Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e ISE em alta de 0,45% e 0,33%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) a Cemig concluiu a emissão de seu segundo título sustentável no valor de R$2 bilhões, registrando uma demanda 2,73x o valor da oferta (R$5,46 bi) – os recursos, carimbados para projetos com impactos sociais e ambientais, devem contribuir com o objetivo da empresa de melhorar a disponibilidade de energia elétrica e a segurança e qualidade energética para seus clientes; e (ii) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a indicação do nome de Rafael Dubeux para ocupar uma vaga no conselho de administração da Petrobras busca integrar e coordenar as ações do governo em torno do Plano de Transição Ecológica – Haddad defendeu que a Petrobras precisa dialogar com diversos ministérios, como os de Minas e Energia (MME), do Meio Ambiente (MMA) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
• Na política, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse ontem que deseja encerrar esta semana o ciclo de projetos prioritários na área de transição energética – segundo ele, após o PL Combustível do Futuro, o próximo a ser votado será o Paten (Programa de Aceleração da Transição Energética).
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Brasil
Empresas
Petrobras tenta mudar PL do biodiesel
“O projeto que estimula a produção de combustíveis mais ecológicos é o novo foco de atrito entre o Palácio do Planalto e o comando da Petrobras. Aprovado na Câmara após acordo com o governo, o “PL do Combustível do Futuro” chega ao Senado sob pressão da estatal para alterações no texto, especialmente em relação às metas para o percentual de biodiesel misturado ao óleo diesel. Durante a tramitação na Câmara, a companhia chamou a atenção para a elevação de custos – e de preços – que virá junto com o aumento da mistura.”
Fonte: Valor Econômico, 20/03/2024
Cemig capta R$ 2 bi em sustainable bonds para expandir rede
“A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) fechou sua segunda captação via sustainable bonds, no valor de R$ 2 bilhões, por meio de sua distribuidora, a Cemig D. Os recursos, carimbados para projetos com impactos sociais e ambientais, devem contribuir com o objetivo da empresa de melhorar a disponibilidade de energia elétrica e a segurança e qualidade energética para seus clientes. A operação registrou um dos maiores valores para este tipo de dívida no país e teve demanda de R$ 5,46 bi – 2,73 vezes o valor da oferta. As debêntures foram emitidas em duas séries: uma de R$ 400 milhões com o prazo de vencimento de cinco e dez anos, com taxa CDI mais 0,80% ao ano; e outra de R$ 1,6 bilhão, de dez anos, com taxa IPCA mais 6,1469% ao ano, conforme comunicado ao mercado.”
Fonte: Capital Reset, 19/03/2024
Petrobras avalia explorar hidrogênio natural
“O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta terça (19/3) que a companhia tem interesse em incorporar o hidrogênio natural aos seus negócios, caso o energético se mostre viável. O hidrogênio natural é encontrado na natureza como gás livre em camadas da crosta continental, nas profundezas da crosta oceânica ou em gases vulcânicos, gêiseres e sistemas hidrotermais. Na paleta de cores usada na classificação do gás, o hidrogênio natural é chamado de branco. “Vamos acelerar o nivelamento do que já se conhece hoje sobre hidrogênio natural, alavancar as pesquisas necessárias e reforçar nosso compromisso, caso se mostre viável, de utilizarmos o hidrogênio natural de maneira sustentável no negócio da Petrobras”, disse Prates, em vídeo reproduzido durante o primeiro workshop sobre hidrogênio natural promovido pela empresa.”
Fonte: Epbr, 19/03/2024
Sequestro de carbono chegou para ficar, diz presidente da Shell Brasil
“O tema do sequestro de carbono “chegou para ficar” e vai ser fundamental para atingir a meta de zerar as emissões líquidas até 2050, disse o presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, em entrevista ao estúdio epbr nesta segunda-feira (18/3) durante a CERAWeek 2024, da S&P Global, no Texas. “O mundo não vai chegar em 2050 sem isso”, afirmou. O executivo destacou ainda que está percebendo nas discussões ao longo do evento uma convergência maior em relação à necessidade dos esforços da transição energética para atingir as metas de descarbonização. “Mas os desafios são enormes para conseguir chegar lá”, ressalvou. Segundo Costa, a demanda por petróleo vai seguir firme por muitas décadas e ainda deve ser relevante em 2050. Ele também afirmou que o mercado tem reforçado a importância do papel do gás liquefeito natural (GNL) na transição energética, sobretudo na substituição do carvão.”
