Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O Ibovespa fechou a semana no positivo, com ganhos de +1,8%, enquanto o ISE registrou uma leve queda de -0,5%. Já o pregão de sexta-feira encerrou em alta, com ambos o IBOV e o ISE em alta de +1,85% e +1,27%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) a AES Brasil divulgou que assinou com a Microsoft um contrato de energia renovável com duração de 15 anos, que será gerada em um projeto no Rio Grande do Norte que receberá investimentos de R$1 bilhão – o acordo prevê o fornecimento de ~77 MW de energia, a partir de julho de 2024, em um parque eólico com 154 MW de capacidade instalada; e (ii) segundo o levantamento “Panorama do Biogás no Brasil em 2022” feito pelo Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás, 114 novas unidades de biogás começaram a operar em 2022 (+15% vs. 2021) – de acordo com os dados do estudo, hoje o Brasil possui 936 plantas instaladas, sendo que 885 estão em operação produzindo aproximadamente 2,8 bilhões de metros cúbicos por ano (Nm3 /ano) de biogás com aproveitamento energético.
• Na política, a articulação política do governo já traçou planos para aprovar uma agenda prioritária no Congresso Nacional neste segundo semestre visando concentrar forças na chamada agenda de transição ecológica e em temas considerados estratégicos para a atração de investimentos – uma das prioridades é destravar o “Plano de Transformação Ecológica”, apresentado no mês passado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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Brasil
Empresas
Para economizar bateria, Pepsico instala painéis solares e baús de plástico reciclado nos caminhões
"Caminhões de entrega rodam o dia inteiro, faça chuva ou faça sol. Então, por que não aproveitar essa exposição às intempéries do clima para gerar energia? Com o objetivo de tornar o processo de deslocamento mais sustentável, em 2020, a PepsiCo deu início a um programa de compra de veículos elétricos e se uniu à startup brasileira Sunew, que fabrica filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV), modelos mais finos, leves e flexíveis. Os painéis foram instalados em 10 veículos. Dois anos depois, 250 veículos contam com a tecnologia solar – o que corresponde a quase 9% da frota total de caminhões de grande e médio portes, carros executivos e funcionais. Nesta iniciativa, que começou em janeiro de 2022, a PepsiCo contou com o auxílio da Facchini, empresa responsável pela instalação dos painéis solares nos caminhões da frota. Em entrevista para a EXAME ESG, Anderson Pinheiro, diretor de transportes da PepsiCo Brasil, explica que os OPV não ultrapassam a marca de cinco kilos cada um. Com eles, a ideia é consumir a menor quantidade de combustível possível, visto que quanto menor o consumo, menor será a quantidade de carbono emitido para a atmosfera. De certa fora, o uso da tecnologia traz inovação para a recarga de bateria e o sistema de iluminação, segundo Pinheiro."
Fonte: Exame, 1/09/2023
Veículos híbridos e aviação: as apostas de Raízen e Vibra para a transição energética
"As teses para a transição energética da próxima década já estão na mesa das grandes empresas de combustíveis do Brasil, que apostam em uma adesão crescente a veículos híbridos movidos a etanol e energia elétrica. Para Clarissa Sadock, vice-presidente de energia renovável e ESG da Vibra (VBBR3), os veículos elétricos estão chegando ao mercado mais rápido do que se imaginava, mas não serão alternativa para todas as regiões do país, apesar do rápido ganho de escala. Paula Kovarsky, vice-presidente de estratégia e sustentabilidade da Raízen (RAIZ4), tem avaliação semelhante mas aposta que eletrificação e híbridos poderão coexistir sem grandes problemas. “Precisamos ter uma visão inteligente sobre a jornada de transição energética. Na nossa avaliação, começaria pelos híbridos, que já têm um grande potencial de descarbonização por conta da matriz energética do Brasil com o etanol. Nós entendemos que a eletrificação vai penetrar algumas regiões, como São Paulo, mas não vemos a mesma força fora dos grandes centros”, avaliou Kovarsky durante painel promovido na Expert XP 2023. Apesar do entendimento de que os biocombustíveis seguirão relevantes na próxima década, Vibra e Raízen vêm desenvolvendo verticais para atender aos elétricos. Na Vibra, a empresa tem uma parceria com a startup Easy Volt, que atua na rede de carga de veículos elétricos, enquanto a Raízen Power é a aposta do grupo para soluções de recarga de carros e na oferta de energia renovável."
