Nesse relatório, nós trazemos na nossa vitrine um breve resumo dos resultados divulgados pelas companhias da nossa cobertura, assim como os principais pontos dos calls de resultados das companhias em nossa cobertura.
Farmácias
Pague Menos (PGMN3): Compra; Preço-Alvo R$13,0
A Pague Menos reportou fortes resultados referentes ao segundo trimestre de 2021 (2T21), acima das nossas expectativas nos principais indicadores. Destacamos o sólido desempenho de vendas mesmas lojas (SSS) de +19,7% A/A (vs. +19,1% XPie), beneficiadas pela base de comparação mais fraca e pelo reajuste de preços dos medicamentos. Por fim, a companhia continuou a apresentar melhora de rentabilidade, com a margem bruta em 31% (+1,6p.p. A/A) e margem EBITDA de 9,4% (+1,2p.p. A/A) decorrente de melhorias operacionais e impactos positivos do reajuste no estoque. Dessa forma, a margem líquida atingiu um nível recorde, em 3,5%. Clique aqui para ver o relatório completo.
Destaques do call de resultado
- Querem levar a categoria de genéticos para 11-12% das vendas no longo prazo (hoje em 9,6%)
- Target de médio-longo prazo é expandir penetração do digital para 10%
- Ritmo de expansão deve ganhar tração no 2S21
- Aquisição da Extrafarma: estimam aprovação pelo CADE no 1T22
- Rentabilidade: ainda há espaço para melhoria nos três pilares (venda, margem bruta e SG&A)
- Enxergam que estão “no meio do caminho” para a captura de upside dos projetos de vendor management, pricing e ruptura
Mais detalhes
Operação
- Aceleração nas vendas, beneficiadas pelo reajuste de preços
- Efeito pré-alta: resultado do bom planejamento interno
- Genéricos são uma fortaleza da Extrafarma (14-15% de share), e devem beneficiar a margem bruta a partir da integração
- Ainda enxergam espaço para melhoria de rentabilidade por lojas
Hub de Saúde e canais digitais
- 58% dos clientes Clinic Farma realizaram compras no mesmo dia do atendimento
- Primeira rede de farmácias a comercializar toxina botulínica (B2B)
- Ampliação de serviços em domicílio e modalidades de teleconsulta: nutricionistas, psicólogos e farmacêuticos
- Para patologias de baixa complexidade, a empresa deseja reduzir o tempo de diagnostico de dias para ~30min
Expansão
- No acumulado do ano, incluindo 3T, já contam com 14 aberturas de lojas
- Ciclo avançando conforme o planejado
- 7 lojas inauguradas no ano (até 30/jun): 86% no NE, com vendas iniciais acima do esperado
Raia Drogasil (RADL3): Neutro; Preço-Alvo R$27,0
RD reportou sólidos resultados referentes ao segundo trimestre de 2021 (2T21), com EBITDA 5% acima das nossas estimativas e forte lucro líquido (R$266mi vs. XPie em R$209mi), beneficiado por créditos fiscais não recorrentes de R$58mi. A forte performance de vendas mesmas lojas de +26% A/A (vs. XPie em +20%), beneficiadas pela fraca base de comparação e pelo reajuste de preços de medicamentos, ganhos de participação de mercado em todas as regiões e as margens de rentabilidade sólidas foram os principais destaques. Clique aqui para ver o relatório completo.
Destaques do call de resultado:
- Dinâmica de vendas segue na mesma tendência no 3T21
- Volta progressiva do trafego de clientes, enquanto o ticket não tem desacelerado no mesmo ritmo, o que deve contribuir positivamente
- Não descartam maiores pressões nas margens devido ao avanço das novas iniciativas digitais, o que dependerá dos níveis de alavancagem operacional
- Pretendem esperar o marketplace e plataforma de saúde ganharem relevância para abrirem os economics do negócio
Operação
- Serviços:1,9 milhão de testes de Covid-19 realizados desde maio/2020 (1 milhão só no 1T21)
- G&A: aumento estrutural de 40bps para sustentar a transformação digital
- Crescimento SSS de +23,1% (vs. 2019) suportado pela digitalização e expansão com menos canibalização
- Acreditam que novo ciclo de abertura de lojas do setor tende a ser mais racional vs. 2018
Digital e marketplace
- Uma vez que o cliente se digitaliza, passa a gastar 20-25% a mais do que antes (devido a pushs, navegação pelo app para checar ofertas, etc.)
- App tem conversão 10% maior
- 694 lojas funcionando como “dark stores”
- Marketplace já conta com mais de 170 sellers mas esperam chegar a 4-5k no longo prazo
- Criação de um seller center para fornecer serviços aos sellers (logística, propaganda, etc)
Plataforma de Saúde
- Quanto mais a plataforma e marketplace ganham tração, maior o LTV dos clientes
- Techfit: acquihire para o time da Vitat, estão em processo de integração
- Cuco Health: melhora a vida do cliente e contribui para a maior recorrência das farmácias, jogo de ganha-ganha
Expansão
- Reiteraram plano de expansão (240 lojas ao ano em 2021-22)
- Enxergam equilíbrio racional da expansão dos grandes players de mercado. Pode ser que ocorra alguma pressão regional, a região o sul é um exemplo
d1000 (DMVF3): Compra; Preço-Alvo R$13,0
A d1000 reportou sólidos resultados no segundo trimestre de 2021 (2T21), com um forte crescimento de receita bruta (+27% A/A), beneficiadas pela volta parcial das lojas de shopping e pelo impacto positivo do reajuste de medicamentos. O EBITDA veio 42% acima do esperado, explicado por uma diluição de despesas com vendas mais forte do que esperado e receitas referentes à reversão de provisões de aluguel. Finalmente, destacamos que a companhia gerou caixa no trimestre, após três trimestre consecutivos de queima de caixa. Clique aqui para ver o relatório completo.
