IBOVESPA +0,61% | 102.782 Pontos
CÂMBIO +0,2% | 3,97/USD
O que pode impactar o mercado hoje
A tão aguardada reforma da Previdência foi aprovada na Câmara dos Deputados, com economia estimada pelo governo de R$933 bilhões, acima da expectativa do mercado. Com isso, o texto passará ao Senado, onde será avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa e seguido por duas votações em plenário. São necessários 49 votos favoráveis.
A PEC terá a relatoria de Tasso Jereissati, tucano como Samuel Moreira, o responsável pelo texto na Câmara. Os dois mantiveram contato durante a tramitação, o que reduz chances de alterações que forcem nova análise pela Câmara. A presidente da CCJ é Simone Tebet (MDB). Ainda assim, a equipe econômica reconhece que a proposta não será aprovada no “piloto automático” e que exigirá atenção e dedicação para que não haja alterações no relatório.
Na esteira desse momento transformacional, a aprovação da reforma da Previdência vira uma página histórica para o Brasil, dando início a um novo rumo para o país.
E o Brasil adiante com seus desafios e oportunidades, é o tema central do relatório que publicamos hoje. Nele você entenderá nossas perspectivas para os próximos períodos, como os impactos da Previdência e as reformas seguintes, além de conhecer nossa opinião a respeito de como você deve investir seu patrimônio nesse novo ciclo.
No internacional, bolsas nos EUA, Europa e Ásia foram impulsionadas após a China ter fixado sua moeda mais apreciada que o esperado, aliviando temores sobre um agravamento do conflito comercial. Apesar da sinalização positiva, os investidores continuam preocupados com o potencial para escalada na guerra comercial com os EUA.
Do lado das commodities, os preços de petróleo recuperam parte das perdas vistas na semana, operando em leve alta de 0,74% em US$56,9/barril. O minério segue no patamar dos US$94/t, recuando 15% na semana, mas ainda acumulando alta de 30% no ano.
Tópicos do dia
Agenda de resultados hoje
Azul (AZUL4): Antes da abertura
B2W (BTOW3): Após o fechamento
B3 (B3SA3): Após o fechamento
Lojas Americanas (LAME4): Após o fechamento
Suzano (SUZB3): Após o fechamento
Clique aqui para acessar o calendário completo
Para ver um resumo dos resultados até o momento, clique aqui
Brasil
- O Brasil após a Reforma da Previdência
- Relator pretende mudar MP da Liberdade Econômica
Internacional
- China: Banco Central define faixa de negociação da moeda em 7 yuans para 1 dólar
Empresas
- SulAmérica (SULA11): Forte 2T19; Cenário promissor para Saúde & Odonto
- Petrobras (PETR4): Prazo de entrega de propostas por Liquigás é adiado
- Varejo Alimentar: Mais notícias sobre especulações de venda do GPA pelo Casino
- Frigoríficos: Receita das exportações de carne suína tem alta de 24% A/A em julho
Veja todos os detalhes
Brasil
O Brasil após a Reforma da Previdência
- A tão aguardada Reforma da Previdência foi aprovada na Câmara dos Deputados, com economia estimada pelos nossos economistas de R$800-850bi, acima da expectativa do mercado. Após sete meses de novo governo, a aprovação já nos dois turnos na Câmara dos Deputados permite que uma página muito importante da nossa história seja virada. 2019 é um ano transformacional;
- A recuperação da economia ainda é lenta, mas alguns sinais positivos emergem e vemos crescimento do PIB de 0,9% em 2019 e de 2,1% em 2020, liderado pelo consumo. Enquanto isso, vemos a inflação em quadro confortável e dentro da meta em 2019 e 2020. Nesse contexto, esperamos queda dos juros dos atuais 6% para 5% até o fim de 2019, ficando estável em 2020. O governo começa agora a pautar a agenda que seguirá a previdência, como reforma tributária, privatizações e reformas micro;
- O Brasil adiante com seus desafios e oportunidades é o tema central do relatório que publicamos hoje. Nele você entenderá nossas perspectivas para os próximos períodos, como os impactos da Previdência e as reformas seguintes, além de conhecer nossa opinião a respeito de como você deve investir seu patrimônio nesse novo ciclo. Cliquei aqui para acessar o relatório completo.
Relator pretende mudar MP da Liberdade Econômica
- De acordo com o Valor Econômico, o deputado Jerônimo Georgen (PP-RS) pretende apresentar uma emenda com mudanças adicionais no texto da MP da Liberdade Econômica;
- As mudanças principais devem ser feitas na área trabalhista, um dos pontos que mais tem atrasado o andamento do texto. Nesse campo, Georgen disse que pretende diminuir o texto e possivelmente retirar artigos relativos à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho;
- A MP perderá a validade se não for aprovada por Câmara e Senado até o dia 28 de agosto. Entretanto, segundo o relator, a medida provisória será votada na semana que vem e não existe risco de que ela caduque.
Internacional
China: Banco Central define faixa de negociação da moeda em 7 yuans para 1 dólar
- De acordo com o Financial Times, o banco central da China definiu a banda de negociação do yuan em 7,0039 para o dólar, +/- 2%. A decisão formaliza uma mudança de política no sentido de deixar a moeda enfraquecer, o que ocorreu no início desta semana;
- A decisão surpreendeu as expectativas do mercado de uma taxa de 7,0445, uma indicação ligeiramente positiva em meio às tensões comerciais atuais e uma proteção para o crescimento mais lento da China. As moedas dos países asiáticos também reagiram positivamente à decisão.
