Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,89%, e 0,63%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) a JBS anunciou uma parceria com a GreenGasUSA para a produção de biogás em várias unidades de processamento de carne bovina e de frango nos EUA – segundo a empresa, a iniciativa visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a economia circular, reaproveitando resíduos animais para gerar energia renovável; e (ii) a B3 está preparando sua estrutura para comercializar e registrar créditos de carbono, além dos próprios projetos geradores dos créditos – a bolsa digital está sendo desenvolvida em conjunto com a AirCarbon Exchange (ACX), de Cingapura.
• Na política, o Senado aprovou ontem em regime de urgência o projeto de lei que cria o programa Eco Invest, desenhado pelo Tesouro Nacional para atrair capital privado internacional para financiar a transição da economia brasileira para baixo carbono - o texto agora segue para sanção presidencial.
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Brasil
Empresas
JBS anuncia parceria para produção de biogás em unidades de processamento de carne nos EUA
"A JBS anunciou uma parceria com a GreenGasUSA para a produção de biogás em várias unidades de processamento de carne bovina e de frango, nos EUA. Segundo a empresa brasileira, a iniciativa visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e promover a economia circular, reaproveitando resíduos animais para gerar energia renovável."
Fonte: Globo Rural; 18/09/2024
Acelen e Raízen defendem sustentabilidade de biomassa brasileira para SAF
"Representantes da Acelen e Raízen defenderam nesta quarta (18/9) as características sustentáveis das matérias-primas usadas no Brasil para a futura produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). As empresas possuem planos para produção de SAF a partir de óleo de macaúba e etanol, respectivamente. Durante o Brazil Climate Summit, em Nova York, Paula Kovarsky, vice-presidente de estratégia da Raízen, lembrou que a empresa foi pioneira na qualificação do etanol de cana-de-açúcar brasileiro para a regulamentação internacional Corsia — que estabelece padrões de sustentabilidade para a aviação. E ainda afirmou que a rota que utiliza o etanol na produção de SAF, o alcohol-to-jet (ATJ), apresenta menor intensidade de uso da terra, em comparação a rota de Ácidos Graxos e Ésteres Hidroprocessados (HEFA, em inglês), que utiliza culturas agrícolas como a soja. “O etanol de primeira geração é rastreável. Em nossa visão, o nível de competição com alimentos é significativamente menor em termos de uso da terra em comparação a provavelmente qualquer outra cultura energética”, disse Kovarsky, lembrando que isso reduz o risco relacionado à produção de alimentos e ao desmatamento. “No caso do Brasil, a cana-de-açúcar é apenas 1% do território e é responsável por quase 20% da matriz energética, então é bem eficiente. Quando se trata de ser capaz de provar a confiabilidade e a rastreabilidade da cadeia de valor, é absolutamente único”, afirmou a VP da Raízen. Este ano, a empresa começou a fornecer etanol para primeira unidade de produção comercial de SAF por meio da rota ATJ, da LanzaJet, na Geórgia, Estados Unidos."
Fonte: Eixos; 18/09/2024
Asja e Migratio vão investir R$ 40 milhões em usinas de biogás na Paraíba
"O grupo italiano Asja e a brasileira Migratio Bioenergia anunciaram nesta terça (17/9) que estão investindo R$ 40 milhões na construção de duas usinas de biogás para transformar em eletricidade os resíduos de aterros sanitários da Ecosolo, dos municípios de Campina Grande e Guarabira, na Paraíba. Com participação de 70% da ASJA e 30% da Migratio, ambos os empreendimentos terão potência instalada de 2,5 MW e, juntos, gerarão cerca de 40 GWh/ano para o mercado de geração distribuída (GD). O primeiro empreendimento deve ser entregue até o final de 2024 em Campina Grande, enquanto a usina de Guarabira tem previsão de ser inaugurada no início de 2025. Ambas serão interligadas à rede da Energisa Paraíba. A equação financeira dos dois projetos inclui a previsão de comercializar créditos de carbono no mercado voluntário. A expectativa é emitir 1,4 milhão de títulos ao longo de 14 anos em Campina Grande, e outros 600 mil créditos em Guarabira. “A economia circular do biogás representa um modelo sustentável, transformando resíduos orgânicos em fontes valiosas de energia renovável”, afirma Rickard Schäfer, diretor geral da Asja Brasil. Schäfer explica que as usinas coletam o biogás produzido pelos resíduos, aumentando a segurança do aterro sanitário e melhorando a qualidade do ar, além de promover inclusão social, desenvolvimento econômico e preservação ambiental na região."
