IBOVESPA -0,7% | 104.931 Pontos
CÂMBIO +0,34% | 5,23/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Na agenda econômica desta quarta-feira, atenções voltadas para a divulgação de dados de atividade dos Estados Unidos, com destaque para o PMI industrial. Os agentes de mercado também irão monitorar a estimativa preliminar do índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha relativo ao mês passado.
Por aqui, na esteira do anúncio da reoneração dos combustíveis, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou esperar atitude do Banco Central sobre o atual patamar de juros. No calendário, teremos a divulgação do PMI e da balança comercial de fevereiro.
Brasil
O Ibovespa caiu 0,74% na última terça (28), aos 104.931 pontos, acumulando perdas de 7,49% no mês de fevereiro. Além das incertezas fiscais e o noticiário político terem permanecido no radar, o desempenho das ações foi afetado pela perspectiva da manutenção das taxas de juros altas por mais tempo, tanto localmente quanto nos Estados Unidos. O dólar encerrou o mês a R$ 5,225 / US$, alta de 0,34% na véspera e de 2,9% no mês.
Da mesma forma, o último dia do mês foi marcado por uma elevação nas taxas futuras de juros, impulsionada pela espera de informações acerca da reoneração dos combustíveis, confirmada em coletiva ao final do dia. Também colaboraram para o sentimento de aversão a risco os dados fortes de inflação na Europa divulgados no dia, com reflexo nos títulos locais. DI jan/24 subiu de 13,345% para 13,37%; DI jan/25 passou de 12,595% para 12,685%; DI jan/26 avançou de 12,655% para 12,785%; DI jan/27 escalou de 12,81% para 12,97%.
Mundo
Nesta quarta-feira, as bolsas internacionais iniciaram o dia levemente em alta, com o índice S&P 500 futuros em alta de 0,2% e as bolsas europeias subindo 0,3%. Nos Estados Unidos, os investidores aguardam os indicadores da atividade em fevereiro, incluindo a sondagem Industrial ISM, o PMI Industrial S&P Global (leitura final) e das vendas de veículos nos Estados Unidos, todos referentes a fevereiro. Em janeiro, o PMI tinha caído para o nível mais baixo desde maio de 2020. Na Europa, os mercados reagiram positivamente à atividade industrial chinesa, apesar dos resultados mistos dos PMIs industriais dos países europeus. No geral, o PMI da zona do euro recuou para 48,5 pontos, e todos permanecem na zona de contração, abaixo de 50 pontos. Na China, o índice Hang Seng encerrou o dia em forte alta (+4,2% no dia), impulsionado pelas notícias de que a atividade industrial chinesa em fevereiro se expandiu pela primeira vez em sete meses, com força, em consequência do fim da política de Covid zero.
PMI da China
Segundo dados publicados ontem à noite, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Manufatureiro da China subiu de 50,1 em janeiro para 52,6 em fevereiro, o nível mais alto desde abril de 2012. Por sua vez, o índice Não-Manufatureiro, que mede a confiança empresarial nos setores de serviços e construção, aumentou de 54,4 para 56,3 no período. A marca de 50 pontos separa crescimento de contração na base mensal. A elevação dos índices de sentimento econômico, puxada pelo fim da “política de tolerância zero à Covid”, corrobora nosso cenário de forte recuperação do PIB da China em 2023 (crescimento de 5,5% ante 3,0% em 2022).
Reoneração dos Combustíveis
No Brasil, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista coletiva ontem ao lado do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para detalhar a retomada de tributos federais sobre combustíveis. Houve anúncio da reoneração de 47 centavos por litro de gasolina e de 2 centavos por litro de etanol. Com a redução de 13 centavos no preço da gasolina também anunciada ontem pela Petrobras, calculamos que o preço final do combustível (“na bomba”) terá um aumento líquido de 34 centavos. Incorporando tais fatores em nosso cenário-base de inflação, que considerava o retorno da tributação integral, chega-se a um efeito líquido baixista de aproximadamente 0,25pp sobre o IPCA. Desta forma, revisamos nossa projeção para a inflação de 2023, de 5,7% para 5,5%.
