Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 1,15% e 0,44%, respectivamente.
• No Brasil, (i) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a Copel a paralisar a operação comercial da usina termelétrica de Figueira, movida a carvão mineral, no Estado do Paraná – a decisão é parte da estratégia da companhia de descarbonizar a sua matriz de geração de energia, tornando-se uma empresa totalmente renovável; e (ii) no tema governança, destaque para a saída do CEO da Rumo, João Alberto Abreu (link), que se juntará a Suzano para suceder o CEO Walter Schalka (link), que deve ir para o conselho – Schalka está no comando da gigante de celulose há 11 anos, e Beto começará na Suzano no dia 2 de abril, para uma transição de três meses, assumindo oficialmente o posto em 1 de julho.
• No internacional, segundo o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, até 2030, 45% dos financiamentos do Banco estarão associados a critérios climáticos, divididos meio a meio, entre ações de mitigação e de adaptação – a decisão vem da compreensão de que o enfrentamento da crise climática envolve não apenas mitigação, mas também a adaptação ao risco de catástrofes provocadas pelas mudanças no clima.
Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mail? Clique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!
Brasil
Empresas
Renováveis compensaram parcialmente perda de receita de térmica, diz presidente da Engie Brasil
“A receita da térmica a carvão Pampa Sul, vendida em maio do ano passado, deixou de contribuir para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), mas esse movimento foi compensado parcialmente com a implantação de novos projetos de geração renovável, disse nesta quarta-feira (28) o presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini. Segundo o executivo destacou, em teleconferência com analistas sobre os resultados do quarto trimestre e de 2023, a venda da usina tornou a Engie Brasil Energia a maior empresa de geração de energia elétrica 100% renovável. Sattamini disse ainda que a companhia companhia pode ter, num futuro próximo, conversas com seu controlador, a Engie, para que passe a controlar a participação de Jirau, hidrelétrica de 3.150 megawatts (MW) localizada em Rondônia. Segundo ele, a hidrelétrica é financeiramente equilibrada e gera caixa. “Será uma decisão isenta”, disse.”
Fonte: Valor Econômico, 28/02/2024
Suzano contrata CEO da Rumo para sucessão de Schalka
“O CEO da Rumo, João Alberto Abreu, pediu demissão para se juntar à Suzano, onde deve suceder o CEO Walter Schalka, que deve ir para o conselho, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal. O anúncio da saída de Beto – como o executivo é mais conhecido – deve acontecer ainda hoje. Schalka está no comando da gigante de celulose há 11 anos. Beto começará na Suzano em 2 de abril, e depois de uma transição de três meses se tornará CEO em 1 de julho. Segundo essas fontes, a Cosan — que é a acionista de referência da Rumo com 30% do capital – vai anunciar uma solução interna para a sucessão na empresa. O próximo CEO da holding de ferrovias será Pedro Palma, hoje o vp comercial da empresa. O próximo CEO da holding de ferrovias será Pedro Palma, hoje o vp comercial da empresa. Ele é um associado na partnership estendida da Cosan, que reúne 20 executivos além dos sete sócios sêniores da holding de Rubens Ometto. Pedro – um engenheiro eletrônico que está na Rumo desde 2013 – foi o responsável pelo reposicionamento comercial da companhia num momento em que o trem estava perdendo share para o caminhão no Corredor Norte da empresa. Antes de entrar na Rumo, Pedro trabalhou na Votorantim Cimentos.”
Fonte: Brazil Journal, 28/02/2024
Em New York State vs. JBS USA, uma acusação de ‘greenwashing’
“Letitia James já processou Donald Trump. Agora, está indo atrás dos irmãos Batista. A Procuradora-Geral de Nova York entrou hoje com um processo contra a JBS USA por “enganar o público sobre seu impacto ambiental.” Segundo a procuradora, a JBS tem dito publicamente que vai alcançar o ‘net zero’ de emissões de carbono em 2040, mesmo tendo divulgado planos de expandir sua produção, o que em tese vai aumentar sua pegada de carbono. “A produção de carne emite a maior quantidade de gases de efeito estufa dentre todas as commodities alimentícias, e a agricultura animal responde por 14,5% de todas as emissões anuais globais,” diz o press release da procuradoria-geral. “Em 2021, a JBS reportou emissões totais de mais de 71 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, mais do que alguns países.” A JBS respondeu que leva seu compromisso “com um futuro mais sustentável para a agricultura muito a sério. Discordamos da ação tomada hoje pela Procuradoria-Geral de Nova York. A JBS vai continuar a fazer parcerias com fazendas, ranchos e nosso sistema de parceiros no mundo para ajudar a alimentar uma população crescente ao mesmo tempo em que usa menos recursos e reduz o impacto ambiental da agricultura.”.”