Fonte: Eixos; 18/09/2024
Brasil precisa investir US$ 1,3 trilhão em energia de baixo carbono para liderar transição global
"O Brasil, presidente do G-20 este ano e anfitrião da COP30 em 2025, tem uma oportunidade única de liderar a transição global de descarbonização e se tornar um grande player de soluções climáticas. Mas para chegar lá, será necessário um investimento de US$ 1,3 trilhão em fornecimento de energias de baixo carbono até 2050, apontou um estudo realizado pela BloombergNEF e divulgado nesta quarta-feira (18) durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York. Do montante, US$ 500 bilhões devem ser endereçados para energias renováveis como a solar e eólica e o restante se dividiria em hidrogênio verde, captura de carbono e tecnologias de armazenamento. Segundo o relatório, há uma janela em potencial para financiamentos de origem privada, especialmente para garantir o fornecimento de fontes limpas para a eletrificação nos setores de transporte, edificações e indústrias -- o que poderia evitar 53% das emissões até 2050. A BNEF também destaca que a compra de veículos elétricos deverá ser um das principais apostas e alcançar aportes de US$ 4,3 trilhões. Luiza Demôro, líder global de transição energética da BloombergNEF, disse à EXAME que neste cenário será preciso aproximadamente US$ 50 bilhões por ano de 2024 a 2050, o que representaria um aumento de cerca de 44% em comparação em relação a 2023 -- quando o Brasil investiu US$ 34.8 bilhões no setor. "É um crescimento significativo e exigirá esforços adicionais dos setores públicos e privados. Porém, é muito menor do que o será necessário ao redor do mundo nas próximas duas décadas e meia", explicou Demôro."
Fonte: Exame; 18/09/2024
Gerdau compra empresa de reciclagem de sucata Dale’s Recycling por US$ 60 milhões
"A Gerdau anunciou nesta quarta-feira (18) um acordo para comprar a empresa de operação, processamento e reciclagem de sucata Dale’s Recycling pelo valor de US$ 60 milhões. A Dale’s Recycling tem operações concentradas nos estados americanos do Tennessee, Kentucky e Missouri. A siderúrgica não divulgou dados financeiros da empresa adquirida. A aquisição tem como objetivo aumentar a captura de sucata pela Gerdau por meio de canais próprios para fornecimento de matéria-prima com custo competitivo às suas operações. Segundo a Gerdau, o acordo está alinhado à sua estratégia de crescimento e competitividade das operações por meio dos ativos com maior potencial de geração de valor no longo prazo e localizados em mercados competitivos."