Destaques do call de resultado:
- Trimestre beneficiado pelo aumento de preços de medicamentos
- Não esperam que o patamar de margem bruta atual se mantenha - deve se normalizar em ~30% nos próximos trimestres
- Companhia se beneficiou da escala da Profarma, mas enxergam oportunidade de ajustes na precificação, o que pode gerar pressão na margem à frente
- Novas lojas performando acima do esperado
- Guidance para 2021 não será revisado para cima
- Digital é importante, mas não deve ser o foco da empresa para geração de valor no curto-médio prazo
- Despesas pré-operacionais de lojas e unidades em maturação podem pressionar as margens nos próximos trimestres
Operação
- Mês de abril ainda impactado pela restrição forte aos shoppings, com melhora sequencial ao longo do trimestre
- Mais de 50 lançamentos de marcas exclusivas esperados para o 2S
- Farão a migração da plataforma de e-commerce para todas as bandeiras no ano que vem, o que pode alavancar o canal
- Expectativa de diluição gradual do G&A à frente
- Trabalhando na revisão das estratégias de mix das lojas, CRM, treinamento e pricing à melhor faturamento/loja nos próximos trimestres
Consumo Discricionário
Lojas Renner (LREN3): Neutro; Preço-Alvo R$50,0
A Lojas Renner reportou resultados do 2T21 com a receita 6% acima das nossas estimativas, por conta de uma performance melhor na Realize, mas EBITDA em linha devido a um aumento nos custos associados à operação da Realize. A companhia conseguiu apresentar uma receita de varejo 12% acima do 2T19, devido à recuperação de vendas a partir de abril com a flexibilização das restrições de circulação no país, além de um impacto positivo decorrente do aumento da procura por roupas de frio dadas as temperaturas mais baixas no trimestre. A companhia conseguiu apresentar uma melhora de 10p.p. A/A na margem bruta de varejo, por conta de menores remarcações dado um nível de estoque e sortimento adequado, apesar de ainda 1,4p.p. abaixo de 2019 devido à pressão cambial, inflação de matéria prima e maiores custos com fretes internacionais. Finalmente, as despesas operacionais de varejo vieram 5% acima do esperado, devido a maiores investimentos na transformação digital da companhia. Clique aqui para ver o relatório completo.
- Performance do início do 3T21 vem surpreendendo e continua com ritmo forte, julho apresentando 20% de crescimento vs. 3T19
- Margem bruta deve se manter levemente pressionada no curto prazo por conta de pressão em custos enquanto despesas operacionais já reflete uma boa parte dos investimentos na construção do ecossistema, mas ainda deve ter aumento ao longo do ano
- Iniciativa do Pague digital (check-out em loja pelo app da Renner) vem sendo positivo, reduzindo filas, melhorando o UX e reduzindo custos com aquisição de clientes
- Marketplace segue avançando, iniciaram o Lab com 50 sellers atualmente na plataforma, até o fim do ano devem dobrar a quantidade de parceiros e na Camicado devem fechar o ano com 200 sellers
- Programa de loyalty em fase avançada de estruturação para atender todo o ecossistema, devem abrir maiores detalhes no curto prazo mas ainda preferiram não abrir detalhes
Perspectivas 2021
- Destacam que estão positivos com a performance para frente, vem buscando rentabilidade junto dos investimentos na criação do Ecossistema e construção dos times
- Uso de dados vem garantindo maior assertividade nas coleções, velocidade de desenvolvimento e abastecimento de cada um dos produtos de acordo com a sua região ideal
- Investimentos na construção do CD: dentro do cronograma, fase final de construição civil, inicio dos mesaninos e automações. Inicio de testes no começo do ano que vem
- Estão operando com 97% da capacidade, ainda existe um menor fluxo vs. 2019 em lojas mas a conversão tem sido melhor e o cliente vem comprando mais itens por sacola
- Aceitação da nova coleção com primavera/verão já está indo bem em regiões que já estão com temperaturas mais quentes
- Capex com tecnologia continua ganhando relevância e já representou 47% dos investimentos totais da companhia no período
- Uso dos recursos da oferta tem sido principalmente orgânicos, e devem ser totalmente usados em até 12-15 meses contados a partir de agora (agosto/2021)
Rentabilidade
- Perspectiva de margem bruta devem se manter levemente pressionadas no curto prazo, essencialmente pelos impactos de inflação, câmbio e crescimento do online que puxa pressão em custos
- Margens operacionais devem se normalizar nos patamares históricos apresentados em 2019 só no fim de 2022
- OPEX já reflete uma boa parte dos esforços que vem desenvolvendo na construção de times associados aos projetos do ecossistema, principalmente em dados e tecnologia
- Devemos ter um equilíbrio mais forte a partir de 2022 com comparações de margem vs. 2019 mais equilibradas
- Negociações de aluguéis e pontos para novas lojas menos flexíveis, fluxo quase normal nos shoppings dificulta as conversas. Avanços em % de reajustes, mudança de indexação, etc.
E-commerce
- Devem seguir intensificando os investimentos em produção e disseminação de conteúdos com conversão de vendas (live commerce)
- Aumento de 41% no faturamento com iniciativas a partir das lives
- 600 pessoas dedicadas à tech e dados
- Compra de produtos de revenda sendo feitos já a partir de IA, além do uso de dados também para identificação de sellers para embarque no marketplace
- Serviços de logística para sellers com alta demanda, além do uso de dados para auxilio em vendas, esperam que no curto prazo consigam dar esse apoio mais forte a eles
Guide Store
- Formato de Guide shop traz ainda mais capilaridade, podem explorar novos mercados com formatos menores de lojas
- Ainda cedo para falar de números mas são acima do que estavam prevendo para essa maturidade da iniciativa
Realize
- Menor nível de PDD ressalta a qualidade da carteira de crédito
- Menores níveis de carteira dado o menor faturamento dos períodos anteriores já era esperado
C&A Modas (CEAB3): Compra; Preço-Alvo R$18,0
A C&A registrou resultados fracos no segundo trimestre, com EBITDA abaixo do nosso (R$ 1 milhão vs. XPie em R$ 11 milhões) e lucro líquido mais forte (R$ 69,2 milhões vs. XPie em -R$ 33 milhões), principalmente devido a um efeito positivo e pontual de reconhecimento de créditos tributários no montante de R$ 126 milhões. Nós já esperávamos resultados pressionados frente às restrições da Covid-19 no trimestre e aos preços de matéria-prima elevados e, portanto, acreditamos que o mais importante seja focar na perspectiva do setor para o 2º semestre, que esperamos que seja melhor com a aceleração da vacinação e melhora da confiança do consumidor. Clique aqui para ver o relatório completo.