Fonte: Brazil Journal, 28/02/2024
Ao custo global de R$ 3,1 tri, manejo de resíduos pode virar negócio, como o biometano brasileiro
“Segundo alerta feito pela ONU nesta quarta-feira, 28, o volume de resíduos no mundo, que atingiu 2,3 bilhões de toneladas em 2023, continuará crescendo exponencialmente, até 3,8 bilhões de toneladas até meados deste século. A crise será ainda mais grave nos países onde os métodos de tratamento ainda são poluentes: aterros sanitários (contaminação do solo, emissões de poluentes e gases de efeito estufa, como o metano) e incineração sem recuperação. O Brasil ainda tem dificuldades para lidar com a destinação dos materiais a serem descartados. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), de 2022, sinalizam que 2.707 municípios dão destinações finais adequadas aos resíduos sólidos. Por exemplo, para aterros sanitários privados, municipais ou intermunicipais, ou ainda aterros em vala. Já 2.700 municípios, ou seja, cerca da metade , fazem o descarte de forma incorreta, principalmente em lixões. Já a edição mais recente da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, de 2023, calcula que 61,1% dos resíduos sólidos urbanos gerados no país são lixo doméstico e produzidos por pequenos estabelecimentos. A estimativa é que, aproximadamente, 27,9 milhões de toneladas foram enviadas para os lixões e 5,3 milhões de toneladas nem sequer foram coletados, ou seja, tiveram o descarte inadequado. Em termos globais, estima-se que o custo direto e indireto dos resíduos quase duplique, até US$ 640 bilhões (R$ 3,1 trilhões) anuais até 2050, de acordo com este novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA). Em 2020, o custo direto do tratamento de resíduos foi estimado em US$ 252 bilhões (R$ 1,3 trilhão na cotação da época), ou US$ 361 bilhões (R$ 1,8 trilhão) se forem incluídos os desembolsos indiretos relacionados à poluição gerada por instalações ou métodos de gestão inadequados.”
Fonte: Exame, 28/02/2024
Petrobras assina acordo com Yara Brasil Fertilizantes para potenciais parcerias
“A Petrobras assinou um memorando de entendimento com a Yara Brasil Fertilizantes para estudar potenciais parcerias de negócios em iniciativas locais no segmento de fertilizantes, produção de itens industriais e descarbonização da produção. Segundo a companhia, o acordo assinado é de caráter não vinculante e está alinhado aos elementos estratégicos do plano estratégico 2024-2028, “que visam preparar a Petrobras para um futuro mais sustentável, contribuindo para o sucesso da transição energética”.”
Fonte: Valor Econômico, 28/02/2024
Copel paralisa operação de termelétrica a carvão no Paraná
“A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a Copel a paralisar a operação comercial da usina termelétrica de Figueira, movida a carvão mineral, no município de mesmo nome, no Estado do Paraná. A decisão é parte da estratégia da companhia de descarbonizar a sua matriz de geração de energia, tornando-se uma empresa totalmente renovável. A termelétrica tem 20 megawatts (MW) de potência instalada, representa menos de 1% da capacidade instalada da Copel e não tem contratos de fornecimento de energia vigentes. A companhia havia protocolado no Ministério das Minas e Energia (MME), em outubro de 2023, documento informando a intenção de devolver a concessão da térmica à União. Enquanto aguarda resposta da pasta, a Copel vai hibernar a planta e zerar a emissão de CO2. A unidade, contudo, permanece pronta para que outro concessionário venha a administrá-la. “A Copel caminha a passo acelerado para ser uma empresa com energia 100% renovável e com antecipação de seis anos em relação ao prazo inicial, que era 2030. Na Copel, a transição energética vai se tornando uma realidade”, disse o presidente da empresa, Daniel Slaviero, em entrevista ao Valor. A iniciativa permitirá que a antiga estatal concentre seus esforços no segmento de distribuição de energia e em ativos de geração renovável. Desde que foi privatizada, a empresa vem acelerando seu processo de descarbonização do portfólio. No fim de 2023, vendeu a termelétrica a gás natural Araucária (Uega) para a Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, por R$ 320 milhões.”