Fonte: Valor Econômico; 18/09/2024
"Por paradoxal que soe quando se vive uma situação de risco de incêndios em todo o território nacional, o Brasil tem potencial de atrair investimentos de US$ 3 trilhões até 2050 e se tornar um hub global de soluções climáticas. Adaptação e resiliência, produção de biocombustíveis, minerais críticos e data center são frentes que podem mobilizar significativamente a economia brasileira na descarbonização. Os dados são do relatório “Seizing Brazil`s Climate Potential” lançado nesta quarta-feira (18), durante o Brazil Climate Summit 2024, evento que acontece em Nova York e reúne alunos e ex-alunos da Columbia University, pesquisadores, investidores, ambientalistas e empreendedores. O estudo, do Boston Consulting Group (BCG) reafirma o dado de US$ 3 trilhões de um relatório lançado em 2022. A edição de agora tem mais profundidade e detalhes. “O Brasil tem vantagens competitivas para liderar a transição climática, com destaque para soluções baseadas na natureza, biocombustíveis, energia renovável, agricultura sustentável e produtos industriais de baixa emissão”, diz Arthur Ramos, diretor executivo e sócio do BCG no evento. “Mas, apesar de deter a maior área florestal do mundo, o país ainda enfrenta desafios como o desmatamento ilegal, especialmente na Amazônia”, seguiu. O Brasil, lembra o texto, é o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo com 75% causados pela agricultura, florestas e uso do solo. O estudo mostra que o Brasil pode se tornar uma potência de biocombustíveis, fortalecendo a produção de etanol e biodiesel que pode ser expandida para combustível de aviação sustentável (SAF) e óleo vegetal hidrotratado (HVO)."
Fonte: Valor Econômico; 18/09/2024
B3 fará 1º registro de projeto de carbono brasileiro, mirando compradores locais e estrangeiros
"Com o amadurecimento da agenda ambiental das empresas, as soluções de mitigação de emissões poluentes é um filão de mercado que deve ser cada vez mais demandado, segundo especialistas. Entre elas, está o crédito de carbono, um dos principais instrumentos de compensação de gases de efeito estufa (GEE). Pensando neste potencial, a bolsa de valores, B3, está preparando sua estrutura para não apenas comercializar créditos de carbono, mas também registrar os projetos geradores dos créditos, além dos próprios ativos. Leonardo Betanho, superintendente de Produtos de Balcão da B3, conta ao Prática ESG que a bolsa tem buscado um posicionamento no tema de carbono há algum tempo e o que abriu a porta para a discussão na companhia sobre a entrada neste novo setor é sua atuação com o “irmão” do crédito de carbono, o CBIO, crédito de descarbonização do programa governamental RenovaBio. “Quando lançamos em 2020 o CBIO, começamos a ganhar experiência em usar a estrutura mais tradicional de mercado financeiro e de capitais para um produto com uso específico, que é o objetivo de reduzir os gases de efeito estufa. Como entendemos que a infraestrutura funciona, começamos a olhar para o tema mais discutido pelos produtos, o crédito de carbono", conta. Com a iminência da aprovação do projeto de lei que regula o mercado de carbono e a expectativa que fundos de investimentos e outros investidores também possam ser atraídos por este mercado, a B3 já vem, desde o fim do ano passado, desenvolvendo uma bolsa digital para compra e venda de créditos de carbono conjuntamente com a AirCarbon Exchange (ACX), de Cingapura."
Fonte: Valor Econômico; 18/09/2024
Energia limpa dá tração para investimentos em minerais estratégicos
"Os investimentos brasileiros em minerais estratégicos para a transição energética começam a ganhar tração puxados pela transição energética para uma matriz mais limpa. Estão programados US$ 17,2 bilhões entre 2024 e 2028 em substâncias como lítio, níquel, cobre, titânio, terras-raras, nióbio, vanádio, zinco e manganês, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). É uma expansão de 89,4% em relação aos investimentos programados no quinquênio de 2023 a 2027. Minerais estratégicos têm grande potencial de expansão em sua demanda em função do uso em painéis solares, aerogeradores eólicos, baterias de veículos elétricos e componentes eletrônicos. “Empresas em todo o mundo assumiram compromissos de descarbonizar suas atividades. Isso só é possível utilizando fontes de energia limpa”, diz o consultor Afonso Sartorio, sócio da EY Brasil. Uma usina eólica offshore consome 13 vezes mais metais estratégicos do que uma usina a gás natural para produzir a mesma quantidade de energia; na usina solar, essa relação é de cinco vezes. E veículos elétricos consomem em média 200 kg de minerais estratégicos, seis vezes mais que um a combustão. Segundo Sartorio, a maioria dos metais estratégicos passa por uma fase de ajuste entre a oferta e o ritmo de expansão da demanda, o que gera forte osqcilação nos preços. A situação, porém, não impacta os investimentos, que respondem a uma expectativa de grande expansão da demanda nos próximos anos. A maior aplicação de lítio é em baterias automotivas. Espera-se que a demanda global de lítio industrial LCE (lithium carbonate equivalent) alcance 1,1 milhão de toneladas neste ano. Para 2025, mesmo com as vendas globais de carros elétricos abaixo do previsto, a expectativa do setor é por um crescimento de 30% na demanda por lítio LCE, alcançando 1,45 milhões de toneladas."
