IBOVESPA +0,15% | 120.446 Pontos
CÂMBIO +0,39% | 5,46/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na quinta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,2%, aos 120.446 pontos, com os investidores digerindo a decisão do Copom, da manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano, com unanimidade. O comunicado destacou a incerteza no cenário macroeconômico global, enquanto o panorama doméstico segue marcado por atividade econômica sólida, elevação das projeções de inflação e desancoragem das expectativas, requerendo maior cautela.
O principal destaque positivo da sessão foi a PetroRecôncavo (RECV3, +4,9%), devido a um movimento técnico de recuperação. A ação sobe 6,8% nos últimos 2 dias, e vinha de uma queda de 16,8% desde o começo do mês. Já o principal destaque negativo foi a Azul (AZUL4, -4,1%), continuando o momento negativo do papel, caindo 18,4% em junho até o momento.
Para o pregão de sexta-feira, teremos as prévias de PMIs de manufatura e serviços nos EUA e na Zona do Euro, ambas referentes ao mês de junho.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de quinta-feira (20) com fechamento nos vértices curtos e intermediários, e abertura nos longos. Com a decisão unânime de manutenção da taxa Selic por parte do Copom, o mercado logo passou a reduzir a precificação de risco nos ativos locais. No entanto, preocupações com a trajetória fiscal do Brasil, e com a mudança no comando do Banco Central, acabaram por mitigar esse movimento. Nos EUA, o tom mais restritivo do presidente do Federal Reserve de Minneapolis em discurso, aumentou o sentimento de aversão ao risco por parte dos investidores, afetando o câmbio, que subiu para R$ 5,46/US$. Por lá, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam em 4,70% (+1,0bps) e as de 10 anos em 4,25% (+3,0bps). DI jan/25 fechou em 10,62% (queda de 9bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,23% (queda de 12bps); DI jan/27 em 11,6% (queda de 7bps); DI jan/29 em 12,03% (estável, 0bps); DI jan/33 em 12,17% (alta de 10bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem negativos (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,2%). Hoje, o mercado espera uma série de dados de atividade econômica, com destaque para os índices de gerentes de compras nos EUA e na Zona do Euro. Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,8%). No Reino Unido, vendas ao varejo superaram as estimativas. Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -0,2%; HSI: -1,7%), na expectativa de novos estímulos do governo à atividade econômica.
Economia
O Banco Central da Inglaterra manteve a taxa de juros estável em 5,25%, em decisão dividida, conforme o esperado. Na Europa e nos Estados Unidos, a semana se encerra com a divulgação dos PMIs – índice de gerente de compras – referentes a junho. No Brasil, agenda de indicadores vazia nessa sexta-feira – destaque para notícias que mostram disposição do governo em revisar gastos com benefícios sociais.
Veja todos os detalhes
Economia
Semana termina com divulgação de PMIs nas principais economias
- O Banco da Inglaterra (BoE) decidiu manter sua taxa de juros estável em 5,25% em junho. Mais uma vez, tivemos uma decisão dividida, pois dois membros do Comitê de Política Monetária (MPC) votaram por reduzir a taxa de juros do banco em 0,25 pp., repetindo o placar da última reunião. No geral, o BoE continuou sinalizando sua intenção de cortar as taxas em agosto. Os dados de inflação de junho serão fundamentais e acreditamos que, a menos que vejamos outra leitura alta, o BoE cortará os juros em sua próxima reunião.
- Na zona do euro, o PMI – índice de gerentes de compras – caiu para 45,6 em junho no indicador industrial (exp. 47,9), e para 52,6 em serviços (exp. 53,4). Destaque para a Alemanha, cujo PMI industrial passou de 45,4 para 43,4 (exp. 46,4) e o de serviços, de 54,2 para 53,5 (exp. 54,4). Vale lembrar que valores abaixo de 50 pontos mostram contração da atividade. Os dados, portanto, reiteram visão de arrefecimento da economia na região, o que pode implicar redução adicional nas taxas básicas de juros pelo Banco Central Europeu adiante.
