IBOVESPA +2,82% | 126.913 Pontos
CÂMBIO -0,26% | 5,85/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou com uma forte alta de 2,8% ontem, aos 126.913 pontos, em seu melhor desempenho diário desde maio de 2023 e com 83 dos 87 papéis que compõem o índice terminando o pregão no campo positivo. O desempenho repercutiu uma série de fatores, como uma sinalização mais flexível do Copom e dados mais fracos do mercado de trabalho pelo relatório Caged, que contribuíram para um fechamento na curva de juros, especialmente em suas pontas mais curtas. Além disso, os investidores receberam positivamente falas do presidente Lula, como o reconhecimento da importância da Vale (VALE3, +4,2%), o que causou uma alta significativa nas ações da companhia, de grande peso no índice.
Em meio a uma redução nos prêmios de risco, os principais destaques positivos do dia foram os papéis cíclicos como Magazine Luíza, YDUQS e CVC (MGLU3, +12,6%; YDUQ3, +9,9%; CVCB3, +8,3%). Já a Petz (PETZ3, -2,2%) devolveu parte de seus ganhos dos últimos pregões, com o papel acumulando uma alta de 19,4% em 2025.
Nesta sexta-feira, o destaque da agenda econômica será a divulgação do deflator PCE, o índice de inflação preferido do Federal Reserve, referente a dezembro. Além disso, pela temporada internacional de resultados do 4º trimestre de 2024, teremos números de Charter Communications, Colgate-Palmovile, Chevron, Eaton Corp e Exxon Mobil.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com forte fechamento ao longo da curva. No Brasil, a redução de postos de trabalho indicado no Caged e o comunicado mais dovish do que o esperado na decisão de juros ajudaram a intensificar a queda dos juros futuros. O DI jan/26 encerrou em 14,86% (- 35,9bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,98% (- 41,2bps); DI jan/29 em 14,87% (- 28,3bps); DI jan/31 em 14,87% (- 23,4bps). Nos EUA, o PIB cresceu 2,8% em 2024, refletindo o alto aquecimento econômico do país. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,18% (-3,0bps), enquanto os de dez anos em 4,52% (-3,0bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em alta (S&P 500: 0,4%; Nasdaq 100: 0,8%) após os resultados de Apple e Intel, que subiram mais de 3% no pós-mercado. Na frente macroeconômica, a taxa das Treasuries sobe enquanto investidores aguardam os dados de inflação mais recentes, além de outros indicadores econômicos.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,3%), após uma série de resultados de empresas, divulgação de dados econômicos e decisão de corte de 25 bps na taxa de juros. Na China, as bolsas continuam fechadas devido às celebrações do Ano Novo chinês.
IFIX
O índice de fundos imobiliários, o IFIX, apresentou alta de 0,74% na quinta-feira. Os FIIs de papel integrantes do IFIX tiveram desempenho médio de 0,84%, enquanto os FIIs de tijolo tiveram performance média de 0,80% no dia. Os destaques positivos do dia foram BROF11 (+3,6%), HGRE11 (+3,1%) e VINO11 (+2,6%). Já os principais destaques negativos foram ICRI11 (-1,5%), MFII11 (-1,3%) e HCTR11 (-1,1%).
Economia
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Economia
Core PCE nos EUA e taxa de desemprego no Brasil como principais destaques de hoje
- Nos Estados Unidos, o PIB acelerou a um ritmo anualizado de 2,3% quarto trimestre, após um crescimento de 3,1% no terceiro trimestre. Os dados de 2024 encerram com um tom relativamente negativo, embora o crescimento tenha se mantido razoavelmente sólido. Para o ano de 2024, o PIB acelerou 2,8%, em comparação com 2,9% em 2023. O crescimento manteve-se sustentado pelo consumo das famílias a um ritmo robusto de 4,2% t/t anualizados e, como habitualmente, representaram cerca de dois terços de toda a atividade. Os gastos do governo também se destacaram, acelerando a um nível de 3,2%.
- Por outro lado, o investimento privado registou uma queda de 5,6%, o que reduziu em mais de um ponto percentual o crescimento do PIB. Por fim, o comércio exterior foi um entrave ao crescimento no período, com as importações cedendo 0,8%, ao passo que as exportações também diminuíram 0,8%.