- Alerta de tendência e o "Chegou agora" tem sido um sucesso, trazendo coleções recorrentes e cores e estilos da meia estação. Essas iniciativas tem apresentado uma performance de 2 dígitos acima da média da companhia
- Conteúdos regionalizados com previsão de demanda, ativações em provadores de lojas
- Vão intensificar a expansão de lojas a partir do 2S21
- Parceria com a Bradescard está sendo discutida, a companhia já desenhou o plano de negócios para assumir a operação de cartões, estão investindo em contratação de pessoas com os skills nesse setor e evoluindo em parcerias com empresas e startups
- Estratégia de novas categorias de moda é o foco do marketplace, com aumento do range de preços dos produtos ofertados, além de estarem buscando produtos que sejam complementares ao core (vestuário) de Casa e decoração, cama mesa e banho, etc.
- M&A: estão ativamente estruturando e dando maior corpo à área de Business Development, no primeiro momento entendendo melhor novas áreas e ferramentas/tecnologias e eventualmente avaliam integrar ao ecossistema
Perspectivas 2021
- Sentimento dos consumidores vem melhorando gradativamente, ainda tem pessoas receosas, mas o percentual delas vem diminuindo cada vez mais
- Fluxo comparado com 2019 em lojas físicas tem mostrado um avanço gradual e importante, principalmente nas últimas 4 semanas, embora ainda abaixo dos níveis vistos em 2019
- Estão bem otimistas com a normalização das vendas para a segunda metade do ano. Atualmente estão operando com 53% das horas disponíveis e acreditam que o ponto de inflexão parece já ter acontecido
- Categoria de fashiontronics não deve apresentar melhora significativa de resultados em 2021 mas enxergam oportunidades para frente. Estão estruturando e dando maior foco na categoria de itens de beleza, como hedge natural à fashiontronics
Rentabilidade
- Destacam que não tiveram 12 meses de uma operação normalizada pós IPO, o que traz grande impacto para a operação e esperam que 2022 seja um ano mais normalizado
- Devem buscar a maior eficiência possível em EBITDA, combinando apetite de crescimento e eficiência
- Base de comparação com o ano de 2019 em termos de despesas operacionais pode não ser a mais adequada, uma vez que a companhia ainda não era listada, e o patamar de governança e estrutura mudou a partir do IPO
Data Analytics/Tech
- Reestruturação anteriormente já feita da área de tech, com resposta direto ao CEO, com mais de 70 squads no que chamaram de Transformation Office e com times multidisciplinares
- Time dedicado para melhorar a experiencia do consumidor, e destacam que devemos ter anúncios do App em breve. Além disso, já possuem 850 associados 100% dedicados ao às vendas por Whatsapp
- Roll-out das melhorias no portal dos sellers resultando no fechamento do período com 440 sellers cadastrados no marketplace
- Implementação do novo WMS com foco total no e-commerce finalizado
- RFID totalmente implementado em 9 lojas, e outras 101 lojas e 89 fornecedores com roll-out acontecendo dentro do cronograma
Outros
- Investimentos em tecnologia e logística devem ser recordes em 2021 e 2022
Vivara (VIVA3): Compra; Preço-Alvo R$40,0
A Vivara reportou hoje seus resultados do 2T21 acima das nossas estimativas, que já refletiam um bom resultado, com receita líquida +19% vs. 2019 (+6,5% vs. XPe) e EBITDA +46% vs. 2019 (+29% vs. XPe). Não só a companhia entregou um dos melhores crescimentos orgânicos da nossa cobertura como também conseguiu manter a margem bruta estável A/A (+0,5p.p.) apesar do forte aumento de custos impulsionado por maiores preços de ouro/prata e a depreciação do BRL. Além disso, a companhia divulgou dados preliminares do crescimento do 3T21, com aceleração vs. o 2T21. Clique aqui para ver o relatório completo.