- Ontem, os pedidos semanais de seguro-desemprego vieram levemente acima do esperado nos Estados Unidos (238k). Hoje, o mercado prestará atenção na divulgação do PMI preliminar de junho, a ser divulgado às 10:45.
- No Brasil, o Supremo começou a julgar nesta semana um conjunto de ações que questionam a Reforma da Previdência aprovada em 2019, em especial sobre os gatilhos a serem usados em caso de déficit. Como apontou nosso time político e econômico em nota, o impacto fiscal total seria de R$ 497,9 bilhões caso todos os pedidos fossem acatados pelo STF, em linha com o reportado nos jornais e como consta o anexo de riscos fiscais. Mas ressaltamos que essa conta considera também processos que estão fora da pauta do STF neste momento, não se limitando, portanto, ao que foi avaliado até o pedido de vista de anteontem.
- Também na seara fiscal, jornais apontam que o governo pretende fazer revisões em benefícios sociais, como o Bolsa Família e o BPC, e assim economizar de R$ 20 bi a R$ 30 bi em despesas no próximo ano.
Empresas
Mineração & Siderurgia, Papel & Celulose e Bens de Capital: O que os investidores estrangeiros estão olhando?
- Na semana passada, visitamos investidores nos EUA para discutir nosso universo de cobertura.
- Embora os investidores estivessem em geral preocupados (e decepcionados) com o ambiente macroeconômico do Brasil, os níveis de valuation dos nomes expostos ao mercado doméstico como Randon e Marcopolo chamaram a atenção.
- Ao mesmo tempo, o perfil defensivo da WEG e suas melhores perspectivas de crescimento a fizeram o papel discutido com maior otimismo durante nossas reuniões.
- O potencial acordo da Suzano com a IP talvez tenha sido o principal tema debatido, embora a maioria dos investidores permaneçam céticos com a ação devido a preocupações com o balanço se o negócio for assinado (SUZB3 -19% desde que a notícia foi divulgada em 7 de maio).
- Além disso, embora a Vale tenha sido frequentemente descrita como barata, as preocupações com o setor imobiliário da China foram recorrentes.
- Finalmente, embora a narrativa de crescimento para a Embraer tenha sido um consenso, notamos opiniões divergentes sobre a atratividade dos níveis atuais de valuation.
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Papel e Celulose: Empresas de celulose devem apresentar melhor desempenho relativo no 2T24E; Futuros para Jul’24 a US$730/t
- Nesta semana, notamos:
- Receita preliminar da Suzano no 2T24E de +17% T/T, enquanto a receita preliminar da Klabin deve aumentar +11% T/T e Irani +8% T/T;
- Os futuros chineses da BHKP estão atualmente em US$ 730/t para Jul’24 (estável S/S) e abaixo dos preços spot da BHKP de US$ 740/t na China e, finalmente,
- A Suzano está sendo negociada a 5,0x EV/EBITDA forward quando excluído Cerrado, um desconto de 29% quando comparada à sua média histórica de 7,0x e -4% de desconto em relação aos players do mercado de celulose.