Fonte: Valor Econômico, 28/02/2024
Margem equatorial deve receber US$ 1 bi para exploração
“Candidata à nova fronteira petrolífera brasileira, a margem equatorial – área que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte e inclui as bacias marítimas da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar – tem previsão de receber, este ano, US$ 1,09 bilhão para a fase de exploração, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Apesar da controvérsia sobre a atividade em uma região ecologicamente sensível e que vem mostrando divergências entre as áreas ambiental e energética do governo, esse valor representa mais da metade do total de US$ 1,96 bilhão previsto para a fase de exploração de petróleo em 2024 no país. Os números, de janeiro, não levam em conta a segunda etapa, de desenvolvimento e produção. Estados banhados pela margem têm boas expectativas. Para o presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Alex Dias Carvalho, a atividade petrolífera deverá movimentar a economia, ampliando oportunidades para fornecedores locais, na maioria pequenos e médios negócios, gerando emprego e renda. “Também deverão ocorrer incrementos em infraestrutura e logística para atender às necessidades da operação e o crescimento das atividades portuárias e marítimas”, afirma ele. Com aumento da arrecadação de impostos, além da geração de royalties, o executivo espera benefícios socioeconômicos, em especial para as cidades que compõem o arquipélago do Marajó, onde estão cidades com os piores Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país.”
Fonte: Valor Econômico, 29/02/2024
Política
Frente parlamentar negocia piso de 15% na mistura obrigatória de biodiesel ao diesel
“A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) quer incluir um piso mínimo de 15% para a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel no novo marco regulatório do setor, o projeto de lei 4.516/2023, conhecido como projeto do Combustível do Futuro. “Gostaríamos de ter um piso, porque senão a capacidade instalada abaixo do piso não é sustentável. Menos que B15 nos coloca em uma situação de vulnerabilidade”, disse o presidente da FPBio, Alceu Moreira (MDB-RS), a jornalistas, após uma reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sobre o tema. O relatório do projeto, apresentado pelo deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) na segunda-feira, 26, e protocolado na Câmara dos Deputados, prevê um cronograma anual para adição de um ponto porcentual da mistura de 15% projetada para março de 2026 até chegar gradualmente a 20% em 2030. A partir de 2031, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) poderia regulamentar o teor mínimo obrigatório de 25%. Apesar de prever uma escala para a mistura, diferentemente do etanol anidro, o projeto não estipula um porcentual mínimo para mistura do biodiesel ao óleo diesel. O CNPE pode elevar ou reduzir a mistura em até dois pontos porcentuais, segundo o texto. Moreira afirmou que o estabelecimento de uma escala gradual para aumento da mistura, em lei, não é uma “questão imperativa” ao setor. “Fávaro concorda com a escala e vai discutir isso com o governo”, afirmou. O Ministério de Minas e Energia mostrou resistência à definição da mistura de biodiesel por meio de lei e quer a manutenção das decisões sobre o aumento do teor no âmbito do CNPE – colegiado presidido pelo ministro de Minas e Energia.”
Fonte: Exame, 28/02/2024
Governo retoma Comissão Nacional de Combate à Desertificação
“A Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD) foi retomada com uma nova constituição e a meta de estabelecer estratégias e promover articulação entre as ações das políticas públicas. A medida – prevista pela lei 13.153/2015 – foi regulamentada por decreto presidencial publicado nesta quarta-feira (28), no Diário Oficial da União. Desde que foi criado em 2008, o grupo de caráter consultivo e deliberativo tem como principal objetivo a implementação da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, em atendimento ao compromisso assumido pelo país por meio da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação. De acordo com a publicação, o colegiado permanecerá sendo presidido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e terá a participação de outras 11 pastas do governo federal, além de instituições, agências, bancos de desenvolvimento e entidades civis dos estados que integram as Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD). Ao todo, serão 42 membros, com respectivos suplentes. Com reuniões ordinárias anuais, o decreto determina, ainda, que a Secretaria-Executiva – exercida pela Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável – estabeleça o regimento interno do colegiado em 120 dias, para que seja aprovado pela maioria absoluta dos membros. O decreto estabelece também que a Câmara Interministerial de Combate à Desertificação vai promover a interlocução da CNCD com os órgãos e entidades executores as políticas públicas. O grupo interministerial terá a participação de 12 pastas governamentais e também vai acompanhar a aplicação de recursos em ações e programas de combate à desertificação no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e nas Leis Orçamentárias Anuais.”