- Nível de margem bruta deve se manter para o 2S21 - atribuem a boa rentabilidade da companhia à sua capacidade de gerir custos, renovação de coleções e maior disponibilidade de produtos mais rentáveis e de alto giro em loja
- M&A é uma agenda ativa dentro da companhia mas o foco é de fato na continuidade do crescimento orgânico da companhia
- Competição mais fraca: setor com uma dinâmica de capital de giro muito onerosa, formação de estoques para dar sustentação ao crescimento de vendas para frente de fato custa muito e escala e estrutura de capital faz diferença
- Estratégia de maior compra e reposição de estoques, tem ganhando prazo na compra de ouro sem custo adicional e por isso vem acelerando
- Performance da life vem se mostrando positiva e deve seguir para frente, ganhando relevância no consolidado para os próximos anos
Perspectiva
- Formação de estoques adicionais deve continuar, trazer mais produtos para as lojas buscando um sortimento mais completo, principalmente em joias e life
- Devem apresentar abertura de 40-50 lojas ainda esse ano, seguem bem engajados nessa frente e com contratos já bem desenhados (até agora foram 24 novos pontos de venda)
- Volume de investimentos da companhia para frente deve seguir acelerando, principalmente nas linhas de novas lojas e investimentos no parque industrial para suportar o crescimento da empresa para frente
- Estão com estoques sólidos atualmente e devem seguir atuando para frente para toda a base de lojas ter o sortimento correto, com boa estocagem e assim sustentando a rentabilidade em patamares altos
- Performance da life vem se mostrando positiva e deve seguir para frente, ganhando relevância no consolidado para os próximos anos
Rentabilidade
- Mix cada vez mais elevado em joias, foco em rentabilidade da companhia, itens com maior margem e giro alto
- Joias em ação seguem também contribuindo para trazer o mix de produtos com maior valor agregado (joias) para o online que se parece mais com o consolidado da companhia
- Cenário de aumento de custos e depreciação do real frente ao dólar é desafiador, mas acreditam que o nível de rentabilidade apresentado no 2T21 deve se manter para o 2S21
Life
- Primeiros sinais deixam impressões bastante positivas, loja inaugurada em Maio no novo formato já cresceu no 2o mês de operação +14% vs. lojas maduras, com nível de faturamento em 74% da receita de uma loja madura por m² (quase 90m² de área vs. 60m² na média do portfólio, com curva de maturação estimada em 12 meses)
- Maior nível de utilização do parque fabril garantiu redução do custo médio por item relevante, além de terem atingido 70% dos produtos vendidos sendo produzidos em Manaus (devem fechar o ano com 80%), que garante a utilização dos benefícios fiscais de Manaus
M&A
- M&A é uma agenda quente internamente, vem evoluindo com modelos que complementem tanto a marca Vivara quanto Life mas o foco ainda é a expansão do orgânico
- Enxergam hoje a maior oportunidade de consolidação que já houve, sua diferença de escala é muito grande, outros players são muito fragmentados
- Verticalização, capacidade de reposição rápida, operação omni funcionando como os principais diferenciais competitivos da companhia
- Ressaltam que o ganho de share da companhia nos últimos 12 meses é maior que o tamanho de mercado do 2º e terceiro players
Arezzo & Co (ARZZ3): Compra; Preço-Alvo R$110,0
A Arezzo registrou resultados sólidos no segundo trimestre, com EBITDA 9% acima de nossas estimativas, impulsionado por margens brutas mais altas e menores despesas de SG&A. Os principais destaques foram: (i) sólido desempenho de vendas, com vendas brutas 40,5% acima dos níveis de 2019, principalmente explicadas pela Reserva e Vans (com um crescimento orgânico estimado em + 7% e vendas ex-Reserva/Vans estagnadas vs 2019); e (ii) rentabilidade sólida, com expansão da margem bruta em funçao de vendas maiores da AR&Co, penetração do comércio eletrônico e menores promoções, e expansão da margem EBITDA com alavancagem operacional. Clique aqui para ver o relatório completo.
- Reserva superando expectativas iniciais: 2021 em linha com meta para 2022 e esperam que a marca atinja R$1bn próximos 2 anos
- Aquisição da BAW concretizada nesta semana – primeira loja física e teste em calçados deve acontecer ainda esse ano
- Vans crescendo a partir de lojas próprias e dia 3/set deve ter a inauguração da maior flagship da américa latina no melhor ponto da avenida paulista, com 220 m² e sortimentos exclusivos
- Já fizeram primeiro sellin da Myshoes e deve iniciar sellout através de MELI em out/21
- Schutz tem ganhado muita força com a flexibilização das restrições com vendas de salto alto
- Arezzo Bambini apresentando resultados acima da expectativa e esperam torna-la uma unidade independente do negócio em 2022
- Lançamento da Schutz vestuário com sellout previsto para Mar/22
- Grande passo de consolidação do grupo no feminino será através de M&A
- EUA apresentando resultados positivos gradualmente e estimam que será uma operação de USD 500mn até 2022
- Fecharam uma grande parceria com uma das maiores lojas de departamento do brasil com store in store da Brizza
- Coinvestimento em uma plataforma de loyalty através da ZZ Ventures que deve ser anunciado em breve (está em fase diligência)
Perspectivas
- Lançamento do ZZ Hub, um local com integração das iniciativas digitais da companhia para atração de pessoas do setor digital e de desenvolvedores
- Estão investindo em um novo CD que será lançado ainda em setembro de 2021 e abrirão CD exclusivo para a operação da categoria de vestuário no 1T22
- Melhor dia das mães da história das marcas, muito confiantes com a performance do 3T21 que já tem apresentado resultados fortes
- Julho com superação do faturamento vs. 2019 em todas as marcas, com destaque para Arezzo e Schutz
- Vendas por assinatura vem surpreendendo as expectativas da companhia, devem explorar outras categorias a partir desse conceito daqui para frente
- Lançamento da ginger, marca da Marina Ruy Barbosa, com venda exclusiva no ZZ Mall
Reserva
- Vão lançar drops de coleções femininas no básico, “comendo pelas beiradas” esse mercado - devem lançar em outubro uma linha de jeans femininos.