Veja todos os detalhes
Agenda de resultados
Minerva (BEEF3): Depois do fechamento
C&A (CEAB3): Depois do fechamento
Gerdau (GOAU4): Depois do fechamento
Blau (BLAU3): Depois do fechamento
Marfrig (MRFG3): Depois do fechamento
Odontoprev (ODPV3): Depois do fechamento
Petroleo Brasileiro (PETR4): Depois do fechamento
Vulcabras Azaleia (VULC3): Depois do fechamento
Calendário do 4T22
Temporada de resultados do 4º trimestre 2022 – o que esperar?
Economia
Índice de sentimento econômico na China atinge em fevereiro o maior patamar em 11 anos; no Brasil, governo anuncia reoneração parcial de combustíveis e tributação das exportações de petróleo bruto
- No Brasil, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista coletiva ontem (28) ao lado do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para detalhar a retomada de tributos federais sobre combustíveis. Houve anúncio da reoneração de 47 centavos por litro de gasolina e de 2 centavos por litro de etanol, mantendo a diferença de 45 centavos entre os dois produtos. Com a redução de 13 centavos no preço da gasolina também anunciado ontem pela Petrobras, calculamos que o preço final do combustível (“na bomba”) terá um aumento líquido de 34 centavos. Incorporando tais fatores em nosso cenário-base de inflação, que considerava o retorno da tributação integral, chega-se a um efeito líquido baixista de aproximadamente 0,25pp sobre o IPCA. Desta forma, revisamos nossa projeção para a inflação de 2023, de 5,7% para 5,5%. Em relação às contas públicas, estimamos que a reversão apenas parcial da desoneração de impostos anunciada pelo governo representa uma perda de arrecadação de cerca de R$ 11,4 bilhões no ano e R$ 4,6 bilhões em quatro meses. Para compensar esta perda, o governo apresentou uma taxação sobre as exportações de petróleo bruto entre março e junho, com alíquota de 9,2%. Considerando o valor exportado (US$ 42,6 bilhões) e a taxa de câmbio média (R$/US$ 5,17) no ano passado, essa medida deve levar a uma receita adicional ao redor de R$ 16,8 bilhões em 2023 (dez meses remanescentes) ou R$ 6,7 bilhões em quatro meses. Apesar do aumento líquido das receitas do governo até o final deste semestre (R$ 2,1 bilhões), ressaltamos que os dividendos da Petrobras devem cair, o que pode compensar qualquer ganho real para os cofres públicos. Ao final do período de quatro meses, o Congresso irá decidir pela reoneração completa da gasolina e do etanol ou pela manutenção do imposto de exportação sobre o óleo cru;
- Conforme divulgado ontem na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), a taxa de desemprego brasileira recuou para 7,9% no 4º trimestre ante 8,1% no trimestre móvel até novembro de 2022, resultado exatamente em linha com a nossa expectativa e ligeiramente abaixo do consenso de mercado (8,1%). Este número representa o menor patamar de fim de período desde 2014. Isto posto, estimamos que a taxa de desemprego mensalizada – com ajuste sazonal – subiu de 8,3% em novembro para 8,5% em dezembro. A elevação da taxa de desemprego mensalizada resultou de uma contração da população ocupada (-0,3%) combinada com virtual estabilidade da força de trabalho (-0,1%). A primeira registrou a terceira taxa de variação negativa na base de comparação mensal, após um crescimento médio de 0,6% entre janeiro e setembro. Essa dinâmica reflete a desaceleração da atividade econômica doméstica ao longo do segundo semestre de 2022. O enfraquecimento da geração de emprego tem sido generalizado entre setores e tipos de ocupação. A soma das categorias informais apresentou em dezembro o quarto revés consecutivo (-1,1% ante novembro), após uma intensa recuperação iniciada em meados de 2021. Por sua vez, o emprego formal avançou 0,2% entre novembro e dezembro, confirmando o quadro de arrefecimento na geração de vagas. Pelo lado positivo, o rendimento médio real habitual registrou a oitava alta seguida (0,6% em dez/nov), ficando cerca de 1% abaixo dos níveis observados antes da pandemia. Prevemos que o rendimento real do trabalho permanecerá em trajetória altista até o 2º trimestre de 2023. Por sua vez, a massa de renda real habitual – que combina o rendimento médio do trabalho com a população ocupada – aumentou 0,5% em dezembro comparado a novembro, situando-se cerca de 4,5% acima dos patamares pré-pandemia e 13% superior ao nível de dezembro de 2021. De acordo com as nossas projeções, a taxa de desemprego dessazonalizada atingirá 9,0% no final de 2023. Ou seja, nível ainda muito aquém dos 11,5% registrados antes do surto de COVID-19, mas o fim da sólida recuperação do emprego observada ao longo dos últimos seis trimestres. Por fim, antevemos taxa de desemprego média de 8,7% este ano, após 9,3% no ano passado;
