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Bolsas em alta hoje; mercados repercutem aumento de juros no Brasil e queda nos EUA

Decisões de juros no Brasil e nos EUA são alguns dos temas de maior destaque nesta quinta-feira, 19/09/2024

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IBOVESPA -0,90% | 133.748 Pontos

CÂMBIO -0,46% | 5,46/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Ibovespa

O Ibovespa fechou em queda de 0,9% ontem, em linha com as quedas nos EUA (S&P 500, -0,3%; Nasdaq-100: -0,5%) em dia marcado pela decisão de juros do FOMC nos EUA, que realizou um corte de 0,50 p.p., e pela espera do mercado pela decisão de juros do Copom no Brasil. 

O principal destaque positivo do dia foi Braskem (BRKM5, +4,8%), após elevação de recomendação por um banco de investimentos. Azul (AZUL4, -10,1%) ficou na ponta negativa, em movimento de realização de lucros após ter apresentado uma alta de mais de 50% desde a última semana.

Para o pregão desta quinta-feira, teremos, no Brasil, a divulgação do IGP-M de setembro. No cenário internacional, haverá decisões de juros na China, Japão e Reino Unido.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento por toda extensão da curva. Nos Estados Unidos, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de dois anos fecharam em 3,61% (+2,0bps) e os de dez anos em 3,70% (+5,0bps).

No Brasil, os investidores estiveram à espera das decisões de juros. DI jan/25 fechou em 10,94% (queda de 2,3bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,765% (queda de 5,1bps); DI jan/27 em 11,8% (queda de 5,2bps); DI jan/29 em 11,96% (queda de 3,9bps).

Mercados globais

Os futuros nos Estados Unidos operam em alta (S&P 500: +1,4%; Nasdaq 100: +1,8%) hoje. Na Europa, as bolsas também sobem (Stoxx 600: +5,6%), impulsionadas por papeis cíclicos após decisão do Fed. Na China, as bolsas fecharam em alta (CSI300: +0,8%; HSI: +2,0%). O índice Hang Seng foi impulsionado pelo corte de juros do Fed, seguido pela decisão da Autoridade Monetária de Hong Kong em reduzir sua taxa de juros em 0,50 p.p. para 5,25%, devido à moeda da região estar atrelada ao dólar americano.

Economia

Nos EUA, como destacado, o FOMC reduziu a taxa dos Fed funds em 0,50 p.p., estabelecendo o limite superior em 5,0%. O comunicado destacou a melhoria nas perspectivas de inflação e a desaceleração do mercado de trabalho, com o comitê avaliando riscos equilibrados, enquanto as projeções de taxas de juros sugerem cortes mais lentos no futuro. Em coletiva, o presidente Powell deixou em aberto as próximas reuniões, justificando a redução de ontem pela diminuição dos riscos inflacionários e o aumento dos riscos para o emprego. Nossa visão fundamental da economia dos EUA permanece inalterada, com expectativa de uma taxa terminal de 3,5%.

No Brasil, o Copom elevou a taxa Selic em 0,25 p.p., para 10,75%, conforme o esperado. Em nossa visão, o comunicado pós-reunião foi mais duro (hawkish, no jargão de mercado), reforçando nosso cenário de que o Comitê optará por acelerar o ritmo de aumento de juros na próxima reunião. Prevemos duas altas de 0,50 p.p. nas últimas reuniões do ano e mais uma de 0,25 p.p. em janeiro, o que levaria a taxa Selic para 12,0%. No entanto, dada a comunicação de ontem, não descartamos ciclo mais extenso de alta de juros. Assista à análise dos especialistas e saiba mais sobre os impactos para a economia e seus investimentos.

