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Morning Call XP (13.ago): Reflexo da Argentina no Brasil

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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IBOVESPA -2,00% | 101.915,20 Pontos

CÂMBIO 1,1% | 3,99/USD

O que pode impactar o mercado hoje

A incerteza na Argentina trouxe reflexos para os mercados no Brasil, com o Ibovespa caindo 2,0% e o dólar subindo 1% para 3,98/USD ontem.

A eleição presidencial oficial só acontecerá no dia 27 de outubro, mas o resultado das eleições primárias no último domingo praticamente acabaram com as chances de Macri se reeleger. O mercado reagiu negativamente à notícia, uma vez que a agenda econômica de Macri era mais bem aceita.

Apesar da volatilidade de curto prazo, conforme os nossos economistas destacaram (link para relatório), o impacto para a economia brasileira como um todo é bastante limitado, e a nossa visão segue construtiva para o Brasil, esperando aceleração do crescimento adiante e juros baixos por mais tempo do que se imagina.

Para o Ibovespa, apesar da maior percepção de risco para a América Latina no curto prazo, notamos que as empresas do nosso universo de cobertura têm exposição limitada à Argentina. Destacamos Ambev e Cosan com impactos mais diretos vindos de operações no país. Veja mais.

No mercado internacional, futuros dos EUA operam em queda, em meio a sessões negativas na Europa e Ásia durante a noite. O foco continua na guerra comercial EUA-China e suas implicações econômicas. Enquanto isso, os protestos em Hong Kong mostram poucos sinais de diminuição.

Nas commodities, os preços de petróleo e de minério operam estáveis nessa manhã, em US$58,5/barril e US$90,5/t, respectivamente. Enquanto isso, os preços de celulose seguem recuando na China, com queda de US$9,7/t nesta semana para US$486,1/t. Reiteramos cautela no curto prazo para celulose mas mantemos visão posiva no longo prazo com recomendação de compra para Suzano.

Do lado das empresas, atualizamos nossas estimativas para a Ambev e aumentamos nosso preço alvo de R$18/ação para R$21/ação, mantendo recomendação Neutra. Operacionalmente, reconhecemos que agora parecemos ter mais pontos positivos do que negativos. Porém, a concorrência permanece acirrada, enquanto a Ambev negocia a 22x Preço/Lucro 2020, justo após reclassificação recente.

A Azul (AZUL4) anunciou ontem à noite que começará a operar a ponte aérea Rio-São Paulo (CGH e SDU) a partir de 29 de agosto, com 34 operações diárias. Vemos a notícia como marginalmente positiva, dada a maior rentabilidade da rota.

Por fim, a Cosan (Compra) divulgou resultados consolidados em linha com o esperado no segundo trimestre, com Comgas, MOOVE e Raízen Argentina superando nossas expectativas, mas margens da Raízen Combustíveis decepcionando. O Magazine Luiza (Neutro) reportou bons resultados, com lucro líquido +2% acima de nossas estimativas e +6% acima do consenso da Bloomberg.

Tópicos do dia

Agenda de resultados hoje

Banrisul (BRSR6): Antes da abertura
Bradespar (BRAP4): 
Após o fechamento
Clique aqui para acessar o calendário completo
Para ver um resumo dos resultados até o momento, clique aqui

Brasil

  1. Política Brasil: MP da Liberdade Econômica e Reforma Tributária em foco
  2. MP da Liberdade Econômica deve ser votada hoje e nova CPMF não fará parte da proposta de reforma tributária
  3. PIB deve crescer 0,9% na comparação anual do segundo trimestre de 2019

Internacional

  1. China promove nova desvalorização do yuan
  2. Argentina e o reflexo para a Bolsa no Brasil
  3. Argentina: O pior cenário se materializa

