IBOVESPA -0,54% | 109.954 Pontos
CÂMBIO +1,6% | 5,25/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Mercados amanhecem em queda, com os investidores ainda negativos com os dados de inflação dos EUA e preocupados com o tamanho das futuras altas de juros e sobre a duração do ciclo da política monetária mais apertada a ser praticadas pelos bancos centrais. Na agenda de hoje, destaque principal para a o índice de sentimento do consumidor de setembro dos EUA, elaborado pela Universidade de Michigan.
Brasil
O Ibovespa fechou em queda de -0,54%, aos 109.954 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou, em grande parte, o movimento que foi visto nos Estados Unidos, onde investidores continuam repercutindo a surpresa negativa dos dados da inflação do país. Frente ao real, o dólar fechou com alta de +1,6%, a R$ 5,25. Ontem as taxas futuras de juros repetiram a tendência de alta, indicando que o mercado segue com maior aversão a risco, após a inflação de agosto dos Estados Unidos ter superado as expectativas e aberto espaço para um aperto monetário mais robusto pelo Federal Reserve (Fed). No Brasil, o Banco Central reportou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado um indicador prévio do PIB, mostrando resiliência das atividades econômicas com aumento de 1,17% em julho na comparação com junho, a 2ª alta seguida (+0,69% em junho), o que também pode manter a pressão inflacionária. Além disso, o Tesouro Nacional realizou leilão de 11 milhões de títulos prefixados (LTNs e NTN-Fs), contribuindo para alta das taxas diante da acomodação dos títulos pelo mercado. DI jan/23 fechou em 13,79%; DI jan/24 encerrou em 13,255%; DI jan/25 foi para 12,11%; DI jan/27 fechou em 11,795%; e DI jan/29 foi para 11,87%.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem negativas (EUA -1,0% e Europa -1,1%) após alertas de recessão do Banco Mundial e surpresa negativa nos resultados da FedEx. Nesta quinta-feira, o Banco Mundial afirmou que o planeta pode estar se aproximando de uma recessão global à medida que os bancos centrais de todo o mundo aumentam simultaneamente as taxas de juros para combater a inflação persistente. A instituição também complementou indicando que a economia global está em seu movimento de desaceleração mais agudo desde 1970. Já os resultados da FedEx indicaram desaceleração no transporte de mercadorias globalmente, também sugerindo uma desaceleração econômica global acentuada. Na Europa, a inflação na zona do euro atingiu 9,1%, seu maior valor desde 1999. Na China, o índice de Hang Seng (-0,9) encerra em baixa, acompanhando os pares globais mesmo com dados econômicos positivos. Os dados de produção industrial registraram aumento de 4,2% a.a., e vendas do varejo e investimentos também cresceram 5,4% e 5,8% a.a., respectivamente.
Inflação ao consumidor da Zona do Euro
A taxa anual de inflação ao consumidor, também conhecido como CPI, da Zona do Euro atingiu 9,1% – sua nova máxima histórica – em agosto, acima dos 8,9% em julho. A título de comparação, um ano antes, a taxa estava em 3,0%. A inflação anual da União Europeia foi de 10,1% em agosto, também acima dos 9,8% em julho, bem acima da meta imposta pelo Banco Central Europeu.
Índice de atividade econômica no Brasil
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) no Brasil, considerado um indicador prévio de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 1,17% em julho na comparação com junho. O resultado veio acima do esperado pelo mercado, que projetava uma alta de 0,30%, e representa o segundo mês seguido de crescimento.
Dados econômicos da China
Os dados econômicos da China superaram as expectativas em agosto. A produção industrial acelerou para um crescimento anual de 4,2% em agosto, ante 3,8% em julho. As vendas no varejo subiram 5,4% após o aumento de 2,7% em julho. Do lado negativo, as vendas de imóveis contraíram 23% após a queda de 29% em julho. Apesar dos números melhores, os analistas de mercado estão céticos quanto à sustentabilidade da recuperação, considerando a fragilidade do setor imobiliário e a provável recessão no ocidente, que tende a afetar as exportações chinesas adiante.
