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Como a Faria Lima está vendo a agenda ESG? 

Ao longo deste relatório, trazemos os principais destaques da rodada de reuniões com investidores realizada no São Paulo

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Aumenta interesse no desenvolvimento do mercado de carbono, enquanto análise de governança segue em destaque

Na última semana, realizamos uma rodada de reuniões (non-deal roadshow, em inglês) com clientes institucionais em São Paulo, visando discutir os principais desdobramentos da agenda ESG, com foco no plano de transição ecológica do governo e nas expectativas para a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP28). De forma geral, destacamos como principais pontos dos encontros: (i) crescente interesse dos investidores no mercado regulado de carbono, visando entender seu potencial impacto nas empresas brasileiras; (ii) discussões sobre o papel dos combustíveis fósseis diante da COP28, impulsionado pela exploração de petróleo na Margem Equatorial por parte da Petrobras; (iii) ganho de escala na eletrificação dos transportes; e (iv) falta de políticas sólidas de governança como uma preocupação contínua que reduz a confiança dos investidores.


(i) Crescente interesse dos investidores no mercado regulado de carbono, visando entender seu potencial impacto nas empresas brasileiras. Conforme mencionamos em nossa recente nota de feedback sobre as rodadas de reuniões ESG com investidores cariocas (acesse aqui o relatório com os principais destaques desses encontros), o mercado de crédito de carbono permaneceu um dos tópicos mais levantados, com os investidores interessados em: (i) mensurar o potencial impacto desse mercado no resultado das empresas; (ii) maior transparência sobre as informações que as empresas precisarão divulgar em relatórios; e (iii) abordagem a ser utilizada para calcular as emissões de gases de efeito estufa em relação ao limite de 25KtCO2e por unidade de negócio.

(ii) Discussões sobre o papel dos combustíveis fósseis diante da COP28, impulsionado pela exploração de petróleo na Margem Equatorial por parte da Petrobras. A estratégia de transição energética da PETR4 foi amplamente discutida, com investidores em busca de maiores informações sobre investimentos em energia limpa e plano de ação olhando para frente. No que diz respeito à exploração de petróleo na Margem Equatorial, apesar da confiança na capacidade da empresa de responder de forma eficiente e rápida em caso de situações adversas – como destacado pelos representantes da PETR4 durante evento sobre transição energética realizado pelo BNDES (acesse aqui para ler nosso relatório com os principais pontos discutidos na reunião) -, questões sobre o impacto na comunidade e a gestão das terras próximas à exploração foram identificadas como pontos de atenção.

(iii) Ganho de escalada na eletrificação dos transportes. Entre os principais tópicos discutidos, a eletrificação do setor de transportes foi destacada, especialmente em termos de: (i) o ritmo que pode atingir o mercado em massa e abastecer veículos leves e pesados no Brasil; e (ii) as oportunidades para a indústria de Bens de Capital. Demais soluções de energia, incluindo combustível de aviação sustentável (SAF) e hidrogênio verde (H2V), também foram notadas.

(iv) Falta de políticas sólidas de governança como uma preocupação contínua que reduz a confiança dos investidores. Os investidores concordaram com os desafios de avaliar de forma eficaz as práticas de governança corporativa a partir de uma abordagem baseada em dados, dada a ausência de: (i) critérios claros para respaldar o desempenho corporativo; e (ii) uma metodologia amplamente aceita sobre como integrar riscos na avaliação. Por fim, embora o pilar de governança corporativa seja um tópico recorrente em reuniões ESG, em nossa visão, a atenção ao tópico tem crescido, com os investidores atentos e dispostos a discutir políticas das empresas caso a caso, sobretudo frente à preocupação que diminui a confiança dos investidores.

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