- Novo formato de loja buscando uma experiência de compra diferenciada – cresc médio de 40% de SSS nessas lojas
- Estão estudando coleção específica de apenas feminino na Reserva mas ainda estudando os resultados
- Lançamento oficial do aplicativo da Reserva será em 15 de agosto
BAW
- Passa a ser consolidada em outubro, já contribuindo nesse 3T21 com 18-22mn de receitas adicionais e no 4T21 devem ter a primeira loja física, além da entrada na categoria de calçados a partir de 2022
- Deve faturar R$15mn+ em agosto só no e-commerce e devem conseguir acessar os benefícios fiscais da lei da moda ao longo do ano que vem
- Estão trabalhando para dar início às vendas no canal de multimarcas, com muita atenção e só em bons players, além de estarem programando para outubro a primeira “temple store" com viés de experiência no Bom Retiro
Bambini
- Teste do dia das mães feito apenas em lojas próprias, nova coleção (ago/21) com resultados de sellin para franquias acima do esperado
- Collab com a Faber Castel para o volta às aulas e desenvolveram uma coleção com 40 SKUs para o dia das crianças, ampliando categorias
- Contratação de equipe de estilo com expertise no calçado infantil
- Proporcionalmente falando, a marca terá níveis de investimento em marketing mais fortes que o esperado para uma marca madura, para a construção da marca
Brizza
- Devem anunciar em breve uma parceria que está em fase final de ajustes para a operação de store in store a partir do 4T com uma das maiores lojas de departamento do Brasil
- Proporcionalmente falando, a marca terá níveis de investimento em marketing mais fortes que o esperado para uma marca madura, para a construção da marca
My Shoes
- Vem investindo forte em marketing no início da operação, foco quase exclusivo em white label para vendas pelo MELI e o primeiro sell-in já apresentou 10mn em vendas que serão reconhecidos em outubro no resultado da companhia
- Estão trabalhando para incluir a marca em lojas multimarcas que atualmente não podem vender por exclusividade da franquia
Supermercados
Assaí (ASAI3): Compra; Preço-Alvo R$24,0
O Assaí e o Carrefour Brasil reportaram resultados do 2T21 nessa noite. Como esperado, o principal destaque foi o segmento do Atacarejo, com uma performance sólida de vendas mesmas lojas para ambos Assaí e Atacadão (em +9% e +10% A/A, respectivamente). Entretanto, vemos o resultado do Assaí como mais forte por conta da combinação de um forte crescimento de receita e uma melhor rentabilidade. O segmento de varejo do Carrefour reportou resultados fracos por conta de uma base forte de comparação enquanto o Banco Carrefour foi um destaque positivo, com os resultados voltando para os níveis pré-pandemia. Clique aqui para ver o relatório completo.
Destaques do call de resultado:
- Já percebem uma retomada de B2B e esperam uma aceleração no 3T-4T21 – estimam um impacto de 6-7% do volume total de vendas prejudicado por conta das restrições da pandemia
- Esperam manter rentabilidade estável A/A no 2º semestre
- Estão olhando M&A e estão abertos, mas expansão orgânica é o foco prioritário da companhia
- Fecharam parceria com Cornershop para iniciar venda digital no 3T21
- Atacado de entrega deve começar no ano que vem
Perspectiva 2021
- Já percebem uma retomada de B2B – esperam uma aceleração no 3T-4T21
- Expectativa muito forte de recuperação do setor B2B no pós pandemia
- Estratégia de manter consumidor que veio em busca de um melhor custo/benefício e agregar comerciantes
- Estimam um impacto de 6-7% do volume total de vendas prejudicado por conta das restrições da pandemia
- Ainda existem lojas sujeitas a restrições
- Esperam que canal de atacarejo ganhe participação no alimentar
Vendas
- Pressão inflacionaria em algumas categorias no 1T21 mas viram estabilidade no 2T21 (vs. o 1T)
- Preços chegaram no limite do bolso do consumidor e não vê espaço para novos aumentos
- Inflação tem gerado um movimento positivo em migração de canal para o atacarejo
- Efeito de trade down em torno de 5% no trimestre
- Volumes estáveis vs. 2020
Rentabilidade
- Ambiente competitivo segue como sempre esteve
- Mix, sortimento, diferenciação com papel importante na rentabilidade
- Impacto positivo de 20bps em margem com melhor ramp up de aberturas em 2020
- Estabilidade da margem no 2H21 vs 2H20
- Esperam uma estabilidade de SG&A como % da receita
M&A/Expansão
- Estão olhando M&A e estão abertos, mas expansão orgânica é o foco prioritário da companhia
- Expansão orgânica com ROIC acima de 25%
- Abertura de 75 novas lojas até 2023
Outros
- 5% remuneração variável dos altos executivos associados a diversos indicadores ESG
- Fechou parceria com cornershop a partir do 3T21
- Atacado de entrega deve começar no ano que vem
- Alavancagem deve chegar a 1.5x DL/EBITDA no fim do ano
Grupo Pão de Açucar (PCAR3): Neutro; Preço-Alvo R$39,0
O GPA (GPA Brasil e Grupo Exito) reportou resultados referentes ao primeiro trimestre de 2021 (1T21), com EBITDA 4,5% acima das nossas estimativas, por conta de um impacto positivo de câmbio na receita do Grupo Éxito, e um lucro bastante acima da nossa estimativa, em R$113 milhões, devido a um impacto positivo não recorrente de imposto diferido. Clique aqui para ver o relatório completo.
Destaques do call de resultado:
- Resultados de curto prazo devem permanecer pressionados, uma vez que a categoria alimentar foi muito beneficiada com o lockdown no 2T20, mas ressaltam que o pior mês foi Abril e já estão em ritmo de retomada
- A eventual transação envolvendo a Cnova ainda em fase de estudos, que devem ser concluídos no 2T21. A partir daí, podem dar mais detalhes da iniciativa
- Desempenho de vendas abaixo do competidores explicado pela menor exposição aos last millers e categoria eletro
Perspectiva 2021
- Tiveram perda de participação no alimentar nesse trimestre
- Por mais que passem 1-2 trimestres para frente ainda em dificuldades, veem muito espaço para crescimento para frente
- Resultados de curto prazo devem permanecer em níveis pressionados, dada forte base de comparação (pico no 2T20) mas ressaltam que o pior mês foi Abril e já estão em ritmo de retomada
- Escalar a plataforma digital, ampliando modalidades de entrega e atuando como seller no marketplace de terceiros
- Expansão orgânica através dos formatos Pão de Açúcar e Minuto Pão de Açúcar
Rentabilidade
- Novo posicionamento do formato hiper não está com nenhum impacto preocupante em mg EBITDA
Monetização de ativos
- Cnova em fases de estudos – devem fechar isso ao longo do 2T21
- Avaliando a melhor forma de precificar esse ativo e GPA está envolvido na discussão
Competição
- Negócios são diferentes entre os outros players do setor
- Mais de 70% do crescimento dos seus competidores veio de last millers e categoria eletro, onde GPA não estão tão posicionada ou não possui
- Ainda não estão vendendo eletro nas plataformas online
Ecommerce
- GMV R$1,3bn últimos 12 meses
- Mudou relacionamento de parcerias com last millers e mesmo assim James Delivery segue crescendo
- Início vendas de Rappi em Fevereiro e Cornershop em Março
- Reversão de ligeira perda de participação de mercado com abertura para outros marketplaces/last millers
- Querem ser um dos players mais relevantes no digital nos próximos 5 anos
- CD de prestação de serviços a sellers em desenvolvimento
- Não veem impacto negativos em margens e sim positivos em EBITDA
- Diferentes formatos nas parcerias com marketplace: MELI faz a logística, Supermercados Now usa o estoque das lojas do GPA
- E-commerce terá crescimento ordenado e não deixará rentabilidade na mesa. Anunciam as parcerias depois de muito tempo de negociação.