Veja todos os detalhes
Economia
Perspectiva de política monetária mais apertada nos mercados desenvolvidos continua pesando sobre os preços dos ativos
- Os mercados de ações e commodities estendem perdas nesta manhã de sexta-feira, ainda refletindo a perspectiva de uma política monetária mais apertada nos mercados desenvolvidos. O índice do dólar americano (DXY) está atingindo novas máximas de 20 anos. As vendas no varejo dos EUA em agosto ficaram acima das expectativas ontem, sugerindo uma demanda final sólida. Os pedidos iniciais de seguro-desemprego caíram pela quinta semana consecutiva, um sinal claro de que o mercado de trabalho continua aquecido. Hoje, os mercados acompanharão de perto o índice de expectativa de inflação da Universidade de Michigan;
- O governo alemão assumiu o controle de três refinarias da petrolífera russa Rosneft localizadas em território alemão, intensificando a guerra energética entre a Rússia e o Ocidente. A medida faz parte dos esforços do governo alemão para proteger a economia alemã do racionamento durante o inverno;
- Os dados econômicos da China superaram as expectativas em agosto. A produção industrial acelerou para um crescimento anual de 4,2% em agosto (3,8% em julho), enquanto o investimento em ativos fixos aumentou para 6,5% (3,5% antes). As vendas no varejo subiram 5,4% após o aumento de 2,7% em julho. Do lado negativo, as vendas de imóveis contraíram 23% após a queda de 29% em julho. Apesar dos números melhores, os analistas de mercado estão céticos quanto à sustentabilidade da recuperação, considerando a fragilidade do setor imobiliário e a provável recessão no ocidente, que tende a afetar as exportações chinesas adiante;
- No Brasil O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – uma proxy mensal para o PIB – saltou 1,2% mês contra mês em julho, muito acima das expectativas (consenso de mercado: 0,4%; XP previsão: 0,5%). O indicador cresceu 3,9% em relação a julho de 2021. Os números do IBC-Br corroboram a visão de que a atividade doméstica iniciou o segundo semestre em ritmo sólido. Ainda assim, reiteramos a expectativa de que o PIB brasileiro cresça 2,8% em 2022 e 1,0% em 2023.
Empresas
Zenvia (ZENV): A plataforma líder de soluções conversacionais e seus desafios; Iniciamos nossa cobertura da Zenvia (ZENV) com recomendação neutra
- Estamos iniciando a cobertura das ações da Zenvia (Nasdaq:ZENV) com recomendação Neutra e preço-alvo para o final de 2022 de US$ 3,2/ação, o que implica 78% de valorização;
- Apesar da forte reprecificação após queda de 82% desde o IPO, que deixou a empresa em níveis atrativos de valuation, ainda vemos desafios significativos para a Zenvia equilibrar sua estrutura de capital;
- Tudo para se tornar a principal plataforma de comunicação CX baseada em nuvem da América Latina: Após o IPO, a empresa realizou importantes fusões e aquisições do ponto de vista da complementaridade do portfólio de soluções, mas se colocou em uma situação não trivial com desafios de refinanciamento pela frente;
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Ecorodovias (ECOR3) Vence Leilão da Rodovia “Noroeste Paulista”
- A Ecorodovias venceu o leilão de hoje da concessão Noroeste Paulista oferecendo uma outorga de R$ 1,2 bilhão, superando os demais concorrentes (i) a CCR (R$ 748 milhões), e (ii) o Pátria (R$ 313 milhões);
- Vemos espaço para bons retornos assumindo algumas eficiências operacionais versus as estimativas do governo e alavancagem no projeto (TIR real alavancada de 10,7%; VPL de ~R$250 milhões, ~7% do valor de mercado da ECOR);
- No entanto, o lance vencedor aumenta as preocupações do mercado em torno da alavancagem financeira da Ecorodovias e do seu alto compromisso de capex (4,1x dívida líquida/EBITDA e ~R$30 bilhões em capex a executar, pré-leilão), que, em nossa opinião, é o motivo por trás do desempenho negativo das ações de hoje (-10% vs. IBOV -1%);