Empresas

  1. Ambev (ABEV3): Atualizando estimativas. Mantemos Neutro.
  2. Companhias Aéreas: A Azul (AZUL4) começará a operar a ponte aérea Rio-SP; Positivo
  3. Cosan (CSAN3): Resultados do 2T19 em linha no consolidado, mas com alta dispersão nos diferentes negócios
  4. Magazine Luiza (MGLU3): Mais um trimestre sólido, com lucro líquido 2% acima do esperado
  5. Banrisul (BRSR6): Lucro Líquido 4% abaixo da XPe no 2T19
  6. Frigoríficos: Incêndio destrói parcialmente fábrica de carne da Tyson Foods
  7. Petrobras (PETR4): Pré-pagamento de dívida com plano de pensão Petros
  8. Cemig (CMIG4): Reduz 25% de cargos de superintendência e gerência, e eleva investimentos em distribuição
  9. Cemig (CMIG4): Governador Zema reitera necessidade de privatização da Cemig
  10. Mineração: ANM adia prazo para eliminar barragens a montante
  11. Ecorodovias (ECOR3): Acordo de leniência com MPF no Paraná


Veja todos os detalhes

Brasil

Política Brasil: MP da Liberdade Econômica e Reforma Tributária em foco

  • O Congresso deve começar hoje a votar a MP da Liberdade Econômica, que caduca no dia 28. Se a votação for concluída hoje, a medida segue ainda para o Senado;
  • Enquanto tramita a PEC da Previdência, governo e aliados no Senado querem votar medidas de ajuda aos governadores e prefeitos, como nova divisão do dinheiro do leilão de petróleo e a securitização das dívidas. A estratégia é angariar mais apoio de estados à reforma da Previdência. Para Fernando Bezerra, líder do governo, o Senado vota até o final de setembro;
  • Bolsonaro e Maia voltaram a descartar a volta da CPMF e falaram em uma reforma tributária para fundir e simplificar impostos. O presidente da Câmara sinalizou que a reforma deve avançar sobre incentivos fiscais e buscar a retirada das regras da Constituição. A previsão bastante otimista é que a PEC seja votada na Comissão Especial da Câmara em 2 meses (segunda quinzena de outubro), de forma a ter tempo para dois turno de votação em plenário ainda este ano, mas esse calendário ainda deve sofrer modificações ao longo da semana.

MP da Liberdade Econômica deve ser votada hoje e nova CPMF não fará parte da proposta de reforma tributária

  • De acordo com o jornal O Globo, a MP da Liberdade Econômica, que desburocratiza o ambiente de negócios, deve ser votada hoje, seguindo para o Senado na próxima semana;
  • Além disso, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, condenaram a possibilidade de inclusão da CPMF na reforma tributária;
  • Maia garantiu que o ambiente é favorável no Congresso para a discussão da reforma, sem grandes disputas entre Câmara e Senado. A proposta do governo deve ser entregue no Congresso nos próximos dias.

PIB deve crescer 0,9% na comparação anual do segundo trimestre de 2019

  • O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de junho, divulgado ontem pela manhã, nos surpreendeu positivamente ao apresentar crescimento de 0,3% na comparação mensal;
  • Até a última sexta-feira, a nossa projeção para o PIB do segundo trimestre de 2019 era de 0,5% na comparação anual;
  • Com o resultado do IBC-Br, nós revisamos a nossa estimativa para 0,9% na comparação anual e 0,35% na comparação trimestral. Clique aqui para ler o relatório completo.

Internacional

China promove nova desvalorização do yuan

  • O Banco Central da China promoveu hoje desvalorização do yuan em relação ao dólar pela quarta vez consecutiva;
  • A taxa de conversão segue acima da barreira de 7 yuans por dólar, atingindo 7,0326. Ontem a marca era de 7,0211 yuans;
  • A tensão comercial entre EUA e China, portanto, segue como principal fonte de risco para o mercado, que deve seguir atento a possíveis retaliações e novos anúncios de medidas protecionistas.