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Vale (VALE3): Um plano estratégico detalhado com valor potencial a ser desbloqueado – Avaliação da Revisão de Ativos da Vale Metais Básicos
- A Vale realizou o webinar de Revisão de Ativos de Metais Básicos com o presidente da VBM da Vale, Mark Cutifani, a diretora comercial da VBM, Tina Litzinger, e o diretor de RI da Vale, Thiago Lofiego. As principais conclusões foram:
- Um plano estratégico detalhado para os ativos de Metais Básicos, com várias oportunidades para aumentar a capacidade de produção de cobre em 100 ktpy e níquel em 40 ktpy até 2028E+;
- Melhoria de volumes potenciais (~5-10%) e redução de custos (~10%) impulsionando melhor desempenho operacional, com ganhos iniciais implicando um EBITDA incremental de ~US$ 400 milhões até 2026E e ~US$ 1,3 bilhão até 2028E em diante; e
- Expectativas de um mercado apertado para cobre e níquel, dada a demanda acelerada de veículos elétricos, baterias e energia renovável, com adições de capacidade limitadas;
- Mantemos nossa recomendação de Compra para Vale, enquanto esperamos que o valor da Metais Básicos seja desbloqueado assim que o desempenho operacional melhorar;
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Data Expert | A Beleza dos Dados – 3ª Edição
- Essa é a 3ª edição do nosso relatório, em que comparamos o portfólio de produtos e a estratégia de precificação da Avon, Natura e O Boticário;
- Nesta edição, também introduzimos uma seção sobre inovações para mapear o resultado do recente aumento de investimentos da NTCO. Nossas principais conclusões foram;
- A categoria de Casa e Estilo da Avon continua sendo ajustada, com o número de SKUs reduzido em ~37% em relação à nossa última análise (maio/23) e em ~45% em relação a setembro/21;
- Tanto a Avon quanto a Natura estão reforçando seu posicionamento estratégico core (maquiagem e cuidados com o corpo, respectivamente);
- A Avon está ajustando sua estratégia promocional, com um desconto médio por SKU mais alto, mas menos disseminado pelos SKUs vs. 2023;
- A Natura e O Boticário estão se aventurando em novas categorias, enquanto a Avon está inovando através de novas opções de cores para produtos já existentes;
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Jalles (JALL3) | Revisão dos resultados do 4T24 (ano fiscal 1T24): perspectivas animadoras
- A Jalles reportou números do 4T24 em linha com nossas estimativas, com o EBITDA ajustado aumentando 80% em relação ao ano anterior (-3% vs. XPe). A estratégia da empresa de adiar as vendas de etanol para a entressafra foi assertiva. Entretanto, o lucro caixa foi negativo, o que acreditamos estar ligado às margens fracas de etanol na última temporada, algo a ser observado de perto em 2024/25;
- Além disso, os estoques vieram ligeiramente maiores e tentaremos obter mais informações sobre a estratégia de venda durante o 1T25. Olhando para o futuro, vemos números encorajadores devido ao hedge do açúcar com preços atrativos (+30% A/A) e ao guidance em grande parte em linha com a XPe;
- O cenário de investimento da Jalles continua sendo de crescimento garantido + valuation atrativo (2,7x EV/EBITDA para 2024/25). No entanto, não vemos catalisadores claros devido à incerteza em torno dos preços de S&E (embora a empresa já tenha feito hedge de 100% de seu açúcar disponível para 2024/25), enquanto as ações de baixa liquidez estão sendo deixadas de lado pelos investidores;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- iFood incorpora Zoop e cria banco digital para restaurantes que já nasce com 140 mil contas (Valor);
- Bancos vão padronizar extratos a partir de 8 de julho (Valor);
- Anbima aposta em ‘tokenização’ para conexão ao Drex (Valor);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Shopee ultrapassa Amazon no Brasil em tráfego online no Mês das Mães (E-commerce);
- “Je suis” Atacadão. Carrefour Brasil exporta seu atacarejo para a França (Neofeed);
- STJ nega uso de créditos de PIS e Cofins decorrentes de gastos com o ICMS-ST (Valor Econômico);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- Drinks maker Britvic rejects $3.93 billion takeover proposal from Carlsberg (Reuters);
- Alimentos
- Em 2024 produção mundial de carnes deve permanecer quase estável em relação a 2023, prevê a FAO (Avisite);
- Diferença entre preços das carnes suína e bovina é a menor desde novembro de 2020 (Agrimídia);
- Agro
- US Opens Way for Brazil Used Cooking Oil in Blow for Farmers (Bloomberg);
- Dólar muda o ritmo de vendas de soja no Brasil e na Argentina (GloboRural);
- Biocombustíveis
- BP to buy out Bunge’s stake in Brazilian biofuels JV in $1.4 bln deal (Reuters);
- São Martinho vê recuperação de preço de etanol no segundo semestre (NovaCana);
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- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Planos de saúde: relator resiste a contrato sem internações e propõe novo cálculo para reajuste na modalidade coletiva (O Globo);
