IBOVESPA +0,27% | 134.677 Pontos
CÂMBIO -0,09% | 5,65/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 0,3% ontem, aos 134.677 pontos, em dia marcado pela divulgação dos dados de inflação ao consumidor nos EUA, que vieram em linha com o esperado, embora o seu núcleo tenha vindo levemente acima.
O principal destaque positivo do dia na Bolsa brasileira foi YDUQS (YDUQ3, +8,0%), repercutindo o aumento da participação da gestora SPX na companhia e o fechamento das pontas mais longas da curva de juros. Já na ponta negativa, tivemos IRB (IRBR3, -4,6%) após um banco de investimentos rebaixar a recomendação dos papéis de neutra para venda.
Para o pregão desta quinta-feira, a publicação de dados de vendas no varejo de agosto estará no radar no Brasil. No cenário internacional, o destaque será a decisão de taxa de juros do Banco Central Europeu, enquanto nos EUA teremos a divulgação dos dados de inflação ao produtor de agosto e os pedidos semanais de seguro-desemprego.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com leve abertura nos vértices curtos, e pequeno fechamento nos médios e longos. Domesticamente, o aumento acima das expectativas nos serviços prestados de julho fortaleceu as apostas na alta da Selic em 25 bps na próxima semana. DI jan/25 fechou em 10,92% (+0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,745% (-1,6bp); DI jan/27 em 11,725% (-0,6bp); DI jan/29 em 11,81% (0,2bp). Nos EUA, o mercado reagiu ao debate eleitoral da noite de terça-feira (10), passando a precificar a vitória de Kamala Harris e levando à depreciação do dólar frente às moedas emergentes. Os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de dois anos fecharam em 3,62% (+3,0bps) e os de dez anos em 3,65% (0,0bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%), continuando a recuperação do pregão de ontem após a divulgação dos dados de inflação ao consumidor nos EUA, que vieram em linha com o esperado, embora o seu núcleo tenha vindo levemente acima.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +1,1%), em semana de reunião do Banco Central Europeu, na qual espera-se um corte de juros. Na China, as bolsas fecharam mistas (CSI 300: -0,4%; HSI: +0,8%), com a primeira afetada por uma atualização negativa sobre a demanda de petróleo na China pela Agência Internacional de Energia (IEA, e a segunda impulsionada pela demanda por papeis do setor de tecnologia.
Economia
A inflação ao consumidor registrou variação mensal de 0,187% em agosto (consenso MNI: 0,15%). A medida dos núcleos apresentou surpresa altista este mês (consenso MNI 0,17%; realizado: 0,28%). Os mercados atribuem atualmente uma probabilidade de 85% de um corte de 0,25 p.p. em 18 de setembro e uma probabilidade de 15% de um corte mais forte de 0,50 p.p..
No Brasil, a pesquisa mensal de serviços (PMS) registrou crescimento de 1,2% em julho, consideravelmente acima das expectativas de estabilidade virtual, uma vez que uma grande empresa do espaço publicitário reportava receitas subestimadas e passou a reportar corretamente valores muito superiores. No geral, os números de julho não alteram a nossa visão de que a atividade interna continuará a crescer no curto prazo, embora de forma mais moderada em comparação com o primeiro semestre do ano. Nosso XP Tracker para crescimento do PIB no terceiro trimestre (3T24) é de 0,6% (3,8% A/A). Esperamos que o PIB cresça 3,1% em 2024.
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Economia
Surpresa altista da inflação nos EUA, serviços fortes no Brasil, e corte esperado pelo BCE hoje
- Nos EUA, a surpresa altista na inflação ao consumidor aumentou a probabilidade de um início mais gradual do ciclo de flexibilização monetária. O índice registrou variação mensal de 0,187% (consenso MNI: 0,15%). A inflação acumulada em doze meses caiu de 2,89% em julho para 2,53% em agosto – o seu nível mais baixo desde fevereiro de 2021. A medida dos núcleos apresentou surpresa altista este mês (consenso MNI 0,17%; realizado: 0,28%), depois de ter surpreendido para baixo nas últimas leituras. A sua variação em doze meses registrou 3,17%, pouco alterada em relação ao período anterior. No entanto, a surpresa altista foi explicada principalmente por itens de moradia e pelas passagens aéreas – que são menos sensíveis à política monetária. No geral, os dados de agosto e indicadores econômicos como um todo (preços, atividade e mercado de trabalho) são consistentes com um processo de normalização gradual. Os mercados atribuem atualmente uma probabilidade de 85% de um corte de 0,25pp em 18 de setembro e uma probabilidade de 15% de um corte mais forte de 0,50pp. Projetamos corte de 0,25pp em setembro e nas demais reuniões do ano.
