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Bolsas hoje: Milei eleito na Argentina, meta de déficit zero para 2024 e mais destaques

Novo presidente na Argentina e arcabouço fiscal no Brasil são alguns dos temas de maior destaque nesta segunda-feira, 20/11/2023

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IBOVESPA +0,11% | 124.773 Pontos

CÂMBIO +0,74% | 4,91/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Ibovespa

O Ibovespa fechou em alta na semana mais uma vez, acumulando ganhos de 3,5% em reais e 3,9% em dólares, aos 124.773 pontos. Apenas 8 papeis do índice fecharam no vermelho. O movimento positivo veio na esteira de queda de juros futuros, impulsionando papeis sensíveis a juros como Magazine Luiza (MGLU3), que teve a maior alta em 23,3%. Na outra ponta, Raízen (RAIZ4) registrou a maior queda (-6,3%), após resultados do 3º trimestre.

Parte da alta do Ibovespa foi acompanhando os índices americanos, que subiram em mais uma semana com dados melhores do que esperado de inflação nos EUA. Os preços ao consumidor e produtor sinalizaram uma melhora, resultando em um otimismo com a proximidade do fim do aperto monetário e de corte de juros em 2024. Com isso, as curvas de juros americanas e globais se fecharam, com a taxa da Treasury de 10 anos caindo de 4,66% para 4,44%.

No cenário doméstico, destaque para sinalização de que o governo vai manter a meta de déficit zero para 2024, afastando o risco fiscal. O ministério da Fazenda planeja agora focar na aprovação medidas para a aumento de receitas no Congresso.

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Confira todos os resultados do 3º trimestre de 2023

Renda Fixa

Ao final da semana, a curva de juros encerrou novamente em queda ao longo de toda a sua estrutura a termo. O movimento teve maior intensidade nos vértices de médio e de longo prazos. Por outro lado, houve ganho de inclinação no “miolo da curva”, com o diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro 2025 e 2033 saindo de 51,3 pontos-base na sexta-feira passada para 53,5 pontos nesta semana. Índices de preços abaixo do esperado e indicadores de atividade demonstrando desaceleração econômica, tanto no mercado local quanto global, foram os principais catalisadores do otimismo do mercado na semana. DI jan/24 fechou em 10,46% (-28,3bps no comparativo semanal); DI jan/25 em 10,31% (-31,4bps); DI jan/27 em 10,71% (-27,3bps); DI jan/33 em 10,99% (-26,1bps); DI jan/37 em 11,04% (-28bps).

Mercados globais

Nos Estados Unidos, os futuros estão no verde nesta segunda-feira (S&P +0,05%, Dow 0,03%, Nasdaq +0,12%), continuando a forte trajetória positiva das últimas três semanas. A temporada americana de resultados do terceiro trimestre está acabando (94% do S&P já reportou), mas ainda temos resultados importantes com Nvidia (terça-feira, dia 21, no fechamento), Lowe’s (terça-feira, dia 21, na abertura), HP (terça-feira, dia 21, no fechamento), e varejo (Best Buy, Abercrombie & Fitch, Urban Outfitters, e mais).

Na Europa, os mercados operam praticamente de lado (-0,01%). O setor de Óleo e Gás volta a subir (+1,48%) após a OPEC+ cogitar mais cortes de produção. Na China, os principais índices fecharam positivos (CSI 300 +0,23%, HSI +1,66%) com a notícia de que as taxas de referência de empréstimo foram mantidas sem alterações.

Economia

O índice de preços ao produtor da Alemanha recuou 0,1% em outubro, em linha com as expectativas. Em 12 meses, a inflação ao produtor atingiu -11%. É uma evidência adicional de que a deflação global de custos continua ajudando a reduzir a pressão sobre os bancos centrais para manterem a política monetária restritiva por muito tempo.

Javier Milei foi eleito presidente da Argentina ontem à noite. Milei entrou na cena política em 2020, depois de anos como comentarista político, e ganhou atenção com propostas sociais e econômicas controversas, como a dolarização da economia e a eliminação do Banco Central, juntamente com duras críticas aos partidos políticos estabelecidos. Durante a reta final da disputa, Milei moderou o discurso. O desafio agora é fazer uma coalizão de centro-direita no Congresso, para garantir a governabilidade em meio a recessão econômica e elevada inflação.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o novo arcabouço fiscal exige que as despesas cresçam pelo menos 0,6% acima da inflação, mesmo que isso leve a um resultado pior do que a meta estabelecida para o resultado primário. O ministro disse que o governo pode congelar no máximo R$ 22-23 bilhões no próximo ano. Na nossa opinião, esta interpretação do novo arcabouço enfraquece a eficácia da meta de déficit zero proposta para 2024.