Fonte: Época Negócios, 28/02/2024
Créditos de carbono florestais são fundamentais, diz Banco Mundial
“O Banco Mundial está colocando todo seu peso a favor dos créditos de carbono florestais. O objetivo é conferir uma espécie de selo que ateste a qualidade dos créditos no mercado voluntário, impulsionando a atração de recursos para escalar esses projetos. Em evento paralelo à reunião do G20, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em São Paulo, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, elencou o trabalho em prol dos créditos de carbono como uma das prioridades do banco em financiamento para soluções climáticas. “Infelizmente, ao longo dos anos [os créditos de carbono] não tiveram um desempenho tão bom quanto as pessoas esperavam que tivessem para ajudar a canalizar dinheiro do mundo desenvolvido para o mundo em desenvolvimento”, disse ele. Além de os créditos de carbono frequentemente serem apontados como um ‘atalho’ usado por empresas que buscam afirmar que são neutras em carbono sem fazer o dever de casa para a mitigação das suas emissões de gases de efeito estufa, um obstáculo crucial para a escalada desse mercado é o risco de falta de integridade dos créditos. No ano passado, denúncias apontaram inúmeros projetos no Brasil e em outros países que vendiam créditos sem entregar os benefícios prometidos, em termos de evitar o desmatamento e também de remunerar as comunidades envolvidas na preservação. Hoje, esses créditos são certificados por entidades que criaram padrões para isso, e a principal delas é a Verra. Existe toda uma movimentação para subir o sarrafo da qualidade desses padrões e do trabalho de certificação, tanto do lado dos emissores quanto do lado dos compradores de créditos.”
Fonte: Capital Reset, 29/02/2024
Internacional
Empresas
Unidade solar da Shell nos EUA lança venda de ativos, dizem fontes
“O negócio de energia solar da Shell nos EUA, Savion, colocou cerca de um quarto de seus ativos à venda, de acordo com um documento de marketing e fontes do setor, já que a grande petrolífera estende um recuo da propriedade de projetos de energias renováveis sob o comando do CEO Wael Sawan. O banco de investimentos Jefferies (JEF.N), abre nova aba, está realizando a venda de até 10,6 gigawatts (GW) de geração solar e ativos de armazenamento atualmente em desenvolvimento, ou partes desses projetos, de acordo com o documento enviado a potenciais investidores e visto pela Reuters. O valor total dos ativos, localizados no nordeste, sudeste e oeste dos Estados Unidos, não estava claro. As avaliações dos projetos geralmente dependem dos preços da energia elétrica no local onde estão localizados. Os porta-vozes da Shell e da Jefferies não quiseram comentar. A Savion está desenvolvendo 39,1 GW de projetos solares e de armazenamento, e concluiu locais com capacidade de mais de 2,3 GW, de acordo com seu site. A Shell adquiriu a Savion por uma quantia não revelada em dezembro de 2021 como parte de um esforço do ex-CEO Ben van Beurden para crescer no mercado de energia de baixo carbono e reduzir sua pegada de carbono. Mais de dois anos depois, o processo de venda marca o último passo na mudança da Shell sob o comando de Sawan, que prometeu se concentrar nos negócios mais lucrativos desde que assumiu o cargo em janeiro de 2023. Em junho, Sawan disse que a Shell queria se concentrar no acesso à energia de baixo carbono, que poderia ser vendida e comercializada, em vez de possuir os ativos de geração, onde os retornos são geralmente menores. A Shell agora pretende se concentrar em projetos com margens mais altas, produção estável de petróleo e aumento da produção de gás natural.”
