Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira de forma mista, com o IBOV recuando 0,38%, enquanto o ISE fechou em alta de 0,66%.
• No Brasil, (i) a Auren Energia anunciou ontem a combinação dos negócios com a AES Brasil, formando uma empresa com 39 ativos e portfólio de 8,8 GW de geração de energia totalmente renovável – em fato relevante, a companhia informou: “a Auren, como empresa combinada resultante, se tornará a 3ª maior empresa geradora de energia do Brasil e uma das melhores combinações do país sob o aspecto de diversificação de fontes renováveis […]; e (ii) o diretor de Programa da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Gustavo Henrique Ferreira, defendeu cautela na concessão de incentivos, durante leitura do novo relatório do PL do Hidrogênio (PL2308/2023) – “não podemos encarar o desenvolvimento da indústria do hidrogênio como uma corrida de cem metros rasos. Isso aqui é uma maratona. Essa indústria vai prevalecer pelos próximos, cinquenta, cem anos”, disse Ferreira.
• No internacional, um estudo realizado pela Industrious Labs concluiu que as regulamentações da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) são insuficientes para evitar que os aterros sanitários, ou depósitos de lixo, emitam grandes quantidades de metano, com as emissões desse gás em aterros sanitários excedendo regularmente os limites federais.
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Brasil
Empresas
Brasil precisa de estrutura centralizada de finanças climáticas, afirmam especialistas
“A estrutura financeira é um dos pontos sensíveis dos países em momento de transição energética, na visão de especialistas que participaram do Summit Valor Econômico Brazil-USA. A decisão do presidente americano Joe Biden tomanda na terça-feira ao aumentar os impostos sobre produtos chineses como veículos elétricos e painéis solares ilustra isso, segundo Carolyn Kissane, especialista em geopolítica com focSummito em energia da New York University. “Os Estados Unidos vão dificultar muito a entrada dos produtos chineses relacionados ao setor de energia renovável”, afirmou Kissane. “A decisão da Casa Branca tenta lidar com o que enxergam ser ações predatórias da China.” Luisa Palácios, pesquisadora sênior do Centro de Política Global de Energia da Universidade de Columbia, afirma que os países ainda estão lidando com as mudanças entre os negócios fósseis e as tecnologias verdes. “Os países têm muito a pensar sobre como substituir as receitas e impostos com energia fóssil pelas que se relacionam com energia limpa, como tributar o crescimento desse setor.””
Fonte: Valor Econômico, 15/05/2024
Auren Energia compra AES Brasil
“A Auren Energia anunciou nesta quarta-feira (15/5) a combinação dos negócios com a AES Brasil, formando uma empresa com 39 ativos, com portfólio de 8,8 GW de geração de energia totalmente renovável. Após o término da negociação, a AES Brasil passará a ser uma subsidiária da Auren Energia, empresa que é controlada pelo grupo Votorantim e o fundo canadense CPPIB. “A Auren, como empresa combinada resultante, se tornará a 3ª maior empresa geradora de energia do Brasil e uma das melhores combinações do país sob o aspecto de diversificação de fontes renováveis, através da distribuição de sua capacidade em geração hidrelétrica (54%), geração eólica (36%) e geração solar (10%)”, informou a empresa, em fato relevante. Com o negócio, a Auren estima que passará a negociar 4,1 GW médios de energia, equivalente a mais de 5% do consumo total do país.”
Fonte: Epbr, 15/05/2024
Comercializadoras defendem abertura total do mercado como estratégia de transição energética
“De olho no potencial do mercado livre para a baixa tensão, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) defende a abertura total a partir de 2026 combinada com estratégias para tornar o consumidor um participante mais ativo do movimento de transição energética. “A transição energética tem que ter um fim. Ninguém passa a vida em transição. Para que ela se conclua, precisamos ter um consumidor diferente do que ele é hoje. Precisamos tirar esse consumidor da conta e trazer ele para o meio do negócio. Dar poder para ele dizer qual é a geração que ele quer”, comenta o presidente-executivo, Rodrigo Ferreira. Na visão do executivo, a transição energética do Brasil é oposta à da Europa, porque a matriz elétrica brasileira já conta com cerca de 90% de fontes renováveis. Por aqui, o desafio está na descentralização e digitalização.”
Fonte: Epbr, 15/05/2024
Nova presidente da Petrobras é defensora histórica da exploração na Margem Equatorial
“A executiva indicada pelo presidente Lula para assumir a presidência da Petrobras, Magda Chambriard, é uma defensora da exploração e produção de petróleo em águas profundas na Margem Equatorial e foi a responsável por viabilizar a concessão de blocos nessa região quando foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Chambriard comandou a agência entre 2012 e 2016. A maior parte das áreas na Margem com potencial para descobertas em águas profundas foram ofertadas na 11ª rodada, em 2013, quando ela estava à frente da entidade, portanto. Nos últimos meses, a executiva tem se posicionado publicamente a favor das atividades na região. “Compartilho com vocês minha preocupação com o “day after” do pico do Pré-Sal e com o que será feito em prol da reposição de reservas do país nesse momento. A exploração em águas profundas, nosso DNA, exige muita antecedência. Além disso, deixo claro que reconheço o tamanho do desafio imposto aos técnicos do Ibama, em relação a quantidade de tarefas face ao efetivo ligado ao petróleo e gás. Mas reconheço também a responsabilidade do Estado brasileiro de prover meios para que os licenciamentos ocorram sem postergar o desenvolvimento do país”, escreveu há cerca de dois meses no Linkedin.”