- No Brasil, a pesquisa mensal de serviços (PMS) registrou crescimento de 1,2% em julho, consideravelmente acima das expectativas de estabilidade virtual. A diferença entre a nossa estimativa e o resultado real foi explicada quase que integralmente pelo salto na categoria de Serviços Técnico-Profissionais (15% M/M; 23% A/A). As atividades de publicidade e propaganda contribuíram significativamente para este desempenho, uma vez que uma grande empresa do espaço publicitário reportava receitas subestimadas e passou a reportar corretamente valores muito superiores. Se não fosse o salto nesta categoria, o principal índice de serviços teria crescido próximo das projeções. No geral, os números de julho não alteram a nossa visão de que a atividade interna continuará a crescer no curto prazo, embora de forma mais moderada em comparação com o primeiro semestre do ano. Nosso XP Tracker para crescimento do PIB no 3T24 é de 0,6% (3,8% A/A). Esperamos que o PIB cresça 3,1% em 2024.
- Na agenda de hoje, espera-se que o BCE reduza os juros de referência em 0,25 p.p., a segunda redução este ano, após o corte de junho, seguido por uma pausa em julho. A decisão reduziria a taxa de depósito para 3,5%. A decisão é justificada pelo contexto de declínio da inflação na Zona do Euro para 2,2%, o nível mais baixo desde julho de 2021, com a medida dos núcleos cedendo para 2,8%. O crescimento dos salários desacelerou e o crescimento do PIB no segundo trimestre foi revisado para baixo para 0,2%. Os investidores monitorarão sinalizações sobre futuras ações do BCE. Esperamos que o BCE continue a cortar as taxas em 25 pontos de base em todas as reuniões.
- Nos EUA, hoje será publicada a inflação ao produtor de agosto, e os analistas de mercado recalibrarão as suas expectativas para a inflação medida pelo deflator das despesas em consumo pessoal (core PCE, em inglês) de agosto. No Brasil, o destaque do dia é o relatório de vendas no varejo de julho (PMC), para o qual esperávamos expansão mensal de 0,8%.
Empresas
RD Saúde (RADL3): Dinâmica de resultados mais morna à frente
- Estamos atualizando nossas estimativas para RD Saúde para refletir uma visão levemente mais cautelosa sobre os níveis de rentabilidade da companhia para 2024-25e, uma vez que acreditamos que a alavancagem operacional deve ser vista de forma menos intensa do que está precificado no consenso de mercado;
- No mais, as estimativas do consenso implicam um crescimento de receita mais forte comparado ao nosso, levando nossa estimativa de lucro para 2025 a estar 10% abaixo dos números do consenso;
- Finalmente, rolamos nosso preço-alvo para o final de 2025, agora em R$31,0/ação, e mantemos nosso Neutro dado: i) dinâmica de resultados mais morna à frente; e ii) valuation justo, em 33x P/L 2025e – em linha com os níveis históricos.
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Bens de Capital: Entendendo performance das ações em meio a ciclos diferentes de taxas de juros
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas-chave para o setor. Nesta semana, destacamos:
- (i) nosso spin-off da análise Keeping Up with the Rates do nosso time de estratégia, onde analisamos o desempenho de ações selecionadas de Bens de Capital em meio a ciclos de aperto monetário (com empresas Large Caps historicamente tendo melhor desempenho neste cenário, e a WEG e a Embraer superando seus retornos médios históricos neste ciclo);
- (ii) estabilização do preço unitário para importação de módulos solares (e recuperação gradual de volume);
- (iii) melhores exportações de aeronaves comerciais A/A, de acordo com a Secex (7 em ago/24 vs. 4 em ago/23);
- (iv) a entrega do primeiro C-390 Millenium pela Embraer à Hungria e a participação da aeronave em um exercício militar nos EUA; e
- (v) short interest da Embraer permanecendo alto em 7,0% (lending rate de ~23%).
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Mercado de Capitais: Destaques Operacionais da B3 – Agosto 2024
- Em 11 de setembro, a B3 divulgou seus números operacionais de agosto/24. Agosto é um mês que historicamente mostra sazonalidade positiva para ADTVs. Vimos os volumes crescerem 30% M/M e 10,9% A/A;
- O mês registrou o maior crescimento sequencial desde agosto de 2022, enquanto o crescimento ano a ano foi o mais alto desde julho de 2023. O volume financeiro médio diário atingiu R$ 28,2 bilhões, sendo R$ 26,9 bilhões no mercado à vista. O mercado de opções, o segundo maior, apresentou o maior crescimento (+44% M/M e +69,5% A/A);
- O desempenho positivo foi apoiado por fortes entradas de capital estrangeiro, que atribuímos ao aumento das expectativas sobre o início do ciclo de cortes de juros nos EUA. Apesar do volume mensal mais alto, ainda é cedo para afirmar se esses dados mensais representam uma reversão de tendência para uma trajetória mais positiva para os volumes;
- Portanto, reafirmamos nossa visão conservadora para a B3 (classificação Neutra e preço-alvo de 14/ação).