Fonte: Reuters, 28/02/2024
Honda lança SUV híbrido de hidrogênio e elétrico plug-in
“A Honda Motor está reentrando no nascente mercado de automóveis de passageiros a hidrogênio este ano, desta vez com um veículo utilitário esportivo (SUV) híbrido com elétrico plug-in (recarregável em tomada). A empresa espera que a recente disseminação de estações de carregamento de hidrogênio ajude a atrair mais motoristas do que atraiu com seu modelo anterior. A montadora apresentou o CR-V e:FCEV na quarta-feira em uma exposição de tecnologias de energia renovável em Tóquio. O novo modelo será feito na fábrica da Honda no estado americano de Ohio e lançado no oeste da Califórnia e no Japão neste verão. O preço não foi anunciado. “No Japão, o número de estações de carregamento de hidrogênio está crescendo constantemente e o governo também é favorável ao seu uso”, disse Koichi Ikoma, chefe de desenvolvimento da célula de combustível CR-V. “Na Califórnia, também cresce o número de estações de hidrogênio e operando de forma estável. Muitas pessoas já dirigem carros com células de combustível”.”
Fonte: Valor Econômico, 28/02/2024
Geração de resíduos nocivos deve aumentar, alerta a ONU
“O lixo produzido pelo público aumentará até 2050, causando danos de centenas de bilhões de dólares por meio da perda de biodiversidade, mudança climática e poluição mortal, afirmou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em um relatório na quarta-feira. O relatório afirma que, a menos que medidas urgentes sejam tomadas, a geração global de resíduos aumentará, impulsionada principalmente pelas economias em rápido crescimento, inclusive na Ásia e na África Subsaariana, onde muitos países já estão lutando para gerenciar os níveis de produção atuais. O PNUMA projetou o custo em US$ 640 bilhões anuais até meados do século, representando um aumento de mais de 75% em comparação com 2020, quando o mundo produziu cerca de 2,1 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, o que exclui os resíduos industriais. Desse total, US$ 443 bilhões seriam externalidades, incluindo a perda de biodiversidade, gases que alteram o clima produzidos pela decomposição de resíduos orgânicos e poluição que contribui para 400.000 a 1 milhão de mortes por ano, segundo o relatório. O relatório, divulgado durante a Assembleia Ambiental da ONU no Quênia, alertou que a humanidade “retrocedeu” na última década, “gerando mais resíduos, mais poluição e mais emissões de gases de efeito estufa (GEE)”.”
Fonte: Reuters, 29/02/2024
Critérios climáticos devem pautar 45% dos financiamentos até 2030, prevê Banco Mundial
“Até 2030, 45% dos financiamentos do Banco Mundial, estarão associados a critérios climáticos. Esses financiamentos, segundo o presidente Ajay Banga, serão divididos meio a meio, entre ações de mitigação e de adaptação. A declaração foi feita em evento promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em paralelo à reunião ministerial do G20 em São Paulo. A decisão vem da compreensão de que o enfrentamento da crise climática envolve não apenas mitigação, mas também a adaptação – por exemplo, de infraestruturas, como escolas e rodovias, e plantações – ao risco de catástrofes provocadas pelas mudanças no clima. “É igualmente importante fazer alguma coisa de adaptação”, pontuou Banga durante abertura de evento sobre inovação financeira para clima e desenvolvimento. “Ambos representam despesas com desenvolvimento. Mas geralmente as pessoas não entendem a importância de sermos igualmente conscientes sobre mitigação e adaptação. Então, o Banco Mundial vê as duas coisas como importantes”, acrescentou. Banga disse que o Banco Mundial tem procurado assegurar, nos projetos florestais auditados pela instituição, que os recursos levantados com a venda de créditos de carbono sejam destinados às sociedades, e não apenas a governos. Lembrando que os investimentos necessários na transição climática dependem da participação do setor privado, ele observou que os investidores sabem que, ao longo do tempo, a energia eólica e solar, por custo de unidade, é mais barata do que a produzida a partir de combustíveis fósseis. O custo de capital nos projetos de energia renovável, no entanto, pode ser mais caro no começo.”
