Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território negativo pelo décimo primeiro dia consecutivo, com o IBOV e o ISE em queda de -0,54% e -0,18%, respectivamente.
• No Brasil, (i) a B3 lançou ontem o iDiversa, primeiro índice focado em diversidade com o objetivo de medir o desempenho financeiro das empresas que se destacam na inclusão de gênero e raça em relação a seus pares – para integrar a carteira, composta por 79 ativos, a empresa precisa ter ao menos uma mulher ou uma pessoa negra no conselho administrativo e na diretoria estatutária; e (ii) o novo presidente da BB Asset, Denísio Liberato, planeja transformar a gestora do Banco do Brasil em um “hub” de investimentos que seguem as práticas ESG – o executivo assumiu o cargo há um mês e criou um grupo de trabalho que se reunirá pela primeira vez nesta semana para discutir a criação de uma vertical na área visando atrair grandes fundos de pensão, seguradoras e fundos soberanos estrangeiros.
• No internacional, a divisão de fiscalização da SEC (Securities and Exchange Commission, comissão de valores mobiliários dos EUA) enviou requerimentos de documentos e intimações a várias gestoras de ativos, todos relacionados a seu marketing sobre investimentos ESG – segundo advogados do setor de gestão de ativos, um dos focos de investigação da SEC é o dos fundos de investimento convencionais que foram adaptados para funcionar como fundos ESG.
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Brasil
Empresas
B3 lança 1º índice de diversidade, com foco em raça e gênero
"A B3 acaba de lançar o iDiversa, primeiro índice focado em diversidade nas empresas, do quadro de funcionários ao conselho de administração. O objetivo do índice é medir o desempenho financeiro das empresas que se destacam na inclusão de gênero e raça em relação a seus pares. Para integrar a carteira, a empresa precisa ter ao menos uma mulher ou uma pessoa negra no conselho administrativo e na diretoria estatutária, ou seja, em ambas as instâncias de governança. Banco do Brasil, Hypera Pharma, Raia Drogasil, Sabesp e Renner têm os maiores pesos na versão inaugural do índice, composto por 79 ativos, entre ações ordinárias e preferenciais, de 75 empresas. Ao todo, estão representados dez setores da economia, já tipicamente usados como referência pela bolsa. O iDiversa é compilado a partir de informações dos formulários de referência registrados pelas companhias na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Neste ano, o xerife do mercado de capitais passou a exigir a apresentação do número de funcionários, integrantes de administração e de conselho por gênero e raça. Em outros índices, como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), as empresas precisam se candidatar voluntariamente e pagar uma taxa de inscrição e fornecer os dados relevantes, que são auditados pela bolsa. “Esse é o primeiro índice da América Latina que mede a diversidade de gênero e raça nos quadros funcionais de companhias listadas”, diz Ana Buchaim, vice-presidente de pessoas, comunicação, marketing e investimento social da B3."
Fonte: Capital Reset, 15/08/2023
Micro e pequenas empresas se engajam em agenda ESG, mas ainda não enxergam retorno
"Com a difusão da agenda ESG entre as grandes empresas brasileiras e na Faria Lima, principal centro financeiro do País, a pauta passou a ganhar também a adesão de micro e pequenos empresários. Segundo a pesquisa O engajamento dos pequenos negócios brasileiros às práticas ESG, idealizada pelo Sebrae Mato Grosso e obtida antecipadamente pelo Estadão, 91% das pequenas empresas consideram “importante” ou “muito importante” incluir aspectos do tema em sua gestão. O levantamento aponta, porém, que as empresas ainda não enxergam impactos positivos após a adoção das práticas ao seu dia a dia. Segundo o Sebrae, aproximadamente um terço das empresas já se sentiram pressionadas ou cobradas para incorporar medidas ligadas ao ESG à sua gestão. Para a entidade, o porcentual é baixo, considerando a grande exposição do tema nos meios de comunicação e o aumento da relevância da pauta nas grandes corporações e no próprio poder público. “Percebemos que as empresas, em sua maioria, reconhecem a importância dessas práticas. Entretanto, a preocupação que elas têm é se existe uma demanda, já que a pressão para que elas adotem o ESG é muito pequena”, explica o professor-doutor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Aron Belinky."
