Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,01), enquanto o ISE recuou 0,22%.
• Do lado das empresas, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, confirmou ontem que o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Maurício Tolmasquim, está deixando o cargo - a decisão ocorre após a indicação de Tolmasquim para o Conselho de Administração da Eletrobras, feita pelo presidente Lula.
• Na política, (i) o BNDES recebeu inscrições de 124 propostas de planos de negócios para investimentos em minerais estratégicos, no edital aberto em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) - o investimento potencial dos projetos totalizou R$ 85,2 bilhões, tendo como destaque iniciativas voltadas a exploração de terras raras, lítio, cobre e grafite; e (ii) o governador do Amapá, Clécio Luís, anunciou a criação de um plano de governança para os recursos da exploração de petróleo na Margem Equatorial - a proposta inclui um fundo soberano e investimentos em preservação ambiental, infraestrutura, povos tradicionais e pesquisa.
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Brasil
Empresas
Magda Chambriard confirma saída de Maurício Tolmasquim da Petrobras
"A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, confirmou nesta terça-feira (6/5) que o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Maurício Tolmasquim, está deixando o cargo. A decisão ocorre após a indicação de Tolmasquim para o Conselho de Administração da Eletrobras, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Magda Chambriard falou com a imprensa durante participação na Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, no Texas. A conferência vai até quinta-feira (8/5). “É fato que essas duas posições — a diretoria da Petrobras e o Conselho da Eletrobras — são incompatíveis. É fato, portanto, que o diretor Tolmasquim tá saindo da Petrobras”, afirmou a presidente. Segundo Magda, a diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade seguirá com a mesma estrutura atual, mantendo inclusive o gás natural sob sua responsabilidade. O processo de transição deve durar 30 dias. A Petrobras está em busca de um substituto para Tolmasquim nesse período. Maurício Tolmasquim ingressou na Petrobras em abril de 2022, a convite de Jean Paul Prates, então presidente da companhia no início do terceiro governo Lula. Assumiu como gerente executivo de Estratégia, responsável pelos planos plurianuais de investimento e planejamento de longo prazo. Posteriormente, com a criação da diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade, tornou-se o primeiro titular da nova pasta. Mestre em Engenharia de Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Tolmasquim é professor titular da COPPE/UFRJ."
Fonte: Eixos; 06/05/2025
Brasil realiza a primeira venda de crédito de reciclagem de resíduos orgânicos do mundo
"O Brasil acaba de marcar um feito inédito no avanço da economia circular: a venda do primeiro crédito de reciclagem de resíduos orgânicos do mundo. A transação, realizada por meio da Carrot, uma plataforma especializada no rastreamento e certificação de atividades de reciclagem, mostra novas possibilidades para esse tipo de material, responsável pela maior fatia do que chega nos aterros sanitários do país. O BOLD Recycling Credit, como foi denominado o crédito de reciclagem, é um ativo ambiental digital que recompensa todos os envolvidos no processo de coleta, transporte e compostagem de resíduos orgânicos. A informação foi divulgada com exclusividade para a EXAME. Esse crédito, agora certificado e auditado de forma independente, prova que é possível transformar os resíduos orgânicos em um recurso valioso, ao mesmo tempo em que gera benefícios financeiros para a cadeia de reciclagem. Atualmente, apenas 18% dos resíduos globais são reciclados, mesmo com mais de 90% possuindo potencial para isso. Resíduos orgânicos, como restos de alimentos e materiais verdes, representam metade de todo o lixo gerado mundialmente. No entanto, a maior parte desses resíduos ainda é descartada em aterros sanitários, onde liberam metano, um gás de efeito estufa extremamente prejudicial. Os créditos de reciclagem surgem como uma solução para esse problema, garantindo que os materiais orgânicos sejam destinados de maneira correta e transportados para pátios de compostagem."
Fonte: Exame; 06/05/2025
Política
BNDES: edital de minerais estratégicos tem projetos com investimentos de R$ 85,2 bi
"O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu inscrições de 124 propostas de planos de negócios para investimentos em minerais estratégicos, no edital aberto em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O investimento potencial dos projetos totalizou R$ 85,2 bilhões, tendo como destaque iniciativas voltadas a terras raras, lítio, cobre e grafite. As inscrições para a chamada pública, lançada no âmbito do programa Nova Indústria Brasil, encerraram-se na semana passada. “Os projetos foram apresentados por 136 grupos econômicos para investimento em 23 estados de todas as regiões do país. De acordo com o edital, os planos devem contemplar investimentos em capacidade produtiva e pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) para transformação de minerais estratégicos e obtenção de materiais transformados ou produtos manufaturados para transição energética e descarbonização”, explicou o BNDES, em nota. Dos R$ 85,2 bilhões em investimentos potenciais apresentados, R$ 6,4 bilhões são de desenvolvimento tecnológico e R$ 67,8 bilhões são de escalonamento industrial desses projetos. O edital previa fomento a projetos de transformação mineral de alumínio, cobalto, cobre, estanho, grafite, lítio, manganês, metais do grupo da platina (PGMs), molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, terras raras, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco. Os elementos com mais propostas inscritas foram terras raras (27 projetos), lítio (25), cobre (24) e grafite (20)."