- Reiteramos nossa recomendação Neutra para a ação;
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Rumo (RAIL3): Tracker Mensal de Ferrovia – Dados de Volume de Agosto | Temporada de Milho Continua Suportando Volumes Sólidos
- A Rumo reportou volumes fortes em agosto (+26% A/A, levemente abaixo do volume de julho de 7 bi TKUs), suportada pela temporada de milho (+60% A/A) além de volume residual de soja e farelo de soja (+9% e +25% A/A, respectivamente;
- Esperamos fortes volumes para o 2S22 (sustentando o guidance da Rumo para 2022), suportados por: (i) sólidas perspectivas para a colheita de milho no MT; e (ii) melhoria da competitividade tarifária da rota de exportação Sorriso-Santos (16% mais barata que o Arco Norte [Sorriso-Barcarena]);
- Em uma base UDM¹, a Rumo continuou a ganhar participação de mercado (45% em Ago’22 UDM, vs. 42% em 2021 e 40% em 2020), com o Arco Norte (incluindo HBSA) perdendo participação ligeiramente em 31% (vs. 31% em 2021 e 34% em 2020);
- Reiteramos nossa perspectiva positiva para as exportações de grãos do Centro-Oeste do Brasil e as recomendações de Compra para RAIL3 e HBSA3;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Nubank vai deixar a B3 (Brazil Journal);
- Volume médio de ações negociado na B3 cai 12,9% em agosto, para R$ 29,6 bi (Valor);
- Bolsa de Toronto abre escritório em SP para atrair brasileiras (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Ainda na ‘pista’, CEO da Arezzo começa a planejar sucessão (Valor);
- Acionistas do Grupo Mateus aprovam eleição do fundador Ilson Mateus para a presidência do conselho (Valor);
- Mercado Livre vai dobrar frota elétrica na América Latina até fim do ano (Bloomberg);
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- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Engie vende termelétrica e sai de carvão no Brasil (Valor Econômico);
- Europa já se prepara para blecautes devido à falta de gás no inverno (Valor Econômico);
- Petróleo fecha em queda de mais de 3% com temor sobre demanda (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Entrada de capital na Bolsa acumula R$ 86,6 bilhões no ano – Fluxo em foco
- A Bolsa brasileira continua com um desempenho superior aos mercados globais até agora no ano. O Ibovespa sobe +6% no acumulado do ano, enquanto os índices globais caem entre 15% a 20%. Esse desempenho pode ser explicado por: 1) grande exposição aos setores mais buscados por investidores globais como commodities e bancos, 2) múltiplos bastante atrativos, e 3) altas nas taxas de juros, atraindo o fluxo de investidores estrangeiros tanto para a renda fixa e também para a Bolsa brasileira;
- Agosto permanece sendo mais um mês de entrada de capital estrangeiro. No mês, entrou um saldo positivo de R$ 16,4 bilhões de capital estrangeiro. No ano, o saldo total foi de R$ 86,6 bilhões;
- Fundos voltar a apresentar fluxo positivo em ações. Investimentos em ações via fundos teve um fluxo positivo de R$ 25 bilhões em julho, último dado disponível, chegando a R$ 596,4 bilhões alocados em ações, um aumento de aproximadamente 0,4 p.p. M/M no patrimônio líquido das gestoras, representando apenas 10,5% do total;
- Em fundos de pensão, alocação em ações diretamente foi de R$ 3,4 bilhões em maio, último dado disponível da Abbrapp. O fluxo para fundos de renda variável foi negativo no mês, em R$ 5,8 bilhões. Juntos, investimentos em ações e fundos de renda variável representam 14,8% da carteira desses fundos de pensão, resultando em um total de R$161 bilhões;
- Investidores estrangeiros possuem a maior participação na Bolsa. Os principais investidores da Bolsa brasileira são: 1) investidores estrangeiros (52,6%), 2) instituições (27,2%) e 3) pessoas físicas (15,9%);
- Clique aqui para o relatório completo.
