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G20 quer aumentar investimento em renovável, mas evita estabelecer metas específicas | Café com ESG, 11/09

G20 concorda em riplicar a capacidade de energia renovável globalmente até 2030; Fundos europeus, tem cada vez mais dificuldade em vender seus fundos de investimento a menos que eles estejam classificados como ESG

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• Em semana marcada pelo feriado, o mercado registrou queda, com o IBOV e o ISE recuando -2,2% e -2,8%, respectivamente. O pregão de sexta-feira também encerrou em território negativo, com o IBOV e o ISE em queda de -0,57% e -0,46%, respectivamente.

• No internacional, (i) líderes do G20 concordaram no sábado em triplicar a capacidade de energia renovável globalmente até 2030, aceitando reduzir gradualmente a energia a carvão, mas sem estabelecer metas climáticas específicas, tampouco um plano de ação; e (ii) governos do mundo inteiro estão muito aquém dos cortes de emissões de gases de efeito estufa necessários para que as metas climáticas globais sejam alcançadas, segundo um relatório divulgado pela ONU - na trajetória atual, a temperatura do planeta será 2,6°C mais alta em 2100 em comparação com o início da Revolução Industrial.

• No mercado de fundos europeus, gestores estão tendo cada vez mais dificuldade em vender seus fundos de investimento a menos que eles estejam classificados como ESG, segundo um estudo realizado pelo Goldman Sachs -  desde 2019, os artigos 8 e 9 receberam 3,4 vezes mais fluxo de clientes do que suas contrapartes não-ESG (artigo 6).

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Brasil

Empresas

A responsabilidade das empresas na destruição do Cerrado

"O mundo acompanha com atenção os números de desmatamento no Brasil - e com razão. Como o El Niño está permitindo experimentar, um planeta mais quente é também um mundo muito mais perigoso para todos, especialmente os mais vulneráveis. Na equação climática, a Amazônia é peça-chave: seu desmatamento simplesmente inviabiliza as metas do Acordo de Paris. Mas se desde janeiro respiramos um pouco mais aliviados, com quedas contínuas e substanciais na destruição da maior floresta tropical do globo, o mesmo não podemos dizer do Cerrado. Ele não atrai a grande atenção internacional, mas deveria estar no topo das preocupações nacionais, pois sua destruição coloca em risco nossa segurança hídrica e alimentar, e pode comprometer as safras de soja e milho e, consequentemente, a exportação de grãos. O Cerrado é hoje lar de aproximadamente 25 milhões de pessoas, incluindo cerca de 80 etnias indígenas, inúmeras comunidades quilombolas entre outras populações tradicionais. É também a caixa d’água para outros 190 milhões de habitantes do país. Isso porque ele abastece oito grandes bacias hidrográficas nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste. A continuidade desse indispensável serviço ambiental depende da preservação de sua cobertura vegetal nativa - e é neste ponto que o alarme soa."

Fonte: Valor Econômico, 11/09/2023

Curtas

"A empresa de consultoria especializada em fusões e aquisições Redirection International avalia que 2023 deve encerrar com alto ritmo de operações no segmento de energias renováveis. Segundo a consultoria, até meados de agosto foram concluídas 24 transações nesse segmento. Em 2022, aponta a Redirection International, foram realizadas 49 operações de fusão e aquisição no segmento da energia renovável, 58% na comparação anual. A consultoria especializada aponta ainda que empresas e indústrias com melhores métricas de ESG atraem mais a atenção de investidores. “A corrida global por produtos mais sustentáveis e energia de baixo carbono abre um universo de possibilidades para as empresas e, como sempre, as transações de M&A (fusões e aquisições) são um caminho interessante para se explorar”, afirmou Adam Patterson, sócio da Redirection International. A Âmbar Energia afirmou na sexta-feira (8) que sua capacidade instalada total subiu para 1,8 gigawatts (GW) com a conclusão das negociações com a Eletrobras que culminaram na compra da térmica a carvão mineral Candiota, de 350 megawatts (MW). A usina, localizada no Rio Grande do Sul, vinha sendo negociada como parte do plano da Eletrobras de descarbonização da geração. A Âmbar é o braço de energia do grupo J&F."