Fonte: InfoMoney, 3/09/2023
AES Brasil e Microsoft assinam acordo de energia renovável em projeto de R$1 bi
"A AES Brasil divulgou na noite de quinta-feira que assinou com a Microsoft um contrato de energia renovável de longo prazo, que será gerada em um projeto no Rio Grande do Norte que receberá investimentos de 1 bilhão de reais. Com duração de 15 anos, o acordo prevê o fornecimento de 77 megawatts médios (MWm) de energia, a partir de julho de 2024, em um parque eólico com 154 MW de capacidade instalada. Esse é o primeiro contrato no Brasil entre as duas empresas e expande um relacionamento global para o fornecimento de energia renovável já existente, afirmou a Microsoft. O projeto junto à Microsoft está em desenvolvimento no complexo eólico Cajuína, no Rio Grande do Norte, onde a AES tem ainda parceiros como BRF e Unipar. A AES já havia informado sobre o contrato na divulgação de seus resultados do primeiro trimestre do ano, mas não havia anunciado a contraparte. Segundo as empresas, o projeto em conjunto deve evitar a emissão anual de 28,7 mil toneladas de gases de efeito estufa. O Complexo Eólico Cajuína é o terceiro empreendimento da AES Brasil no Rio Grande do Norte e está localizado na região do Sertão Central Cabugi. O Complexo poderá atingir capacidade total instalada de mais de 1,4 GW, sendo 684 MW já em construção. As obras foram iniciadas em 2022 e o início da entrada em operação está previsto para o segundo semestre deste ano."
Fonte: Época Negócios, 1/09/2023
Estudo mostra expansão do biogás e do biometano
"Levantamento feito pelo Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás (CIBiogás) mostrou que 114 novas unidades de biogás começaram a operar em 2022, o que representou expansão de 15%, em relação a 2021. De acordo com os dados do estudo, hoje o Brasil possui 936 plantas instaladas, sendo que 885 estão em operação produzindo aproximadamente 2,8 bilhões de metros cúbicos por ano (Nm3 /ano) de biogás com aproveitamento energético. Denominado “Panorama do Biogás no Brasil em 2022”, o documento mostra que entre as aplicações energéticas do biogás, o destaque foi para produção de biometano - obtido a partir da purificação do biogás -, com crescimento de 82% no número de unidades no país, registrando um total de 20 plantas em operação em 2022. Apesar do número pequeno de unidades produtoras, elas convertem 22% do biogás produzido no Brasil em cerca de 359,8 Nm3 /ano de biometano, o suficiente para rodar 900 milhões km por ano com veículos pesados. Outro destaque foi para a geração de energia elétrica, que apresentou aproximadamente 86% das plantas em operação no Brasil, o que representa a geração de 2,08 bilhões de Nm³/ano, ou seja, 72% do biogás em 2022. Esta produção geralmente vem de pequenas unidades para demanda local pela modalidade de geração distribuída."
Fonte: Valor Econômico, 4/09/2023
Título sustentável tem de avaliar ações, diz estudo
"Os títulos vinculados à sustentabilidade (SLBs, na sigla em inglês) podem ser uma ferramenta eficaz para conter o desmatamento na Amazônia, mas precisam medir o desempenho do combate ao desmatamento a partir de ações que os emissores podem controlar, em vez de olhar para resultado gerais que dependem também de fatores externos. A conclusão faz parte do artigo de pesquisa “Títulos de crédito vinculados à sustentabilidade poderiam incentivar a redução do desmatamento na Amazônia Legal brasileira?”, dos economistas Dieter Wang, Bryan Gurhy, Marek Hanusch e Philipp Kollenda, publicado pelo Banco Mundial e divulgado com exclusividade ao Valor. O estudo surge em um momento que o governo brasileiro prepara a primeira emissão de títulos de dívida externa sustentáveis. Esses títulos vão financiar o Fundo Clima, administrado pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e outras ações orçamentárias que resultem em benefícios sociais e ambientais. Será a estreia do Tesouro Nacional na oferta de títulos verdes. O objetivo é aproximar o Brasil da agenda ESG (Environmental, Social and Governance). A emissão dos papéis deve acontecer entre a segunda quinzena de setembro e novembro."