Hoje em Criptos: Notícias diárias do universo de criptoativos
- Ethereum pode sofrer regulação pela SEC (Blockworks);
- Taxa de hashes da Ethereum Classic dispara mais de 280% em um único dia (Moneytimes);
- Liga de Futebol da Espanha fecha parceria com Decentraland (Cointelegraph);
- O marketplace do Fortnite lança o primeiro jogo NFT (Decrypt);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | FedEx anuncia corte de custos para 2023
- FedEx anuncia corte de custos para 2023;
- Samsung planeja zerar sua emissão de carbono até 2050;
- Adobe anuncia compra da startup Figma por cerca de US $ 20 bilhões;
- Pior dia das ações dos EUA em 27 meses;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs deslancham e ganham 65 mil cotistas só em agosto; saiba quanto rendem, como comprar e quais os riscos (InfoMoney);
- 52 FIIs pagam dividendos nesta quinta-feira e deflação já reduz média dos rendimentos dos fundos (InfoMoney);
- Fiagro SNAG11 divulga valor dos rendimentos do mês; confira aqui (Suno);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
Radar ESG | Zenvia (ZENV): Dando os primeiros passos na agenda ESG; Uma empresa com ações negociadas na Nasdaq, abraçando a agenda da diversidade, enquanto esperamos mais por vir
- Vemos a Zenvia no início de sua jornada ESG, principalmente dado seu IPO recente (julho-21), enquanto vemos como positivos os esforços da companhia para divulgar seu plano ESG em um futuro breve;
- Na frente E, embora a pegada ambiental do setor de tecnologia seja relativamente pequena comparada a muitas outras indústrias, sentimos falta de mais informações referentes às iniciativas da Zenvia, enquanto no pilar S, destacamos os sólidos esforços da empresa na agenda de diversidade, estando à frente de seus pares, ao mesmo tempo em que vemos espaço para avanço no que tange segurança e privacidade de dados. Por fim, no pilar G, a Zenvia tem suas ações negociadas na Nasdaq e notamos que o Conselho carece de uma maioria independente (33%);
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Engie vende sua última usina termelétrica, saindo do negócio de carvão no país | Café com ESG, 16/09
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -0,5% e -1,0%, respectivamente;
- No Brasil, (i) no caminho de pavimentar o processo de descarbonização do seu portfólio de geração de energia, a Engie Brasil Energia vendeu sua última usina, a termelétrica Pampa Sul, por R$ 2,2 bilhões, e saiu do carvão no país – o diretor-presidente da empresa, Eduardo Sattamini, diz que o objetivo é que o capital seja aplicado em aumento de capacidade eólica e solar e transmissão de energia; e (ii) no Brazil Climate Summit, evento que acontece em NY, Bruce Usher, professor na Columbia Business School, afirmou que o Brasil enfrenta um duplo desafio regulatório para aproveitar seu potencial de negócios sustentáveis – para ele, os créditos de carbono são o mecanismo óbvio para a monetarização de soluções econômicas baseadas na natureza, mas não só, afirmando que “hoje e talvez por muito tempo no futuro esses mercados estarão bem desconectados e não bem regulados”;
- No internacional, uma análise do S&P Global publicada ontem mostrou que se o mundo continuar no mesmo caminho que está agora e não controlar as emissões prejudiciais ao clima, 98% das maiores empresas (classificadas como as do índice S&P Global 1200) poderão estar altamente expostas até a década de 2090 – no entanto, se a meta do Acordo Climático de Paris de limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius for alcançada, a participação de grandes empresas com ativos de alto risco físico poderá ser reduzida para 39% nesse período. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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