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Economia em destaque: Receios com segunda onda na Europa e revisão do cenário macroeconômico no Brasil

Confira o resumo da semana e o que esperar para os próximos dias.

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Cenário Internacional

O principal destaque no noticiário internacional seguiu sendo a retomada da disseminação do covid-19 na Europa, e receios de uma nova rodada de lockdowns na região. Enquanto aFrança decretou toque de recolher em Paris e outras oito cidades, o Reino Unido determinou regras mais rígidas em Londres e regiões próximas, apesar de manter escolas, transporte e grande parte dos serviços abertos. Dado a hoje já conhecida evolução do ciclo viral, as próximas três semanas serão cruciais para a compreensão da necessidade de novas medidas de isolamento social nas principais economias do mundo. Dito isso, uma segunda rodada de lockdowns à nível global segue improvável.

Já nos EUA, a semana foi marcada pelo o balde de água fria jogado por Steven Mnuchin nas expectativas para um novo pacote de estímulos antes das eleições de 3 de novembro. Mesmo diante do posicionamento do presidente Donald Trump supostamente em favor de um pacote ainda maior do que o proposto à democrata Nancy Pelosi, de USD 1,8 trilhões, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, rejeitou a ideia, enfraquecendo ainda mais as esperanças de um acordo entre democratas e republicanos antes das eleições.

Na seara eleitoral, o cancelamento do debate entre Biden e Trump levou à realização de Townhalls, cujo impacto limitado dificilmente alterarão as tendências em favor do democrata. As transmissões ao vivo em que os presidenciáveis responderam perguntas de eleitores não trouxeram grandes surpresas. Como esperado, Trump contou com sua boa oratória, adotando porém um tom mais moderado do que no debate inicial, mas não respondeu perguntas sobre seu pagamento de impostos, ou sobre planos para as áreas de saúde e meio ambiente. Enquanto isso, Biden perdeu na eloquência, mas soube responder a maior parte das perguntas dos eleitores, detalhando planos para a pandemia, saúde, justiça racial e meio ambiente – destacando mais uma vez a importância da Amazônia para conter o avanço de mudanças climáticas. No todo, não imaginamos que as exposições devam alterar o cenário eleitoral, onde Biden segue na dianteira.

Na seara de indicadores, os principais destaques da semana incluíram dados de atividade e comércio da China, Zona do Euro e EUA. O balanço de pagamentos de agosto da China resultados acima do esperado reforçaram o ímpeto da recuperação no gigante asiático, que passa a sinalizar uma expansão do PIB nesse ano (expectativa de +2,5% no ano/ano) – fato que, se concretizado, será provavelmente isolado de todo restante do mundo.

Tivemos também dados da balança comercial da Zona do Euro, que em agosto apresentaram crescimento tanto nas importações quanto nas  exportações, indicando uma lenta porém importante recuperação – dado a relevância do comércio internacional para o PIB da região. Finalmente, nos EUA, os dados de varejo referentes a setembro vieram acima do esperado, fortalecendo a recuperação mas longe de ser o suficiente para cessar preocupações acerca do fim dos efeitos de estímulos fiscais.

Enquanto isso, no Brasil

No Brasil, a semana seguiu esvaziada no cenário político-econômico, devido ao “recesso branco” no Congresso diante da proximidade das eleições municipais. No entanto, tivemos a divulgação de importantes indicadores referentes ao mês de agosto.

Do lado dos indicadores setoriais, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto indicou crescimento do de 2,9% no mês a mês (relação a  julho), marcando continuidade do ritmo de recuperação gradual do setor. Serviços administrativos e complementares e serviços de TI foram os principais destaques negativos do mês. Apesar do resultado pior do que o esperado, a retomada da confiança dos agentes e a melhora gradual da crise pandêmica devem continuar ajudando o setor de serviços.

Já o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) contraiu 3,9% a/a em agosto, influenciado negativamente pela performance do setor de serviços e positivamente pela indústria e pelo comércio varejista. Assim como o número de serviços para o mês, o resultado frustrou as nossas expectativas (-3,0%), mas segue compatível com a nossa revisão no PIB do 3T20 para -4,4% a/a e +7,8% t/t. Para os próximos meses, esperamos continuidade da recuperação gradual da atividade econômica.

Finalmente, destacamos nossa publicação mensal de cenário macroeconômico, na qual detalhamos nossa perspectiva para os principais indicadores da economia brasileira para os próximos meses: “Brasil Macro Mensal: Curto prazo melhor, risco fiscal permanece. Abaixo, os principais destaques:

(1) Os dados recentes mostram retomada mais forte da economia este ano e alguma pressão de curto prazo na inflação ao consumidor.

(2) Revisamos nossas projeções de PIB de -4,8% para -4,6% em 2020 e de 3,0% para 3,4% em 2021. Para o IPCA, aumentamos de 2,6% para 3,1% em 2020, mas mantivemos em 2,6% em 2021.

(3) A hipótese básica é a manutenção da regra atual do teto de gastos. Esta, no entanto, segue a principal fonte de incerteza no cenário.

(4) Neste cenário, mantivemos a expectativa de apreciação da taxa de câmbio para R$/U$ 5,20 ao final de 2020 e R$/U$ 4,90 ao final de 2021, em linha com a melhora das contas externas.

(5) Com o cenário de manutenção do regime fiscal inflação abaixo da meta para 2021, mantemos a projeção para a Selic em 2,00% a.a. ao final de 2020 e 3,00% a.a. ao final de 2021.

O QUE ESPERAR?

No cenário externo, devemos ver a continuidade de discussões eleitorais nos EUA e preocupações sobre a segunda onda de coronavírus na Europa. Na seara de indicadores, os PMIs de serviços e os dados de inflação (CPI e PPI) das principais economias serão as principais divulgações.

Já no Brasil, a divulgação do IPCA-15 referente a outubro será o principal destaque da agenda econômica da próxima semana. A nossa expectativa é de que o índice apresente expansão de 0,9% no mês, ainda na linha de preços de alimentos pressionados. Há possibilidade também da divulgação dos números de arrecadação federal referentes à setembro.

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