Fonte: Epbr, 15/05/2024
Empresas americanas estão prontas para investir em energia limpa
“As empresas dos Estados Unidos estão prontas para investir e cooperar com o Brasil em parcerias relacionadas à transição energética e energia verde, afirmou ontem a embaixadora dos Estados Unidos no país, Elizabeth Frawley Bagley. A área “oferece excelentes oportunidades para solidificar ainda mais a parceria” entre os dois países, disse durante painel sobre os 200 anos da relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos no Summit Valor Econômico Brazil-USA. “A proposta do presidente Lula de trabalhar numa nova parceria para a transição energética tem o potencial de aprofundar a nossa cooperação com investimentos em biocombustíveis, hidrogênio, minerais críticos e avançar os nossos esforços partilhados para combater a crise climática”, afirmou em conversa mediada pela diretora de Redação do Valor, Maria Fernanda Delmas.”
Fonte: Valor Econômico, 16/05/2024
Política
Fazenda defende cautela em incentivos para hidrogênio
“O diretor de Programa da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Gustavo Henrique Ferreira, defendeu cautela na concessão de incentivos, durante leitura do novo relatório do senador Otto Alencar (PSD/BA), do PL 2308/2023 (PL do Hidrogênio), nesta terça (14/5). “Não podemos encarar o desenvolvimento da indústria do hidrogênio como uma corrida de cem metros rasos. Isso aqui é uma maratona. Essa indústria vai prevalecer pelos próximos, cinquenta, cem anos”, disse Ferreira. O novo relatório, lido pelo Senador Cid Gomes (PT/CE), presidente da Comissão de Hidrogênio Verde no Senado, acata em grande parte as propostas enviadas pela equipe econômica. Segundo a proposta, o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), criado pela lei, poderá conceder até R$ 13,3 bilhões em crédito fiscal para compradores e produtores de hidrogênio de baixa emissão de carbono e seus derivados, de 2027 a 2030.”
Fonte: Epbr, 15/05/2024
Internacional
Empresas
Processo alegando que a Uber escondeu um paraíso fiscal holandês é rejeitado por juiz dos EUA
“Um juiz dos EUA rejeitou uma proposta de ação coletiva que acusava a Uber Technologies de fraudar acionistas ao ocultar o uso de sua subsidiária na Holanda como paraíso fiscal. O caso teve origem no lançamento dos Arquivos Uber em julho de 2022, com base nas alegações do ex-lobista Mark MacGann de que o Uber violou leis e fez lobby secreto com políticos para expandir suas operações de compartilhamento de caronas em novos mercados. O preço das ações da Uber caiu 5,1% no dia seguinte, eliminando mais de US$ 2,2 bilhões do valor de mercado. Mas em uma decisão de terça-feira, a juíza distrital dos EUA Rita Lin, em São Francisco, não encontrou nenhuma prova de que a Uber tenha feito declarações falsas e disse que o executivo-chefe Dara Khosrowshahi reconheceu que os impostos foram um dos motivos pelos quais a Uber baseou suas operações europeias em Amsterdã.”
Fonte: Reuters, 15/05/2024
Volkswagen chega a um acordo de US$ 54 milhões sobre o ‘dieselgate’ com proprietários italianos
“A Volkswagen e um grupo que representa os proprietários de automóveis na Itália chegaram a um acordo no valor de mais de 50 milhões de euros (US$ 54 milhões) para encerrar uma batalha legal sobre o escândalo de emissões “dieselgate”, informaram na quarta-feira. No acordo, mais de 60.000 proprietários de automóveis afetados pela fraude de emissões receberão até 1.100 euros cada, disse o grupo de consumidores italianos Altroconsumo em um comunicado. O escândalo abalou o setor automotivo em 2015, quando se descobriu que os veículos haviam sido equipados com software ilegal para fraudar os testes de emissões ambientais. O escândalo custou à montadora alemã mais de 32 bilhões de euros (US$ 34,8 bilhões) em multas, reformas e custos legais.”
Fonte: Reuters, 15/05/2024
Política
Os EUA precisam agir para reduzir as emissões de metano dos aterros sanitários, diz relatório
“As emissões de metano em quase duas dúzias de aterros sanitários nos EUA excediam regularmente os limites federais e, em alguns casos, eram mais altas do que os proprietários das instalações informaram ao governo, de acordo com uma análise dos relatórios de inspeção publicados na quinta-feira. O estudo realizado pela organização ambiental sem fins lucrativos Industrious Labs concluiu que as regulamentações da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) são insuficientes para evitar que os aterros sanitários, ou depósitos de lixo, emitam grandes quantidades de metano, um gás que aquece o clima. O grupo pediu que a EPA exigisse o monitoramento com tecnologias mais avançadas, estendesse a regulamentação a aterros menores e exigisse a instalação mais rápida de sistemas de captura de gás à medida que os aterros se expandissem, entre outras recomendações.”
Fonte: Reuters, 16/05/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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