Fonte: Exame, 28/02/2024
Política
“Serão necessário investimentos da ordem de US$ 2 trilhões a US$ 3 trilhões por ano para a mitigação da transformação climática, apenas para os mercados emergentes, afirmou hoje a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, durante evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Quando olhamos para os números, eles são gigantescos. E, mesmo ano após ano [de iniciativas sustentáveis], ainda não temos esse dinheiro.” Conforme a número um do FMI, “a questão é como chegamos lá?” Georgieva afirmou que “ainda estamos desperdiçando dinheiro em atividades que estão, na verdade, criando o problema do clima”. A diretora do fundo explicou que, no ano passado, os subsídios diretos aos combustíveis fósseis atingiram US$ 1,3 trilhão. “Mas se levarmos em conta os subsídios indiretos, o fato de não atribuirmos o preço ao carbono e os efeitos sobre a saúde da poluição relacionada aos combustíveis fósseis, mantendo um agregado disto, estamos falando de US$ 7 trilhões.” Para a dirigente, “obviamente, temos de encontrar formas políticas de redireccionar esse dinheiro”. A chefe do FMI citou entre as iniciativas para tentar solucionar essas questões um programa criado em conjunto com o banco mundial para atrair mais capital privado. “Junto com o Banco Mundial, desenvolvemos um grande programa de mobilização de recursos internos [dos países emergentes], que tem entre os objetivos o desenvolvimento dos mercados de capitais locais para que tenham capacidade, em moeda local, de assumir um investimento de longo prazo de maneira previsível”.”
Fonte: Valor Econômico, 28/02/2024
UE enfrenta fazendeiros e aprova lei de restauração dos ecossistemas
“O Parlamento Europeu aprovou na terça-feira (27) uma lei que define metas para restaurar ecossistemas do continente, apesar da forte resistência de fazendeiros europeus que realizaram uma série de protestos em diversos países do bloco contra os planos da União Europeia (UE) para proteger o meio ambiente. A nova lei é um pilar fundamental do chamado Pacto Ecológico Europeu e estabelece uma meta para a UE restaurar pelo menos 20% de sua terra e mar até o final da década. A regra também deve abranger, até 2025, todos os ecossistemas que necessitam de restauração no continente. “Hoje é um dia importante para a Europa, à medida que passamos a proteger e conservar a natureza para restaurá-la”, disse César Luena, um parlamentar espanhol que liderou as negociações sobre a proposta. Segundo o comissário europeu para o Meio Ambiente, Virginijus Sinkevicius, a lei não trata apenas de restaurar a natureza para benefício próprio, mas sobre garantir um ambiente habitável para as atuais e futuras gerações. A votação teve forte oposição do Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita e maior grupo do Parlamento, e dos parlamentares de extrema-direita. Eles foram contra a medida, argumentando que impunha um ônus muito grande aos agricultores locais. “Não queremos novas e mais formas de burocracia e obrigações de relatórios para os agricultores. Deixem os fazendeiros cultivarem”, afirmou Siegfried Muresan, parlamentar romeno do PPE, antes da votação.”
Fonte: Valor Econômico, 28/02/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
Análise ESG Empresas (Radar ESG)
Moura Dubeux (MDNE3): De tijolo em tijolo construindo uma agenda promissora(link)
Unipar (UNIP3) e Braskem (BRKM5): Entendendo os desafios (e oportunidades) do setor petroquímico no Brasil(link)
Smart Fit (SMFT3): O segredo para progredir é dar o primeiro passo(link)
Outros relatórios de destaque
Cosan (CSAN3): Principais destaques ESG do Investor Day(link)
Carteira ESG XP: Sem alterações no nosso portfólio para setembro (link)
ESG na Expert XP 2023: As três principais mensagens que marcaram o tema no evento(link)
Relatórios Semanais (Brunch com ESG)
RAIZ4 de olho na produção de SAF; Montadoras e os grandes investimentos em carros elétricos, apesar dos desafios (link)
1° título verde soberano do Brasil avança; ORVR3 emite SLB no valor de R$130M; Bancos públicos de desenvolvimento se encontram (link)
Expert XP 2023 coloca transição energética em pauta; Marco legal de captura de carbono avança; Investidores pressionam BlackRock (link)
Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!