- O setor público consolidado atingiu superávit primário de R$ 99,0 bilhões em janeiro, muito acima do consenso de mercado (R$ 90,0 bilhões) e da nossa projeção (R$ 82,2 bilhões). Esse montante representa o segundo melhor resultado da série histórica, iniciada em 2002. Em 12 meses, o setor público acumula superávit de R$ 123,2 bilhões (ou 1,2% do PIB). Na abertura, governo central e governos subnacionais tiveram superávits de R$ 79,4 bilhões e R$ 21,8 bilhões, respectivamente. Os entes subnacionais registraram o resultado mais alto para o primeiro mês do ano. A conta de pagamentos de juros nominais atingiu R$ 52,3 bilhões, acima do montante de janeiro de 2022 (R$ 17,0 bilhões), refletindo taxas de juros mais altas e ganhos menores com swaps cambiais. Em 12 meses, a conta acumula R$ 621,0 bilhões (6,3% do PIB). Por sua vez, o saldo nominal do setor público consolidado registrou superávit de R$ 46,7 bilhões em janeiro, enquanto o saldo acumulado em 12 meses atingiu déficit de R$ 497,8 bilhões (-5,0% do PIB). A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) , que inclui União, Estados, Municípios e INSS, caiu de 73,5% em dezembro de 2022 para 73,1% em janeiro de 2023. Essa variação é explicada principalmente pelo crescimento do PIB nominal (-0,6pp) e pelas emissões líquidas (-0,3pp), mais do que compensando o efeito dos juros nominais (+0,7pp). Apesar da surpresa altista de janeiro, não acreditamos que as receitas dos estados serão sustentadas ao longo do ano. Com isso, mantemos nossas estimativas de déficits primários de R$ 3,1 bilhões (0% do PIB) para os governos subnacionais e de R$ 87,1 bilhões (-0,8% do PIB) para o setor público em 2023. Por sua vez, a DBGG deverá atingir 77,0% do PIB no final deste ano;
- Segundo dados publicados ontem à noite, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Manufatureiro da China subiu de 50,1 pontos em janeiro para 52,6 pontos em fevereiro, o patamar mais elevado desde abril de 2012. Este resultado veio muito acima da expectativa do mercado, de 50,5 pontos. A marca de 50 pontos separa crescimento de contração na base mensal. Por sua vez, o índice Não-Manufatureiro, que mede o sentimento empresarial nos setores de serviços e construção, aumentou de 54,4 pontos para 56,3 pontos no período. Consequentemente, o índice Composto melhorou de 52,9 pontos em janeiro para 56,4 pontos em fevereiro. A elevação dos índices de sentimento econômico, puxada pelo fim da “política de tolerância zero à Covid”, corrobora nosso cenário de forte recuperação do PIB da China em 2023 (crescimento de 5,5% ante 3,0% em 2022);
- Nos Estados Unidos, o índice de confiança do consumidor do instituto Conference Board recuou de 106,0 pontos em janeiro para 102,9 pontos em fevereiro, segundo dados divulgados ontem. O consenso de mercado apontava para 108,5 pontos. O segundo declínio mensal consecutivo do índice refletiu, em grande medida, o pessimismo entre as famílias de renda média-baixa. Em relação aos dois principais componentes do índice, os consumidores expressaram otimismo sobre as condições econômicas atuais, porém maior preocupação com os próximos seis meses. As expectativas dos consumidores acerca da inflação de 12 meses caiu de 6,7% em janeiro para 6,3% em fevereiro. Isto posto, com as pressões de preços ainda fortes, cada vez menos famílias planejam aquisições de alto valor e viagens nos próximos seis meses. Na agenda econômica desta quarta-feira (01), atenções voltadas para a divulgação da sondagem Industrial ISM, do PMI Industrial S&P Global (leitura final) e das vendas de veículos nos Estados Unidos, todos referentes a fevereiro. Os agentes de mercado também irão monitor a estimativa preliminar do índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha relativo ao mês passado.
