IBOVESPA +0,7% | 107.005 Pontos
CÂMBIO -1,3% | 4,92/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Mercados amanhecem em alta, porém ainda observam atentamente os riscos inflacionários e os temores de recessão. Os mercados globais estiveram sob pressão esta semana já que os últimos números trimestrais de grandes varejistas como Walmart e Target levantam preocupações sobre uma base de consumidores enfraquecida e a capacidade das empresas de lidar com a inflação de décadas. Ontem, a gigante varejista Ross reportou seus resultados, confirmando a tendência de que a inflação vem sendo a grande vilã do consumo nos EUA. Em dia de agenda internacional e nacional esvaziadas, destaque para o encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e Elon Musk, que ocorrerá no interior de São Paulo, para tratar sobre conectividade e proteção da Amazônia.
Brasil
A bolsa brasileira apagou parte das perdas da véspera e fechou em alta nesta quinta-feira (19), em um movimento descolado dos principais índices dos EUA, que caíram devido a temores relacionados à inflação, juros e recessão econômica. Por aqui, ajudou a puxar o índice o fato de os moradores de Xangai, cidade chinesa de mais de 25 milhões de habitantes que estabeleceu restrito lockdown, terem sido liberados a sair para comprar mantimentos pela primeira vez em quase dois meses. Com isso, o Ibovespa fechou em alta de +0,71% aos 107.005 pontos. O dólar voltou a cair e se aproxima do piso dos R$ 4,90, acompanhando a forte correção da moeda exterior. A moeda americana fechou em queda de -1,32%, a R$ 4,92. No mercado de renda fixa, os juros futuros tiveram dia com tendência de queda. Os motivos para esse movimento foram, principalmente, a queda no câmbio, a redução nas taxas dos títulos soberanos dos EUA (Treasuries) e a redução nas expectativas de inflação no curto prazo. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que deve pautar na próxima semana uma projeto de lei para reduzir impostos (ICMS) no petróleo, transportes e energia elétrica e sua declaração acentuou o movimento de queda nas taxas de juros de curto prazo devido possível impacto direto da medida na inflação. DI jan/23 fechou em 13,285%; DI jan/24 em 12,905%; DI jan/25 em 12,235%; DI jan/27 encerrou em 11,975%; e DI jan/29 em 12,03%.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +1,2% e Europa +1,5%) devolvendo parte das perdas registradas na semana, que colocaram o S&P 500 perto do território de bear market, e impulsionadas pelo corte na taxa de juros para empréstimos na China. Nos EUA, ontem a Ross reportou resultados aquém do esperado e as ações despencaram -25% no pós-mercado. Os resultados e projeções futuras da companhia reforçaram a mensagem passada pelos balanços do Walmart e Target mais cedo nesta semana, de queda no consumo americano à medida que a inflação deteriora o poder de compra dos consumidores. Na China, ambos os índices CSI 300 (+2,0%) e Hang Seng (+3,0%) encerraram em alta após corte na taxa de juros de referência para empréstimos de longo prazo (LPR) DE 4,6% para 4,45%. O movimento vem para dar suporte à economia chinesa que, por sua vez, passa por forte desaceleração devido às restrições para conter os casos da Covid-19, e estimular a demanda imobiliária no país.
Dados econômicos na Europa
No cenário internacional, a inflação ao produtor da Alemanha atingiu 33,5% no acumulado em 12 meses até abril, superando a taxa de 30,9% registrada em março. Os resultados vieram consideravelmente acima das projeções de analistas do mercado. Mais uma vez, os preços de energia foram os grandes vilões da leitura da inflação. Pelo lado positivo, as vendas no varejo do Reino Unido cresceram 1,4% em abril ante março, resultado muito superior às estimativas, que apontavam para ligeira queda no período.
Banco central Chinês
O banco central da China anunciou a redução de sua taxa de juros de referência para empréstimos de longo prazo. A chamada LPR (Loan Prime Rate) de cinco anos ou mais recuou de 4,60% para 4,45%, seu maior corte desde 2019. O mercado antecipava uma redução mais modesta, para 4,55%. Há expectativa de novas medidas monetárias e fiscais para estimular a economia chinesa em 2022.