Argentina e o reflexo para a Bolsa no Brasil

  • Os mercados reagiram muito negativamente ao resultado da eleição primária na Argentina no domingo (11/08). O atual presidente, Mauricio Macri, perdeu por 15 pontos percentuais da chapa Fernández-Kirchner, muito atrás das expectativas do mercado, que era de uma diferença de 9 pontos percentuais. Com isso, a probabilidade do Macri ser reeleito na eleição de Outubro é praticamente nula;
  • A expectativa é que a Argentina volte às políticas do passado, o que traz muita incerteza para os investidores e levou a queda de 38% na bolsa local (Merval) e desvalorização de 15% da moeda ante o dólar. A incerteza na Argentina trouxe reflexos para os mercados no Brasil, com o Ibovespa caindo 2,0% e o dólar subindo 1% para 3,98/usd.Apesar da volatilidade de curto prazo, conforme os nossos economistas destacaram (link), o impacto para a economia como um todo é bastante limitado, e a nossa visão segue construtiva para o Brasil, esperando aceleração do crescimento adiante e juros baixos por mais tempo do que se imagina;
  • Para o Ibovespa, apesar da maior percepção de risco para a América Latina no curto prazo, notamos que as empresas do nosso universo de cobertura têm exposição limitada à Argentina. Para ver os detalhes acesse o relatório completo.  

Argentina: O pior cenário se materializa

  • O pior cenário se materializou e as chances de reeleição do presidente Macri agora parecem ser próximas de zero. Com esse contexto, esperamos que o mercado vá de certa forma ignorar as decisões da administração de Macri e focar apenas no que vier da chapa Fernández-Kirchner. Ontem, o Merval caiu 34%, os títulos centenários caíram 25%, com as ações listadas em NY (ADRs) caindo 50%;
  • Nós acreditamos que o ambiente de volatilidade e extrema aversão a risco predomine até que o candidato Alberto Fernández anuncie o futuro ministro da Economia de seu governo. Se um bom nome for indicado (alguém como Martín Redrado, por exemplo) os mercados poderiam se estabilizar. Se a decisão não vier rápido, no entanto, o sistema financeiro da Argentina pode ruir em questão de dias, e a economia logo o seguirá. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Empresas

Ambev (ABEV3): Atualizando estimativas. Mantemos Neutro.

  • Atualizamos nossas estimativas para a Ambev após os resultados do 2T19 e nossas novas projeções macroeconômicas, com expectativa para crescimento do PIB do Brasil de 0,9% em 2019 e 2,1% em 2020, câmbio de 3,82/USD em 2019 e 3,70/USD em 2020 e um menor risco país no Brasil;
  • Aumentamos nosso preço alvo de R$18/ação para R$21/ação e mantemos nossa recomendação Neutra. Em termos operacionais, reconhecemos que agora parecemos ter mais pontos positivos do que negativos, frente a menores custos no final do ano, com o Brasil acelerando (ainda que de forma gradual) e as iniciativas de inovação da Ambev. No entanto, a concorrência permanece acirrada, enquanto a Ambev negocia a um múltiplo de 22x Preço/Lucro 2020, patamar justo na nossa visão, considerando a recente reavaliação dos múltiplos, que ocorreu globalmente com taxas de juros mais baixas;
  • Apesar de vermos potencial para contínua reclassificação dos múltiplos adiante, frente aos cortes de juros, destacamos riscos com os desafios políticos na Argentina (~9% do EBITDA) e possíveis mudanças nos benefícios fiscais do setor após uma Reforma Tributária. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Companhias Aéreas: A Azul (AZUL4) começará a operar a ponte aérea Rio-SP; Positivo

  • A Azul anunciou ontem à noite que começará a operar a ponte aérea Rio-São Paulo (CGH e SDU) em 29 de agosto, com 34 operações diárias. Estimamos que a rota poderia representar ~2% da oferta total do 4T (XPe);
  • Vemos a notícia como marginalmente positiva para a Azul (recomendação de Compra), dada a maior rentabilidade da rota;
  • Para acessar nosso comentário completo sobre o assunto, basta acessar esse link.