Empresas
BRF (BRFS3): resultados abaixo do esperado no 4T22
- A BRF reportou um trimestre mais fraco do que o esperado, com uma receita ligeiramente acima da nossa projeção em R$ 14,769bi (+8% A/A e +6% vs. XPe), mas com EBITDA aj. de R$ 1,032bi (-39% A/A e -11% vs. XPe) e margem de 7,0%;
- O “ano para esquecer” fechou com prejuízo de R$ 3,166bi no resultado, embora alguns fantasmas ainda devam perdurar em 2023;
- Brasil foi uma surpresa positiva, embora longe de compensar a queda em todas as operações internacionais, sobretudo diante da queda nos preços de frango, enquanto grãos permanecem resilientes e devido à proximidade incômoda da gripe aviária;
- Em uma nota positiva, a melhora nos indicadores operacionais é um bom alento. Ainda assim, o macro manterá as finanças da BRF estressadas e a alavancagem líquida de 3,75x nos manterá acordados à noite;
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Suzano (SUZB3) |4T22: Números decentes, apesar da pressão de custos
- Ontem (28), a Suzano divulgou os resultados do 4T22, com Ebitda ligeiramente abaixo das nossas estimativas e do consenso . O EBITDA foi de R$ 8,2 bilhões (-5% T/T, +29% A/A), com margem EBITDA de 57% (queda de 5 p.p. T/T);
- A falha em nossas estimativas (-4%) foi principalmente em custos acima do esperado (madeira e insumos) e despesas (despesas com pessoal) no 4T;
- Apesar do ciclo de crescimento, a Suzano conseguiu desalavancar no trimestre de 2,2x para 2,0x ND/Ebitda;
- No geral, percebemos em nossas últimas conversas que os investidores estão tentando entender onde os preços da celulose vão cair, a fim de ganhar confiança para aumentar a exposição ao setor;
- Além disso, ainda vemos a empresa negociando em múltiplos baixos e mantemos nossa recomendação de Compra para a empresa;
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Hapvida (HAPV3) – 4T22: Resultados decepcionantes em relação ao crescimento e margens
- A Hapvida (HAPV3) reportou resultados negativos no 4T22, com lucro líquido ajustado de R$161M;
- Os principais destaques são:
- A empresa continua entregando sinergias de receita vindas da fusão com o GNDI, com 61k adições líquidas;
- O crescimento normalizado da carteira parece estar bem abaixo dos 0,8% por trimestre que estimamos anteriormente;
- A sinistralidade não caiu T/T mesmo com os efeitos de sazonalidade e da Copa do Mundo de 2022; e
- Mais uma vez o EBITDA foi impactado por um item não recorrente de uma aquisição anterior.
- No geral, vemos os resultados como muito negativos, especialmente porque eles apontam para um curto e médio prazo difícil em termos de crescimento e margens;
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Iguatemi (IGTI11) |Resultados 4T22: Acelerando receitas de aluguel com um sólido SSR
- A Iguatemi apresentou resultados sólidos e, em grande parte, acima de nossas estimativas no 4T22;
- Destaques;
- O SSR manteve um crescimento robusto no trimestre (+22,0% A/A e 60,6% vs. 2019), representando um spread positivo sobre o IGP-M de 4,0 p.p. em relação a 2019 (+2,5% SSR real) e 15,5 p.p. A/A (14,6% SSR real), reforçando a sólida capacidade de repasse de aluguel da IGTI. Como resultado, a receita de aluguel foi positivamente afetada, alcançando R$ 236mn (+10,9% A/A e +44,3% vs. 2019);
- Destacamos que, apesar da aceleração nas receitas de aluguel, a taxa de inadimplência líquida atingiu -3,8% (-3,1 p.p. T/T e -5,2 p.p. A/A), devido ao pagamento de aluguéis em atraso. Além disso, os custos de ocupação atingiram 11,8% (+0,5 p.p. A/A), o que, na nossa visão, é saudável em comparação com os pares do setor;
- O FFO ajustado ficou acima de nossas estimativas (+15% vs. XPe), atingindo R$ 163 milhões (+57% em relação a 2019), apesar do aumento significativo nas despesas financeiras (+55,7% A/A), devido às taxas de juros mais altas;
- A Iguatemi também divulgou suas perspectivas para 2023. Destacamos a faixa de margem EBITDA dos shoppings, que mostra um potencial de ganho de eficiência (faixa média em 79,5% vs. 79,0% em 2022).