Fonte: Estadão, 15/08/2023
Novo presidente quer fazer da BB Asset um 'hub' de ESG
"O novo presidente da BB Asset, Denísio Liberato, planeja transformar a gestora do Banco do Brasil em um “hub” de investimentos que seguem as práticas ESG (sigla em inglês representa sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa). O executivo assumiu o cargo há um mês e criou um grupo de trabalho que se reunirá pela primeira vez nesta semana para discutir a criação de uma vertical na área. A ideia é atrair grandes fundos de pensão, seguradoras e fundos soberanos estrangeiros: “Temos fundos que seguem os conceitos ESG em todas as classes, mas ainda é muito incipiente. E queremos aumentar a sinergia com o BB, que vai gerar ativos verdes de forma muito forte nos próximos anos”, afirma. Segundo Liberato, essas entidades internacionais formam hoje a maior demanda por investimentos sustentáveis do mercado global. O executivo fala do assunto com autoridade: desde 2022, faz parte do colegiado da iniciativa Princípios para o Investimento Responsável, da Organização das Nações Unidas (ONU), e tem contato com as principais instituições do segmento."
Fonte: Valor Econômico, 16/08/2023
Cargill mapeia 100% dos grãos comprados diretamente na América do Sul
"A Cargill atingiu um patamar inédito no mapeamento de fornecedores na América do Sul. Desde o primeiro semestre, os grãos adquiridos diretamente de produtores na região estão 100% rastreados, patamar já atingido no Brasil no ano passado. A rastreabilidade é mais um passo da empresa em seu compromisso para desenvolver cadeias de suprimentos livres de desmatamento e conversão até 2030. Além de localizar a origem dos grãos, é possível identificar oportunidades de desenvolvimento sustentável junto aos produtores. Neste levantamento, foram mapeadas mais de 32.000 fazendas, em mais de 16.500 produtores entre Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, fornecedores diretos de grãos para o negócio agrícola da Cargill na região. O mapeamento utilizado pela companhia conta com tecnologia geoespacial, baseada em polígonos de todos os limites das fazendas dos nossos fornecedores diretos. Na prática, isso significa maior precisão para saber a origem daqueles grãos. Caso seja identificado algo que não esteja de acordo com as Boas Práticas Agrícolas (BPAs) e exigências internacionais, a Cargill pode atuar junto ao produtor com programas de agricultura regenerativa, pagamento por serviços ambientais, projeto de financiamento verde, regularização de propriedades, dentre outros."
Fonte: PecSite, 16/08/2023
Política
Governo promete revolucionar economia com plano verde
"Nossa ambição é que o Plano de Transformação Ecológica brasileiro seja o mais ambicioso, pelo menos entre os países em desenvolvimento”, diz um dos arquitetos do plano verde brasileiro, Rafael Ramalho Dubeux, assessor especial do ministro da Fazenda Fernando Haddad. “Não é um plano apenas de descarbonização da economia. Trata-se, fundamentalmente, de um plano de desenvolvimento econômico.” Anunciado na sexta-feira, durante o lançamento do novo PAC, o plano verde brasileiro atende, no momento, por duas denominações - Plano de Transformação Ecológica e Plano de Transição Ecológica. Há quem prefira o termo “transformação”. “Parece mais apropriado para a profundidade da mudança que as medidas acarretam. É profunda a mudança que se pretende na economia brasileira”, diz Dubeux. “Todos os setores serão impactados. O conjunto da obra é muito transformador.” São seis eixos e mais de cem itens que alcançam toda a economia. Fazem parte de uma agenda para os próximos 3,5 anos. Algumas medidas são de grande envergadura, como a criação do mercado de carbono ou fusão do Plano Safra com o Plano ABC, que promove a agricultura de baixo carbono."