- Com custos no limite, setor de saúde passa por mudanças (Valor Econômico);
- Ministério da Saúde divulga edital de vagas remanescentes no Programa Mais Médicos (Ministério da Saúde);
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- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Justiça nega pedido de suspensão da nova revisão da Lei de Zoneamento de SP (Folha de SP);
- Construção reafirma pleito de neutralidade na reforma tributária (Sinduscon);
- Selic a 10,50%: Como a taxa de juros impacta o mercado imobiliário (Money Times);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Governo anuncia decreto com diretrizes para novos contratos de distribuição de energia (CNN Brasil);
- Privatização da Sabesp entra em fase final, e Governo de SP define preço mínimo de ação (Folha de SP);
- Indústria eólica vive crise e governo promete conjunto de medidas emergenciais (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields retreat after data hints at slowing economy (CNBC);
- Custo da Selic para empresas chega a R$ 78 bi (Valor Econômico);
- Com custos no limite, setor de saúde passa por mudanças (Valor Econômico);
- Rating do Banco Mercantil elevado para ‘brAA-’ por melhoria no desempenho financeiro; perspectiva alterada para estável (S&P Global);
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Análise (Crédito): FS Bio
- A FS foi a primeira indústria brasileira a produzir etanol a partir do milho;
- A queda abrupta do preço do insumo (estoque mais caro que o preço de venda) e os preços mais baixos para o etanol levaram ao aumento da dívida líquida/EBITDA para 4,1x. Seu covenant de alavancagem ≤3,0x restringe determinadas captações e distribuição de dividendos, sem resultar em default ou aceleração do vencimento dos empréstimos;
- A FS realizou alongamentos em seu passivo bancário e reduziu o montante de capex previsto para suportar o atual momento de maior alavancagem sem comprometer o seu negócio;
- Em nossa visão, é necessária a rápida retomada da rentabilidade nos meses adiante, que deve ser impulsionada pela normalização gradual dos preços de seu estoque de milho, para a recuperação de suas métricas de crédito em patamar confortável;
- Clique aqui para acessar a análise.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Interrupção de cortes da Selic vai beneficiar FIIs de papel, mostra estudo da XP (Valor Econômico);
- XPLG11 anuncia quanto já captou na 7ª emissão de cotas; veja o valor (FIIs);
- FIIs têm dia de oscilação no pós-Copom, mas IFIX fecha em alta de 0,04% (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Manutenção da Selic em 10,50%: Como ficam os FIIs?
- O Copom decidiu manter a taxa Selic estável em 10,50% a.a. Esta mudança de ritmo de cortes na política monetária tem implicações diretas sobre os retornos e estratégias de investimento dos fundos imobiliários. Por isso, vale lembrar alguns conceitos e entender o comportamento do IFIX;
- A abertura da curva de juros real e a piora das expectativas para a continuidade dos cortes na taxa Selic podem resultar em performances negativas dos fundos imobiliários, especialmente os fundos de tijolos;
- Os fundos de papel, por outro lado, tendem a ser menos sensíveis aos movimentos da taxa Selic, o que pode proporcionar melhor performance em cenários de maior incerteza;
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ESG
Brasil capta US$ 2 bi em 2ª emissão de título ESG | Café com ESG, 21/06
- O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território misto, com o IBOV subindo 0,15%, enquanto o ISE caiu 0,11%.
- Na política, o Tesouro Nacional captou nesta quinta-feira US$2 bilhões no mercado internacional com sua segunda emissão de títulos sustentáveis – o rendimento do título ficou em 6,375%, valor abaixo da referência inicial e também inferior ao da primeira emissão de títulos sustentáveis do país, de 6,50%, no ano passado.
- Do lado das empresas, (i) a Ambiental, unidade de negócios da JBS que atua na gestão de resíduos, reciclagem de plásticos e obtenção de novos produtos a partir do material, se prepara para uma nova rodada de expansão -segundo executivos da companhia, a operação vem ganhando musculatura com a procura crescente por parte de grandes empresas por soluções de economia circular; (ii) a norueguesa Equinor anunciou ontem a decisão final de investimento de um complexo solar na Bahia que será construído na mesma área de usinas eólicas da empresa, configurando o primeiro projeto híbrido de geração renovável da petroleira no mundo – o início da construção do novo complexo solar está previsto para setembro, e a operação comercial é esperada até o final de 2025.
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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