- Dito isto, reiteramos nossa recomendação de compra para a Iguatemi com um preço-alvo de R$28,00/unit;
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Omega Energia (MEGA3): Resultados 4T22 – Resultado positivo para um ano difícil
- A Omega reportou seus resultados do 4T22 acima de nossas expectativas, mas em linha com seu guidance. O ano foi desafiador para a companhia devido aos fracos recursos eólicos e um PLD médio mais baixo. No entanto, a Omega conseguiu continuar entregando desempenho financeiro;
- A menor produção de energia (R$ 160 milhões abaixo do guidance) foi parcialmente compensada por: (i) gestão ativa do balanço de energia (R$ 19,4 milhões), e (ii) R$ 62,7 milhões de despesas de O&M e SG&A abaixo do orçado;
- Mantemos nossa recomendação de Compra com um preço-alvo de R$17/ação;
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AES Brasil (AESB3): Resultados 4T22 – Fonte Hídrica e Eólica Superam Expectativas
- A AES Brasil reportou seus resultados do 4T22 acima das nossas expectativas e do consenso do mercado;
- A geração hídrica e eólica superou as expectativas devido à melhor hidrologia, maior disponibilidade de parques eólicos e maior velocidade dos ventos no sul da Bahia. Também vemos a alavancagem atual como confortável para desenvolver seus projetos atuais, mas novos investimentos podem ter que esperar;
- Mantemos nossa recomendação de Compra na AES Brasil com preço-alvo de R$ 15/ação;
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Randon (RAPT4): Revisão do 4T22 – Desempenho Positivo de Receita Compensando a Rentabilidade Pressionada
- A Randon apresentou resultados neutros no 4T22, com receita líquida de R$ 2,8 bilhões (+12% A/A; -7% T/T) compensando um nível de rentabilidade pressionado (margem EBITDA aj. de 11,5% -2,2p.p. vs. 3T22);
- Em termos de faturamento, destacamos:
- (i) o desempenho de Implementos Rodoviários nos mercados externos, impactado positivamente a integração da Hercules e o aumento das exportações para a América do Norte;
- (ii) números sólidos de Autopeças, beneficiados pela normalização da cadeia de suprimentos e um fenômeno de pré-compra de caminhões no Brasil devido a transição Euro 6; e
- (iii) o atingimento do guidance para 2022 (receita do ano em R$ 11,2 bilhões vs. limite superior do guidance de R$ 11,0 bilhões).
- Por outro lado, observamos uma margem EBITDA aj. mais pressionada de 11,5% (-2.2.p.p. T/T), refletindo, entre outros fatores, um cenário competitivo mais acirrado na divisão doméstica de reboques;
- Em suma, reiteramos nossa visão positiva sobre a Randon;
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Assaí (ASAI3): Hora de comprar
- Neste relatório, exploramos cinco razões principais pelas quais, na nossa visão, é hora de comprar ASAI3;
- A ação acumula uma performance de -6,8% no ano, que se compara com o IBOV em -4,1%, que na nossa visão se explica pela revisão de estimativas do consenso para baixo em 2023e. No entanto, acreditamos que isso já esteja refletido nos preços atuais, além de continuarmos construtivos com a tese de investimentos no papel, reiterando o nome como a nossa top pick do setor, tanto entre os nomes do varejo alimentar quanto da nossa cobertura;
- Os principais pontos explorados no relatório são: (i) O atacarejo sendo o formato vencedor no varejo alimentar; (ii) crescimento de volume / trade up deve mitigar a desaceleração da inflação de alimentos; (iii) números operacionais das conversões do Extra estão em linha com as expectativas; (iv) melhorias de governança corporativa, com expectativas de desdobramentos importantes pela frente; e (v) nível de valuation atrativo;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Óleo e Gás | A Saga do Imposto sobre os Combustíveis: “Nada é certo, exceto a morte e os impostos”
- Ontem, o governo anunciou uma medida provisória, com prazo de quatro meses, com recomposição parcial dos tributos federais, a partir de amanhã, para gasolina e etanol, e também um imposto de exportação de 9,2% para o petróleo bruto;
- Esperamos uma reação feroz das empresas de petróleo e gás nos próximos quatro meses contra esta proposta nos debates do congresso, enquanto o governo tentará todos os esforços para mudar a política de PPI da Petrobras (uma tarefa nada fácil e nem rápida);
- Acreditamos que a percepção de risco para investir em ações de O&G no Brasil aumentou ontem, mesmo que os impostos de exportação não se tornem permanentes nos próximos quatro meses;
- No entanto, vimos que uma grande parte (~40%) dos efeitos de perpetuidade de um imposto de exportação de petróleo de 9,2% já foram precificados ontem;
- Clique aqui para o relatório completo.