Fonte: Valor Econômico, 16/08/2023
Internacional
Empresas
Siemens fabrica equipamentos de energia solar para o mercado dos EUA em Wisconsin
"O conglomerado alemão Siemens (SIEGn.DE) disse na terça-feira que começará a produzir equipamentos de energia solar nos Estados Unidos em 2024 por meio de um fabricante contratado em Wisconsin. O anúncio marca um movimento de um dos maiores fabricantes do mundo para capitalizar os incentivos da lei histórica de mudança climática do presidente Joe Biden, de um ano, para aumentar o fornecimento de componentes de energia solar fabricados nos Estados Unidos e competir com a China. A Siemens produzirá inversores de cadeia solar, dispositivos que convertem energia gerada por painéis solares em corrente utilizável, para o mercado de escala de serviços públicos dos EUA, informou em comunicado. Os produtos serão fabricados em uma instalação em Kenosha, Wisconsin, operada pela Sanmina (SANM.O). "Trabalhando com a Sanmina para estabelecer esta nova linha de produção, a Siemens está bem posicionada para enfrentar os desafios de fornecimento que nosso país enfrenta enquanto trabalhamos para localizar a produção para infraestrutura verde e renovável", Brian Dula, vice-presidente de eletrificação e automação da Siemens Smart Infrastructure USA , disse no comunicado."
Fonte: Reuters, 15/08/2023
SEC pressiona gestoras por questões ESG
"A divisão de fiscalização da SEC (Securities and Exchange Commission, a comissão de valores mobiliários dos EUA) enviou requerimentos de documentos e intimações a várias gestoras de ativos, todos relacionados a seu marketing sobre investimentos ESG (ligados a temas ambientais, sociais e de governança), segundo advogados. Isso sugere a possibilidade de uma ação repressiva iminente no mundo dos fundos sustentáveis. Um dos focos de investigação da SEC é o dos fundos de investimento convencionais que foram adaptados para funcionar como fundos ESG, de acordo com esses advogados do setor de gestão de ativos. A comissão também examina os casos em que fundos oferecidos nos EUA e na Europa compartilham estratégias, participações ou gerentes de carteiras, mas oferecem volumes diferentes de informações em cada região. As investigações começaram depois que a divisão de fiscalização da SEC montou, em março de 2021, uma força-tarefa para verificar a eventual existência de má conduta com relação às informações divulgadas sobre investimentos ligados a mudanças climáticas e ESG. A divisão já investigou e deu solução fora dos tribunais a outros casos contra empresas e gestoras de ativos relativos a fundos ESG, como os do Goldman Sachs e do BNY Mellon em 2022, mas neste ano não abriu nenhum caso até agora"
Fonte: Valor Econômico, 16/08/2023
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
Análise ESG Empresas (Radar ESG)
Mineração & Siderurgia: Um setor desafiador, gradualmente buscando oportunidades; Gerdau à frente dos pares (link)
Orizon (ORVR3): Companhia segue como uma das melhores sob a cobertura da XP (link)
Cosan (CSAN3): Fortalecendo governança e impulsionando a agenda ESG em suas subsidiárias (link)
Outros relatórios de destaque
Cúpula da Amazônia: Boas intenções, mas só parte delas traduzidas em metas claras(link)
ESG: Um guia de bolso das principais regulações no Brasil(link)
Carteira ESG XP: Uma alteração para o mês de agosto (link)
O que muda com as novas normas globais de sustentabilidade do ISSB? (link)
Relatórios Semanais (Brunch com ESG)
Cúpula da Amazônia em foco; Regras da UE para desmatamento geram debate; PETR4 e seu apetite para projetos de energia limpa (link)
Emissões ESG ganham força; JBSS3 e sua meta ‘Net Zero’ para 2040; RenovaBio é reforçado (link)
Sigma Lithium estreia BDRs na B3 e outros destaques (link)
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