Fonte: Valor Econômico; 19/09/2024
Política
Brasil busca maior envolvimento dos EUA em setores-chave da transição energética
"Durante o Brazil Climate Summit, em Nova York, nesta quarta (18/09), o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, disse que falta participação de companhias dos Estados Unidos em setores cruciais como mineração, baterias para veículos elétricos e hidrogênio verde no Brasil. Segundo Viana, enquanto China e Europa têm aumentado significativamente seus investimentos em transição energética no Brasil, os Estados Unidos, apesar de serem os maiores investidores diretos no país, ainda não participam de setores-chave como hidrogênio verde e minerais críticos. “Quando falamos sobre o avanço que precisamos ter da transição energética, de bateria de carro elétrico, por exemplo, quem está investindo no Brasil? A China, montando fábricas (…) E os Estados Unidos com a Bravo, mas muito pequeno”. “Nos minerais críticos, temos o Canadá, mas não os Estados Unidos. No hidrogênio verde, por exemplo, temos França, Austrália, Espanha, mas não os EUA”, afirmou. A Bravo, com sede nos Estados Unidos, tem um projeto de produção de baterias elétricas na Bahia com investimento de R$ 1,27 bilhão. Os EUA respondem por 25% do estoque de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no Brasil, somando US$ 246,3 bilhões, posicionando o EUA como principal investidor estrangeiro no país, de acordo com dados do Banco Central. Somente no ano passado, o Brasil recebeu US$ 10 bilhões de investimentos diretos dos EUA."
Fonte: Eixos; 18/09/2024
Senado aprova Eco Invest e Tesouro tem aval para leilão de crédito verde
"O Senado aprovou nesta quarta (18), em regime de urgência, o projeto de lei que cria o programa Eco Invest, desenhado pelo Tesouro Nacional para atrair capital privado internacional para financiar a transição da economia brasileira para baixo carbono. O texto segue para sanção presidencial. O programa foi anunciado em fevereiro e uma Medida Provisória com suas regras foi editada pelo governo pouco depois, mas a MP caducou antes que o Congresso a votasse, criando a necessidade de que um PL fosse submetido. O texto, aprovado na Câmara dos Deputados no fim de agosto, é mais abrangente, contemplando o programa Acredita no Primeiro Passo, que facilita o acesso a crédito para microempresas e microempreendedores individuais. A aprovação final do Eco Invest pelo Senado era aguardada com grande expectativa entre os bancos. Isso porque o Tesouro marcou o primeiro leilão de linha de financiamento com recursos subsidiados para projetos verdes para 11 de outubro. A realização do leilão em si não dependia da aprovação, mas ela precisava acontecer antes da homologação e divulgação dos resultados do certame, previstas para a segunda quinzena de novembro. Neste leilão, o Tesouro oferecerá aos bancos acesso a uma linha de funding a um custo de 1% ao ano. Os bancos poderão dar lances a partir de R$ 100 milhões e o principal critério de seleção será a capacidade de alavancar os recursos subsidiados com capital trazido do exterior. Outros leilões nesta modalidade, chamada de blended finance, são esperados para 2025. O Eco Invest prevê outras três modalidades de financiamento, todas voltadas a atrair capital privado de fora."
