IBOVESPA -0,43% | 131.586 Pontos
CÂMBIO +0,27% | 5,48/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na quarta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,4%, aos 131.586 pontos, apesar da divulgação de um IPCA-15 bem abaixo das expectativas, com o mercado ainda repercutindo a abertura da curva de juros.
O principal destaque positivo do dia foi a CSN Mineração (CMIN3, +2,4%), após valorização do minério de ferro na China de mais de 4%, acumulando alta de 19% no mês até o momento. Já o principal destaque negativo foi Brava Energia (BRAV3, -6,5%), devido à desvalorização do Brent de 2,3%, acumulando queda de 31% em setembro.
No cenário internacional, o foco da semana segue no deflator PCE de agosto, a ser divulgado na sexta-feira.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento ao longo da curva. DI jan/25 fechou em 10,995% (queda de 2,9 bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 12,11% (queda de 0,5 bp); DI jan/27 em 12,135% (queda de 2,6 bps); DI jan/29 em 12,27% (queda de 1 bp). Nos EUA, a diretora do Federal Reserve, Adriana Kugler, afirmou que espera por mais cortes de juros na economia americana. Por lá, o mercado manteve cautela à espera da fala de Jerome Powell, presidente da instituição. Os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de dois anos fecharam em 3,53% (+4,0bps) e os de dez anos em 3,79% (+5,0bp).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em forte alta (S&P 500: 0,8%; Nasdaq 100: 1,4%), com rali liderado por Big Techs e semicondutores, após novo anúncio de estímulos pelo governo chinês, responsável por rali em bolsas globais. Na Europa as bolsas sobem (Stoxx 600: 1,0%), e, na China, as bolsas fecharam em forte alta (CSI 300: 4,2%; HSI: 4,2%), após governo surpreender o mercado e injetar o equivalente a US$ 142 bilhões nos principais bancos estatais do país. A medida vem após uma série de anúncios ocorrida no início da semana.
Economia
No cenário internacional, o destaque será a divulgação da terceira leitura do PIB do segundo trimestre nos Estados Unidos. Como em todas as quintas-feiras, os pedidos semanais de seguro-desemprego serão divulgados nesta manhã.
No Brasil, o IPCA-15 veio bem abaixo das expectativas de mercado e trouxe composição benigna. Acreditamos, porém, que os fundamentos seguem na direção de um cenário ainda desafiador e que o Copom continue com o ciclo de aperto monetário iniciado na última semana. Na agenda de hoje, destaque para a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) que trará elementos fundamentais para o mercado estimar o ritmo e o tamanho do ciclo de alta de juros.
Veja todos os detalhes
Economia
Relatório Trimestral de Inflação é o destaque dessa quinta-feira
Na agenda doméstica de hoje, destaque para o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado pelo Banco Central às 8h00. O documento traz projeções de inflação da autoridade monetária e discussão sobre atividade econômica e mudança na perspectiva de hiato do produto da economia, já anunciada desde o comunicado da última semana. Tais elementos serão fundamentais para o mercado avaliar o ritmo de aperto monetário nas próximas reuniões e o tamanho do ciclo de ajuste necessário para o cumprimento da meta de inflação no horizonte relevante de política monetária.
Publicado ontem, o IPCA-15 de setembro registrou uma alta de 0,13% em relação a agosto, abaixo das expectativas do mercado, com a variação acumulada em 12 meses caindo de 4,35% para 4,12%. As principais contribuições para essa diminuição vieram de alimentação no domicílio, passagens aéreas e preços de cinema. Em direção contrária, a ativação da ‘bandeira vermelha’ nas tarifas de energia elétrica teve um impacto altista significativo no mês.
Os serviços subjacentes, métrica que exclui componentes voláteis, apresentaram um desempenho estável, com uma variação de 0,00% em setembro, inferior à expectativa de 0,32%. A média móvel anualizada de 3 meses dos serviços caiu de 5,3% para 4,0%, refletindo uma queda nos preços de cinema, além de uma diminuição nos preços de seguros de automóveis. Embora tenha havido alívio nas métricas de serviços, os fundamentos econômicos, como um mercado de trabalho apertado, salários reais em alta e expectativas de inflação desancoradas, continuam a mostrar cenário prospectivo desafiador.
Além disso, a média dos núcleos de inflação avançou 0,17%, abaixo da estimativa de 0,31%, com os preços de bens industriais subindo 0,13%. Espera-se que os preços de alimentação no domicílio acelerem no quarto trimestre, encerrando o ano em torno de 6% devido a fatores climáticos e aumento nos preços das proteínas. Dito isso, seguimos com a visão de que o Copom deve aumentar a Selic em 0,50 p.p. nas próximas reuniões, atingindo 12,00% em janeiro de 2025, enquanto a nossa projeção para o IPCA de 2024 – atualmente em 4,4% – apresenta viés de alta.