- O Banco Central Europeu (BCE) reduziu suas taxas básicas de juros em 0,25 p.p. Desse modo, a taxa de depósito atingiu 2,75% ao ano – trata-se da quinta queda consecutiva de juros na Europa. O BCE está tentando se equilibrar entre a reaceleração da inflação nos últimos meses e o fraco crescimento econômico na região. De fato, a presidente da instituição, Cristine Lagarde, sustentou que o crescimento da região segue preocupante adiante.
- Na agenda de hoje, o destaque será a divulgação do deflator do PCE, o indicador de inflação predileto do Fed. A expectativa do mercado é que o núcleo o indicador, métrica que exclui itens voláteis, avance 0,2% m/m em dezembro e encerre 2024 em 2,8%.
- No Brasil, o relatório Caged revelou uma perda líquida de 535,5 mil empregos formais em dezembro, significativamente pior do que o esperado, com o saldo de empregos ajustado sazonalmente caindo de 113 mil em novembro para apenas 23 mil em dezembro. A criação de empregos no período móvel de 12 meses alcançou 1,694 milhão, uma queda em relação a 1,777 milhão do mês anterior. As contratações formais diminuíram 6,5% em relação ao mês anterior, marcando a segunda queda consecutiva, enquanto as demissões caíram 2,8% em relação ao mês anterior. Os salários de admissão nominais subiram 6,4% em relação ao ano anterior, superando as taxas de crescimento anteriores, embora, ajustados pela inflação, o salário médio de admissão tenha aumentado apenas levemente. Todos os setores mostraram sinais de enfraquecimento, com perdas notáveis de empregos em Construção e Agricultura & Pecuária, reforçando uma desaceleração na atividade doméstica e restrições na oferta de mão de obra.
- Olhando para o futuro, esperamos uma criação líquida total de 750 mil empregos formais em 2025, com um crescimento do PIB projetado em 2,0%.
- Em dezembro, o resultado primário do governo central registrou um superávit de R$ 24 bilhões, superando as expectativas do mercado e apresentando uma melhora significativa em relação ao déficit de R$ 116 bilhões no mesmo mês de 2023. No acumulado de 2024, o governo central teve um déficit de R$ 43 bilhões, representando 0,4% do PIB, uma melhora considerável em comparação ao déficit de R$ 228,5 bilhões (2,1% do PIB) em 2023. Ao excluir despesas não contabilizadas no cálculo do resultado primário, o déficit ajustado foi de R$ 11 bilhões, situando-se entre o centro e a faixa inferior da meta fiscal.
- O crescimento da receita líquida foi impulsionado por diversos fatores, incluindo concessões e dividendos de estatais, além de um aumento significativo nas receitas de impostos devido à atividade econômica aquecida. As despesas totais caíram 33,3% em termos reais, principalmente devido a pagamentos de apoio financeiro a estados e dívidas judiciais no ano anterior. A combinação de uma economia em crescimento, receitas extraordinárias e antecipação de gastos favoreceu o resultado primário de 2024, embora se espere que a dependência de receitas não recorrentes diminua nos próximos anos. Para 2025, as previsões indicam que será mais fácil atingir as metas de saldo primário, mesmo sem medidas extraordinárias, dado o aumento da atividade econômica e a necessidade de cortes adicionais nas despesas.
- Na agenda doméstica da sexta-feira, o principal destaque será a divulgação dos dados de emprego pela Pnad contínua. O mercado espera que a taxa de desemprego tenha encerrado 2024 em 6,1%. Além disso, o Banco Central divulgará as estatísticas fiscais do setor público consolidado de dezembro – espera-se resultado primário do setor público consolidado positivo em R$ 10,4 bi e que a razão dívida líquida/PIB fique em 61,0%.