Fonte: Epbr, 19/03/2024
Combustível do Futuro é a nova frente da crise entre governo e Petrobras
“Após a crise em torno dos dividendos extraordinários da Petrobras, o projeto que estimula a produção de combustíveis mais ecológicos é o novo foco de desavença entre o Palácio do Planalto e o comando da estatal. Aprovado por ampla maioria na Câmara após um acordo com o governo, na semana passada, o PL do “Combustível do Futuro” chega ao Senado sob pressão da Petrobras por alterações no texto, especialmente no capítulo que trata do biodiesel. Defendida pela bancada do agronegócio, a definição de metas para o percentual de biodiesel misturado ao óleo diesel não estava no projeto original do governo, mas foi incluída pelos deputados em um acordo que incluiu a Casa Civil e o Ministério de Minas e Energia. Pelo que ficou definido, o percentual mínimo passaria dos atuais 6% para 15% já em 2025, com alta gradativa de 1 ponto percentual por ano até 2030, quando atingiria 20%.”
Fonte: Valor Econômico, 19/03/2024
Preço de equipamentos solares para residências cai 28% em 2023, aponta estudo
“O preço de equipamentos solares para residências caiu 28% em 2023, segundo dados da nova edição do Estudo Geração Distribuída (GD), feito pela consultoria Greener com mais de 3,7 mil empresas integradoras de todo o país. Em janeiro, a média para os sistemas residenciais de 4 kWp foi de R$ 3,17, o que representa uma redução de 28% em comparação com o mesmo período de 2023. Em relação a junho, o preço caiu 13,8%. A queda nos preços dos equipamentos tanto no mercado internacional quanto no Brasil, impulsionada pela alta produção chinesa de seu insumo básico, o polissilício, emerge como o principal fator que justifica a redução nos custos das placas solares. De acordo com a consultoria, essa tendência persiste desde o segundo semestre de 2022, impactando positivamente o retorno do investimento. Em janeiro deste ano, observou-se uma diminuição de 25% no período de recuperação do investimento para instalações residenciais locais, em comparação com o primeiro mês de 2023. Ao Valor, o CEO da Greener, Marcio Takata, explica que além da queda no preço dos módulos, o consumidor também vem sendo favorecido pela recuperação do financiamento, que em 2023 apoiou 53% das vendas de sistemas. Com o cenário de queda dos juros e melhora no retorno do investimento desses sistemas, 2024 pode ser positivo para o mercado de energia solar.”
Fonte: Valor Econômico, 19/03/2024
Aeris Energy anuncia fim do contrato de fornecimento para Siemens Gamesa
A Aeris Energy anunciou nesta terça-feira (19) o encerramento do contrato de fornecimento de pás eólicas que tinha com a Siemens Gamesa. A companhia entregou o último lote de pás eólicas SG170 e iniciou medidas para readequar suas linhas de produção. Dentre referidas medidas estão a avaliação quanto ao aproveitamento do maquinário e local em outros projetos da empresa. Além disso, a Aeris pondera o tratamento do processo industrial e de colaboradores dedicados à linha de produção extinta. A empresa reitera que vem trabalhando para ajustar a capacidade produtiva no ano frente ao encerramento do contrato e das perspectivas de mercado. O objetivo da Aeris é a manutenção das bases necessárias para a continuidade dos negócios e alavancar a introdução de novos produtos no mercado.”