Revisão da expectativa de crescimento do PIB
O time econômico da XP revisou a expectativa de crescimento do PIB em 2022, de 0,8% para 1,6% (LINK). A atividade doméstica cresceu fortemente nos últimos meses, em linha com o aumento adicional da mobilidade, a expansão da renda disponível às famílias e o salto nos preços internacionais das commodities. O PIB deve ter crescido 1,4% no 1º trimestre de 2022 em comparação ao 4º trimestre de 2021, muito acima das projeções iniciais. A estimativa para a alta do PIB em 2023 permaneceu em 0,5%.
Veja todos os detalhes
Economia
Inflação ao produtor da Alemanha em abril vem muito acima das expectativas; no Brasil, atenções voltadas ao Relatório Bimestral de Receitas e Despesas
- Conforme divulgado ontem (19) pelo Conference Board, a medida de Indicadores Antecedentes dos Estados Unidos recuou 0,3% entre março e abril, em grande parte devido ao menor volume de alvarás de construção residencial e à queda na confiança do consumidor, apontando para crescimento mais moderado da economia local nos próximos meses. O consenso de mercado indicava estabilidade no período. A métrica considera a ponderação de 10 indicadores com o intuito de mostrar se a economia americana está melhorando ou piorando. Apesar do declínio suave do indicador no mês passado, a atividade econômica dos Estados Unidos permanece em trajetória de recuperação sólida. Conforme também divulgado nesta quinta-feira, os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos Estados Unidos aumentaram de 197 mil para 218 mil (com ajuste sazonal) na semana encerrada em 14 de maio, atingindo o patamar mais elevado desde janeiro. O consenso dos analistas apontava para 200 mil solicitações no período. No entanto, o mercado de trabalho americano segue bastante apertado, com aumentos expressivos de salários. Este quadro contribui para a persistência da pressão inflacionária;
- Na agenda econômica internacional desta sexta-feira (20), destaque para a publicação da confiança do consumidor da zona do euro – leitura preliminar – referente a maio (consenso: -16,9; anterior: -22,0). Já divulgado nesta manhã, o Índice de Preços ao Produtor (PPI, sigla em inglês) da Alemanha saltou 33,5% em abril de 2022 em relação a igual mês de 2021, superando a taxa anual de 30,9% registrada em março. Na comparação mensal, o indicador apresentou elevação de 2,8%, consideravelmente acima da expectativa do mercado (de 1,4%). Mais uma vez, os preços de energia, que subiram 2,5% frente a março e 87,3% ante abril de 2021, foram o principal fator por trás do expressivo aumento no índice geral. Excluindo tais preços, o PPI alemão exibe alta de 16,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Pelo lado positivo, as vendas no varejo do Reino Unido cresceram 1,4% em abril ante março, resultado muito superior ao consenso dos analistas de mercado, que apontava para queda mensal de 0,3%. Na comparação anual (contra abr/21), as vendas do comércio britânico recuaram 4,9%, mas ainda assim ficaram 4,1% acima do patamar pré-pandemia. Por fim, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) anunciou a redução de sua taxa de juros de referência para empréstimos de longo prazo. A chamada LPR (Loan Prime Rate) de cinco anos ou mais recuou de 4,60% para 4,45%. O mercado estimava uma redução mais modesta, para 4,55%. Há expectativa de novas medidas monetárias e fiscais para estimular a economia chinesa em 2022;
- Segundo afirmação do Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Arthur Lira, o projeto de lei que estabelece um teto de cobrança do ICMS para produtos como combustíveis e energia será votado na próxima terça-feira (24). O Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/22 altera a classificação de combustíveis (gasolina, etanol e diesel), energia elétrica, telecomunicações e transporte público coletivo para bens e serviços essenciais. Com tal mudança, o ICMS passaria a ter alíquota máxima de 17%. O impacto fiscal aos estados seria de aproximadamente R$ 60 bilhões em 2022, segundo cálculos do time econômico da XP que consideram a incidência em todo o ano e a atualização dos valores pela variação da arrecadação do ICMS nos primeiros meses de 2022 ante o mesmo período do ano passado. Por se tratar de uma redução de tributo, não haveria necessidade de respeito ao chamado “princípio da anterioridade”, podendo a medida entrar em vigor imediatamente se a lei assim dispuser. No que diz respeito à inflação, o impacto da redução de todas as alíquotas estaduais para 17% poderia chegar a -1,38 p.p. sobre o IPCA, sendo dividido em: -0,29 p.p. para energia elétrica; -0,74 p.p. para gasolina; -0,01 p.p. para etanol; e -0,34 p.p. para telecomunicações;