Commodities
Agronegócio | Notas do Campo
- Atualmente, estamos em um Crop Tour em Mato Grosso e achamos necessário destacar vários pontos: (i) ao longo da rodovia BR-163, no trecho de 50 km entre Sinop e Sorriso, os campos de soja não mostram sinais visíveis de problemas/perdas; (ii) o IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia e Agropecuária) atualizará suas estimativas de safra na segunda-feira, 3 de fevereiro – para o milho, esperamos um aumento na área; para a soja, antecipamos que a Produtividade da Safra aumente para o topo da faixa histórica; (iii) O clima continua favorável com chuvas rápidas e condições nubladas, mas predominantemente seco; e (iv) Nossas verificações de canal indicam que aproximadamente 25% da soja foi colhida ao longo da BR-163 entre Sorriso e Sinop, consistente com nossa contagem visual. Esperamos que a colheita acelere significativamente nas próximas duas semanas.
- Estamos projetando uma Produtividade da Safra recorde em Mato Grosso, o que deve ajudar a uma safra recorde de soja no Brasil (173,5 milhões de toneladas com um risco de alta), e revisões positivas de safra por parte das agências do setor.
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Papel e Celulose: Estoques nos Portos Europeus Aumentaram Ligeiramente em Dez’24; Futuros de BHKP Acima de ~US$600/t para Mar’25
- Nesta semana, observamos que:
- Os estoques dos portos europeus aumentaram 1% M/M (+22% A/A) em Dez’24, de acordo com a Europulp;
- Os estoques dos consumidores da Europa Ocidental aumentaram 5% M/M em Dez’24 (-8% A/A), com os estoques de fibra curta aumentando 4% M/M (-12% A/A) e os de fibra longa aumentando 7% M/M (+3% A/A), de acordo com a UTIPULP;
- Por fim, a Suzano está negociando a um EV/EBITDA 2025 de 5,6x, um desconto de 19% em relação à sua média histórica de 6,8x, enquanto a Klabin e a Irani negociam a um EV/EBITDA 2025 de 7,2x e 4,8x, respectivamente.
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Empresas
SmartFit (SMFT3): Quantas academias ainda cabem no Brasil?
- Como um dos pilares da tese de investimento da SMFT é a expansão orgânica, analisamos profundamente seu cenário competitivo no Brasil após uma forte aceleração de expansão por outros players HVLP, ao mesmo tempo em que colocamos em perspectiva o potencial de expansão nesse contexto;
- Nossas principais conclusões são: i) a SMFT oferece uma proposta de valor melhor em comparação com os concorrentes, dado seu tamanho muito maior e melhor percepção de qualidade por parte dos clientes; ii) nossa análise de geolocalização mostra que a SMFT está bem posicionada em relação à concorrência, apesar da recente aceleração de expansão dos competidores; iii) ainda há espaço para mais do que dobrar a presença da SMFT no futuro, mas cidades menores precisarão ser foco da expansão; e iv) a maior parte das oportunidades de expansão está em cidades com dinâmicas competitivas favoráveis para a SMFT;
- Assim, reiteramos nossa recomendação de Compra e a SMFT como nossa top pick;
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Jalles (JALL3) | Mantendo o potencial de crescimento em um cenário de S&E não empolgante
- Estamos lançando nossa prévia para o 3T25 enquanto atualizamos nossas estimativas e o preço alvo (PA). Estimamos que o 3T25 será sólido, impulsionado por resultados positivos tanto em Açúcar quanto em Etanol.
- No entanto, não esperamos que isso sirva como um catalisador. Além disso, estamos reduzindo nosso preço alvo (PA) de R$ 12,4/ação para R$ 9,5/ação, já que incorporamos um custo de capital mais alto em nossas premissas e um ramp-up mais lento do que o anteriormente antecipado no esmagamento.