Fonte: Valor Econômico, 19/03/2024
Dexco transforma resíduo cerâmico em matéria-prima e lança revestimento sustentável
“No mundo, o setor de construção civil respondia em 2021 por 34% do consumo de energia e 38% das emissões de gás carbônico (CO2) relacionadas com energia e processos, além de ser um forte gerador de resíduos. Alguns dos múltiplos fornecedores da construção têm buscado formas de diminuir a pegada de carbono de sua operação e de seu portfólio de produtos, e uma forma de fazer isso é reutilizando o que iria diretamente para o aterro sanitário. Foi durante uma campanha que convidou os colaboradores a pensar em soluções sustentáveis inovadoras, que a Dexco encontrou a solução para deixar de direcionar toneladas de louças quebradas ou com defeitos da sua linha de produção a aterros sanitários. O grupo produz painéis de madeira industrializada, louças, metais sanitários, revestimentos e outros produtos para casa das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor. Das milhares ideias apresentadas a lideranças do grupo no ano passado no âmbito do programa Imagine, o grande destaque foi a encabeçada por Rodrigo Vieira, gerente de pesquisa e desenvolvimento de estruturas voltadas para concretos da Castelatto, marca de pisos e revestimentos de alto padrão da Dexco, e Gabriel Veloso, engenheiro da Deca Louças Jundiaí. A dupla desenvolveu um tipo de brick – tipo de revestimento de parede que cria o visual de tijolinhos aparentes – com cerca de 70% do conteúdo de cerâmicas que seriam descartadas – resíduo que chamam de pitcher. A proposta é incluir um percentual de pitcher em alguns produtos já vendidos pela Castelatto e também criar um novo produto do zero.”
Fonte: Valor Econômico, 19/03/2024
“A mudança do clima afeta financeiramente os negócios, e, portanto, os riscos de materialização desses impactos são relevantes para serem considerados por seus gestores e investidores. Esse foi o entendimento da SEC recentemente, ao publicar uma regulamentação especificamente sobre a divulgação de riscos climáticos de empresas listadas em bolsa nos EUA. O dever fiduciário existe quando alguém, por seu cargo ou posição contratual ou legal, possui o compromisso de agir em nome de outro na gestão de um bem específico, a partir de uma relação de confiança. Desse dever geral decorrem outras obrigações mais específicas de informação, lealdade e cuidado. Esse dever se aplica a gestores de empresas – que tem o encargo de tomar decisões que sejam no melhor interesse e benefício da entidade jurídica que é a corporação -, mas também se aplica a gestores de ativos e investidores institucionais, que tem o compromisso institucional de gerir recursos próprios ou de terceiros.”
Fonte: Valor Econômico, 19/03/2024
Na Klabin, conselheiros questionam remuneração da diretoria e dividendos
“A proposta de um pacote de R$ 92 milhões em remuneração para a administração que será levada a assembleia no começo do mês causou controvérsia no conselho de administração da Klabin. Dois conselheiros independentes se abstiveram de votar sobre essa questão, apontando “ausência de discricionariedade na avaliação da liderança”. Eles também votaram contra a distribuição de dividendos “tendo em vista o nível de alavancagem da companhia e a possibilidade de alocação de recursos em projetos que geram valor”. Na questão da remuneração, ao que tudo indica, o problema é mais sobre o processo de governança para avaliação de desempenho dos diretores, com destaque para o CEO, do que o tamanho do cheque em si. A fiscalização da gestão é uma das principais funções do colegiado.”
Fonte: Exame Insight, 19/03/2024
O mercado de carbono de CBIOs é volátil e incipiente. Essa gestora quer mudar isso
“O primeiro fundo de investimento em CBIOs, os créditos de descarbonização do setor de biocombustíveis, está chegando ao mercado. O fundo está sendo criado pela Iwá, uma gestora de recursos novata, que nasceu com foco em ativos ambientais e ligados à economia de baixo carbono. O Iwá Nova Economia, como foi batizado o fundo multimercado, será lançado até o fim do mês. A estratégia do produto não visa exatamente a valorização do ativo encarteirado. A Iwá quer tirar partido das imperfeições de um mercado ainda incipiente e usar o fundo como um formador do mercado de CBIOs, os únicos créditos de carbono já regulados no país, instituídos pelo programa RenovaBio. Esses certificados são emitidos pelos produtores de biocombustíveis, que têm uma receita extra, e adquiridos pelos distribuidores de combustíveis, que têm metas de compra a cumprir.”