Pão de Açucar
- Acredita muito na marca
- Migração de consumidores para outras cidades litorâneas e interior no trimestre
- Formato baseado em qualidade, produtos frescos, variedade, serviços
- Roll out novos conceitos em mais 50 lojas esse ano
- Percepção de preço não acontece do dia para o outro
Grupo Éxito
- Operação de shoppings no Brasil é 6% da receita e no Éxito é muito mais
- Argentina não queimou caixa
- Uruguai muito impacto pela queda de turismo
- Colombia como benchmark de penetração digital/multicanal
Carrefour Brasil (CRFB3): Neutro; Preço-Alvo R$28,0
O Carrefour reportou resultados mistos nesse trimestre. Apesar do Atacadão ter apresentado um sólido crescimento de receita (+20% A/A e vendas mesmas lojas +10% A/A) e a companhia ter destacado que a integração das lojas Makro está superando as expectativas, a rentabilidade segue pressionada, com ambas as margens bruta e EBITDA caindo A/A (-0,8p.p. e -1,2p.p., respectivamente). Além disso, o varejo enfrentou uma forte base de comparação, principalmente para varejo não alimentar (com vendas mesmas lojas -24,5% A/A) enquanto as margens também foram pressionados por conta do programa de fidelidade da companhia. Entretanto, o Banco Carrefour foi um destaque positivo, com receita líquida e EBITDA voltando para níveis pré-pandemia, sendo o último ajudado por um efeito não recorrente (venda de uma carteira inadimplente). Clique aqui para ver o relatório completo.
Destaques do call de resultado:
- Experiência de integração com as lojas do Makro gerou aprendizados que ajudarão na integração do BIG
- Atacadão: consumidor final tem mais que compensado a menor demanda dos restaurantes.
- Ambiente competitivo: inflação estabilizada nas commodities, estão conseguindo negociar preços com fornecedores
- Categoria alimentar ganhando relevância no online: já representa 1/3 do GMV total
- Sem planos para recompra de ações
Perspectiva 2021
- BIG tem características diferentes, mas estão confiantes quanto a integração
- Adaptando os tamanhos das lojas do Atacadão para cada localidade, reduzindo o tamanho em algumas regiões, dependendo do perfil do cliente
- Rollout de aceitação de vales refeição em todo o brasil à trazendo novos clientes para a base
- Dinâmica de margem pode melhorar gradualmente com menos despesas relacionadas à Covid-19
- Notam uma lenta recuperação da demanda de bares e restaurantes
- Custo de dívida: sem mudanças no curto prazo; esperam volatilidade em 2022 (eleições)
Atacadão
- Expansão: mercados menores entrando com lojas menores, e nas grandes capitais, dependendo do bairro, lojas com 3500-4000m2
- 14 lojas estão atualmente em construção
- Para grande parte dos segmentos de comerciantes a demanda caiu, mas para outros, como pequenos mercados, a demanda se manteve resiliente
- Aberturas e conversões geram impacto maior em margem no primeiro e segundo trimestre - a partir de julho, a contribuição dessas lojas já é positiva
Digital
- Evoluindo na integração dos ativos físicos
- Rollout do picking proprio para 60 hubs ao final de 2021
Grupo Mateus (GMAT3): Compra; Preço-Alvo R$ 11,0
O Grupo Mateus reportou resultados sólidos do segundo trimestre de 2021, acima das nossas estimativas. O principal destaque do resultado foi o crescimento do faturamento em +29% A/A, principalmente impulsionado pela forte abertura de lojas da companhia (45 novas lojas nos últimos 12M e 12 no 2T21). Apesar de apresentar uma pressão de margem bruta (-0,8 p.p. A/A), a companhia conseguiu expandir a margem EBITDA (+0,2p.p. A/A) através de alavancagem operacional e controle de despesas, apesar de maiores despesas com a transferência da operação do CD de Belém do Pará para Santa Isabel. Por fim, destacamos que a companhia apresentou uma queima de caixa de R$ 28 milhões, explicada principalmente pelos investimentos associados ao seu plano de expansão. Clique aqui para ver o relatório completo.
