IBOVESPA +1,98% | 103.831 Pontos
CÂMBIO 0,0% | 4,11/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Após uma semana positiva para Ibovespa, que acumulou alta de 1,25% aos 103.831 pontos, principalmente impulsionado pelos avanços nas negociações comerciais entre EUA-China no fim da semana, os mercados globais iniciam a manhã em queda.
O acordo limitado delineado pela China e pelos EUA no domingo manteve viva a perspectiva de um acordo comercial abrangente e forneceu um impulso inicial às Bolsas. Porém, o ceticismo voltou após a China manifestar desejo por mais conversas com autoridades americanas até o fim de outubro para discutir detalhes da “fase 1” do acordo comercial anunciado na última sexta-feira, antes de submetê-lo à assinatura do presidente Xi Jinping.
Entre os principais pontos do acordo, estão: o entendimento nas áreas cambial, de propriedade intelectual, de serviços financeiros e o aumento entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões das compras chinesas de produtos agrícolas norte-americanos. Além disso, Trump concordou em não elevar as tarifas de 25% para 30% no dia 15 de outubro e disse que o “relacionamento com a China é muito bom”.
Hoje, mesmo com o feriado do Dia de Colombo nos EUA, as Bolsas funcionam em Nova York, e os futuros indicam um pregão de baixa, seguindo preocupação de que o acordo entre EUA-China seja apenas uma “trégua temporária”.
Na Europa, as Bolsas também operam em queda, com os investidores atentos aos desdobramentos do Brexit, cuja conclusão para um acordo precisa ocorrer até o dia 31 de outubro. A BBC informou, segundo a CNBC, que Reino Unido e União Europeia ainda estão divididos em relação aos acordos alfandegários.
No noticiário local, segundo a Folha, o governo decidiu fatiar sua reforma tributária. A equipe econômica deu um novo prazo de 60 dias para finalizar a proposta e enviá-la ao Congresso. Desde o primeiro semestre o governo fala em reforma tributária, mas a repercussão extremamente negativa de uma nova CPMF travou o debate durante muitos meses. Agora, o Planalto – ou melhor, a equipe de Paulo Guedes – parece disposto a enviar um texto com uma data definida.
Além disso, o embate entre Jair Bolsonaro e a cúpula do PSL, liderada pelo presidente da sigla, o deputado Luciano Bivar, continuou com novos capítulos durante o fim de semana. O núcleo de Bivar busca se antecipar à Bolsonaro e realizar uma análise de suas contas – algo externalizado pelo presidente da República. O objetivo seria atacar a advogada Karina Kufa, que atuou para o PSL e agora defende Bolsonaro.
Na agenda econômica local, destaque para a divulgação do indicador de atividade IBC-Br de agosto pela manhã, que deverá reforçar a mensagem de que a economia brasileira segue em ritmo lento.
Tópicos do dia
Brasil

- Política Brasil: Governo deve fatiar sua reforma tributária
- Setor de serviços apresenta desempenho modesto em agosto, em linha com as nossas expectativas
- Salário mínimo pode ficar abaixo dos R$1.039 projetados inicialmente
- Mercado diminui projeção de inflação para 2019 e 2020
Internacional

- Indústria chinesa ainda sofre com a guerra comercial, mesmo com os alívios recentes
Renda Fixa