Projeções de safra balançam o mercado; vaca-louca assusta | Comentário Semanal Agro
- Grãos: Expectativa de crescimento das safras nos EUA pressiona corações de soja, milho e trigo;
- Carnes: Riscos sanitários trazem volatilidade ao mercado com caso de vaca-louca no Pará e gripe aviária na vizinha Argentina;
- Açúcar e Etanol: Confirmação de uma safra menor na índia reduz a estimativa de superávit global de açúcar;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Açúcar e Etanol: navegando em águas mais calmas; atualizando estimativas de Raízen (RAIZ4), São Martinho (SMTO3) e Jalles (JALL3)
- O setor de Açúcar e Etanol passou por tempos turbulentos em 2022 devido a mudanças nos impostos sobre combustíveis, incerteza política e pressão de custos, juntamente com uma queda na produtividade devido a condições climáticas adversas;
- A nosso ver, as ações do setor já precificaram esse momento mais desafiador (as ações caíram 38,0%, em média, vs. o IBOV -8,5% nos últimos 12 meses), e vemos uma perspectiva mais positiva e projetamos um bom momentum à frente;
- Embora reduzamos nosso preço-alvo estimado para todos os players do setor dentro de nossa cobertura, principalmente devido a um custo de capital e capex mais alto, reiteramos a recomendação de Compra para RAIZ4 e JALL3, enquanto atualizamos SMTO3 de Neutro para Compra, considerando o sólido momentum esperado à frente;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Ânima (ANIM3): Feedback das reuniões com diretores e investidores
- Hoje realizamos reuniões com investidores, o CEO, CFO e o DRI da Ânima (ANIM3);
- Os destaques das discussões foram:
- Os volumes de admissão parecem positivos, mas a concorrência no ensino digital continua acirrada e ainda com pressão de tickets;
- No segmento digital, o foco da empresa é melhorar os índices de retenção;
- A redução do endividamento continua como prioridade máxima, e a empresa já realizou algumas iniciativas que vão auxiliar nessa frente; e
- Acreditam que seja altamente provável que um “novo FIES” seja anunciado em breve.
- Saímos das reuniões com uma visão positiva e esperamos que a ação tenha um desempenho positivo à medida que o endividamento for reduzido;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Santos Brasil (STBP3) – Acompanhamento Mensal do Setor Portuário | Fevereiro de 2023
- Em nosso tracker mensal Fev’23 dos Operadores Portuários, destacamos;
- Os volumes totais da Santos Brasil caíram 27% A/A em Fev/23, impulsionados principalmente pelo Tecon Santos (-27% A/A e -10% vs. Fev’20 ), um desempenho operacional mais fraco do que o esperado devido a uma desaceleração da demanda (possivelmente agravada pelas fortes chuvas relatadas);
- Terminal TEV reportou fracos resultados operacionais, com ~15k veículos movimentados (-33% YoY) implicando 94% de utilização da capacidade LTM;
- Utilização da capacidade do Porto de Santos ainda elevada em Jan/23 (85% LTM vs 85% em 2022 e 84% em 2021);
- Reiteramos nosso rating de Compra para o Santos Brasil;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Aversão a risco aumenta e renda fixa volta a ser destaque (Valor);
- Santander Espanha faz ‘investor day’ e divulga metas para filiais, inclusive Brasil (Valor);
- Juro do rotativo do cartão de crédito sobe em janeiro a 411,5% ao ano, aponta BC (InfoMoney);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- TIM investe US$ 50 milhões em fundo voltado ao universo 5G (Valor);
- Presidente da Anatel reafirma que agência não discute intervenção na Oi (Valor);
- Conselho da TIM aprova incorporação de unidade adquirida da Oi Móvel (Teletime);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- David Murciano renuncia ao cargo de diretor financeiro e relações com investidores do Carrefour Brasil (Valor);
- Mudança na tributação de medicamentos em São Paulo entra em vigor nesta quarta (1º) (Folha);
- Petland expande operação no Rio Grande do Sul e projeta 19 lojas até o final do ano (Mercado e Consumo);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Agro
- Usineiros comemoram efeito de novas alíquotas sobre etanol – Valor