Cosan (CSAN3): Resultados do 2T19 em linha no consolidado, mas com alta dispersão nos diferentes negócios

  • Em 12 de agosto, a Cosan registrou um lucro de R$ 418,3 milhões no 2T19, ligeiramente acima da nossa estimativa de R$ 401,7 milhões (+ 4,1%). O EBITDA pro-forma ajustado de R$ 1.327,2 milhões veio em linha com a nossa estimativa de R$ 1.311,8 milhões (+ 1,2%);
  • Na frente positiva, os principais destaques foram os resultados acima do esperado em (1) Comgas, com maiores volumes, (2) Moove, devido a maiores vendas e (3) Raízen Argentina (melhores margens de refino). Na frente negativa, resultados na Raízen Combustíveis Brasil vieram abaixo das nossas estimativas, com margens EBITDA reportadas de R$ 85 / m3 abaixo da nossa estimativa de R$ 105 / m3 devido a um maior mix de etanol e impactos nos estoque devido a ajustes praticados pela Petrobras no trimestre. Os resultados da Raízen Energia ficaram apenas um pouco abaixo de nossas expectativas, refletindo atrasos na safra devido às chuvas acima do esperado;
  • Nós temos uma avaliação mista dos resultados do 2T19 da Cosan. Embora os valores de EBITDA Ajustado e Lucro Líquido foram alinhados com nossas estimativas, o mercado pode reagir negativamente à queda das margens da Raízen Combustíveis Brasil, ilustrando a elevada competição no setor;
  • Mantemos nossa recomendação de compra na Cosan, tendo em vista o momento positivo das várias linhas de negócios da empresa, com destaque para COMGAS e MOOVE no trimestres. Embora a instabilidades na Argentina possam aumentar a percepção de risco em relação a nossa tese de investimentos, notamos que a Raízen Argentina representa apenas 5,5% de nosso EBITDA pró-forma e menos de 1% do nosso preço-alvo (reduzimos o peso para mitigar riscos). Nosso preço-alvo de R$64/ação para a CSAN3 é baseado em uma soma das partes para todas as linhas de negócios.

Magazine Luiza (MGLU3): Mais um trimestre sólido, com lucro líquido 2% acima do esperado

  • O Magazine Luiza reportou bons resultados no 2T19, com lucro líquido +2% acima de nossas estimativas e + 6% acima do consenso da Bloomberg. O crescimento de vendas foi o principal fator por trás dessa leve surpresa em relação a nossa projeção. No ecommerce, o destaque positivo foi o crescimento das vendas online totais A/A, que acelerou de +50% no 1T para + 56% no 2T  (acima da nossa estimativa de +45%). Para as lojas físicas, o crescimento de vendas no conceito mesmas lojas desacelerou para +0,3% A/A (versus nossa projeção de +1,1%) em função da forte base de comparação no 2T18 que foi beneficiado pela Copa do Mundo e greve dos caminhoneiros. Como resultado, as vendas líquidas consolidadas somaram R$ 4,5 bilhões (+ 15% A/A);
  • Em termos de rentabilidade, a contração de 1,3 p.p. na margem EBITDA (em linha com nossa projeção) reflete: (1) queda na margem bruta de 0,8 p.p. devido ao forte crescimento da operação online própria (que tem margem menor) e o fim do benefício fiscal da Lei do Bem; e (2) investimentos adicionais na aquisição de novos clientes e experiência de compra, que pressionou as despesas operacionais. Como resultado, o EBITDA ajustado de R$ 304 milhões (-3,6% A/A) ficou +3% acima da nossa projeção. Por fim, o lucro líquido somou R$ 108 milhões (-24% A/A);
  • No geral, vemos a combinação dos resultados do 2T19 e das métricas operacionais, incluindo o número de clientes ativos e expansão de sortimento, como uma indicação de que os investimentos em margem estão impulsionando o crescimento das vendas e melhorando a experiência de compra. No entanto, mantemos nossa visão de que grande parte desse crescimento já está refletido no preço atual das ações, que é o principal motivo por trás da nossa recomendação de Neutro para o Magazine Luiza.

