IBOVESPA -1,38% | 125.650 Pontos
CÂMBIO +0,78% | 5,16/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em baixa de 1,38% ontem, aos 125.650 pontos. O mercado foi impactado principalmente pela divulgação da ata da última reunião do Fed, realizada no dia 1º de maio, que indicou um cenário de juros altos por mais tempo. Além disso, os investidores aguardaram cautelosamente a divulgação do resultado do 1T24 da Nvidia após fechamento do pregão; leia nossa análise aqui).
O destaque negativo da sessão foi a Minerva (BEEF3, -8,7%) após decisão no Uruguai colocar em xeque acordo de compra pela empresa de três estabelecimentos industriais pertencentes à Marfrig. O destaque positivo foi a Petrobras (PETR3, +0,9%; PETR4, +1,4%), em um movimento de recuperação técnica – desde o anúncio de troca de CEO, a Petrobras apresentava queda de 13,1%.
Para o pregão desta quinta-feira, teremos as prévias dos PMIs de manufatura e serviços referentes ao mês de maio para os EUA, Japão, Reino Unido, e Zona do Euro. De resultado internacional, teremos o balanço do 1T24 da Intuit e da Workday.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura por toda a extensão da curva, em razão de ruídos políticos no Brasil e inseguranças em relação a economia global. No campo doméstico, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu preocupação com o crescimento do PIB devido à crise do RS, apesar de afirmar que o fiscal brasileiro não é um problema. A fala gerou aumento da incerteza nos investidores, que passaram a precificar mais risco na curva de juros.
Nos EUA, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam em 4,86% (+4,0bps) e as de 10 anos em 4,43% (+2,0bps). DI jan/25 fechou em 10,395% (alta de 4bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 10,78% (alta de 12,5bps); DI jan/27 em 11,145% (alta de 14bps); DI jan/29 em 11,62% (alta de 12,5bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os mercados operam em alta nos Estados Unidos (S&P 500: 0,6%; Nasdaq 100: 1,0%), após a divulgação dos resultados de Nvidia, que foram excelentes e contaram com aumento do guidance para o ano. As ações da empresa sobem cerca de 7% nas negociações pré-mercado.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,3%) na esteira do rali da Bolsa americana. Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -1,2%; HSI: -1,7%) em dia de tensões geopolíticas envolvendo Taiwan.
Economia
A ata da última reunião do FOMC – o comitê de política monetária dos Estados Unidos – reconheceu uma perspectiva mais desafiadora para o processo de desinflação naquele país. Em particular, muitos participantes expressaram preocupação de que as condições eram insuficientemente restritivas. De modo geral, consideramos que a ata reforçou o cenário de taxas de juros altas por mais tempo. Mantemos nossa projeção de início de cortes em dezembro.
No Japão, dados antecedentes de atividade econômica do índice de gerentes de compras mostraram recuperação do setor manufatureiro, enquanto os serviços se expandiram a um ritmo mais fraco. Por sua vez, o índice de gerentes de compras da Zona do Euro continuou mostrando uma expansão no ritmo mais alto em um ano puxado por serviços.
No Brasil, o relatório de avaliação de receitas e despesas primárias de maio ampliou a projeção de déficit deste ano de R$ 9,3 bilhões para R$ 14,5 bilhões, ainda dentro do limite inferior da meta, o que dispensou contingenciamentos. Além disso, o relatório previu a liberação do crédito adicional de R$ 15,8 bilhões, conforme permitido pelo novo arcabouço fiscal. Em nossa avaliação, as premissas utilizadas pelo governo permanecem otimistas. Mantemos nossa previsão de que a meta poderá ser alterada a partir de julho deste ano.
Na agenda do dia, destaque para divulgação do índice de gerentes de compras de manufatura e serviços nos Estados Unidos. Além disso, teremos a divulgação dos dados de pedidos de auxílio-desemprego, que podem indicar os primeiros sinais de descompressão do mercado de trabalho.
