IBOVESPA +0,7% | 112.228 Pontos
CÂMBIO +1,7% | 5,19/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Na agenda econômica desta quinta-feira (19), destaque para a publicação da ata da última reunião de política monetária do BCE (Banco Central Europeu), além de outros indicadores de atividade nos Estados Unidos e pronunciamentos de diretores do Fed. No Brasil, atenção especial à divulgação da PNAD Contínua, principal pesquisa sobre o mercado de trabalho doméstico.
Brasil
O principal índice da bolsa brasileira encerrou o pregão da quarta-feira (19) com uma alta de 0,7%, aos 112.228 pontos. Enquanto o dólar avançou 1,7% frente ao real, encerrando o pregão aos R$ 5,19. As taxas futuras de juros fecharam em alta, contrariando o pregão anterior. O movimento obteve componentes internos e externos. No campo doméstico, declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram vistas como “populistas” e na contramão da sinalização de austeridade fiscal do Ministro da Fazenda. Enquanto isso, na seara internacional, dados fracos da economia norte-americana e o discurso “hawkish” do presidente do Federal Reserve trouxeram aversão ao risco. DI jan/24 oscilou de 13,485% para 13,475%; DI jan/25 subiu de 12,515% para 12,58%; DI jan/26 avançou de 12,365% para 12,46%; e DI jan/27 passou de 12,365% para 12,45%.
Mundo
Mercados globais amanhecem negativos (EUA -0,5% e Europa -1,0%) após o S&P 500 registrar sua maior queda diária neste ano, à medida que as preocupações com a desaceleração econômica aumentam. Nos EUA, a temporada de resultados seguirá hoje com Netflix e Procter & Gamble. Na Europa, o foco ficará por conta do pronunciamento da Christine Lagarde em Davos e a divulgação da ata do BCE. Na China, o índice de Hang Seng (-0,1%) encerra sem movimentos expressivos, ao passo que o rali das ações chinesas perde força após melhor início de ano desde 1996.
Atividade econômica EUA
A queda registrada nesta quarta-feira tem relação com os indicadores econômicos dos Estados Unidos que foram divulgados ontem. No campo da inflação, o Índice de Preços ao Produtor recuou 0,5% em dezembro ante novembro, a queda mensal mais expressiva desde abril de 2020. Com isso, o índice registrou alta de 6,2% em 2022. O consenso de mercado indicava declínio de 0,1% na comparação mensal e avanço de 6,8% na comparação interanual. Em relação à atividade econômica, as vendas no varejo total dos Estados Unidos contraíram 1,1% em dezembro. Praticamente todas as categorias do comércio registraram perdas. Na mesma direção, a produção industrial despencou 1,3% no último mês, frustrando o consenso de mercado (queda de 0,3%). Condições de crédito mais apertadas e enfraquecimento da demanda global vêm pesando sobre a indústria americana.
Conforme também publicado nesta quarta-feira (18), o Livro Bege indica que a economia dos Estados Unidos estagnou recentemente. O Livro Bege é divulgado pelo Federal Reserve oito vezes por ano, fornecendo informações qualitativas sobre as condições econômicas correntes. Muitos respondentes da pesquisa declararam que as pressões inflacionárias cederam nos últimos meses, com várias empresas varejistas destacando maior dificuldade para repassar os aumentos de custos. Em suma, essas informações corroboram o quadro de virtual estagnação da atividade e de desinflação na economia americana.
Veja todos os detalhes
Economia
Indicadores de inflação e atividade nos Estados Unidos surpreendem para baixo; no Brasil, foco na divulgação de dados do mercado de trabalho
- Muitos indicadores econômicos dos Estados Unidos foram divulgados ontem (18). No campo da inflação, o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) recuou 0,5% em dezembro ante novembro, a queda mensal mais expressiva desde abril de 2020. Com isso, o índice registrou alta de 6,2% em 2022, a mais baixa taxa de variação acumulada em 12 meses desde março de 2021, e muito aquém do salto de 10% visto em 2021. O consenso de mercado indicava declínio de 0,1% na comparação mensal e avanço de 6,8% na comparação interanual. Por sua vez, a medida de núcleo da inflação – exclui os preços de alimentos e energia – subiu 0,1% em dezembro, em linha com a estimativa do mercado. Em 12 meses, a medida mostrou elevação de 5,5%, abaixo dos 6,2% registrados em novembro;