- De acordo com fontes da imprensa, a equipe econômica do governo federal fechou o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas (a ser publicado hoje à tarde) com a previsão de bloquear quase R$ 10 bilhões em despesas para abrir espaço no teto de gastos para subsídios agrícolas, sentenças judiciais e outros dispêndios obrigatórios. O valor não incluiria remanejamentos para conceder reajustes aos servidores públicos (além do montante de R$ 1,7 bilhão já previsto no orçamento para tal finalidade). Há possibilidade de o governo federal conceder um aumento linear de 5% para o funcionalismo público, o que custaria cerca de R$ 6,3 bilhões e demandaria um rearranjo mais significativo nas despesas;
- O time econômico da XP revisou a expectativa de crescimento do PIB em 2022, de 0,8% para 1,6% (LINK). A atividade doméstica cresceu fortemente nos últimos meses, em linha com o aumento adicional da mobilidade, a expansão da renda disponível às famílias e o salto nos preços internacionais das commodities. O PIB deve ter crescido 1,4% no 1º trimestre de 2022 em comparação ao 4º trimestre de 2021, muito acima das projeções iniciais. Há expectativa de elevação adicional no 2º trimestre, ainda que a um ritmo moderado, mas retração ao longo do 2º semestre, devido sobretudo às condições monetárias mais restritivas e ao crescimento econômico global mais fraco. A projeção para a alta do PIB em 2023 permaneceu em 0,5%.
Empresas
As Lições do 1º trimestre para o Varejo: Macro ainda é um desafio, mas indicações são positivas para o 2T e 2S22
- Neste conjunto de relatórios, consolidamos as principais métricas e indicadores de cada segmento do varejo após os resultados do 1T21, destacando as lições e aprendizados para o setor;
- Reiteramos Grupo Soma, Assaí, Petz and RD como nossas top-picks no setor;
- Clique para os relatório de e-commerce, consumo discrionário, varejo alimentar e varejo farma.
Tech Brasil: Feedbacks da Conferência XP Tech
- Nesse relatório trazemos os principais destaques da 1ª edição da XP Tech Conference (17/05) com a participação de 14 empresas brasileiras listadas: Allied, Bemobi, CSU, Dotz, Eletromidia, Enjoei, G2D, Infracommerce, Intelbras, Locaweb, Multilaser, Positivo, Totvs e Zenvia. A conferência contou com a participação de executivos C-level das companhias listadas e mais de 100 investidores locais;
- Nesse cenário de incerteza com a elevação da inflação global e consequente elevação nas taxas de juros afetando as empresas de tecnologia, o momento foi muito oportuno para discutirmos os fundamentos e revisitarmos as teses de investimento da nossa cobertura;
- Clique aqui para conferir o conteúdo completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Nubank lança solução para pagamentos de cartão por aproximação, usando o app (Valor);
- Getnet anuncia saída da bolsa 7 meses após listagem (Valor);
- BB Seguridade fecha parceria com Pamcary para oferecer seguros de transportes a grandes empresas (Valor);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Tribunal do Cade julgará compra do BIG pelo Carrefour Brasil no dia 25 de maio (Folha);
- XP melhora projeção para PIB do Brasil neste ano, mas revisa estimativas de inflação para cima (Folha);
- ONU corta previsão para crescimento do PIB global em 2022, de 4% para 3,1% (Estadão);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Oferta de boi cresce e favorece frigoríficos (Valor);
- Mesmo com preços altos, demanda por defensivos segue firme (Valor);
- Bacon, frango e carne bovina não ficarão baratos tão cedo (Bloomberg);
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- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Conta de luz não deve sentir efeito de privatização da Eletrobras. (Valor Econômico);
- Privatização da Eletrobras: Veja os próximos passos e o que muda com a venda da estatal. (Valor Econômico);
- Petróleo fecha em alta superior a 2,5% em dia de dólar fraco no exterior. (Valor Econômico);
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Mercados
Número de investidores pessoas físicas na Bolsa continua crescendo apesar de incertezas no mercado – XP Monitor