Fonte: Capital Reset; 18/09/2024
Desmatamento no Cerrado emite 135 milhões de toneladas de CO2 desde 2023
"O desmatamento no Cerrado gerou a emissão de mais de 135 milhões de toneladas de CO2, de janeiro de 2023 a julho de 2024. O volume corresponde a 1,5 vez o total produzido pela indústria brasileira a cada ano. Levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e divulgado hoje (18/09). Os dados foram obtidos por meio do SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado), que utiliza satélites ópticos do sensor Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia e compara imagens de áreas com um intervalo mínimo de seis meses, a fim de observar se houve derrubada de árvores. Segundo maior bioma do país e altamente diverso, o Cerrado é formado por três tipos de vegetação: a savânica, que predomina e foi a mais destruída no período, a florestal e a campestre. As formações savânicas do Cerrado, que compõem 62% da vegetação do bioma, responderam por 88 milhões de toneladas de CO2 (65%) emitidas no intervalo analisado. As queimadas de formações florestais geraram quase 37 milhões de toneladas, enquanto a destruição das formações campestres, que ocupam 6% da área do bioma, resultou na emissão de cerca de 10 milhões de toneladas. Mais uma vez, o Ipam evidenciou a catástrofe que o desmatamento na região apelidada de Matopiba - que compreende os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia - tem representado para o bioma. Os casos de incêndio nessas unidades federativas são o motivo da distribuição de 108 milhões de toneladas de gás carbônico, espalhadas na atmosfera. O volume corresponde a 80% do total registrado no bioma e à metade do dispersado pelo setor de transportes, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG)."
Fonte: Valor Econômico; 18/09/2024
Após convite do Planalto, apenas 10 governadores confirmam presença em reunião sobre incêndios
"Somente dez governadores confirmaram presença, até o momento, na reunião convocada pelo governo Lula para a quinta-feira (19), quando o Palácio do Planalto e os representantes dos Estados irão discutir a escalada de incêndios e queimadas que está atingindo várias regiões do país. De acordo com a Casa Civil, que irá coordenar a reunião, apenas os governadores do Pará, Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Acre, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins, Distrito Federal e Roraima responderam positivamente para o convite. Além disso, o Palácio do Planalto ainda aguarda resposta do governador do Amapá. Questionada pelo Valor, a Pasta se recusou a informar se a gestão petista convidou todos os 27 governadores ou apenas alguns deles. Também negou que a intenção do governo petista seja fazer essa conversa em grupos menores, o que explicaria o baixo quórum. Além dos governadores, também devem participar da reunião os ministros ou representantes dos ministérios da Justiça, Meio Ambiente, Integração e Desenvolvimento Regional e Relações Institucionais. Um dos tópicos da conversa deve ser a proposta de reestruturação da Defesa Civil e também do Corpo de Bombeiros. Segundo comunicado do governo, divulgado na terça (17), essa proposta deve ser foco de um despacho do presidente da República, que irá prever 60 dias para a reestruturação da Defesa Civil em todo o país. Após reunir representantes dos três Poderes, o governo Lula anunciou ontem uma série de medidas contra as queimadas e os incêndios na região Norte e na Amazônia Legal."
Fonte: Valor Econômico; 18/09/2024
Internacional
Empresas
Noruega tem mais carros elétricos do que movidos a gasolina pela 1ª vez na história
"O total de carros elétricos na Noruega superou o total de carros movidos a gasolina pela 1ª vez na história, estabelecendo o país como um dos líderes da transição energética, mesmo sendo um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Dos 2,8 milhões de carros particulares registrados no país, 754.303 são totalmente elétricos, em comparação com 753.905 movidos a gasolina, de acordo com dados da Federação Norueguesa de Estradas. O país nórdico, com 5,5 milhões de habitantes, tem como meta se tornar a primeira nação a acabar com a venda de novos carros a gasolina e diesel até 2025. Apesar do movimento em prol de veículos elétricos, modelos movidos a diesel ainda são maiores na frota veicular norueguesa. As vendas de veículos elétricos foram impulsionadas por isenções fiscais e outros incentivos, financiados em grande parte com o dinheiro que a Noruega ganha com petróleo e gás. Atualmente, nove em cada dez novos carros vendidos na Noruega são veículos elétricos, segundo dados da indústria local."