Veja todos os detalhes
Economia
Ata do FOMC aponta para juros mais altos por mais tempo; no Brasil, o governo central manteve a meta de resultado primário para 2024
- A ata da reunião de maio do FOMC reconheceu uma perspectiva de inflação mais desafiadora devido aos dados fortes do primeiro trimestre, bem como a contínua resiliência da atividade econômica. Muitos participantes expressaram a preocupação de que “as condições eram insuficientemente restritivas em relação à demanda agregada e à inflação” e “mencionaram a disposição de apertar ainda mais a política”. Essas seções contradizem os comentários de Powell, que afirmou que o comitê não discutiu aumentos nas taxas. Isso, combinado com a dispersão nas projeções de taxas de “longo prazo”, sugere uma falta de consenso sobre a taxa de juros neutra entre os membros do comitê. A ata também sugeriu que o FOMC acredita que o processo de desinflação provavelmente levará mais tempo do que o esperado anteriormente e que as taxas, apesar de estarem “bem posicionadas”, provavelmente terão que permanecer altas por mais tempo. Além disso, a ata reiterou que, se as condições do mercado de trabalho enfraquecerem, esse poderá ser um dos principais gatilhos para reduzir a restrição da política. De modo geral, considerando a situação atual, devem ser necessárias pelo menos quatro ou cinco rodadas de dados para criar confiança suficiente para iniciar o ciclo de flexibilização. Assim, esperamos que o Fed corte as taxas somente na última reunião do ano, em dezembro;
- A atividade manufatureira do Japão entrou em expansão pela primeira vez em um ano em maio. O índice dos gerentes de compras (PMI) do setor industrial au Jibun Bank flash Japan subiu para 50,5 em maio, de 49,6 em abril, ultrapassando o limite de 50,0 que separa o crescimento da contração. Enquanto isso, o setor de serviços continuou a se expandir em maio, mas em ritmo mais lento, com a desaceleração do crescimento de novos negócios. O PMI de serviços em flash do au Jibun Bank caiu para 53,6 em maio, em comparação com a leitura final de abril, que foi de 54,3. O PMI composto do Japão do au Jibun Bank, que combina a atividade dos setores industrial e de serviços, subiu ligeiramente de 52,3 em abril para 52,4 em maio, o maior valor desde agosto do ano passado;
- A atividade econômica da zona do euro expandiu-se em seu ritmo mais rápido em um ano neste mês. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto preliminar da HCOB, compilado pela S&P Global, subiu para 52,3 este mês em relação aos 51,7 de abril. Um índice que abrange o setor de serviços dominante da união monetária de 20 países manteve-se estável no nível mais alto em 11 meses registrado em abril, de 53,3. Por sua vez, o PMI do setor industrial saltou de 45,7 para 47,4, um recorde de 15 meses, ainda abaixo da marca que separa a contração da expansão;
- No Brasil, o segundo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) bimestral para 2024 previu um déficit de R$ 14,5 bilhões (0,1% do PIB), ante um déficit de R$ 9,3 bilhões (0,1% do PIB) no relatório anterior. O resultado está dentro do limite inferior da meta de resultado primário (R$ 28,8 bilhões, ou 0,25% do PIB), portanto, não haverá necessidade de contingenciamento de gastos. Além disso, o governo liberou um crédito adicional de R$ 15,8 bilhões, conforme permitido pelo novo arcabouço fiscal. Com isso, foi possível desbloquear R$ 2,9 bilhões em gastos que haviam sido limitados no primeiro relatório bimestral. A receita líquida aumentou R$ 6,3 bilhões em relação ao primeiro bimestre, impulsionada por dividendos extraordinários da Petrobrás (R$ 12 bilhões). As despesas totais aumentaram em R$ 24,4 bilhões, dos quais R$ 13 bilhões referem-se ao auxílio ao estado do Rio Grande do Sul e não devem ser considerados para fins de cumprimento do limite de despesas e da meta de saldo primário. Acreditamos que o relatório bimestral manteve algumas premissas otimistas, uma vez que o governo manteve as estimativas de ganhos com medidas que apresentaram pouco resultado nos primeiros quatro meses deste ano, enquanto as despesas relacionadas aos benefícios previdenciários e assistenciais continuam subestimadas. Por enquanto, nossas estimativas de um déficit de R$ 67,1 bilhões (0,6% do PIB) para 2024 permanecem inalteradas, e consideramos provável uma mudança na meta de resultado primário a partir de julho;
- A agenda econômica de hoje está relativamente calma. Nos EUA, esperamos a divulgação dos PMIs de manufatura e serviços da S&P Global para maio. Os números de abril mostraram que os serviços aumentaram ligeiramente, enquanto a manufatura permaneceu estável. Além disso, devemos esperar os dados dos pedidos iniciais de auxílio-desemprego, que podem indicar os primeiros sinais de uma descompressão no mercado de trabalho.