Empresas
SulAmérica (SULA11): Forte 2T19; Cenário promissor para Saúde & Odonto
- A SulAmérica divulgou ontem o resultado do 2T19 com lucro líquido de R$260 milhões, 39% acima de nossa expectativa, expandindo 17% no tri e 93% A/A. A diferença para nossos números é explicada principalmente por uma alíquota de imposto muito abaixo do esperado (4% vs 39% no 1T19) devido a uma reversão de passivos fiscais diferidos (o lucro antes de impostos ficou 11% abaixo do XPe). Embora os resultados sejam difíceis de ler, vemos a SulAmérica se beneficiando do cenário de melhora para seguro de saúde e mantemos nosso viés positivo com as ações;
- Os destaques positivos foram: (1) O total de prêmios ganhos cresceu 9% A/A, positivamente impactado por Saúde & Odonto (+11%) e Vida e Acidentes Pessoais (+6%); (2) Outras receitas operacionais cresceram 11% vs 2T18 explicadas por previdência privada (+11%), capitalização (+10%) e gestão de ativos (+49%); (3) As receitas de saúde e odontológico das PMEs cresceram 18% A/A, confirmando a forte dinâmica do segmento e (4) Despesas administrativas totais caíram 1,3% A/A devido ao menor gasto com pessoal (-5%) e com serviços de terceiros (-21%). As despesas gerais e administrativas caíram de 8,5% no 2T18 para 8,1% em relação à receita operacional;
- Os destaques negativos foram: (1) Menor receita de Automóveis e Ramos Elementares, com queda de 9% e 11%, respectivamente. Vale ressaltar que esses são os segmentos que a SulAmérica está analisando atualmente a oferta indicativa da Allianz e (2) O resultado financeiro caiu -5% no ano em linha com taxa Selic menor e atingiu 114% do CDI;
- Em resumo, o 2T19 foi positivo em nossa visão e estamos confiantes de que a empresa seguirá com suas iniciativas crescimento e eficiência. Desde que iniciamos a cobertura em 24 de julho, a ação valorizou rapidamente 35,7% e, no nível atual, o preço já não é tão óbvio. No entanto, ainda vemos potencial até nosso cenário otimista (R$48,00) e opções interessantes que podem trazer um impulso adicional às ações, como a venda da divisão de automóveis e P&C para a Allianz e o aumento da distribuição de recursos para impulsionar o ROE. Mantemos nossa classificação de compra e viés positivo.
Petrobras (PETR4): Prazo de entrega de propostas por Liquigás é adiado
- De acordo com o Valor Econômico as empresas interessadas na aquisição da distribuidora de gás liquefeito (GLP) Liquigás solicitaram à Petrobras o adiamento do prazo final de propostas que teriam que ser entregues no dia 07 de agosto. Acatando a solicitação dos interessados, a estatal adiou a data para 16 de agosto;
- A Liquigás atua no envasamento, distribuição e comercialização de GLP no Brasil por meio dos segmentos de negócios engarrafados e a granel, totalizando 22% de participação de mercado. Os consórcios que farão as propostas devem ser formados por investidores financeiros e operadores desse mercado. Alguns deles já tinham se aliado na fase não vinculante, mas outros foram chamados pela Petrobras para a segunda fase de negociações;
- Os investidores se juntam para arcar com o valor da aquisição, estimado entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,5 bilhões. As exigências do processo são que (i) os operadores do mercado de GLP que já tem 10% do mercado, só podem ter 30% de participação no consórcio e (ii) investidores puramente financeiros precisam ter mais de US$ 1 bilhão (quase R$ 4 bilhões) sob gestão;
Varejo Alimentar: Mais notícias sobre especulações de venda do GPA pelo Casino
- Segundo notícia no Valor Econômico, o Casino tinha interesse em vender sua participação no Grupo Pão de Açúcar (GPA) e, de acordo com fontes, chegou a contratar assessoria financeira para a transação. Entretanto, agora o foco do grupo francês é concluir a reorganização dos ativos na América Latina e o mandato de venda do GPA fica suspenso por enquanto;
- Além disso, também em entrevista ao Valor Econômico, o empresário Abilio Diniz (que detém participação no Carrefour) comentou que uma eventual fusão entre o GPA e o Carrefour não está em discussão no momento;
- Como destacamos anteriormente, recentemente aumentaram as especulações sobre a necessidade do Casino em vender suas operações na América Latina para reduzir seu nível de endividamento, porém ambas as empresas não confirmaram o assunto. Temos recomendação de Compra para o GPA (preço-alvo de R$124/ação) e de Neutro para o Carrefour Brasil (preço-alvo de R$25/ação).
Frigoríficos: Receita das exportações de carne suína tem alta de 24% A/A em julho
- De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que compila dados da Secex, as exportações brasileiras de carne suína (in natura e processadas) somaram 67,9kt em julho, leve queda de 0,4% A/A, mas acumulam alta de 19,62% no acumulado do ano;
- Em receita, as vendas em julho chegaram a US$148mi, resultado 24,1% A/A e melhor desempenho dos últimos 23 meses. No acumulado do ano, a alta foi de 23,5%, com US$847,7mi. Segundo Francisco Turra, presidente da ABPA, o preço médio das exportações segue em ascensão. Em janeiro, estava em US$1.886/t e em julho chegou a US$2.179/t, maior patamar registrado nos últimos 12 meses;
- A China, destino de 35% das exportações de carne suína do Brasil, importou 23,7kt em julho, aumento de 34% A/A.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!