Veja todos os detalhes

Economia

Alta de juros no Brasil e queda nos Estados Unidos

  • No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) elevou a taxa Selic em 0,25 p.p. para 10,75%, conforme esperado. O comunicado pós-reunião foi mais duro (hawkish, no jargão de mercado), reforçando nosso cenário de que o Comitê optará por acelerar o ritmo de aumento de juros na próxima reunião.
  • A autoridade apontou que “o ambiente externo permanece desafiador, em função do momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos”, o que gera dúvidas sobre a desaceleração e a desinflação. Com relação ao cenário doméstico, “os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho têm apresentado dinamismo maior do que o esperado”, levando à reavaliação do hiato do produto para um patamar positivo, indicando pressão inflacionária adiante.
  • O Comitê não deu sinalização clara sobre os próximos passos de política monetária, mas suas projeções de inflação sugerem que o caminho atualmente projetado pelo mercado para a Selic não seria suficiente. Assim, vemos a decisão de hoje como consistente com nosso cenário de que a taxa Selic atingirá 12,0% após um ciclo de aumento de 0,50 – 0,50 – 0,25 p.p. entre novembro e janeiro, permanecendo nesse nível por um período prolongado. Diante da inflação acima da meta e da aceleração da atividade econômica, acreditamos que o risco é de o Copom ultrapassar nossa previsão de taxa Selic a 12,00%.
  • O FOMC reduziu a taxa dos Fed funds em 0,50 pp., estabelecendo o limite superior em 5,0%. Essa decisão surpreendeu economistas que esperavam uma redução de 0,25 .pp., embora os mercados tenham atribuído 65% de probabilidade ao resultado. Essa foi a primeira redução desde março de 2020, marcando o início do ciclo de afrouxamento monetário.
  • O comunicado enfatizou a melhora nas perspectivas de inflação e a desaceleração do mercado de trabalho, com o Comitê avaliando que os riscos estão equilibrados. Embora a mensagem das projeções econômicas dos membros do Fed tenha sido dovish (mais brandas), refletindo um mercado de trabalho mais suave e maior confiança no processo de desinflação, as projeções das taxas de juros sugerem cortes mais lentos no futuro, com uma redução adicional de 0,25-0,50 p.p. até o final do ano e 1,0 p.p. no próximo ano. As projeções de inflação do FOMC foram vistas como otimistas demais, especialmente para o final de 2024.
  • Durante a coletiva, o presidente Powell deixou em aberto os próximos passos do FOMC, reiterando a postura dependente de dados. Ele justificou a redução de ontem citando a diminuição dos riscos inflacionários e o aumento dos riscos para o emprego. Apesar de tentar minimizar a mensagem, o mercado teve uma reação mista, com rendimentos dos títulos de 2 anos caindo inicialmente, enquanto os de 10 anos subiram. Nossa visão fundamental da economia dos EUA permanece inalterada, e esperamos uma taxa terminal de 3,5%.


Empresas

Varejo XP: Feedback da Fashion Conference

  • Nós realizamos a 3ª edição do XP Fashion Conference, com 13 companhias: Alpargatas, Aramis, Azzas 2154, C&A, Grupo SBF, Guararapes, Lojas Renner, Shoulder, Track&Field, Usaflex, Veste, Vivara e Vulcabras
  • As principais destaques foram: i) Melhora da dinâmica de resultados à frente; ii) Cenário competitivo no centro das atenções; iii) Retomada dos planos de crescimento para 2025; iv) Eficiências operacionais e de capital de giro ainda são um tema; v) Potenciais movimentos de M&A à frente. Mantemos a VIVA, CEAB e SBFG como as nossas principais escolhas entre os varejista de moda.
  • Clique aqui para acessar o relatório.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
  • Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
    • Com 4yousee, Eletromidia abre nova operação (Valor);
    • A poucas horas do prazo final, nova rodada do leilão da Oi Fibra não tem inscritos (Telesíntese);
    • Sem conseguir audiência com AGU, Coalizão volta a protestar contra acordo da Oi (Telesíntese);
    • Fabricantes japoneses de chips buscam parceria com Coreia do Sul em memória para IA (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Fazenda pode arrecadar até R$ 3,4 bi com regulamentação das bets ainda neste ano, diz secretário (Estadão);
    • H&M vai abrir primeiras lojas no país no 2° semestre de 2025 (Valor Econômico);
    • Renner, C&A e Guararapes têm batido o mercado. Mas para a XP, já está tudo no preço (Brazil Journal);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Alimentos
      • Cade pauta M&A entre Minerva e Marfrig para 25 de setembro – TheAgriBiz;
      • França intensifica vigilância da peste suína africana na fronteira com a Alemanha – NotíciasAgrícolas;
    • Agro
      • India considers easing export curbs on non-basmati rice as supplies improve – Reuters;
      • Agrogalaxy pede recuperação judicial – ThaAgriBiz;
    • Biocombustíveis
      • Cerca de 400 mil hectares de canaviais foram queimados na 2ª metade de agosto, estima CTC – NovaCana
      • Petrobras diz que não decidiu cortar preço de combustíveis – NotíciaAgrícolas
    • Clique aqui para acessar o relatório completo
  • Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
    • Rede D’Or investirá R$ 7,5 bi até 2028 em leitos e expansão (Valor Econômico);
    • Hypera (HYPE3) aprova pagamento milionário em JCP (Estadão);
    • Dino rejeita ação que pedia para STF obrigar a Câmara a instalar CPI dos Planos de Saúde (Valor Econômico);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
    • Nunes Marques prorroga por 90 dias prazo para governo e Eletrobras entrarem em acordo (InfoMoney);
    • Governo de SP prepara PPPs de saneamento em cidades não atendidas pela Sabesp (Folha de S. Paulo);
    • Conta de luz deve ter tarifa adicional até o fim do ano, diz Aneel (Valor Econômico);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Estratégia