Commodities
Mineração e Siderurgia: Uma palavra sobre os preços do minério de ferro (+2% S/S)
- Os principais temas da semana foram o desempenho dos preços do minério de ferro e a atualização das estimativas para o CBA.
- Apesar dos recentes estímulos ao setor imobiliário chinês anunciados pelo governo, destacamos uma demanda doméstica de aço mais fraca, com as exportações de aço subindo 29% A/A em 2024.
- Atualizamos nossas estimativas para o CBA com uma visão positiva, impulsionada por um melhor momento para os preços do alumínio, enquanto o valuation parece atraente, com oportunidade de conversão de dívida em capital, em nossa visão.
- Por fim, vemos a Vale precificando o minério de ferro a US$ 103/t, um desconto de 15% em relação aos preços spot de US$ 121/t, enquanto a CMIN está precificando o minério de ferro a US$ 117/t, estável vs. preços spot.
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Empresas
Bens de Capital: Explorando diferentes maneiras de olhar para o valuation da Embraer versus pares globais
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas fundamentais para o setor. Nesta semana, destacamos:
- Nossa análise para refletir que lançamos em nossa atualização anterior da Embraer, onde identificamos possíveis razões por trás do desconto de valuation da Embraer em relação aos pares globais;
- As receitas mensais da Randon e da Frasle melhoraram tanto A/A quanto M/M em Apr’24 (+16% e +17% A/A, respectivamente);
- Um feedback do nosso evento com a ANFAVEA, que
- Reiterou seu guidance para a produção de veículos pesados (+32% A/A em 2024E vs. +34% A/A), com os veículos leves permanecendo em um desempenho mais estável (embora impactado pelo aumento dos preços e altas taxas de juros), e
- Discutiu temas como o impacto da Reforma Tributária para o setor automotivo.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Metade dos brasileiros usa pagamento por aproximação e 46% já testaram ‘tap to pay’, mostra pesquisa (Valor);
- Nubank mal começou sua expansão global, diz David Vélez sobre planos do banco (Bloomberg Línea);
- Setor de seguros vai crescer 12% neste ano, sem considerar saúde suplementar, diz CNseg (Valor);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Câmara aprova projeto que isenta IPI para compra de móveis e eletrodomésticos no RS (Valor Econômico);
- Lula vetará fim de isenção para importações de até US$ 50 se for aprovada, diz líder do governo (Valor Econômico);
- Em semana decisiva, Shein diz que pesquisa mostra ‘verdadeiro retrato’ do consumidor (Valor Econômico);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- In data: global beer sales value continues to outpace volume – Just Drinks
- Alimentos
- Minerva e Marfrig perdem milhões após revés no Uruguai – Globo Rural
- Second US dairy worker infected with bird flu confirmed in Michigan – Reuters
- Agro
- No rastro do El Niño, BrasilAgro assume fazenda em Mato Grosso por R$ 36 milhões – TheAgribiz
- Importação de arroz é alvo de críticas de produtores: ‘Impensada e descabida’ – Globo Rural
- Biocombustíveis
- Coprocessado busca espaço no Combustível do Futuro com emenda do agro – EPBR
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- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Carlyle vende R$ 2,2 bi em ações da Rede D’Or; família Moll compra R$ 400 milhões, dizem fontes (Valor Econômico);
- Hapvida reapresenta resultados de 1º trimestre de acordo com normas contábeis (Valor Econômico);
- Mater Dei (MATD3) anuncia 2ª emissão de debêntures no valor de R$ 200 milhões (SpaceMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Ata do Fomc ‘dura’ põe em dúvida corte de juros em setembro, dizem economistas (Infomoney);