- Biden to Set in Motion Gasoline Policy Shift to Bolster Ethanol – Bloomberg
- Alimentos e Bebidas
- (i) BRF tem prejuízo de R$ 956 milhões no 4º trimestre – Valor
- China’s Revenge Spenders Will Splurge on Beef as Country Reopens – Bloomberg
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- Agro
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Governo volta a taxar gasolina e etanol, e Petrobras corta preços. (Valor Econômico);
- 3R paralisa temporariamente produção do Polo Papa-Terra . (Valor Econômico);
- Tarcísio autoriza estudos para privatização da Sabesp e Emae. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Carteiras XP: Trocas adicionais na Top 10 & Small Caps – Março 2023
- *Publicamos nossas Carteiras de março no dia 27 de fevereiro, mas decidimos fazer as alterações adicionais:
- Na Carteira Top 10 Ações, trocamos um papel do setor de Elétricas por outro do mesmo setor e um papel de Agro, Alimentos e Bebidas por um do setor de Papel e Celulose. *Decidimos fazer uma alteração adicional, retirando PetroRio (PRIO3) e substituindo por São Martinho (SMTO3);
- Na Carteira Top 10 Ações Internacionais (BDRs) XP, trocamos uma empresa do setor de Telecom por uma de Varejo;
- Na Carteira Top Small Caps XP, *decidimos fazer uma alteração, retirando o 3R (RRRP3) e aumentando o peso do PetroRecôncavo (RECV3) de 5% para 10%;
- Por fim, na Carteira Top Dividendos XP, trocamos um papel do setor de Bancos por outro do mesmo setor e adicionamos um papel do setor de Elétricas.
Raio-XP: A Bolsa brasileira é uma oportunidade?
- Os mercados globais sofreram com a aversão ao risco após uma recuperação robusta no mês anterior. Os mercados caíram principalmente devido a dados de inflação dos EUA acima do esperado e fortes dados de consumo e mercado de trabalho, levantando preocupações sobre novos aumentos de juros pelo Federal Reserve. Enquanto isso, a principal agenda no Brasil continua sendo política e fiscal. O Ibovespa caiu 7,5% em reais e 9,8% em dólares, enquanto o real desvalorizou 3% com a valorização do dólar frente a outras moedas neste mês;
- Os fluxos estrangeiros começam a enfraquecer. Após forte entrada de R$ 12,5 bilhões em janeiro, fevereiro registrou saída de R$ 1,1 bilhão de investidores estrangeiros, o primeiro fluxo negativo desde maio de 2022. Esse é um indicador relevante para acompanhar, pois o fluxo do investidor estrangeiro que vem suportando os preços dos ativos brasileiros nos últimos 12 meses;
- O múltiplo de P/L do Ibovespa está menos atrativa do que antes. O mercado vem revisando o Lucro Por Ação (LPA) das empresas brasileiras, que já foi revisado para baixo em -10% para os próximos 12 meses. Isso levou o indicador Preço/Lucro (P/L) da Bolsa a subir para 7,3x, de 6,0x há alguns meses. Enquanto isso, as taxas reais de longo prazo também subiram para próximo de 6,5% (títulos NTN-B). A combinação de LPA menor e taxas de juros mais elevadas fizeram com que o prêmio de risco do Ibovespa em voltasse mais próximo de sua média histórica. Ou seja, a Bolsa brasileira ficou menos atrativa em relação às taxas de juros atuais;
- Como vimos ressaltando nos últimos meses, a combinação desses fatores (taxas de juros, riscos domésticos e globais) tornou a nossa visão para as ações brasileiras tornou-se um pouco mais cautelosa. Mas isso pode mudar rapidamente, no momento em que as perspectivas para as taxas de juros melhorarem. As taxas reais nos níveis atuais limitam o potencial de valorização do Ibovespa, o que mantém nosso valor justo de 2023 para o Ibovespa em 125 mil pontos. Com uma perspectiva fiscal em deterioração, permanecemos posicionados defensivamente em nossas carteiras, evitando nomes altamente alavancados e histórias de turnaround. Seguimos com os três temas principais: 1) Commodities; 2) Histórias de crescimento secular; e 3) Qualidade a um preço razoável (“QARP”);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Mercados
- Análise: Radiografia do BC mostra crédito a empresas com luz amarela (Valor Econômico);
- Dívida pública tem maior resgate líquido da história (Valor Econômico).