- Em abril, o número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) atingiu 5.079.690. Em relação a março, houve um aumento de 44.406 investidores PFs, equivalente a um crescimento mensal de +0,9%;
- A maioria dos investidores da Bolsa encontram-se na faixa etária dos 26 a 35 anos, com 1.695.673 contas ativas em março, representando 33,4% de todas as contas. Continuando a tendência vista desde 2013, dados mais antigos disponibilizados, as pessoas estão começando a investir cada vez mais jovens;
- Em relação à regiões, ainda há uma concentração de investidores no Sudeste do país. Os estados de SP, RJ e MG juntos possuem 56,6% do total de investidores, 39,6 pontos percentuais (p.p.) à frente de PR, RS e SC somados (16,9%);
- O número de investidoras na Bolsa alcançou 1.206.251 em abril, o que corresponde a 23,7% do número total de investidores pessoas físicas. Apesar de uma representatividade ainda pequena, o número de mulheres vêm crescendo em ritmo acelerado, com alta de +42,4% desde 2020;
- Por fim, observa-se um grande aumento no número de investidores com interesse em BDRs: são 1,4 milhão representando 26% do estoque. Além disso, em termos relativos, esse foi o produto que mais cresceu nos últimos 12 meses, registrando um aumento de +532% no número de CPFs cadastrados;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Transformação digital: como investir no futuro de tudo – Conexão Global
- A digitalização do trabalho, das interações pessoais e do lazer é um caminho sem volta. Cada vez mais termos como hardware, armazenamento na nuvem e software fazem parte do nosso dia a dia;
- A relevância da transformação digital também aparece no mercado de ações, com o setor de Tecnologia da Informação sendo o de maior peso nos índices globais;
- No cenário atual de mercado, as empresas tech têm sofrido com o momento macroeconômico, combinado com os desafios do setor;
- Entretanto, apesar das complexidades, entendemos que a Tecnologia da Informação é uma tese sólida, embasada na (i) mudança estrutural, (ii) exposição aos principais temas globais e (iii) demanda crescente;
- Clique aqui para acessar o relatório completo e entender porque reforçamos a importância do tema para o investidor.
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Varejista Ross é mais uma do setor a reportar resultados fracos e corte nas projeções, as ações despencam
- Xiaomi decepciona mercado com resultados abaixo das expectativas devido aos lockdowns na China;
- Ações da varejista Ross despencam com resultados fracos e corte nas projeções de vendas;
- Nio estreia na Bolsa de Singapura;
- O S&P 500 contraiu, em média, cerca de -24% do pico ao vale em períodos de recessão desde a Segunda Guerra Mundial;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FII Galápagos (GCRI11) prevê captar R$ 48,9 milhões; Ifix encerra estável; veja destaques (MoneyTimes);
- Carteira de FIIs: Conheça a sugestão para maio (Valor);
- FII IRDM11 foca em desempenho e não fará emissões de cotas neste semestre (Suno);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
Governo Federal publica o decreto oficial para regulamentar o mercado de crédito de carbono no país | Café com ESG, 20/05
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +0,7% e +0,2%, respectivamente;
- No Brasil, o governo federal publicou ontem, em edição extraordinária do “Diário Oficial da União” (DOU), o decreto oficial para regulamentar o mercado de crédito de carbono no país – segundo o governo, o foco da regulamentação será a exportação de créditos, especialmente a países e empresas que precisam compensar emissões para cumprir com compromissos de neutralidade de carbono;
- Ainda no campo climático, (i) o G7 espera cumprir a meta de financiamento da mudança climática de US$100bn para países em desenvolvimento até 2025, disseram chefes de finanças do grupo em um esboço de comunicado de uma reunião na Alemanha; e (ii) a Shell assinou um memorando de entendimento com a Prumo Logística para desenvolver um projeto de produção de hidrogênio verde no Porto do Açu, norte do Estado do Rio de Janeiro – o hidrogênio verde é visto como um dos combustíveis que vai ajudar a reduzir as emissões de carbono no setor de energia nos próximos anos e o objetivo da Shell será usar a planta piloto no norte fluminense como um laboratório de pesquisa. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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