Fonte: Capital Reset, 19/03/2024
Banco da Amazônia registra lucro recorde de R$ 1,3 bi em 2023 e tem planos para a COP30
“O Banco da Amazônia (BASA) divulgou o balanço referente ao ano de 2023. A instituição financeira teve lucro de R$ 1,345 bilhão, alta de 19,9% em comparação com o ano passado. O patrimônio líquido chegou a R$ 5,9 bilhões e o ROE (retorno sobre patrimônio) ficou em 25,1%. Principal financiador da região Norte, responsável por 60% dos créditos de fomento na região, o BASA atingiu R$ 50,9 bilhões com sua carteira de crédito, com uma taxa de inadimplência geral de 1,92%, considerada baixa. Para o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, o resultado se mostrou crescente e positivo na comparação com 2022, que, até então, era o recorde de crescimento apresentado pela companhia. “Conseguimos um caminho sustentável de resultado”, diz. O banco, com sede em Belém (PA), tem uma trajetória voltada ao desenvolvimento econômico nos Estados da Amazônia Legal, em especial aos da região Norte. Por meio de programas de financiamento de crédito, o BASA apoia negócios crescentes com foco na produção sustentável e a favor do bioma.”
Fonte: Exame, 19/03/2024
“As vítimas do rompimento da barragem de Mariana, em 2015, no Brasil, estão buscando cerca de 3 bilhões de libras (US$ 3,8 bilhões) em indenizações das mineradoras Vale e Samarco em um novo processo aberto na Holanda, disseram seus advogados na terça-feira. A indenização é solicitada em nome de quase 1.000 empresas e mais de 77.000 indivíduos atingidos pelo desastre, em uma ação holandesa movida pela Ações do Rio Doce, uma fundação holandesa sem fins lucrativos. O processo foi apresentado na Holanda pela empresa holandesa Lemstra Van der Korst e pela empresa britânica Pogust Goodhead, que anteriormente apresentou um processo semelhante na Grã-Bretanha contra a empresa de mineração australiana BHP. A Vale, que detém a Samarco em conjunto com a BHP, disse que “reforça seu compromisso de apoiar a reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão”, acrescentando que, até o final de fevereiro, havia destinado R$ 36,51 bilhões para medidas de reparação e compensação.”
Fonte: Reuters, 19/03/2024
Política
Em nova derrota para Petrobras, Câmara aprova adição de biometano ao gás natural
“A Petrobras e o Ministério de Minas e Energia (MME) travaram um duelo na semana passada, quando ainda não havia assentado a poeira da divergência sobre o pagamento de dividendos extraordinários da petroleira. Com o apoio maciço do agronegócio, a Câmara aprovou, na noite da última quarta-feira, 13, o projeto Combustível do Futuro, que impõe a adição de biometano ao gás natural a partir de 2026, o que desagradou à Petrobras e levou a indústria a fazer contas. O Ministério de Minas e Energia, por sua vez, ficou do lado oposto. Pelos cálculos da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a adição de 10% de biometano ao gás natural, limite máximo previsto na lei, implicará gastos extras de R$ 2,7 bilhões à indústria, que é a maior consumidora de gás natural (usa tanto como combustível quanto como matéria-prima).”
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/03/2024
Lira defende incluir taxação de compras internacionais de até US$ 50 no projeto de lei do Mover
“O Mover é um programa lançado no ano passado pelo governo federal para incentivar e modernizar o setor automobilístico. “Coloca a questão do varejo dentro da questão do Mover”, sugeriu Lira nesta terça-feira em jantar promovido pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE). De acordo com o presidente da Câmara, ambos os projetos têm relação um com o outro por tratarem de competição com produtos do exterior. O Mover foi lançado no fim de 2023 por meio de medida provisória (MP) ainda não votada. Na semana passada, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que tinha acertado com Lira que o governo federal enviaria ao Congresso um PL em regime de urgência para tratar do tema. Nesta terça-feira, Lira disse que a “previsão é de que projeto do Mover venha [para o Congresso] nesta semana”. No jantar, o presidente da Câmara dos Deputados ainda afirmou que “uma coisa que precisamos entregar neste ano” é a reforma do Código de Processo Penal (CPP). Segundo Lira, o sistema de segurança atual é “falho”, citando como exemplo a fuga de dois presos do presídio federal de Mossoró (RN).”