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Vale (VALE3): Melhor Desempenho Operacional Impulsiona Ajustes Positivos no Guidance – Feedback da Visita de Investidores nas Operações de Carajás
- Esta semana, participamos da Visita de Investidores da Vale nas operações de Carajás, onde a empresa forneceu uma atualização sobre suas divisões. Destacamos:
- (i) Guidance atualizado para 2024E, com expectativas melhoradas para a produção de ferro e custos all-in de cobre mais baixos;
- (ii) Espera-se que a produção de minério de ferro melhore em 2024E, refletindo um desempenho operacional melhor do que o esperado durante o 1T24, com várias opções de crescimento no médio prazo; e
- (iii) Iniciativas em andamento na divisão de Metais Básicos para impulsionar a melhoria das operações, após a Revisão de Ativos da Vale.
- Por fim, embora a perspectiva da China para a produção de aço continue pouco inspiradora, vemos os preços do minério de ferro próximos a ~US$90/t como assimétricos para cima no curto prazo, com o desconto relativo das ações da Vale em relação aos preços das commodities proporcionando uma margem de segurança em relação ao valuation.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Banco Inter lança consignado digital e vê potencial para multiplicar a carteira por sete (Valor)
- Impacto de desastre no RS para seguradoras foi quase o mesmo da pandemia, diz presidente da BrasilSeg (Valor);
- Mudança climática é ‘elefante na sala’ com o qual setor de seguros precisa lidar, diz Susep (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- BNDES lança linha de crédito de R$ 2 bilhões para investimento em data centers (Folha);
- Lula prorroga incentivos da Lei de TICs para até 2073 e cria programa para chips (Telesíntese);
- Amazon anuncia investimento de R$ 10 bilhões em data centers no Brasil (Valor);
- Leilão de 700 MHz no topo das prioridades da Anatel para 2025 (Telesíntese);
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- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- FMUSP, HCFMUSP e Grupo Fleury firmam acordo de cooperação científica (Medicina S/A);
- Beep, de exame domiciliar, tem aporte e é avaliada em R$ 1,2 bi (Valor Econômico);
- Brasil supera marca de mil casos de mpox em 2024 (Agência Brasil);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- EU wine crisis: Calls for digital labeling and sustainability amid climate challenges and consumption dip – FoodIngredients
- Alimentos
- Australian, South American beef exports flooding into the US – BeefCentral
- O ciclo pecuário ficou mais longo – sinal de gado barato em 2025? – TheAgriBiz
- Agro
- Record yield pegs for US corn and soybeans face test on Thursday – Reuters
- EU Corn Crop to Fall to Third Lowest in Decade, Strategie Says – Bloomberg
- Biocombustíveis
- Momento é o mais crítico para incêndios em São Paulo, diz secretário – GloboRural
- Por que montadoras recuaram e mudaram planos após empolgação com elétricos – Udop
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- Bebidas
Renda fixa
Análise (Crédito): Grupo Vamos – 2T24
- A Vamos Locação de Caminhões, Máquinas e Equipamentos S.A. (“Companhia” ou “Vamos”) é uma das principais subsidiárias da Simpar S.A. (~29% do EBITDA no 2T24);
- Focada em locação de caminhões e máquinas, a Companhia se consolida como player nacional relevante no setor;
- Além disso, a Companhia atua em outros dois segmentos: Concessionárias e Venda de ativos e Customização e Industrialização de Caminhões;
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De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields rise as investors weigh inflation data (CNBC);
- Mercado vê risco de inflação com energia e alimentos por seca histórica (CNN Brasil);
- MRV (MRVE3) aprova emissão no valor de R$ 221 milhões em CRIs (E-Investidor);
- Fitch Coloca Rating ‘A-(bra)’ do PBG em Observação Negativa (Fitch);
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ESG
Emissão de títulos soberanos sustentáveis deve ser anual, segundo Fazenda | Café com ESG, 12/09
O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE em leve alta de 0,26% e 0,22%, respectivamente.
Do lado das empresas, segundo a vice-presidente de Estratégia, M&A e Sustentabilidade da Raízen, Paula Kovarsky, a presidência brasileira do G20 e do B20 é uma oportunidade para se colocar os biocombustíveis objetivamente no topo da agenda global – durante evento ontem, ela ainda destacou a capacidade de o etanol alcançar, a curto prazo e em escala adequada, a demanda por biocombustível.
Na política, (i) o coordenador de Promoção da Concorrência da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Carlos Colombo, confirmou ontem que a expectativa do governo brasileiro é tornar anual a emissão de títulos soberanos sustentáveis – o objetivo é captar recursos para projetos que promovam a transição energética, a mitigação das mudanças climáticas e a conservação de recursos naturais; e (ii) poucos meses antes da União Europeia iniciar a implementação da chamada lei antidesmatamento, o governo brasileiro enviou uma carta à cúpula da UE pedindo que a legislação não seja aplicada, sob risco de impactar diretamente as exportações para os países da região – de acordo com o texto, o Brasil é um dos principais fornecedores para a UE da maioria dos produtos abrangidos pela legislação, que correspondem a mais de 30% das exportações para o bloco.
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