Fonte: Valor Econômico; 18/09/2024
Política
O governo Biden está gastando rapidamente o dinheiro do clima, uma vez que Trump ameaça cancelá-lo
"O ex-presidente Donald Trump disse que cancelaria todos os fundos não utilizados da lei climática assinada pelo presidente Joe Biden se ele vencer a eleição presidencial em 5 de novembro. Mas a grande maioria dos subsídios estrará gasta quando o novo presidente assumir o cargo em janeiro, e direcionar o que resta seria um grande desafio legal, de acordo com funcionários do governo Biden. Até o momento, o governo Biden concedeu US$ 90 bilhões em subsídios para projetos climáticos, de energia limpa e outros, de acordo com a Lei de Redução da Inflação de 2022, o que equivale a 70% dos cerca de US$ 120 bilhões da lei em dinheiro total de subsídios voltados para o clima e mais de 80% do que a lei disponibilizou antes de 2025, de acordo com funcionários do governo. Outros US$ 15 bilhões poderão ser concedidos nos próximos meses. O governo está distribuindo os fundos “da forma mais rápida e equitativa possível”, disse à Reuters a vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Natalie Quillian. Ela acrescentou que os fundos não gastos - bem como os bilhões de dólares em créditos fiscais disponíveis anualmente de acordo com a lei para coisas como veículos elétricos, usinas solares e parques eólicos - seriam difíceis de congelar se Trump voltasse ao cargo. “Nenhum presidente está acima da lei, e a lei é bem clara aqui: O poder executivo não tem autoridade para reter fundos apropriados só porque discorda das políticas aprovadas pelo Congresso”, disse Quillian. A Lei de Redução da Inflação é considerada a maior lei climática da história dos EUA, avaliada em mais de US$ 400 bilhões no total. Esse valor inclui subsídios e outros gastos para estimular a implantação de energia limpa, além de incentivos e créditos fiscais."
Fonte: Reuters; 18/09/2024
Cafeicultores buscam adiar exigência de desmatamento da UE
"O principal órgão de café do mundo deve solicitar que a União Europeia adie a exigência de que os grãos importados sejam provenientes de áreas não ligadas ao desmatamento, disse o chefe do grupo na quarta-feira. A regra, prevista para entrar em vigor no final do ano, proibiria as vendas de café - bem como de cacau, soja, óleo de palma, madeira, borracha e gado - se as empresas não conseguirem provar que o produto é proveniente de uma área onde as florestas não foram derrubadas nos últimos anos. “Não podemos cumprir essa data, não é possível”, disse Vanusia Nogueira, diretora da Organização Internacional do Café (OIC), em uma entrevista. A OIC, um grupo intergovernamental ligado às Nações Unidas, representa mais de 90% da produção de café e mais de 60% do consumo mundial. Os principais produtores de café, como Brasil, Vietnã e Colômbia, são países membros. “É um prazo muito ambicioso”, disse Nogueira. “Acreditamos que, trabalhando com (os líderes da UE), eles poderão estar mais abertos a adiar essa data.” Ela não especificou por quanto tempo a OIC estava buscando adiar o prazo. Perguntada sobre as possíveis repercussões se os produtores de café não cumprirem o prazo, Nogueira disse que a UE “encontrará alguma solução”. “O povo europeu gosta muito de café… eles não ficarão sem café”, acrescentou. Nogueira falou em uma cúpula do café organizada pela Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em Tegucigalpa. Espera-se que as quase três dúzias de países membros da CELAC encerrem a cúpula com uma declaração solicitando que a UE adie a data de exigência de desmatamento, disse o vice-ministro hondurenho de Cultivo de Café, Carlos Murillo."
Fonte: Reuters; 18/09/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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