Fonte: Valor Econômico, 19/03/2024
Indicação da Fazenda para Petrobras busca coordenar transição ecológica, diz Haddad
“O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta segunda (19/03) que a indicação do nome de Rafael Dubeux para ocupar uma vaga no conselho de administração da Petrobras busca integrar e coordenar as ações do governo em torno do Plano de Transição Ecológica. Haddad defendeu que a Petrobras precisa dialogar com diversos ministérios, como os de Minas e Energia (MME), do Meio Ambiente (MMA) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Segundo ele, a integração potencializa os investimentos na transição. “Se esses atores não estiverem integrados e coordenados em torno de um plano, o potencial desse plano vai ficar diminuído”, afirmou a jornalistas em evento na manhã desta terça-feira (19/3) em Brasília. A mudança no conselho da Petrobras ocorre após a crise com o mercado financeiro desencadeada pela decisão do governo de reservar dividendos extraordinários relativos ao 4º trimestre de 2023.”
Fonte: Epbr, 19/03/2024
Lira prevê encerrar nesta semana ciclo de projetos prioritários de transição energética
“O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta terça-feira, 19, que deseja encerrar esta semana o ciclo de projetos prioritários na área de transição energética. “A Câmara está desenvolvendo um papel importante para o País”, comentou durante um seminário. Lira salientou que a agenda de transição para uma energia limpa segue passos similares ao do código florestal, que é, de acordo com o parlamentar, a lei mais rígida, rica e dura do mundo da área. “O Congresso tem estado presente nesta pauta. Depois da reforma tributária, focamos nos projetos sustentáveis”, disse Lira. O presidente da Câmara citou que o projeto do combustível do futuro foi votado na semana passada. “Conseguimos rejeitar nove ou dez alterações, mostrando a qualidade da discussão”, considerou, mencionando ainda a votação de eólicas offshore. “Teremos este ano o Paten (Programa de Aceleração da Transição Energética), que vai favorecer as empresas nacionais que tenham créditos incontroversos, votamos o hidrogênio verde, vários projetos. Após o combustível do futuro, o Paten encerra o ciclo.”.”
Fonte: Exame, 19/03/2024
Senado discute projeto que proíbe veículos novos movidos a gasolina ou diesel até 2030
“A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal vai debater, nesta quarta-feira, 20, um projeto de lei que proíbe a venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel, a partir de janeiro de 2030. A proposta também estabelece que, depois de 2040, ficará vedada, em todo território nacional, a circulação destes automóveis. Caso aprovado na CMA e não tiver recurso de Plenário, texto seguirá para análise da Câmara dos Deputados. A proposta também determina que os veículos movidos a biocombustíveis, como o etanol, continuarão liberados. Além de abrir exceções para automóveis de coleção, veículos oficiais e diplomáticos ou carros de visitantes estrangeiros, que poderão continuar circulando no País, mesmo que utilizem combustíveis fósseis. Na justificativa, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), autor do projeto, diz que o setor de transportes responde pela sexta parte das emissões mundiais de dióxido de carbono, principal agente do efeito estufa. “O motivo é que, no mundo, 95% da energia utilizada pelos veículos vêm da queima de combustíveis fósseis”, diz Nogueira.”
Fonte: Exame, 19/03/2024
Internacional
Empresas
A TerraPower de Bill Gates planeja construir a primeira usina nuclear de próxima geração dos EUA
“A TerraPower, empresa fundada por Bill Gates, disse que planeja começar a construir a primeira de uma nova geração de usinas nucleares nos EUA em junho, juntando-se a uma corrida com rivais russos e chineses para desenvolver e exportar reatores de baixo custo. Chris Levesque, executivo-chefe da TerraPower, disse ao Financial Times que a empresa solicitará este mês uma licença de construção aos órgãos reguladores dos EUA para seu reator, que é resfriado com sódio líquido em vez de água. Ele disse que os reatores da marca Natrium da empresa poderiam ser construídos por cerca de metade do custo dos reatores padrão resfriados a água, que têm sido a pedra angular do setor de energia nuclear desde meados do século XX. A TerraPower, que levantou quase US$ 1 bilhão em financiamento privado, assinou um acordo com a Emirates Nuclear Energy Corporation em dezembro para explorar o uso de reatores Natrium para gerar eletricidade e produzir hidrogênio nos Emirados Árabes Unidos. A empresa garantiu promessas do governo dos EUA de fornecer até US$ 2 bilhões para concluir o trabalho na primeira usina da TerraPower em Kemmerer, Wyoming.”