Veja todos os detalhes

Economia

As pressões inflacionistas globais continuam cedendo. Milei vence eleições presidenciais na Argentina

  • O índice de preços ao produtor da Alemanha recuou 0,1% em outubro, em linha com as expectativas. Em 12 meses, a inflação ao produtor atingiu -11%. É uma evidência adicional de que a deflação global de custos continua, ajudando a reduzir a pressão sobre os bancos centrais para manterem a política monetária restritiva por muito tempo. Na semana passada, a inflação dos preços no consumidor foi benigna nos EUA, na zona euro e no Reino Unido. Ao mesmo tempo, a atividade económica parece estar a perder força na maioria das regiões. Como consequência, os bancos centrais dos mercados desenvolvidos provavelmente não elevarão mais as taxas de juros, e devem começar a reduzi-las gradualmente no ano que vem;
  • Os preços do petróleo continuam recuperando, após uma queda significativa no início deste mês. O Brent está sendo negociado a 81,1 dólares por barril, 0,6% de alta hoje e 5,0% acima do que estava uma semana atrás. Ainda assim, o petróleo permanece consideravelmente abaixo do pico recente (95 dólares por barril em Setembro), contribuindo para manter as pressões inflacionistas globais sob controle;
  • Javier Milei foi eleito presidente da Argentina ontem à noite. Milei entrou na cena política em 2020, depois de anos como comentarista político, e ganhou atenção com propostas sociais e econômicas controversas, como a dolarização da economia e a eliminação do Banco Central, juntamente com duras críticas aos partidos políticos estabelecidos. Durante a reta final da disputa, Milei moderou o discurso, alinhando-se com a coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio e sua candidata, Patricia Bullrich. A manutenção desta relação será crucial para a governabilidade neste cenário político dividido. Apesar do sólido resultado eleitoral gerar impulso para Milei, ele deve continuar as negociações com o grupo de centro-direita – uma tarefa desafiadora nas condições atuais. Ele já está em negociações para conceder à coligação posições no governo, nas a situação ainda é incerta; – No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o novo arcabouço fiscal exige que as despesas cresçam pelo menos 0,6% acima da inflação, mesmo que isso leve a um resultado pior do que a meta estabelecida para o resultado primário. O ministro disse que o Governo pode congelar no máximo R$ 22-23 bilhões no próximo ano. Na nossa opinião, esta interpretação do novo arcabouço enfraquece a eficácia da meta de déficit zero proposta para 2024.

Empresas

Educação: Muitas perguntas; algumas hipóteses; zero respostas

  • Na última sexta-feira organizamos uma reunião com executivos para discutir os assuntos regulatórios que atualmente influenciam o setor. As principais conclusões foram:
    • No início de janeiro poderá haver notícias sobre o acórdão do STF relativo às escolas de medicina, mas em suma, este mercado poderá continuar a ser protegido por uma regulamentação rigorosa;
    • O novo cenário regulatório proposto para o ensino digital pode ter um impacto grave em algumas empresas, embora seja improvável que seja aprovado tal como apresentado;
    • O governo tomou algumas decisões envolvendo o programa FIES, embora não haja sinais do que será um desenho definitivo.
  • Mantemos a nossa visão positiva sobre o setor de modo geral e consideramos que as potenciais alterações regulatórias elevam barreiras de entrada e, assim, fortalecem a vantagem competitiva das companhias incumbentes no longo prazo;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Lições do 3º trimestre no Varejo: Todos os olhos voltados para as vendas de Natal e Black Friday

  • O cenário macroeconômico desafiador continua a ser um obstáculo para a demanda;
  • O cenário competitivo mais acirrado foi uma preocupação em todos os segmentos;
  • Otimização de despesas e planos de corte de custos foram implementados para defender as margens;
  • Geração de caixa e desalavancagem são prioridades;
  • Dinâmica de vendas melhores em outubro, mas as vendas de fim de ano vão dar o tom para o 4T. VIVA, SMFT, VULC e CEAB foram os destaques do trimestre, enquanto BHIA, MGLU, CRFB e MLAS foram os destaques negativos. Reiteramos VIVA, ASAI e GMAT como as nossas preferências;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
    • Juro do rotativo do cartão de crédito é problema mais complexo que enfrentei no BC, diz Campos Neto (Estadão);
    • LUCRO DOS CINCO MAIORES BANCOS CRESCE 3,1% NO TRIMESTRE, PARA R$ 28,4;
    • Estrangeiros aportam R$ 2,33 bilhões na B3 em 14/11, o maior volume desde julho (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
    • Zenvia mira integração total de serviços e produtos em 2024 (Mobile Time);
    • Chineses desafiam produção nacional de equipamento solar (Valor);
    • Mercado de SMS seguirá crescendo em 2024, prevê CFO da Zenvia (Mobile Time);
    • Em decisão inédita, Anatel nega anuência prévia para mudança de controle da Surf (TELETIME);
    • Clique Aqui para acessar o relatório.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Shein faz expansão logística e traz promoções agressivas para competir na Black Friday 2023 (Infomoney);
    • No varejo de moda, uma corrida contra o tempo por isonomia tributária (Exame);
    • Varejistas esperam um 2024 melhor, mas ainda conturbado (Infomoney);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Bebidas
      • Bares devem ter alta de até 15% no faturamento em dias da onda de calor (Guia da Cerveja);
    • Alimentos
      • China deve inspecionar 18 frigoríficos em dezembro; veja lista (Globo Rural);
      • JBS reabre fábrica de bovinos em MT, que será a maior da América Latina (Notícias Agrícolas);
    • Agro
      • Argentine farmers: Milei victory an opportunity for ‘radical change’ for grains sector (Reuters);
      • Associação de fertilizantes nitrogenados da China pede suspensão das exportações (Notícias Agrícolas);
    • Biocombustíveis
      • Ministro cita queda internacional do petróleo e cobra que Petrobras reduza preços (Nova Cana);
      • Preços dos CBios mantêm tendência de alta na primeira quinzena de novembro (Nova Cana);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
    • Fleury (FLRY3) anuncia recompra de ações (RI da Companhia);
    • Kora Saúde (KRSA3) esclarece que não há fato relevante que justifique as movimentações atípicas das ações (RI da Companhia);
    • Comissão de Saúde debate a realização de cirurgias eletivas pelo SUS (Câmara);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
    • Petrobras tem margem para cortar preço da gasolina e diesel (Valor Econômico)
    • Ibovespa sobe impulsionado por petróleo; exterior dá apoio ao índice na semana (Valor Econômico)
    • Petrobras aims to transform Brazil into global energy power (Financial Times)
    • COP28 pode ser a mais importante até agora (Valor Econômico)
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Renda fixa