- Em relação à atividade econômica, as vendas no varejo total dos Estados Unidos contraíram 1,1% em dezembro ante novembro, resultado um pouco pior que a mediana das estimativas (queda de 0,9%). As vendas varejistas excluindo a categoria de veículos – bastante acompanhadas pelos agentes de mercado – também recuaram 1,1% na comparação mensal, muito abaixo da expectativa (recuo de 0,5%). A maioria das categorias registrou perdas em dezembro. Destaque para a contração nas vendas de postos de combustíveis (-4,6%) e das lojas de departamentos (-6,6%). O declínio nas vendas do comércio varejista sugere que o consumo das famílias deve esfriar significativamente no 1º trimestre de 2023. Na mesma direção, a produção manufatureira dos Estados Unidos recuou mais do que o esperado em dezembro. O volume produzido na indústria despencou 1,3% em relação ao mês anterior, frustrando o consenso de mercado (-0,3%). Ademais, a retração da indústria em novembro foi revisada de 0,6% para 1,1%. Na comparação com o mesmo período de 2021, a produção total encolheu 0,5% em dezembro e 2,5% no 4º trimestre de 2022. Condições de crédito mais apertadas e enfraquecimento da demanda global vêm pesando sobre a indústria americana. O nível de utilização da capacidade instalada no setor caiu 1pp em dezembro, chegando a 77,5%, nível 0,7pp inferior à média histórica;
- Conforme também publicado na quarta-feira, o “Livro Bege” indica que a economia dos Estados Unidos estagnou recentemente, ao caracterizar a atividade local como “relativamente inalterada” em relação ao relatório anterior. O “Livro Bege” é divulgado pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) oito vezes por ano, fornecendo informações qualitativas sobre as condições econômicas correntes. De forma geral, os respondentes esperam baixo crescimento nos próximos meses. No que diz respeito à abertura setorial, os empresários industriais indicaram contração modesta da atividade e, em muitas regiões, relataram melhoria nas cadeias de matérias-primas (menores restrições de oferta). Por sua vez, o setor de construção seguiu em rota de deterioração. O emprego permaneceu em trajetória de crescimento modesto a moderado na maioria dos Distritos do Fed. Enquanto isso, muitos respondentes disseram que as pressões inflacionárias cederam nos últimos meses, com várias empresas varejistas destacando maior dificuldade para repassar os aumentos de custos. Em suma, o “Livro Bege” corrobora o quadro de virtual estagnação da atividade e de desinflação na economia dos Estados Unidos;
- Diretores do Fed mantiveram uma comunicação dura – hawkish – em pronunciamentos oficiais ontem, indicando altas adicionais de juros no curto prazo. Por exemplo, o Presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, afirmou que a taxa de juros de referência (Fed Funds Rate) precisa subir ainda mais para garantir que as pressões inflacionárias diminuam, enquanto a Presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, reiterou a necessidade de ações firmes para domar a inflação (ambos os membros do Fed continuam a sinalizar juros de pelo menos 5% por um período prolongado). Ademais, a Presidente do Fed de Kansas, Esther George, disse que o banco central deve restaurar a estabilidade de preços, o que significa retornar à inflação de 2%. Apesar dessa comunicação dura, a precificação de mercado para a Fed Funds Rate não mudou significativamente: 0,27pp para a reunião de fevereiro e 0,18pp para a reunião de março, com 4,85% no final do ciclo de aperto monetário e 4,34% no fechamento de 2023;
- Na agenda econômica desta quinta-feira (19), destaque para a publicação da ata da última reunião de política monetária do BCE (Banco Central Europeu), além de outros indicadores de atividade nos Estados Unidos: concessões de alvarás e novas construções residenciais em dezembro; Sondagem Industrial do Fed de Filadélfia de janeiro; e pedidos iniciais de auxílio-desemprego na semana passada. No Brasil, atenção especial à divulgação da PNAD Contínua, principal pesquisa sobre o mercado de trabalho doméstico. A equipe econômica da XP e a mediana das estimativas do mercado apontam para taxa de desemprego de 8,0% no trimestre móvel encerrado em novembro, abaixo do patamar de 8,3% no trimestre móvel encerrado em outubro.