- Noticiário Corporativo
- Americanas recebe aval da Justiça para pagar débitos trabalhistas e de pequenos credores (Valor Econômico);
- Governo dá sinal de ação mais direta na Petrobras (Valor Econômico).
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Alocação & Fundos
Carteira Fundamentalista FIIs – Março 2023
- Com o objetivo de ajudar os investidores no processo de alocação de recursos, atualizamos a carteira fundamentalista de FIIs para o mês de março de 2023, que tem como objetivo superar o desempenho do IFIX, índice dos Fundos Imobiliários;
- Em fevereiro, o IFIX apresentou queda de -0,45%, marcando o segundo mês de queda, após o recuo de -1,60% em janeiro. No mês, fundos de papel registraram uma alta média de 0,41%, enquanto fundos de tijolos caíram em média -0,28%;
- Alteramos a composição dos pesos e fundos da carteira para o mês de Março/23, mantendo a distribuição majoritária em fundos de recebíveis;
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Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundo imobiliário dispara 18%, ano no vermelho, melhores e piores de fevereiro (MoneyTimes);
- IFIX sobe, em dia de alta do RBRR11 e queda do MALL11; resultado do VGIR11 cresce 20% (Suno);
- Dividendos do Fiagro para março; AAZQ11 e XPCA11 são destaques (FIIs);
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ESG
Expert Talks ESG com a Deloitte: Como as empresas lidam com os efeitos das mudanças climáticas?
- Nesta terça-feira, dia 28/fev, o time ESG do Research da XP realizou um webinar ao vivo com o Anselmo Bonservizzi, sócio líder de ESG da Deloitte, com o objetivo de apresentar sua visão para a agenda ESG no Brasil e no mundo, além de trazer os principais destaques da pesquisa Deloitte 2023 CxO Sustainability Report, lançada no início de 2023;
- Com mediação do time ESG XP, os pontos chave da live foram: (i) a adoção da estratégia ESG é uma jornada tanto no Brasil quanto no mundo; (ii) cresce a preocupação de executivos com os efeitos das mudanças climáticas; (iii) pressões regulatórias tendem a aumentar; (iv) benefícios da estratégia climática não se resumem a imagem…; e (v) …mas existem desafios que dificultam a adoção de uma estratégia climática. Por último, Anselmo finalizou o webinar com sugestões de primeiros passos para empresas que estão no início da jornada ESG para capacitá-las a adotar essa agenda de forma eficiente, integrada e transparente;
- Clique aqui para acessar a live completa, bem como o relatório com resumo.
WEG investe R$100M para expandir produção de baterias de lítio | Café com ESG, 01/03
- O mercado encerrou o pregão de terça-feira novamente em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -0,74% e -0,37%, respectivamente;
- No lado das empresas, (i) a WEG, companhia que faz parte da nossa Carteira Recomendada ESG, anunciou que vai investir R$100 milhões para expandir sua capacidade de produção de baterias de lítio, permitindo que a empresa cresça no mercado de mobilidade elétrica – o investimento será feito de forma faseada, aumentando a produção na sede da companhia em Santa Catarina e, posteriormente, construindo uma nova fábrica que deve ficar pronta até o primeiro semestre de 2024; e (ii) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou ontem o Ofício Circular Anual 2023, uma espécie de guia para as companhias reguladas com orientações para envio de informações – o documento contém as melhores práticas de governança corporativa do mercado e aborda o novo formulário de referência, registro de emissores, demonstrações financeiras, entre outros temas;
- Na política, o grupo de trabalho criado em 2015 para conter os efeitos das mudanças climáticas no Brasil será retomado, após anúncio feito ontem pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao lado do assessor especial para o clima do Joe Biden, John Kerry – o primeiro passo será estabelecer prioridades de ações conjuntas entre os dois países, com foco no combate ao desmatamento;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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