Fonte: Financial Times, 19/03/2024
Renault pede um fundo de guerra europeu para enfrentar a concorrência chinesa de veículos elétricos
“O chefe da Renault pediu a criação de um fundo de guerra europeu para financiar subsídios e matérias-primas para veículos elétricos, bem como o planejamento conjunto de infraestrutura, para afastar a forte concorrência da China. Em um apelo aos políticos antes das eleições europeias em junho, Luca de Meo defendeu uma abordagem transfronteiriça para desenvolver e financiar o setor, em vez de simplesmente estabelecer prazos para a eliminação gradual dos carros a gasolina e a diesel. Isso incluiria a combinação de gastos com subsídios ao consumidor e a criação de zonas econômicas “verdes” com incentivos fiscais para contratações em fábricas. “Quando você estabelece um prazo de 12 anos e diz que, em 12 anos, não haverá mais produção de carros com motor de combustão e, se você não o fizer, aqui está uma multa, e nos vemos em 12 anos no fim do túnel, isso não é uma estratégia”, disse ele em uma entrevista.”
Fonte: Financial Times, 19/03/2024
Somente sete países mantém padrão de qualidade do ar estabelecido pela OMS, diz estudo
“Apenas sete países estão atendendo ao padrão internacional de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde (OMS), com a poluição atmosférica piorando em alguns lugares devido ao aumento da atividade econômica e impacto tóxico da fumaça de incêndios florestais, informou uma pesquisa divulgada hoje pela IQAir, uma organização suíça de qualidade do ar. Segundo o relatório, dos 134 países e regiões consultadas, apenas a Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurício e Nova Zelândia não ultrapassaram os níveis de PM2.5 em 2023, uma partícula microscópica de fuligem que quando inalada pode causar problemas de saúde e mortes. Enquanto isso, Bangladesh foi o país mais poluído do ano, de acordo com a organização, com níveis de PM2.5 15 vezes acima do padrão da OMS, seguido do Paquistão, Índia, Tajiquistão e Burkina Faso. Pela primeira vez na história da pesquisa, o Canadá foi o país mais poluído da América do Norte devido a incêndios florestais recordes que assolaram o país, espalhando fumaça tóxica pelo seu território e pelos Estados Unidos.”
Fonte: Valor Econômico, 19/03/2024
Transição energética está fracassando e viver sem petróleo é “fantasia”, diz CEO da Saudi Aramco
“O CEO da Saudi Aramco, Amin Nasser, disse na última segunda-feira, 18, que a transição energética está fracassando e os formuladores de políticas deveriam abandonar a “fantasia” de eliminar petróleo e gás, já que a demanda por combustíveis fósseis deve continuar a crescer nos próximos anos. “No mundo real, a estratégia atual de transição está visivelmente fracassando em quase todos os aspectos, pois colide com cinco realidades duras”, disse Nasser durante uma entrevista em painel na conferência de energia CERAWeek by S&P Global em Houston, Texas. “Uma reinicialização da estratégia de transição é urgentemente necessária e minha proposta é esta: devemos abandonar a fantasia de eliminar óleo e gás e, em vez disso, investir neles adequadamente, refletindo pressuposições de demanda realistas”, disse o CEO.”
Fonte: Exame, 19/03/2024
Mitsubishi, Engie e outras seis empresas formam coalizão para impulsionar gás natural elétrico
“A Mitsubishi anunciou na manhã desta terça-feira, 19, que formará uma coalizão internacional com outras sete empresas, incluindo a TotalEnergies e a Engie, para apoiar o desenvolvimento e produção de gás natural elétrico (e-NG), também conhecido como e-metano. O e-NG é um gás sintético produzido a partir de hidrogênio renovável e dióxido de carbono (CO2) e que pode ser transportado e armazenado utilizando infraestruturas existentes, afirmou a Mitsubishi em comunicado. A Mitsubishi e seus parceiros planejam acelerar o desenvolvimento do e-NG de maneira confiável, acessível e sustentável, informou a trading house japonesa. Os outros parceiros incluem a Sempra Infrastructure, da Bélgica, e as japonesas Osaka Gas e Toho Gas. Segundo a Mitsubishi, “os membros fundadores da coalizão acreditam que o e-NG pode fornecer uma contribuição significativa para a transição energética, acelerando o desenvolvimento do hidrogênio renovável”.”