Em agosto, a conta corrente brasileira registrou um déficit de US$ 6,6 bilhões, superando as expectativas do mercado. O saldo acumulado em 12 meses alcançou US$ 38,6 bilhões, representando -1,75% do PIB. O déficit da conta de Serviços foi um dos principais fatores para essa deterioração, alcançando US$ 4,7 bilhões, com destaque para a conta de Transportes, que teve um saldo negativo de US$ 1,5 bilhão. Além disso, as categorias de Serviços de Propriedade Intelectual e de Telecomunicações também contribuíram para o aumento das despesas. A Balança Comercial de Bens registrou um superávit de US$ 4,0 bilhões em agosto, inferior ao superávit de US$ 8,8 bilhões do ano anterior.
Apesar da piora na conta corrente, os ingressos líquidos de Investimento Direto no País (IDP) totalizaram US$ 6,1 bilhões e mantiveram-se sólidos no acumulado de 12 meses. Os investimentos em carteira também apresentaram sinais de recuperação, totalizando US$ 2,6 bilhões em agosto. Nossa projeção para o déficit em conta corrente de 2024 é de US$ 42 bilhões (-1,9% do PIB), enquanto os ingressos líquidos de IDP devem se manter em US$ 70 bilhões (3,2% do PIB).
No cenário internacional, destaque para a divulgação da terceira leitura do PIB americano. Vale lembrar que a segunda revisão trouxe elementos altistas para atividade econômica, especialmente sobre despesas pessoais. Sem grandes surpresas, esperamos que os dados terão impacto limitado sobre ativos. Também nos EUA, haverá a divulgação dos dados semanais de seguro-desemprego e de encomendas de bens duráveis.
Empresas
Utilities: Perspectivas do Leilão de Transmissão 02/2024; Leilão menor, alta concorrência esperada
- O leilão de transmissão 02/2024 será realizado no dia 27 de setembro,com três blocos (4 ativos) disponíveis e compreendendo um capex estimado em R$ 3,4 bilhões;
- Este leilão é relativamente menor do que os anteriores e não apresenta desafios técnicos significativos;
- Portanto, esperamos que a concorrência seja acirrada, com grandes players focando no Lote 1 (ou potencialmente no Lote 1A e no Lote 1B);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Prio: Navegando em novas águas: possível aquisição da Peregrino
- Hoje (25), a Folha de S. Paulo noticiou que a PRIO está perto de fechar um acordo para adquirir 40% de participação no campo de Peregrino da Sinochem por um valor entre US$ 1,6 bilhão e US$ 1,9 bilhão;
- Dada essa faixa, estimamos que o upside dessa transação estaria entre 2% e 6% do atual market cap da PRIO (R$0,90-R$2,70/PRIO3) a preços do Brent de US$ 70/bbl;
- Além disso, a transação preparou o terreno para possíveis investimentos futuros, caso a Equinor decida vender sua participação no futuro;
- De modo geral, acreditamos que essa aquisição se alinha com os objetivos estratégicos da PRIO, dependendo de os termos serem favoráveis;
- Acreditamos que nossos números estão mais para o lado conservador (especialmente opex) e esperamos mais detalhes sobre o ativo se a transação se concretizar;
- Clique aqui para o relatório completo.
Copel (CPLE6) & Cemig (CMIG4): Mantendo recomendação de compra para Copel e rebaixando Cemig para Neutra
- Estamos rebaixando a Cemig para Neutra após o rali e reiterando nossa recomendação de Compra para Copel para incorporar os resultados financeiros recentes e as premissas revisadas;
- Os principais destaques incluem:
- Pipeline de capex significativo em suas áreas de concessão de distribuição para os próximos anos, visando melhorar a qualidade do serviço;
- Melhorias adicionais na eficiência operacional ainda são esperadas em suas subsidiárias de distribuição; e
- A estratégia de venda de ativos não essenciais está sendo bem executada, com a Copel se desfazendo com sucesso da UEGA e da Compagas, e a Cemig vendendo recentemente a participação da Aliança Energia;
- No geral, encontramos uma TIR real atraente de 12,8% para a CPLE6, o que sustenta nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 13,80;
- Por outro lado, estamos rebaixando o CMIG4 para Neutro com um preço-alvo de R$ 12,80, uma TIR real de 10,5% após o recente desempenho positivo das ações;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Ecorodovias (ECOR3): TCU aprova plano de otimização da ECO101; positivo
- O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou hoje o plano de otimização dos contratos da ECO101;
- Vemos isso como um desenvolvimento positivo em todo o setor, uma vez que:
- Visa destravar investimentos atrasados e resolver uma questão regulatória de longa data;
- Cria uma solução para concessões financeiramente estressadas de participantes listados (a MSVia da CCR deve ser o próximo caso analisado);
- O relatório do TCU forneceu mais detalhes sobre o projeto ECO101, embora o modelo financeiro detalhado do projeto ainda não esteja claro, incluindo:
- Aumento do capex;
- Extensão do contrato;
- Aumentos de tarifas;
- Modernização do contrato;
- A próxima etapa será um leilão, permitindo que outros participantes façam lances para o contrato revisado, para validar o processo de revisão do contrato;
- Reiteramos nossa recomendação de compra para a Ecorodovias;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Relatório Temático | Educação: Revisitando uma questão passada
- Ontem à noite, um veículo de notícias escreveu que a Cogna e a Yduqs estão negociando uma fusão entre as duas:
- Estimamos que as sinergias dessa fusão sejam significativas (~87% do valor de mercado atual);
- No entanto, observamos que houve uma tentativa de transação semelhante há sete anos, e o Cade a suspendeu afirmando que prejudicaria a concorrência;
- Para avaliar se uma fusão afetaria o ambiente competitivo, analisamos os mercados sobrepostos entre as duas empresas nos segmentos presencial e digital.
