Expert XP 2025: presidentes de partidos discutem eleições 2026, cenário fiscal e tarifas

Presidentes de partidos discutiram hoje na Expert XP 2025 os cenários para as eleições de 2026, passando também pelos desafios fiscais do país e a atual relação tensionada entre Brasil e Estados Unidos, diante da perspectiva de imposição da tarifa adicional de 50% aos produtos brasileiros.

Eleições 2026

Olhando para o pleito do ano que vem, Edinho Silva, presidente eleito do PT, garantiu que não existe a possibilidade de o presidente Lula não concorrer à reeleição em 2026.

Já Antônio Rueda, presidente do União Brasil, afirmou que a “centro-direita vai se unificar em torno de uma única candidatura”, possibilidade que Renan Filho (MDB), ministro dos Transportes do governo Lula, disse ver com ceticismo, avaliando que “só vamos ter a elucidação disso no ano que vem”.

Sob o prisma fiscal, todos concordaram que as eleições serão importantes para que haja a discussão de um projeto de país com a sociedade.

Rueda ressaltou que priorizar uma pauta exclusiva de arrecadação “nunca será suficiente” e que “é preciso cortar na carne”, incluindo o próprio Congresso, que segundo ele, poderia abrir mão de parte das emendas parlamentares.

Edinho Silva utilizou a narrativa que já vem sendo adotada pelo governo ao longo dos últimos meses, em tom crítico a benefícios fiscais “sem data para acabar” e em defesa de ampliar a distribuição de renda para as classes mais baixas da sociedade.

João Campos, presidente do PSB, também defendeu ampliar a eficiência da máquina pública e colocou a carga tributária, “alta e mal focalizada”, como um dos principais problemas do país.

Brasil, EUA e as tarifas de 50%

Com relação à possibilidade de a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros entrar em vigor, todos defenderam o avanço nas negociações, mas com diferentes perspectivas.

Renan Filho disse que não falta diálogo por parte do Planalto, mas sim por parte da Casa Branca. Nessa mesma linha, João Campos criticou o fato de o governo Trump se colocar “contra as instituições brasileiras” e pontuou que não é possível “negociar o inegociável”. Rueda, por outro lado, afirmou que o presidente Lula precisa reabrir os canais de diálogo com os EUA imediatamente.