Fonte: Eixos; 06/05/2025
Amapá propõe fundo soberano com recursos do petróleo para financiar preservação e combater pobreza
"O governador do Amapá, Clécio Luís, anunciou a criação de um plano de governança para os recursos da exploração de petróleo na Margem Equatorial. A proposta inclui um fundo soberano e investimentos em preservação ambiental, infraestrutura, povos tradicionais e pesquisa. A declaração foi feita em entrevista à agência eixos, durante a OTC 2025, em Houston. “Vamos apresentar um plano de governança sobre os recursos do petróleo. Teremos um fundo soberano. Um outro fundo para financiar o meio ambiente, populações tradicionais, povos indígenas, pesquisa aplicada, infraestrutura”, afirmou. O governador defende que a nova matriz econômica sirva para reduzir a pobreza no estado. Metade da população do Amapá está inscrita no Bolsa Família. Para ele, é possível manter os índices de preservação ambiental enquanto se gera emprego e renda. “A preservação não pode ser sinônimo de pobreza. Com o petróleo, vamos manter a floresta em pé e gerar riqueza.” Atualmente, 97% da floresta nativa do estado está intacta, e 73,5% do território é protegido por legislação ambiental. Clécio reforça que os recursos do petróleo podem financiar a manutenção desses indicadores. Além do fundo de governança, o governo estadual está elaborando dois estudos complementares. Um mapeia as profissões e capacitações técnicas necessárias para a cadeia de óleo e gás. O outro é um Plano de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), voltado a atrair empresas para produzir insumos e equipamentos no Amapá. “Queremos mostrar que é possível conciliar nossos ativos ambientais com uma nova atividade econômica.”"
Fonte: Eixos; 06/05/2025
Internacional
Empresas
Warren Buffett deixa legado climático complexo para sucessor
"Warren Buffett deixará o cargo de CEO da Berkshire Hathaway ainda este ano com um legado climático complicado. O investidor de Omaha dirige um conglomerado que é um peso pesado em energia limpa, com ativos eólicos e solares nos Estados Unidos, e ele escreveu que as mudanças climáticas são “altamente prováveis um problema para o planeta”. No entanto, a Berkshire também é uma grande investidora em petróleo, gás e carvão — uma posição que deve perdurar muito depois que o executivo de 94 anos se aposentar. Buffett tem sido oportunista, disse Ethan Zindler, que lidera pesquisa de países e políticas na BloombergNEF. “Ele é obviamente um dos investidores mais lendários do mundo porque enxerga oportunidades. Algumas foram coincidências climáticas, outras não.” A Berkshire, é claro, investiu em solar e eólica. Sua MidAmerican Energy Co. construiu um grande portfólio de parques eólicos para ajudar a abastecer Iowa e partes de estados vizinhos. Essas turbinas foram responsáveis por mais de 60% da capacidade de geração da concessionária no ano passado. No fim de semana, na assembleia anual de acionistas da Berkshire, Greg Abel — o sucessor escolhido por Buffett e chefe de energia da empresa — destacou US$ 16 bilhões em investimentos em energias renováveis em Iowa para desativar cinco unidades de carvão. Mas ele acrescentou que outras cinco unidades ainda eram necessárias “para manter o sistema estável. Não podemos ter uma situação como a de Espanha e Portugal”. A plateia aplaudiu."