Fonte: Valor Econômico, 11/09/2023

Com US$ 1,7 bilhão para filantropia no mundo, Bloomberg apoia cultura e empreendedorismo no Brasil

"O ex-prefeito de Nova York e fundador da Bloomberg L.P, Michael Bloomberg, foi o quinto maior doador de recursos para instituições de caridade no ano passado. Para administrar os cerca de 1,7 bilhão de dólares distribuídos globalmente, Bloomberg tem uma equipe dedicada à filantropia, que busca não só redirecionar parte da fortuna do bilionário -- estimada em 76,8 bilhões de dólares - como também engajar clientes e funcionários nos temas mais urgentes da humanidade: combate à fome, transição energética, entre outros. No Brasil, cerca de 40 instituições são apoiadas pelo braço de filantropia da Bloomberg L.P. Em visita à São Paulo, Nancy Cutler, head de filantropia corporativa para as Américas na Bloomberg LP, e Malia Simonds, líder de filantropia corporativa da Bloomberg no oeste dos Estados Unidos e na América Latina, falaram à EXAME com exclusividade. Durante uma semana, as executivas visitaram no país organizações beneficiadas, como na Pinacoteca de São Paulo, e se reuniram com o time brasileiro. "Temos um time dedicado à filantropia baseado em São Paulo, mas que também olha para outras regiões da América Latina", explica Nancy. No mundo, os investimentos são direcionados para 700 cidades de 150 países."

Fonte: Exame, 08/09/2023

Internacional

Empresas

Na Europa, fundos tentam se adaptar a regras ESG para evitar perda de investidores

"Gestores estão tendo cada vez mais dificuldade em vender seus fundos de investimento na Europa a menos que eles estejam registrados como ESG, de acordo com um estudo realizado pelo Goldman Sachs. A pesquisa foi feita mais de dois anos após a União Europeia (UE) implementar seu Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR), um conjunto de regras de investimento ESG de alcance global projetado para combater a prática de “greenwashing” e direcionar capital para atividades sustentáveis. Desde 2019, o mesmo ano em que os legisladores adotaram pela primeira vez o SFDR, suas duas categorias ESG (artigos 8 e 9) receberam 3,4 vezes mais fluxo de clientes do que suas contrapartes não-ESG (artigo 6), de acordo com a análise do Goldman. O novo cenário regulatório teve “impactos significativos nos fluxos de capital”, escreveram analistas do Goldman, incluindo Evan Tylenda e Grace Chen, em nota. As conversas que o time de análise teve com participantes da indústria mostram que está “cada vez mais difícil vender fundos″ sem essas melhores práticas ambientais, sociais e de governança, disseram eles. A nova realidade está aumentando a pressão sobre a indústria de fundos para rotular o máximo possível de produtos como ESG, ou arriscar a perda de alocações de clientes."

Fonte: Bloomberg Línea, 08/09/2023

Política

G20 concorda em tentar triplicar a capacidade de energias renováveis, mas não atinge os principais objectivos

"Os líderes do G20 concordaram no sábado em buscar triplicar a capacidade de energia renovável globalmente até 2030 e aceitaram a necessidade de reduzir gradualmente a energia a carvão, mas não estabeleceram grandes metas climáticas. As 20 principais economias do mundo tiveram desacordos sobre os compromissos de reduzir o uso de combustíveis fósseis, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar as metas de energia renovável. Um desses pontos de discórdia foi uma proposta dos países ocidentais de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030 e reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 60% até 2035, o que foi contestado pela Rússia, China, Arábia Saudita e Índia durante reuniões em nível sherpa, disseram três funcionários à Reuters. A declaração adotada pelos líderes do G20 no primeiro dia da cúpula de dois dias em Nova Deli não mencionou o corte de emissões de gases de efeito estufa. Ele disse que as nações membros "perseguirão e incentivarão esforços para triplicar a capacidade de energia renovável globalmente ... de acordo com as circunstâncias nacionais até 2030". Os países membros do G20 juntos são responsáveis por mais de 80% das emissões globais e um esforço cumulativo do grupo para descarbonizar é crucial na luta global contra as mudanças climáticas."