Fonte: Valor Econômico, 4/09/2023
Parceria remove frete da equação e quer turbinar reciclagem do vidro
"Assim como as garrafas PET e as latas de alumínio, as embalagens de vidro são 100% recicláveis. Apesar disso, a taxa de reciclagem de vidro no Brasil é baixíssima, enquanto o reaproveitamento do alumínio é quase total e o PET é o tipo de plástico mais reciclado no país, com índice estimado ao redor de 50%. O problema é que o vidro “não viaja”, como diz uma máxima do mundo da reciclagem.Como o material é muito mais pesado que os demais e são poucas as indústrias de reciclagem existentes no país, o custo do transporte por longas distâncias se torna proibitivo. Esse fator, somado à flutuação dos preços pagos pelos cacos, faz com que muitas vezes a ponta da reciclagem não consiga se desfazer dos estoques. “Se o custo do transporte for mais alto que o valor da matéria-prima, não tem como fechar a conta”, diz Erich Burger, fundador e diretor institucional do Instituto Recicleiros, organização da sociedade civil que fomenta o ecossistema de reciclagem no Brasil. Para remover o custo logístico da equação e tentar assegurar que o vidro descartado pós-consumo vai virar uma nova embalagem, o Recicleiros acaba de fechar uma parceria com uma das maiores fabricantes de embalagens de vidro no mundo, a Owens-Illinois (O-I). O acordo garante que todo o vidro coletado e triturado pelo Recicleiros será adquirido pela empresa. A O-I se compromete a pagar um custo fixo pelos cacos, independentemente da distância que eles tenham de viajar até uma de suas três fábricas, no Recife, no Rio de Janeiro e em São Paulo."
Fonte: Capital Reset, 4/09/2023
Política
Agenda de transição ecológica é prioridade neste semestre
"À espera de uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a reforma ministerial, a articulação política do governo já traçou planos para aprovar uma agenda prioritária no Congresso Nacional neste segundo semestre. A estratégia é concentrar forças na chamada agenda de transição ecológica e em temas considerados estratégicos para a atração de investimentos, como o projeto de licenciamento ambiental. A partir disso, o governo espera abrir espaço na pauta para, em seguida, focar nas indicações para o Judiciário e agências reguladoras. A lista de pautas prioritárias está sob o controle da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, pasta comandada pelo ministro Alexandre Padilha (PT).Ao lado do presidente Lula, Padilha tem liderado as negociações para que o Centrão assuma cargos na Esplanada dos Ministérios, mas, nas próximas semanas, deve intensificar a articulação de votações importantes junto a parlamentares. Uma das prioridades é destravar o “Plano de Transformação Ecológica”, apresentado no mês passado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Um dos principais pontos desse plano é a regulação do mercado de carbono e a emissão de títulos sustentáveis. Inicialmente, o governo planejava apresentar um texto próprio para discutir o mercado de carbono, mas, nos últimos dias, optou por apoiar uma proposta já em tramitação, relatada pela senadora Leila Barros (PDT-DF) na Comissão de Meio Ambiente do Senado. A parlamentar aceitou incorporar no texto sugestões da gestão petista."
Fonte: Valor Econômico, 4/09/2023
Internacional
Empresas
Participação da China em exportação de veículos elétricos cresce 8 vezes em 5 anos
"A presença da China no mercado internacional de veículos eléctricos está crescendo à medida que a sua quota nas exportações globais de veículos elétricos aumentou oito vezes nos últimos cinco anos. A BYD, que se expande rapidamente na produção de veículos elétricos acessíveis, é uma força motriz por trás desta tendência. E à medida que o consumo diminui na China, os fabricantes buscam aumentar as exportações para o Sudeste Asiático, invadindo um reduto tradicional dos fabricantes de automóveis japoneses. A China foi responsável por 35% das exportações globais de veículos elétricos em 2022, em comparação com apenas 4,2% em 2018, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA). O Japão, pelo contrário, foi o maior exportador de veículos elétricos em 2018, com uma quota de 24,5%, mas viu a sua fatia cair para 9,3% no ano passado. Os Estados Unidos e a Europa também estão muito atrás. Em 2022, 40% dos chamados veículos de novas energias, categoria que inclui os veículos elétricos, fabricados na China e exportados para a Europa eram de marcas chinesas como a BYD. Os fabricantes chineses estão de olho na Europa como destino de exportação. O Dongfeng Motor Group da China está aumentando as exportações de sua marca Voyah de veículos elétricos. Em fevereiro, começou a exportar um utilitário esportivo elétrico, o Free, para Israel. No fim de junho, decidiu exportar veículos elétricos para os Países Baixos, Dinamarca e Finlândia, com planos de exportar para a Suíça e Islândia no futuro."
Fonte: Valor Econômico, 4/09/2023
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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Mineração & Siderurgia: Um setor desafiador, gradualmente buscando oportunidades; Gerdau à frente dos pares (link)
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IDIVERSA: O índice da B3 composto pelas empresas melhores posicionadas em diversidade no Brasil (link)
Cúpula da Amazônia: Boas intenções, mas só parte delas traduzidas em metas claras(link)
ESG: Um guia de bolso das principais regulações no Brasil(link)
Carteira ESG XP: Uma alteração para o mês de agosto (link)
Relatórios Semanais (Brunch com ESG)
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Sigma Lithium estreia BDRs na B3 e outros destaques (link)
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