- Performance de vendas no início do 3T21 tem se mostrado em ritmo contínuo de recuperação, julho já se mostrou um mês com maior turismo na região e já sentem maior representatividade do segmento de transformadores
- Dinâmica de margens daqui para frente devem se manter um pouco mais pressionadas, principalmente pela estratégia de expansão da companhia com o grande volume de aberturas, promoções de inaugurações e ativações de marketing para atrair fluxo nessas lojas, mas no médio/longo prazo isso se compensa pela forte proporção de lojas maturando e diluindo custos fixos
- Competição em novos estados é mais forte mas entendem que a estratégia de adensamento de rotas se mantém como um direcional vencedor e a diversificação de formatos da companhia garante uma rentabilidade saudável nessas novas regiões
Crescimento
- Com a contratação do novo time de expansão, vão adensar cada vez mais as rotas em outros estados que não estavam presentes anteriormente, diversificando a sua concentração de receitas para mais 6 estados, atingindo 10 no total
- Continuam trabalhando com uma estratégia forte de ativações de marketing e companhas de aniversário para trazer fluxo para suas lojas e apps
Expansão
- Aceleração das expansões de lojas físicas garantem sinergias com o canal online, B2B e B2C
- 3 lojas em acabamento, 2 lojas sendo licenciadas e 20 no total sendo construídas
- 40 inaugurações previstas para 2021
- Expansão para Belém com uma competição mais acirrada, mas com a mesma estratégia de sempre de adensar as rotas
- Entendem que este é o momento de fazer um movimento mais forte para consolidação de outros estados com a vinda do novo time de expansão
Rentabilidade
- Aumento de preços faz com que os clientes tenham uma tendência de substituição
- Despesas operacionais representaram 17,7% (+1,6p.p.), mas devem ser diluídas pelo maior resultado operacional da companhia daqui para frente a partir do adensamento de rotas e maturação de lojas
Outros
- 300k downloads, ativações de premiações que tem trazido bastante fluxo para o app da companhia
- Projeto de Santa Isabel já operando em 100% de sua capacidade
E-commerce
Via (VIIA3): Neutro; Preço-Alvo R$20,0
Via reportou resultados mistos referentes ao segundo trimestre de 2021 (2T21), com uma forte performance no marketplace mas EBITDA pressionado por maiores despesas operacionais. O GMV total veio 5% acima do esperado e +51% vs. 2T20, impulsionado pelo crescimento de +124% do GMV das lojas físicas (vs. XPe +117%) e expansão do marketplace (+85% A/A vs. XPe +65%). Em relação à rentabilidade, a companhia conseguiu manter a margem bruta apesar do aumento da participação dos canais digitais, enquanto a margem EBITDA foi de atingiu 6,2% (vs. XPe 7,3%), impactada por maiores investimentos em marketing, menor alavancagem operacional e reforço no time de tecnologia. Com isso, o lucro líquido (excluindo impacto positivo não recorrente R$ 87 milhões) veio 38% abaixo da nossa estimativa. Clique aqui para ver o relatório completo.
Destaques do call de resultado:
- Margem bruta deve se normalizar em torno de ~32% à frente
- EBITDA deste trimestre não é recorrente, foi muito impactado pelas lojas fechadas em abril – mg entre 7-7,5% nos próximos trimestres;
- SSS preliminar em agosto: um dígito alto vs. 2019
- 3T21 preliminar: Via continua crescendo acima do mercado e ganhando market share (Compre&Confie)
- Redução do take-rate reflete a estratégia da companhia para manter o relacionamento com os sellers, principalmente aqueles de menor escala
- Lançamento do fulfillment para sellers, terceiros e mar aberto programado para o 4T21
Ecossistema
- Loja funcionará como hub logístico e aceleradora do crescimento do online
- Queda de margem não foi resultado da aceleração do marketplace
- Quase 30% dos clientes que usam o vendedor online são novos consumidores para a base
- Take-rate não é o grande foco do marketplace; enxergam que a geração de valor está no cross-sell de serviços financeiros e logísticos
- Ao invés de cashback e subsidio de frete, optaram por maior agressividade na cobrança de comissão
- Construíram bem o estoque e não sofreram com falta de semicondutores
- Vendas do 2T21 já carregaram os aumentos de preços dos eletrônicos
Expansão e inovações
- Foco de abertura de novas lojas nas regiões norte e nordeste, com a bandeira Casas Bahia
- Entrarão em 150 novas cidades ao longo do próximo ano
- Foco agora está no início da oferta de crédito pessoal e desenvolvimento da plataforma do banQi
- Serviços adicionais (meios de pagamentos para sellers, maquininhas com oferta de crédito, plataforma de ads) ainda serão lançados
Soluções financeiras
- Licença SCD fortalecerá o banQi, que passará a oferecer credito pessoal para o consumidor gastar onde quiser
- Rentabilidade do credito pessoal deve se assemelhar ao do crediário
- Inadimplência na jornada online do crediário similar à observada nas lojas físicas
- banQi terá um cartão de credito próprio a partir de 2022
- CDC como ferramenta chave: alta taxa de conversão, aumento de spending, maior número de clientes, maior recorrência e redução do CAC
- 51% dos clientes CDC têm recorrência até 24 meses após assinar o crediário
Logística
- Rápida aceleração no número de sellers, sendo que 50% já utiliza os serviços do Envvias
- Player referência de setor levou 4 anos para chegar em 20% de penetração do fulfillment e ganhar tração
- Ganho de escala do fulfillment é uma estratégia de médio-longo prazo, mas estão confiantes que conseguem expandir mais rápido que a concorrência.
Americanas (AMER3): Compra; Preço-Alvo R$82,0
Em sua primeira divulgação após a consolidação da fusão, a Americanas reportou resultados fracos referentes ao 2T21, com GMV total subindo +33% A/A (abaixo dos seus pares), puxado pelo crescimento de 37% do GMV online (acima de Via mas abaixo de Magalu e MELI). Em relação à rentabilidade, a margem bruta e EBITDA foram pressionadas pela maior penetração das vendas online e investimentos em marketing e novas iniciativas. Com isso, o prejuízo líquido (excluindo-se o efeito não recorrente de R$309mi referentes à créditos fiscais) totalizou -R$85mi (vs. XPe -R$42mi). Clique aqui para ver o relatório completo.
Destaques do call de resultado:
- Sinergias de R$1.6bn podem se provar conservadoras pois não consideram utilização dos créditos tributários
- Desenvolvendo novo layout das lojas, que servirão como pontos de distribuição
- Hortifruti Natural da Terra (HNT): aguardando aprovação do CADE para trabalhar em sinergias e plano de expansão
- Take-rate: ideia é preservar a rentabilidade no longo prazo, mas não descartam ajustes pontuais
- Frete grátis: podem chegar a um patamar de 70% das vendas (1P+3P) nos próximos trimestres
- Listagem nos EUA: continuam estudando, atualizarão o mercado conforme avançam
Ecossistema
- Diferenciais competitivos: gente e cultura, base de clientes e plataforma de negócios
- Fusão impulsionará o crescimento orgânico e inorgânico da Americanas S.A.