Fonte: Reuters, 09/09/2023

Estamos muito longe de atingir metas climáticas, diz ONU

"Governos do mundo inteiro estão muito aquém dos cortes de emissões de gases de efeito estufa necessários para que as metas climáticas globais sejam alcançadas, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira pela ONU. Na trajetória atual, a temperatura do planeta será 2,6°C mais alta em 2100 em comparação com o início da Revolução Industrial. O Acordo de Paris, assinado por 200 países, estabeleceu o objetivo de limitar esse aumento a 1,5°C. O documento é a base do Global Stocktake, uma revisão do progresso conjunto dos signatários da Convenção do Clima que será oficializada na COP28, em Dubai, no final de novembro. O Acordo, assinado em 2015, estipula levantamentos mundiais a cada cinco anos. Por causa da pandemia, este é o primeiro a ser realizado. Apesar de muitos países já terem apresentados compromissos de zerar suas emissões líquidas até 2050, o documento deixa claro que ainda falta muito para chegar lá, principalmente no curto prazo. Mas não há menções detalhadas a países ou regiões mais ou menos atrasados em relação ao que prometeram em suas NDCs, os compromissos nacionais apresentados pelos governos. Com exceção de alguns dados já amplamente circulados, o texto é genérico e repete recomendações conhecidas há tempos."

Fonte: Capital Reset, 08/09/2023

Chefe da Comissão Europeia pede ao G20 que se junte à precificação global do carbono

"O presidente da Comissão Europeia pediu aos líderes do G20 no sábado que se juntassem a uma proposta para estabelecer preços globais de carbono. Muitos países estão usando um preço sobre o carbono para ajudar a atingir suas metas climáticas na forma de um imposto ou sob um sistema de comércio de emissões (ETS), ou cap-and-trade. De acordo com um relatório do Banco Mundial, existem atualmente 73 instrumentos de precificação de carbono em operação, cobrindo cerca de 23% das emissões globais de gases de efeito estufa. "A mudança climática é feita pelo homem. Então isso significa que podemos resolver isso. Para isso, precisamos de inovação, investimentos em tecnologias verdes, capacidade de energia renovável e eficiência energética ... No G20, convidei os líderes a se juntarem ao apelo por preços globais de carbono", escreveu Ursula von der Leyen nas mídias sociais X, anteriormente conhecidas como Twitter. Leyen tem pressionado a comunidade internacional a introduzir preços globais de carbono para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono. Ela também defendeu isso durante uma cúpula em Paris em junho, onde chamou a porcentagem atual de emissões cobertas por um preço de "quase nada". Falando na sessão de abertura da Cúpula do G20 em Nova Deli, Leyen disse que o 'Sistema de Comércio de Emissões' da UE ajudou a reduzir as emissões em 35% desde 2005, enquanto gera mais de 152 bilhões de euros (US$162,6 bilhões) de receitas."

Fonte: Reuters, 09/09/2023

Reino Unido compromete US$ 2 bilhões para fundo climático apoiado pela ONU

"A Grã-Bretanha se comprometerá a fornecer US$ 2 bilhões ao Fundo Verde para o Clima (GCF) para ajudar os países em desenvolvimento a lidar com as mudanças climáticas, disse o primeiro-ministro Rishi Sunak no domingo na Cúpula de Líderes do G20 em Nova Delhi. A promessa seria o maior compromisso de financiamento único que o Reino Unido fez até o momento para ajudar o mundo a enfrentar as mudanças climáticas, disse um comunicado do governo. O Fundo Verde para o Clima (GFC) - o maior fundo do mundo - foi criado sob as negociações das Nações Unidas sobre mudanças climáticas para ajudar a canalizar o dinheiro necessário para os estados pobres para atingir suas metas de reduzir as emissões de carbono, desenvolver fontes de energia mais limpas e se ajustar a um mundo em aquecimento. A Grã-Bretanha se comprometeu a gastar 11,6 bilhões de libras (US$ 14,46 bilhões) em financiamento climático internacional entre 2021 e 2026. "A promessa de hoje representa um aumento de 12,7% na contribuição anterior do Reino Unido para o GCF para o período de 2020-2023", disse o escritório de Sunak em um comunicado. Em julho, o Guardian informou que o país estava planejando abandonar sua principal promessa de financiamento climático, mas o governo britânico disse que essas alegações eram falsas. Funcionários do governo calcularam que teria que gastar 83% do orçamento total de ajuda no fundo internacional para o clima para atingir a meta de 11,6 bilhões de libras até 2026."

Fonte: Reuters, 09/09/2023

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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