Fonte: Exame, 19/03/2024
Famosa universidade suspende doações de empresas de petróleo e gás
“A prestigiosa universidade britânica de Cambridge anunciou, nesta segunda-feira, 18, que vai parar temporariamente de aceitar doações de empresas petrolíferas e de gás, após uma campanha de estudantes e acadêmicos. A decisão sobre novas doações foi tomada na sexta-feira, 15, afirmou a direção da instituição à AFP, confirmando uma informação do “Financial Times”. A “moratória temporária” durará “até que novos acordos sejam estabelecidos” com as empresas afetadas, detalhou. A universidade destaca “seu compromisso de lidar com a mudança climática por meio de uma transição para um mundo com baixas emissões de carbono”. A decisão vem alguns meses após a publicação de um relatório que alertava que aceitar esse tipo de doação representava um risco para sua reputação. O relatório também recomendava que a universidade apostasse em empresas de energias renováveis.”
Fonte: Exame, 19/03/2024
Política
Alemanha e Canadá firmam acordo para compra de hidrogênio limpo
“A Alemanha e o Canadá assinaram nesta segunda (18/3) um Memorando de Entendimento para estabelecer o primeiro programa bilateral de comércio de hidrogênio entre os dois países. A iniciativa pretende acelerar o comércio do energético em escala comercial, garantindo o acesso antecipado dos produtores canadenses de hidrogênio limpo ao mercado alemão. “O anúncio de hoje é uma prova da posição do Canadá como fornecedor global preferido de energia limpa e permitirá a criação de empregos sustentáveis, crescimento econômico limpo, reduções de emissões e segurança energética no país e no estrangeiro”, disse o ministro candense da Energia e Recursos Naturais Jonathan Wilkinson. O anúncio oficial do governo canadense cita a crise energética na Europa, consequência da invasão russa à Ucrânia, como um dos motivos para o acordo, em um tom crítico ao presidente recém reeleito da Rússia.”
Fonte: Epbr, 19/03/2024
Líderes se reúnem sobre clima, após confirmação de que 2023 foi ano mais quente da história
“O ano de 2023 foi o mais quente já registrado, além de ter sido acompanhado também por recordes de calor oceânico, aumento do nível do mar, perda de gelo marinho na Antártica e recuo das geleiras, confirmou a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em relatório divulgado, nesta terça-feira, 19. O documento servirá como referência para reunião ministerial sobre o clima de Copenhague, que será realizada de 21 a 22 de março, e que contará com a presença de líderes focados em assuntos climáticos e ministros de todo o mundo. O reforço das Contribuições Nacionalmente determinadas (NDC, na sigla em inglês) dos países antes do prazo de fevereiro de 2025 estará no topo da agenda, tal como a celebração de um acordo ambicioso sobre financiamento na COP29 para transformar os planos nacionais em ação, diz a OMM. As NDCs são as metas e compromissos de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) que cada país definiu para si a partir do Acordo de Paris, assinado em 2015.”
Fonte: Exame, 19/03/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
Relatórios temáticos
O que uma eventual disputa entre Biden e Trump significa para a agenda ESG? (link)
Abastecendo o futuro: O papel dos biocombustíveis na transição energética(link)
COP28 chega ao fim: O que você precisa saber? (link)
ESG Updates
Principais destaques do Fórum de Transição Energética da BloombergNEF(link)
Feedback da reunião sobre energia nuclear com Marcelo Lopez(link)
Dia Internacional das Mulheres: Mapeando a presença delas na liderança das empresas brasileiras (link)
Brunch com ESG
Câmara aprova PL Combustível do Futuro; Positivo para empresas de açúcar e etanol (link)
BYD intensifica debate sobre eletrificação no Brasil; PL do ‘Combustível do Futuro’ segue para o Congresso (link)
Prévia do G20 no Brasil; Copel (CPLE6) próxima de fechar termelétrica; Raízen (RAIZ4) emite título verde (link)
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