de visa de diversidade. Por fim, a JHSF intensificou suas doações para comunidades vulneráveis e afetadas pelo coronavírus.
Vale (VALE3): Avanço na agenda ESG com a criação de uma diretoria exclusiva de Sustentabilidade
- Em nota divulgada ontem (18), a Vale informou que o Conselho de Administração decidiu pela criação de uma diretoria executiva exclusiva para o tema Sustentabilidade, com a nomeação de Sra. Maria Luiza de Oliveira Pinto e Paiva para o cargo. A Sra. Maria Luiza, que passará a se reportar diretamente ao CEO, possui ampla experiência na criação e implementação de estratégias de sustentabilidade em empresas como Suzano, Fibria e Banco ABN AMRO Real/Santander;
- Segundo a empresa, a área de Sustentabilidade da Vale, sob a liderança de Luiz Eduardo Osorio, alcançou até o momento marcos importantes: (i) uma profunda reestruturação para promover o diálogo com as comunidades; (ii) a definição de metas para se tornar uma empresa neutra em carbono até 2050; (iii) metas de recuperação e conservação de 500.000 hectares adicionais de florestas até 2030; (iv) o consumo de eletricidade 100% renovável até 2025 no Brasil e 2030 no mundo; e (v) metas de redução das emissões de GEE dos Escopos 1, 2 e 3;
- Vemos com bons olhos o anúncio da criação de uma Diretoria Executiva exclusiva para Sustentabilidade e esperamos que mais iniciativas que visem aprimorar a agenda ESG da empresa sejam anunciadas. Mantemos nossa recomendação de Compra (preço-alvo de R$122/ação).
Bancos: Saldo de carteira prorrogada totalizou R$ 353,5 bi ao final de 2020
- De acordo com o valor econômico, o saldo de crédito prorrogado entre os grandes bancos totalizou R$ 353,5 bilhões ao final de 2020 devido a pandemia;
- O saldo é mais representativo dos bancos públicos devido à política de flexibilização mais extensa, sendo a maior parte das operações abertas do BB (saldo de R$ 130,1 bilhões) com grande parte para clientes de consignado e com órgão de governo, seguido pela Caixa (saldo de R$ 84 bilhões) com grande parte para crédito imobiliário. Por outro lado, os bancos privados encerraram previamente o período de carência e já apresentam sinais de recuperação, ao final de 2020 o saldo do Itaú era de R$ 50,8 bilhões, do Bradesco era de R$ 48 bilhões e do Santander de R$ 40,6 bilhões;
- Em nossa visão, o alto valor do saldo é negativo devido ao potencial de inadimplência, o que já é visto pelo índice de curto prazo (15-90 dias) dos bancos privados, mas ainda em níveis controlados. No entanto, a retomada da normalidade deve se concretizar mais rapidamente aos bancos privados dado o período de carência mais extenso aos bancos públicos, mas lembramos que grande parte do saldo dos bancos públicos possuem garantia.
Klabin (KLBN11): BNDES reduz participação para 5,4%
- De acordo com o Valor Econômico, o BNDES reduziu participação na Klabin para 5,4% (de 7,5%), segundo notícia do Valor Econômico. A venda em bolsa se deu em um bloco de 21 milhões de units (um quarto da sua posição inicial), rendendo à instituição R$598,1 milhões;
- Segundo o Valor, a venda foi parte da estratégia de se desfazer de investimentos maduros, e liberar recursos para apoiar projetos de infraestrutura, pequenas e médias empresas e ações de impacto socioambiental;
- No pregão de ontem, as ações da Klabin subiram 1,47%, fechando em R$28,9. Mantemos nossa recomendação de Compra em Klabin, com preço-alvo de R$32 por ação.
Ânima Educação (ANIM3): Desdobramento de Ações da Companhia
- Ontem (18), a Ânima anunciou a aprovação do desdobramento de suas ações sem que alterasse o capital social da companhia na proporção de três para cada ação existente em reunião com os acionistas;
- As ações adicionais serão creditadas em 23 de fevereiro (próxima terça-feira) e a companhia irá sair de suas atuais 134.622.935 para 403.868.805 ações;
- Esse evento deverá aumentar a liquidez das ações, mas já havia sido antecipado e não mudará a nossa visão já positiva em relação à companhia;
- Nós reiteramos a nossa recomendação de Compra para ANIM3 e, na próxima terça-feira, nosso preço-alvo será atualizado para R$15,0 por ação (a partir dos R$45,0 por ação anteriores) para refletir o desdobramento do papel e as consequentes ações adicionais no mercado, as quais não alteram o capital social da companhia.
Papel & Celulose: Preço da celulose de fibra curta na China estável na semana
- Os preços da celulose de fibra curta tiveram semana estável, mantendo os US$600,41/t. Esperamos que uma recuperação da demanda na China sustente preços em níveis mais elevados.
Proteínas (MRFG3 e outras): animais morrem no Texas devido às baixas temperaturas
- De acordo com a Reuters, fazendeiros no Texas estariam tendo dificuldade para manter seus animais vivos devido ao frio incomum que atingiu o estado nas últimas semanas. Algumas vacas já teriam morrido devido à temperatura, a qual também teria prejudicado galinhas, frangos e plantações como um todo. Ainda assim, por enquanto se tratam de episódios pontuais com impacto limitado. Confira todos os detalhes no Expresso Alimentos & Bebidas desta semana;
- As dificuldade para cuidar do gado em meio ao frio incomum é o mais recente desafio enfrentado pelo fazendeiros norte-americanos, que desde o ano passado vem lidando com o Covid-19. Vale lembrar que, durante o segundo trimestre, ápice da pandemia nos EUA, as operações em diversos plantas frigoríficas foram interrompidas ou ao menos desaceleradas, gerando excesso de gado no campo e falta de carne nos supermercados;
- Quanto aos frigoríficos, acreditamos que é muito cedo para dizer se tais eventos terão impactos negativos (ou positivos) para grandes empresas como a Marfrig. Ainda assim, efeitos potenciais poderiam incluir antecipação e/ou redução do abate de animais, seguidos por uma diminuição na disponibilidade de carne. Vale lembrar que as margens dos frigoríficos nos EUA já estariam em patamares historicamente elevados; com os efeitos do frio, tais margens poderiam perdurar por mais tempo do que era esperado.
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