Fonte: Valor Econômico; 06/05/2025
Novo esquema de crédito de carbono visa 60 usinas até 2030 para eliminar o carvão
"A Fundação Rockefeller pretende inscrever 60 projetos até 2030 em um novo esquema de financiamento de carbono para eliminar gradualmente a energia movida a carvão nos países em desenvolvimento, conforme anunciado na quarta-feira, após a aprovação de seu livro de regras. Segundo a Agência Internacional de Energia, cerca de 2.000 usinas elétricas movidas a carvão precisam ser desativadas entre agora e 2040 para que as metas climáticas globais sejam cumpridas, mas apenas 15% estão cobertas por promessas de desativação. A Iniciativa de Créditos de Carvão para Limpeza (CCCI) da Fundação Rockefeller é um dos vários esquemas em desenvolvimento que visam utilizar o financiamento de carbono para ajudar a fechar essas usinas antes do previsto e substituí-las por fontes de energia renovável. “Essa meta de 60 projetos até 2030 é nosso objetivo geral, nossa ambição”, afirmou Joseph Curtin, que dirige o programa “Carvão para Limpeza” da Fundação Rockefeller. Na terça-feira, em Cingapura, a Verra, uma organização de padrões de carbono, lançou a metodologia da CCCI para determinar quais projetos são elegíveis e como serão calculadas as reduções de emissões decorrentes do fechamento antecipado de usinas de carvão, permitindo que elas gerem créditos de carbono. O primeiro projeto a utilizar essa metodologia será a usina South Luzon Thermal Energy Corporation (SLTEC), nas Filipinas, e a transação deverá ser concluída no próximo ano."
Fonte: Reuters; 07/05/2025
Política
Legisladores da UE decidem acelerar metas mais brandas de emissão de CO2 para carros
"O Parlamento Europeu abriu caminho na terça-feira para a rápida aprovação de metas mais brandas de emissões de CO₂ da UE para carros e vans, o que dará às montadoras mais tempo para cumpri-las e deverá reduzir as possíveis multas. As montadoras europeias alertaram que as metas existentes, a serem cumpridas este ano, poderiam resultar em multas de até 15 bilhões de euros (US$ 17 bilhões), uma vez que essas metas dependem da venda de mais veículos elétricos, um segmento em que elas ficam atrás de suas rivais chinesas e americanas. Após um forte lobby, a Comissão Europeia propôs permitir que as montadoras cumprissem as metas com base em suas emissões médias no período de 2025 a 2027, em vez de apenas neste ano. Os legisladores da UE votaram a favor de uma moção para a rápida aprovação da mudança, evitando meses de debates. Eles votarão novamente sobre a proposta da Comissão na quinta-feira. A proposta ainda precisa da aprovação dos governos da UE. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a mudança proporcionaria às montadoras europeias “espaço para respirar”. No entanto, a Volkswagen disse na semana passada que o prazo de conformidade mais longo ainda resultaria em um ônus em 2025. O grupo E-Mobility Europe, do setor de transporte elétrico, alertou que a alteração do período da meta de emissões de CO₂ para 2025 deixará a Europa ainda mais atrás da China em relação aos veículos elétricos e poderá impedir investimentos em infraestrutura de recarga."
Fonte: Reuters; 06/05/2025
Cortes de verbas de Trump forçam demissões no laboratório de pesquisa de energia renovável dos EUA
"O Laboratório Nacional de Energia Renovável (NREL), uma divisão de pesquisa do Departamento de Energia dos EUA que se concentra em fontes de energia como a eólica e a solar, anunciou na terça-feira a demissão de 114 funcionários devido a cortes no orçamento federal, ordens de interrupção do trabalho e novas diretrizes. A redução da equipe do NREL, localizado em Golden, Colorado, reflete a tendência mais ampla de cortes na força de trabalho em todo o Departamento de Energia sob a administração do presidente Donald Trump. A diminuição representa cerca de 3% da força de trabalho do NREL, que conta com 3.675 funcionários, de acordo com o site do laboratório. “A missão do NREL continua sendo fundamental para alcançar um futuro energético seguro e acessível. Somos gratos pela dedicação e pelo compromisso de nossa equipe à medida que continuamos a avançar o trabalho do laboratório”, afirmou a instituição em um comunicado. As demissões ocorrem em meio a uma redução mais ampla do governo federal sob o comando de Trump. O NREL é supervisionado pelo Escritório de Eficiência Energética e Energia Renovável do DOE. Uma proposta orçamentária da Casa Branca, divulgada na semana passada, busca cortar US$ 2,6 bilhões em verbas do EERE, em linha com a meta de Trump de impulsionar os combustíveis fósseis e evitar tecnologias de energia limpa, que, segundo especialistas, são necessárias para combater as mudanças climáticas. O NREL é um dos 17 laboratórios nacionais que fazem parte do DOE, e a maioria deles é gerenciada por terceiros. O NREL é gerenciado pela Battelle e pela MRIGlobal."
Fonte: Reuters; 06/05/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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