Posicionamento dos Fundos de Ações – Setembro de 2024

  • Apresentamos o nosso modelo de Posicionamento de Fundos de Ações. Neste relatório, fornecemos uma estimativa do posicionamento dos fundos de ações, analisando regressões em janela móvel que comparam o desempenho dos fundos a vários setores e fatores.
  • Nosso universo inclui fundos com exposição líquida significativa a ações, calculada como a diferença entre o valor das posições compradas e vendidas em relação ao total de patrimônio líquido. Para esta análise, selecionamos fundos com exposição líquida variando de 50% a 150%, com base nos dados mais recentes disponíveis. No mês passado, isso correspondeu a 1.107 fundos com um total de patrimônio líquido de R$ 324 bilhões.
  • Ao examinar a exposição a fatores, encontramos que a Qualidade e Valor ganharam destaque recentemente, enquanto a exposição a Baixo Risco atingiu o mínimo em quatro anos.
  • Comparado ao histórico, os fundos estão atualmente com posicionamento acima de média em Bancos, Óleo, Gás e Petroquímicos e Propriedades Comerciais.
  • Por outro lado, o posicionamento em Varejo permanece reduzido, e houve uma redução significativa na exposição a Instituições Financeiras.
  • Clique aqui para acessar o relatório

Renda fixa

Selic volta a 10,75%: como ficam os rendimentos em Renda Fixa?

  • O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, nesta quarta-feira (18), por elevar a taxa básica de juros brasileira em 0,25 p.p., alcançando novamente o patamar de 10,75% ao ano;
  • A elevação era esperada pelo mercado, encerrando o ciclo de manutenção em 10,50% que seguia desde a reunião de maio deste ano;
  • A decisão foi acompanhada por um comunicado com tom mais restritivo
  • Continuamos com visão positiva para a renda fixa de maneira geral, principalmente para títulos atrelados à inflação (IPCA+);
  • Acesse aqui o relatório completo.

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
  • Fed não está declarando vitória sobre inflação, diz Powell após corte de juros (CNN Brasil);
  • Mercado vê comunicado do Copom mais duro que a decisão de elevar Selic em 0,25 ponto (Valor Econômico);
  • Agrogalaxy pede recuperação judicial após renúncia coletiva de executivos (Globo Rural);
  • Fitch Eleva Rating Nacional de Longo Prazo do Banco Digimais para ‘BBB-(bra)’; Perspectiva Estável (Fitch);
  • Clique aqui para acessar o clipping.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Agrogalaxy entra em RJ e acende sinal de alerta para os Fiagros (Brazil Journal);
    • Selic a 10,75%: como ficam os FIIs com a decisão do Copom? (FIIs);
    • Cresce número de FIIs que pagam dividendos acima do CDI com Selic a 10,75% (InfoMoney);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

B3 anuncia plataforma para comercialização e registro de créditos de carbono | Café com ESG, 19/09

O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,89%, e 0,63%, respectivamente.

Do lado das empresas, (i) a JBS anunciou uma parceria com a GreenGasUSA para a produção de biogás em várias unidades de processamento de carne bovina e de frango nos EUA – segundo a empresa, a iniciativa visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a economia circular, reaproveitando resíduos animais para gerar energia renovável; e (ii) a B3 está preparando sua estrutura para comercializar e registrar créditos de carbono, além dos próprios projetos geradores dos créditos – a bolsa digital está sendo desenvolvida em conjunto com a AirCarbon Exchange (ACX), de Cingapura.

Na política, o Senado aprovou ontem em regime de urgência o projeto de lei que cria o programa Eco Invest, desenhado pelo Tesouro Nacional para atrair capital privado internacional para financiar a transição da economia brasileira para baixo carbono – o texto agora segue para sanção presidencial.

Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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