Tudo sobre Renda Fixa no mês (e o que esperar)

  • A curva de juros encerrou outubro em queda nos vencimentos mais curtos e em alta nos vértices médios e longos, após o aumento da aversão ao risco, principalmente, no mercado global;
  • No mercado secundário, destacamos novembro com a maior concentração de debêntures a vencer dentro dos próximos doze meses, com R$ 11,2 bilhões, seguido de março de 2024, com R$ 10,9 bilhões, o que pode gerar novas emissões;
  • Quanto aos ratings, em outubro, houve reversão da tendência apresentada no mês anterior e o número de upgrades (elevações) superou os downgrades (rebaixamentos) das notas de crédito atribuídas pelas agências aos emissores;
  • Nos próximos meses, esperamos que se mantenha o ritmo de corte da taxa Selic em 0,5 p.p.;
  • Acesse aqui o relatório completo.

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • Where Have All the Foreign Buyers Gone for U.S. Treasury Debt? (WSJ);
  • Recuperação judicial: O que explica o aumento de casos entre as empresas? (Money Times);
  • BNDES aumenta aposta em debêntures de infraestrutura – e incomoda mercado (Pipeline);
  • Rating do BDMG elevado de ‘brA-’ para ‘brA’ na Escala Nacional Brasil; ratings ‘B’ reafirmados; perspectiva segue estável (S&P Global);
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Semana de emissões: FIIs querem captar mais de 2,3 bilhões em ofertas; veja quais (FIIs);
    • Fundo imobiliário não para de comprar e desembolsa R$ 180 milhões por shopping (Money Times);
    • Por que fundos imobiliários estão de olho em imóveis residenciais? (Money Times);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

Parte dos R$10bi captados no título soberano sustentável vai financiar ônibus elétrico e reflorestamento | Café com ESG, 20/11

  • O mercado fechou a semana passada em território positivo, com o IBOV e o ISE registrando forte alta de +3,5% e +3,8%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira encerrou em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,10%) e o ISE recuando -0,79%;
  • Do lado das empresas, (i) segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a petroleira firmou acordos com empresas da Noruega, Dinamarca e Holanda durante sua viagem a países nórdicos visando acelerar o seu processo de transição energética – os acordos vão proporcionar parcerias na área de óleo, gás e energia renovável; e (ii) a Ambipar Enviroment, empresa do grupo Ambipar focada em gestão de resíduos e economia circular, vai investir R$ 50 milhões para desenvolver a logística reversa do vidro nas cinco regiões do país – a companhia vai comprar caminhões e equipar mais cooperativas para ampliar, até 2032, o volume de cacos vendidos às fabricantes de embalagens de vidro para 400 mil toneladas por ano (vs. 130 mil hoje);
  • Na política, parte dos R$ 10 bilhões captados com o primeiro bônus soberano sustentável emitido pelo Brasil na semana passada deverá financiar a eletrificação de frotas de ônibus de transporte urbano e o reflorestamento de áreas degradadas – além disso, o montante levantado no mercado internacional será usado para refinanciar outras dívidas externas do país, mas o governo se comprometeu a alocar valor equivalente em projetos considerados sustentáveis segundo o arcabouço de dívidas ESG desenvolvido pelo Tesouro Nacional;
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

Brasil capta US$ 2 bi em 1º título soberano ESG; ExxonMobil aposta em lítio | Brunch com ESG

  • Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os domingos pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana;
  • Na última semana, destacamos: (i) Brasil conclui emissão de seu primeiro título soberano sustentável e capta US$ 2 bi; e (ii) ExxonMobil, uma das maiores produtoras de petróleo do mundo, mira produção de lítio para baterias de veículos elétricos;
  • Clique aqui para ler o conteúdo completo.  

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