- Embora agora estejamos projetando um crescimento mais lento à frente, continuamos a ver a tese de investimento como um raro caso de crescimento no setor de S&E. Embora estimemos que a empresa tenha um valuation atrativo (3,1x EV/EBITDA para 2025/26 contra pares negociando a ~3,8x) e um potencial significativo de alta, não prevemos nenhum catalisador no curto/médio prazo, já que ações com menor liquidez provavelmente continuarão sendo deixadas de lado pelo mercado, enquanto não prevemos fundamentos otimistas no setor de Açúcar e Etanol.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Menos um na disputa da Linx (Pipeline);
- Oferta bilionária de ações da Caixa Seguridade deve sair em fevereiro (Estadão);
- Novo crédito consignado privado: o que se sabe até agora (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Menos um na disputa da Linx (Pipeline);
- Opensignal: 5G fica mais ‘lento’ no Brasil, mas disponibilidade cresce (Teletime);
- Microsoft perde US$ 200 bi em valor de mercado (Valor);
- Oi: a negociação que encerrou um ciclo (Teletime);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Venda de medicamentos em supermercados ‘é questão de dias’, diz vice-presidente da Abras (Valor Econômico);
- Inflação: preços sobem mais de 1% nos supermercados no 1º mês do ano, calcula Abras (Estadão);
- Lula descarta ‘bravata’ para conter inflação dos alimentos e diz que ouvirá empresários sobre preços (Estadão);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- Beyond The Headlines: Coca-Cola rereleases Orange Cream soda, Symrise reports sales 2024 growth – FoodIngredients
- Alimentos
- Governo fará monitoramento de preços dos alimentos, mas intervenção está descartada – GloboRural
- Mais Pringles? Kellanova vai investir R$ 360 milhões para ampliar fábrica em SC – AgFeed
- Agro
- China passes on US soybeans despite Brazilian delays – Reuters
- EU vessel sanctions weigh on Russian grain exports, central bank says – Reuters
- BHP fecha acordos para vender potássio no Brasil – GloboRural
- Biocombustíveis
- Com alavancagem alta, Raízen tem perspectiva de rating rebaixada pela S&P – AgFeed
- Lula nega culpa por aumento do diesel: “Quem autoriza é a Petrobras” – NovaCana
- Clique aqui para acessar o relatório completo
- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Golden Cross vai à Justiça contra decisão da ANS que obriga venda da carteira em 30 dias (O Globo);
- Mortes confirmadas por dengue em São Paulo dobram em 72 horas (Valor Econômico);
- Em reunião da CIT, Ministério da Saúde detalha ações estratégicas para fortalecer o SUS em 2025 (Ministério da Saúde);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Trump says 25% tariffs on Mexico and Canada may not include oil: ‘Oil is going to have nothing to do with it as far as I’m concerned’ (CNBC);
- ‘Se depender de mim, não tem outra medida fiscal’, diz Lula (Estadão);
- Governo não fará peripécia com Petrobras e deixará mercado se resolver, diz Silveira (Folha de São Paulo);
- Perspectiva do rating da Raízen S.A. na escala global alterada de estável para negativa por alavancagem alta; ratings ‘BBB’ e ‘brAAA’ reafirmados (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Chucri Zaidan supera Faria Lima, Pinheiros e Vila Olímpia e lidera ranking de área locada em 2024 (SiiLA);
- Governo discutirá com Congresso solução a veto sobre fundos de investimento na reforma tributária (Valor Econômico);
- RELG11 distrata contrato e elimina dívida de R$ 64 milhões (ClubeFiis).
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ESG
Investimento global na transição energética ultrapassou US$ 2 tri em 2024, diz BloombergNEF | Café com ESG, 31/01
- O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 2,8% e 3,1%, respectivamente;
- No Brasil, associações de combustíveis fósseis enviaram ontem uma carta ao Ministério de Minas e Energia (MME) solicitando a realização de testes “abrangentes e rigorosos de bancada e de campo” na mistura de 25% de biodiesel ao diesel (B25) – atualmente, a mistura obrigatória é de 14% e deve chegar a 20% em 2030, valor máximo considerado seguro por pesquisas;
- No internacional, (i) segundo um relatório da BloombergNEF divulgado ontem, os investimentos globais na transição energética de baixo carbono ultrapassaram US$ 2 trilhões pela primeira vez em 2024 – apesar do crescimento de 11% em relação ao ano anterior, para atingir a meta do Acordo de Paris de emissões líquidas zero até 2050, o investimento global em transição energética precisa ser, em média, de US$ 5,6 trilhões por ano de 2025 a 2030; e (ii) segundo a Bloomberg, após acumular prejuízos financeiros, a Shell suspendeu os investimentos no parque eólico em alto mar dos EUA, conhecido como Atlantic Shores – para a diretora financeira da Shell, Sinead Gorman, o projeto não fazia mais sentido tanto na perspectiva financeira, quanto de capacidade técnica;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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