- Banco Pan irá triplicar carteira de crédito após IPO
Veja todos os detalhes
Brasil
Política Brasil: Governo deve fatiar sua reforma tributária
- Segundo a Folha, o governo decidiu fatiar sua reforma tributária. A equipe econômica deu um novo prazo de 60 dias para finalizar a proposta e enviá-la ao Congresso. Desde o primeiro semestre o governo fala em reforma tributária. A repercussão extremamente negativa de uma nova CPMF travou o debate durante muitos meses. Agora, o Planalto –ou melhor, a equipe de Paulo Guedes– parece disposto a finalmente enviar um texto com um deadline fixado;
- O embate entre Jair Bolsonaro e a cúpula do PSL, liderada pelo presidente da sigla, o deputado Luciano Bivar, continuou com novos capítulos durante o fim de semana. O núcleo de Bivar busca se antecipar a Bolsonaro e realizar uma análise de suas contas –algo externalizado pelo presidente da República. O objetivo seria atacar a advogada Karina Kufa, que atuou para o PSL e agora defende Bolsonaro.
Setor de serviços apresenta desempenho modesto em agosto, em linha com as nossas expectativas
- Em agosto de 2019, o setor de serviços apresentou queda de 1,4% na comparação anual e queda de 0,2% na comparação mensal. O resultado veio em linha com as nossas expectativas e reforçou o nosso entendimento de que a economia brasileira segue em ritmo gradual de crescimento;
- Pelo lado negativo, três das categorias analisadas para a elaboração da pesquisa mensal de serviços apresentaram queda entre agosto e julho de 2019 (com destaque para serviços prestados às famílias e transportes, que apresentaram as maiores quedas, de 1,7% e 0.9%, respectivamente);
- Apesar da leitura modesta em agosto, o elemento que mais nos chamou a atenção foi a categoria de transportes. Por se tratar de um setor central da economia brasileira, a desaceleração do setor de serviços pode contaminar o desempenho de outros setores da economia. Assim, tudo ou mais constante, se essa composição de crescimento permanecer inalterada, é provável que os efeitos negativos gerados pelo setor possam ser amplificados, colocando em risco o crescimento do PIB. Clique aqui para acessar a nossa análise completa do resultado.
Salário mínimo pode ficar abaixo dos R$1.039 projetados inicialmente
- De acordo com a Folha de São Paulo, o valor do salário mínimo para o próximo ano poderá ficar abaixo dos R$1.039 projetados pelo governo em agosto. A inflação, que norteia o reajuste, está desacelerando para um patamar abaixo do esperado, o que pode causar um alívio nas contas públicas de até R$ 7,6 bilhões;
- O Ministro da Economia, Paulo Guedes, quer corrigir o piso salarial apenas pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e interromper o ciclo de reajustes com ganhos reais ao trabalhador. Para estimar um aumento do salário mínimo para R$ 1.039, o governo projetava um avanço de 4,02% no INCP deste ano, mas os últimos dados da inflação indicam que o índice poderá encerrar o ano abaixo desse patamar;
- Um ajuste mais modesto do salário mínimo daria uma folga ao caixa do governo, pois o valor é usado para corrigir grandes despesas da União, como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego, abono salarial e benefícios assistenciais a idosos carentes e deficientes físicos.
Mercado diminui projeção de inflação para 2019 e 2020
- De acordo com o Relatório Focus divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado reduziu sua projeção de inflação para 2020 de 3,78% na última semana para 3,73%. Em 2019, a projeção também foi reduzida, de 3,42% para 3,28%;
- A projeção de PIB para 2019 e 2020 permaneceu estável em 0,87% e 2,00%, respectivamente;
- Já a projeção da taxa de câmbio para 2019 e 2020 permaneceu estável em 4,00 e 3,95, respectivamente. Enquanto isso, a projeção da taxa Selic permaneceu estável em 4,75% em 2019 mas passou de 5,00% para 4,75% em 2020. Clique aqui para acessar a nossa análise completa.
Internacional
Indústria chinesa ainda sofre com a guerra comercial, mesmo com os alívios recentes
- O presidente americano, Donald Trump, reforçou em sua conta oficial no Twitter que não aumentará as tarifas impostas a bens chineses de 25% para 30% no dia 15 de outubro. A decisão já tinha sido anunciada na sexta-feira, quando os Estados Unidos e a China fecharam um primeiro entendimento em relação à guerra comercial;
- A China, por outro lado, quer mais conversas com autoridades americanas até o fim de outubro para discutir detalhes da “fase 1” do acordo comercial anunciado na última sexta-feira antes de submetê-lo à assinatura do presidente Xi Jinping;
- Apesar dos últimos alívios nas tensões comerciais entre os dois países, as importações de produtos dos Estados Unidos pela China recuaram 20,6% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2018, enquanto as exportações da China para os Estados Unidos recuaram 17,8% e as vendas do setor automotivo da China recuaram 5,2%.
Renda Fixa
Banco Pan irá triplicar carteira de crédito após IPO
- Segundo veiculado no Valor Econômico, o Banco Pan estaria se preparando para triplicar sua carteira de crédito e para ser um banco completo para a baixa renda. Essa expansão estaria sendo desenhada após a oferta pública realizada em setembro, de R$500 milhões;
- O banco começou os testes da conta digital, que oferecerá todos os serviços digitais para os clientes (movimentação de conta e pagamentos), além de parcerias para atendimento físico em lotéricas e terminais da Caixa Econômica. O banco destaca que não é uma fintech e que continuará totalmente dedicado às classes C, D e E, sendo o único com esse foco no Brasil;
- O Pan tem hoje 4,6 milhões de clientes, devendo conquistar mais 2 milhões com a expansão, sendo que o foco será na concessão de crédito. Hoje a carteira de crédito do banco é de R$22,2 bilhões.

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