- 3P impactado pela performance de eletrônicos, que não foram tão bem
- Mgmt. vê mais oportunidade de frete grátis em produtos de ticket médio mais baixos
- Com a integração dos estoques e sinergias logísticas, a expansão do frete grátis não gerará tanta pressão
- Dinâmica de take-rate: mgmt. espera olhar com certa disciplina no longo prazo, mas não descartam ajustes pontuais
- P&L da Ame: investimentos significativos
Expansão e inovações
- HNT: Varejo alimentar representa 40% do varejo mas ainda é pouco penetrado no digital
- Já há um plano de expansão da própria companhia (HNT) definido, mas mudanças e aceleração dependerão da aprovação do CADE
- JV com BR: ainda aguardam aprovação do CADE, o que limita o planejamento e execução
- Observaram uma evolução do crescimento online, mas ainda não estão satisfeitos
- Diversas iniciativas já começam a melhorar a conversão: entrega rápida, melhorias de processos do fulfillment (sellers membros com performance +4x maior), recomendações no site, coleta dos produtos dos sellers no mesmo dia, plataforma de ads, etc.
Ame
- Ideia é integrar HNT com a Ame, incluindo cartão de crédito nas lojas do Natural da Terra
- Aguardando o BC para a aprovação das aquisições recém anunciadas
Enjoei (ENJU3): Compra; Preço-Alvo R$15,0
O Enjoei reportou resultados mistos, referentes ao segundo trimestre de 2021 (2T21), com a receita líquida 8% acima das nossas estimativas devido a uma taxa de comissão (take-rate) melhor do que esperado. Em termos de rentabilidade, a companhia registrou queda expressiva na margem bruta (-20,5p.p A/A), devido a maiores custos com frete e logística, e também com queda de EBITDA ajustado (em -R$19 milhões), frente a maiores despesas de vendas. Com isso, o prejuízo líquido (excluindo-se o efeito do plano de remuneração em ações) totalizou -R$18mi (vs. XPe -R$15mi). Clique aqui para ver o relatório completo.
Destaques do call de resultado:
- Crescimento do GMV resultado do aumento de usuários, recorrência, enjuPRO e B2B2C
- Enxergam oportunidades na revenda de novas categorias, como beleza, casa & decoração, kids, etc à “universo da família expandido”
- Pesquisa com usuários já indica esse que posicionamento já é forte e percebido pelos clientes
- Estão implementando políticas mais atrativas para novos vendedores, o que aumentará recorrência da plataforma
- Take-rate: esperam uma estabilização e retomada para patamar mais ajustado no futuro
- Comportamento de consumo pode sofrer oscilações com a reabertura econômica
- Com a reabertura econômica, o desafio será competir pelo tempo dos usuários, e expansão do número de vendedores e sortimento
- B2C e enjuPro são importantes para aumentar o sortimento, mas muito cedo para abrir mais números detalhados
Plataforma
- 15% do total de pedidos foram feitos em produtos listados nos últimos 30 dias à novos vendedores influenciam novos compradores
- O crescimento mais sustentável se dará através do aumento do número de sellers, e sua eventual conversão para buyers
- Desafio a partir de agora é aumentar cada vez mais o sortimento
- Terão mais comunicação sobre as outras categorias de produtos disponíveis na plataforma
- Remoção de itens falsificados é tarefa diária
Mosaico (MOSI3): Compra; Preço-Alvo R$38,0
A Mosaico reportou resultados em linha referentes ao segundo trimestre de 2021 (2T21). Como esperado, a companhia enfrentou dinâmicas desafiadoras no trimestre em meio a uma forte base de comparação, maior custo de aquisição de clientes devido à competição por tráfego com empresas de e-commerce e fintechs e um ambiente com maiores atividades promocionais através de cashback e cupons. Como resultado, a receita líquida caiu 20% A/A, enquanto o EBITDA ajustado veio em R$2,6mi (excluindo o efeito não recorrente de +R$2,5mi oriundo da aquisição do Vigia de PReço) vs. R$22,7mi no 2T20. Clique aqui para ver o relatório completo.
Destaques do call de resultado:
- Esperam um 2º semestre muito diferente: 3T já com reação importante vs. o 2T
- Resultados preliminares de cashback muito promissores
- Devem cobrir 80% do GMV até o 3T e 100% até o final do ano
- Vão iniciar produção de conteúdo em tempo real (live commerce) com análises de produtos, ofertas, promoções e cupons
- Devem anunciar aquisições ao longo do semestre, desde pequenas até mais relevantes
Geral
- Foco está em executar escalada do cashback e serviços financeiros
- Cashback deve trazer GMV adicional de forma sustentável
- A partir de setembro devem acelerar marketing
- Segundo semestre totalmente diferente do primeiro
- Trimestre melhorando vs. 2T21
- Expectativa muito boa por conta de indicadores preliminares muito promissores
Cashback
- Até o fim do ano devem crescer a cobertura do GMV – integração de outras lojas a todo vapor
- Integração direta gera take rate maior por não ter intermediador
- Cobertura do GMV 80% até o fim do 3T21
- Todas integrações devem estar finalizadas até o próximo trimestre
- Taxa de conversão e GMV com DD alto nas lojas que já estão com cashback
- Aumento de take rate também dado que empresas estão vendo os resultados da iniciativa
Serviços financeiros
- Lançamento marketplace BTG+
- Lançamento aplicativo bcash com toda gestão de serviços financeiros
- Cashback do cartão de crédito será dividido entre Mosaico e BTG
Conteúdo
- Toda expansão de conteúdo na Buscapé
- Produção forte de conteúdo em tempo real
- Melhores ofertas, promoções e cupons ao vivo
M&A
- Falando com mais de 100 empresas
- Devem ter aquisições nesse semestre
- Diferentes tamanhos de aquisições, desde pequenas (reforçam conteúdo) até maiores (mais relevantes em relação a resultado)
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