- Nossa conclusão foi que, embora o mercado presencial não deva representar nenhum obstáculo a essa fusão, o mercado digital parece complexo, pois já é um mercado altamente concentrado, tanto em nível regional quanto nacional;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- XP reformula equipes e reforça plataforma de fundos (Valor);
- Setor de seguros deve crescer até 11,8% em 2024 (Valor);
- Drex: Banco Central inicia segunda fase de testes do real digital (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- V.tal oferece R$ 5,68 bilhões pela Oi Fibra (Telesíntese);
- V.tal altera estrutura após fazer oferta pela área de fibra óptica da Oi (Valor);
- Mercado de IA se aproxima do trilhão. Mas há um “preço” a ser pago nessa conta (NeoFeed);
- Google acusa Microsoft por abuso de domínio na nuvem (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Seca, queimadas e bandeira vermelha devem impactar inflação de setembro, mesmo com prévia abaixo do esperado (O Globo);
- Receita entende que parcela do crédito presumido de ICMS deve ser tributada pelo Imposto de Renda (Valor Econômico);
- H&M vai abrir sua primeira loja no Brasil no Iguatemi (Brazil Journal);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- Billionaire Patrón founder buys Waterloo gin – FoodDrive
- Alimentos
- Hooters Restaurant Chain Taps Advisers to Address Debt as Revenue Falls – Bloomberg
- Marfrig espera reduzir alavancagem com conclusão de venda de ativos para Minerva – GloboRural
- Agro
- Brazil drought dries river and stops shipping on key grains corridor – Reuters
- StoneX prevê novo crescimento na safra de algodão do Brasil em 2024/25 – NotíciasAgrícolas
- Biocombustíveis
- Brazil Sugar Losses Make Thai and Indian Supply More Important – Bloomberg
- Bioverde investirá R$ 1,3 bilhão em usina de etanol de milho em MT – GloboRural
- Clique aqui para acessar o relatório completo
- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Número de rodadas de investimentos em healthtechs se mantém, mas valores são menores ano a ano (Futuro da Saúde);
- Laboratórios de análises clínicas tentam emplacar política nacional de diagnóstico laboratorial (Futuro da Saúde);
- ANS admite débitos de R$ 16 milhões com fornecedores por cortes no orçamento, mas nega determinação de home office (Futuro da Saúde);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- US Congress approves deal to avert election-period shutdown (Yahoo Finance);
- IPCA-15 menor do que o esperado significa alívio na inflação? O que dizem os economistas (Estadão);
- Leilão de transmissão prevê R$ 3,3 bi em investimentos (Valor Econômico);
- S&P Global Ratings atribui rating ‘brAA-’ à Agroterenas; perspectiva estável (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- XPIN11 Vende portfólio de imóveis por R$ 94 milhões (Clube FIIs);
- Após calote da AgroGalaxy, Fiagros têm recuperação desigual (Valor Investe);
- FIIs compram terreno e vão construir galpão para o Mercado Livre no Paraná (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
PETR4 aprova 1° projeto de H2V; VBBR3 reforça interesse de entrar no mercado de SAF | Café com ESG, 26/09
O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 0,43% e 0,87%, respectivamente.
No Brasil, (i) de acordo com o diretor executivo de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, a companhia aprovou recentemente o seu primeiro projeto de hidrogênio verde – segundo ele, trata-se de um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, visando aproveitar a água usada na termelétrica Vale do Açu, no Rio Grande do Norte, para abastecer um pequeno parque solar; e (ii) na visão do CEO da Vibra Energia, Ernesto Pousada, o etanol deve ganhar mais relevância na matriz energética brasileira nos próximos anos, com o crescimento da produção e o aumento da mistura do anidro à gasolina – em entrevista concedida ontem, o executivo ainda reforçou a intenção da empresa de ampliar investimentos em biometano e de entrar no mercado de combustível sustentável de aviação (SAF).
No internacional, a União Europeia anunciou na Organização Mundial do Comércio (OMC) que não vai adiar a aplicação da sua lei antidesmatamento, rejeitando a pressão de países exportadores agrícolas, como o Brasil – o bloco reforçou que a legislação entrará em vigor em 30 de dezembro deste ano, argumentando que qualquer adiamento exigiria uma mudança legislativa, o que não atingiria o objetivo de fornecer previsibilidade legal para as companhias o mais rápido possível.
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