Empresas
MRV (MRVE3) | Expansão de lançamentos compensada pela queima de caixa no 4T22
- MRV apresentou uma prévia operacional mista no 4T22, em nossa visão;
- A companhia apresentou um aumento significativo no preço médio por unidade vendida nas operações brasileiras, atingindo R$208 mil (+22,7% A/A e +3,2% T/T). Dito isso, a empresa parece ter atingido um patamar de precificação mais rentável, começando a mudar sua estratégia para um aumento gradativo no volume de lançamentos. Com isso, os lançamentos da MRV&Co aceleraram para R$ 3,4 bilhões (+7,3% A/A e +92,8% T/T), dos quais R$ 2,76 bilhões foram provenientes das operações no Brasil (+29,2% A/A e +57,0% T/T);
- As vendas líquidas das operações brasileiras atingiram R$ 1,48 bilhão (+1,0% A/A e +3,5% T/T), ficando aquém de nossas estimativas (-26,3% vs. XPe), levando a VSO a 10,7% (-1,1 p.p. T/T), prejudicada por (i) concentração de lançamentos no final do trimestre; e (ii) impactos negativos das eleições e da Copa do Mundo;
- A queima de caixa da MRV&Co atingiu R$ 539 milhões no 4T22 (+258,3% A/A e -55,8% T/T), prejudicada por (i) menor margem bruta impactando a lucratividade; e (ii) provisões, despesas de dívida e swaps, representando uma queima de caixa de R$ 229 milhões. No entanto, vemos a MRV reduzindo sua queima de caixa à medida que as operações continuam a recuperar a lucratividade;
- Dito isso, mantemos nossa recomendação de compra para MRVE3 com preço-alvo de R$ 17,00/ação., com base no valuation atrativo, negociando a 4,5x P/L 2023E;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Jalles (JALL3) – Prévia do 3T23 (ano fiscal 4T22): pressão de custos devem corroer margens
- Apesar de não ter voltado aos patamares anteriores às mudanças nos impostos sobre os combustíveis, os preços do etanol reagiram no trimestre. Portanto, estimamos que a Jalles tenha aproveitado as oportunidades para vender grande parte de seus estoques de etanol;
- O aumento nos custos deve corroer as margens, mas ainda estimamos que a Jalles entregará uma margem EBIT razoável acima das médias históricas de aproximadamente 34%;
- Vemos a Jalles com um valuation atrativo, a 3,1x EV/EBIT para 2023/24YE, mas a incerteza fiscal deve, por si só, manter as ações com desconto por mais tempo do que o esperado;
- Clique aqui para acessar o relatório completo
Data Expert | Proteínas Animais: Brasil – Demanda de exportação vai ditar preços em 2023
- Bovino – Boas margens têm permitido que o setor mantenha altos volumes de exportação mesmo que a preços mais baixos;
- Suíno – Preços de suíno vivo estão em queda na China e colocam em risco as exportações brasileiras após um promissor 2º semestre de 2022;
- Frango – O consumidor doméstico não absorveu a oferta adicional no fim de 2022, pressionando os preços do frango e as margens do produtor;
- Ovo – O crescimento da produção de ovos no final de 2022 deve continuar em 2023, impulsionado pela melhora de margens;
- Leite – Margens inverteram o curso e projetam um melhor cenário para 2023, mas o setor ainda não respondeu com aumento da produção de leite;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Vitória do BTG na Justiça pode antecipar recuperação judicial da Americanas (Valor);
- Banco Inter planeja chegar a 60 milhões de clientes em cinco anos (Valor);
- BB anuncia novos vice-presidentes de Varejo, Gestão de Riscos e Tecnologia (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Anatel libera uso de faixa de 450 MHz em redes privativas para aeroportos (Mobile Time);
- ‘Big Techs’ perdem US$ 4,6 tri em valor (Valor);
- Metaverso vai exigir muita banda larga, sinaliza Meta (Telesíntese);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- EXCLUSIVO: Americanas tem só R$ 800 milhões no caixa; RJ é iminente: (Pipeline Valor);
- Sebrae registra 29 mil novas farmácias no Brasil em três anos (Panorama Farmacêutico);
- Shein faz “promoção” e valuation pode cair de US$ 100 bi para US$ 64 bi (Neofeed);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos e Bebidas
- China encerra suspensão de três frigoríficos brasileiros – Valor;
- Projeções do USDA para a suinocultura dos EUA confundem setor – Suinocultura Industrial;
- Agro
- Expansão do mercado de insumos biológicos se intensifica no Brasil – Valor;
- Brasil pode aumentar 5% na área plantada de grãos sem desmatar, diz Ministro – Reuters;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Alimentos e Bebidas
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- China vai elevar demanda global por petróleo para nível recorde em 2023, diz AIE (Valor Econômico);
- Aneel dá pausa no recesso e votará PLD e tarifa de Itaipu (Canal Energia);
- TCU retira lote arrematado pela Alupar em leilão da Aneel de dezembro (Valor Econômico).
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Novas rodadas de demissões da Microsoft e Amazon
- Amazon anuncia nova rodada de demissões;
- Apple adia indefinidamente o lançamento dos óculos de realidade aumentada;
- Microsoft anuncia corte de 10 mil funcionários;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- RBRD11, BBRC11, RNGO11, ARCT11 e LASC11: As novidades de FIIs; IFIX fica estável (Investing);
- Fundo imobiliário muda código de negociação; Ifix ativa modo gangorra (MoneyTimes);
- Fundos de papel podem ser beneficiados do momento de juros altos, avalia a XP (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Braskem e Unigel avançam em projetos renováveis; Davos segue no centro das atenções| Café com ESG, 19/01
- O mercado encerou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em subindo +0,7% e +0,6%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a química Unigel anunciou que os investimentos em sua unidade de produção de hidrogênio verde em Camaçari (BA) chegarão a US$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos – embora ainda dependa de financiamento, o projeto é a maior aposta até aqui na produção de hidrogênio verde no Brasil; (ii) a Braskem iniciou estudos e está procurando parceiros para colocar em operação uma fábrica de polipropileno (PP) de origem renovável nos Estados Unidos — segundo a própria companhia, a primeira em escala industrial do mundo;
- No internacional, em Davos, no Fórum Econômico Mundial, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, defendeu a globalização de fontes de energias renováveis a preços acessíveis, sob o argumento de que este será o “futuro” para um comércio mundial mais sustentável e que não se limite apenas a “um ou dois superpoderes”;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!