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Trump vence as eleições americanas: O que isso significa para a agenda climática? | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Qual é a importância do presidente americano para a ambição climática?

Na mídia. O que a vitória de Trump significa para as mudanças climáticas – The New York Times, 6 de novembro (link)

Um breve contexto. Na manhã de quarta-feira (6 de novembro), Donald Trump foi confirmado como o 47º Presidente dos Estados Unidos em um retorno político surpreendente, garantindo pelo menos os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para vencer. A vitória de Trump deve afetar o rumo das políticas públicas em várias frentes, incluindo em temas como imigração, economia e a agenda climática. Em relação ao clima, Trump foi bastante vocal, ao longo de sua campanha, sobre seus planos de: (i) retirar novamente os EUA do histórico Acordo de Paris; (ii) suspender projetos de eólica offshore; (iii) desmantelar a Lei de Redução da Inflação (IRA) do Presidente Biden; (iv) reverter as políticas de veículos elétricos, acabando com o crédito fiscal de US$ 7.500 para a compra de veículos elétricos; (v) reorientar a política energética nacional, promovendo maior exploração e produção de petróleo, gás e carvão; e (vi) acabar com a pausa para novas permissões para exportações de gás natural liquefeito (GNL).

Nossa visão. Embora reconheçamos que uma vitória dos democratas jogaria ligeiramente a favor da agenda ESG, já que Harris daria continuidade à política climática de Biden, não vemos um enfraquecimento da agenda ESG apenas causado pela vitória republicana. Na nossa visão, o entusiasmo (ou a falta de) com a agenda ESG é moldado, em maior parte, por fatores mais amplos - como preocupações com a segurança energética, mudanças na dinâmica geopolítica e pelo tamanho da ambição corporativa - do que por quem está no comando da Casa Branca. Portanto, não vemos a vitória de Trump resultando em uma desaceleração substancial no ritmo dos esforços de descarbonização nos EUA, especialmente porque o setor privado mostrou que pode progredir independentemente da política federal - por exemplo, a produção de petróleo e gás aumentou durante o governo Biden, enquanto a capacidade eólica e solar cresceu durante o primeiro mandato de Trump. Da mesma forma, também é importante distinguir promessas de campanha de ações efetivas durante o mandato. A intenção de Trump de desfazer o IRA, por exemplo, pode ser mais desafiadora do que o esperado, já que a reversão de uma lei nos EUA exige um amplo apoio do Congresso (que, na nossa visão, parece ser mais propenso a eventualmente rever partes específicas do programa do que efetivamente revertê-lo por completo). Embora possa exercer uma pequena influência na agenda climática doméstica, analisando a partir de uma perspectiva global, um segundo governo Trump pode causar um impacto mais substancial, já que se espera que o novo presidente 'diminua o tom' do protagonismo do país na diplomacia climática. Como o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, é provável que um menor engajamento dos EUA tenha implicações negativas para os esforços climáticos globais, possivelmente incentivando outros países a também reduzirem suas ambições climáticas. Ao mesmo tempo, um recuo por parte dos EUA também poderia abrir oportunidades para que outros atores, principalmente a China, assumissem uma posição mais ativa em relação ao clima.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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