- Justiça anula licitação de programa de moradia que é trunfo eleitoral de Nunes em SP (Estadão);
- Caixa teme falta de recursos para atender crescimento do crédito imobiliário em 2025 (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Governo define 20 condições para renovação dos contratos de distribuição de energia; confira lista (Valor Econômico);
- Concessionária poderá ter distribuição de dividendos limitada, se estiver em situação ruim, diz Silveira (Valor Econômico);
- Silveira diz que ‘jabuti’ em projeto para baixar conta de luz será avaliado no momento adequado (Folha de S. Paulo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Simplificando e sofisticando as carteiras recomendadas de alocação XP
- A área de Alocação da XP vem trabalhando para sofisticar ainda mais as suas carteiras recomendadas, porém de uma forma cada vez mais simplificada e de fácil entendimento;
- Uma nova metodologia de alocação das carteiras recomendadas da XP está sendo implementada pela área de Alocação e utilizará apenas 3 políticas de investimentos: Conservadora, Moderada e Sofisticada;
- Escolhemos as 9 principais classes de ativos às quais entendemos que um investidor brasileiro deveria estar exposto, de forma simples, porém eficiente;
- Criamos ao redor das classes de ativo, as bandas de alocação. Elas são limites superiores e inferiores em relação a sugestão de alocação que cada classe de ativo tem em cada política de investimentos;
- A nova metodologia para construção das carteiras recomendadas de alocação da XP atende de forma mais simples e eficiente aos objetivos de risco e retorno de todos os perfis de investidores;
- Acesse aqui o conteúdo completo.
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- MANA11: fundo imobiliário anuncia nova oferta de R$ 300 milhões; quem pode participar? (FIIs);
- ALZR11 pode levantar R$ 371,4 milhões em 7ª Emissão de Cotas; Veja os detalhes da oferta (FIIs);
- Fundos de infraestrutura ganham de outros ativos em rentabilidade (Valor Investe);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Decisões sobre novas explorações de petróleo no Brasil devem passar por crivo climático, diz MMA | Café com ESG, 23/05
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 1,38% e 1,82%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a decisão final sobre a abertura de novas fronteiras exploratórias no Brasil é do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), mas vai passar pelas discussões das metas do Plano Clima, segundo a secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Toni – em elaboração a partir das contribuições individuais de cada ministério, o Plano Clima vai ser o grande direcionador das políticas para atingir um nível de emissões de 1,2 giga toneladas de carbono até 2030; e (ii) mesmo com os trabalhos de resposta às enchentes no Rio Grande do Sul ainda em andamento, o governo brasileiro já se preocupa com a ocorrência de novo evento climático extremo no país – ainda segundo Ana Toni, uma seca terrível está prevista para ser registrada em breve na Amazônia;
- No internacional, as big techs Google, Meta, Microsoft e Salesforce anunciaram ontem a criação da Symbiosis Coalition, uma iniciativa que visa a compra de até 20 milhões de toneladas de créditos de remoção de carbono até 2030 – trata-se de um dos maiores compromissos coletivos já assumidos para a aquisição de ativos baseados na natureza;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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