Banrisul (BRSR6): Lucro Líquido 4% abaixo da XPe no 2T19

  • O Banrisul divulgou nesta manhã o resultado do 2T19 com lucro líquido recorrente de R$305,7 milhões, 4% abaixo da nossa estimativa, -4,6% no trimestre e +16,7% A/A. Comparando o 1S19 e 1S18, o lucro líquido recorrente cresceu 24%, refletindo a estabilidade da margem financeira e custo do risco e receitas de serviços e despesas operacionais mais altas;
  • Os destaques positivos foram: (1) Carteira de pessoas físicas cresceu 15% em relação ao ano anterior; (2) Receita de serviços aumentou 2,2% em relação ao 1T19; (3) Despesas administrativas variaram -1,8% no trimestre e apenas 1,4% considerando 1S19 vs 1S18 e (4) Melhoria no índice de inadimplência de 2,56% no 1T19 para 2,2%;
  • Os destaques negativos foram: (1) Carteira corporativa recuou 5% no período, impactada por empréstimos de capital de giro; (2) As provisões aumentaram 3% em relação ao 1T19, e (3) A margem financeira bruta permanece estável;
  • Nossa visão: Vemos os resultados do 2T19 como marginalmente negativos para BRSR, uma vez que melhorias mais significativas eram esperadas em relação ao crédito ex-consignado para pessoas físicas e seu efeito na margem. Entretanto, nos múltiplos atuais e com previsão de resultados mais fortes no 2S19, mantemos nossa recomendação de Compra para BRSR. Relatório completo no link.

Frigoríficos: Incêndio destrói parcialmente fábrica de carne da Tyson Foods

  • Na última sexta-feira (9 de agosto), um incêndio destruiu parcialmente uma planta de carne bovina no oeste do Kansas (EUA), da empresa Tyson Foods. A empresa informou que vai reconstruir a fábrica, mas ainda é cedo para estabelecer um cronograma. Enquanto isso, a Tyson afirmou que está transferindo a produção da unidade para locais alternativos;
  • A operação é uma das seis unidades que a Tyson possui no Estado, cuja capacidade de processamento é de 6 mil bovinos por dia, o que representa aproximadamente 15-20% da capacidade da empresa e 5% da capacidade total de processamento de carne bovina dos EUA;  
  • O impacto da produção de carne bovina é positivo para as concorrentes da Tyson, com destaque para a JBS e Marfrig, ambas com operações relevantes nos EUA. Frente ao ocorrido, as ações de ambas as empresas foram impulsionadas, com a JBS fechando o dia ontem com alta de 5,8% e a Marfrig de 3,6%.

Petrobras (PETR4): Pré-pagamento de dívida com plano de pensão Petros

  • Ontem, a Petrobras anunciou que pré-pagou R$ 2,7 bilhões em obrigações com plano de pensão Petros. O pagamento faz parte do Termo de Compromisso Financeiro, cujo vencimento seria em 2028, e se refere a contratos assinados com o plano de pensão e sindicatos em 2006;
  • O Termo visava cobrir deficits criados por fatores de ajuste implementados durante o período hiperinflacionário do Brasil e está em linha com a estratégia da empresa de reduzir os custos mais elevados com passivos financeiros;
  • Mantemos nossa recomendação de compra na Petrobras e preços-alvo de 12 meses de R$ 36 / R$ 35 / US$ 18,5 / US$ 18 para PETR4 / PETR3 / PBR_A / PBR.

Cemig (CMIG4): Reduz 25% de cargos de superintendência e gerência, e eleva investimentos em distribuição

  • Em fato relevante divulgado ontem, a Cemig anunciou a redução de 25% dos cargos de Superintendência e Gerência, além da redução de níveis hierárquicos. A reestruturação tem como objetivo melhorar processos decisórios e atingir maiores eficiências;
  • Além disso, o Conselho de Administração da Cemig também elevou o Plano de Investimentos da Cemig D em R$1,2 bilhão entre 2020 e 2022. O aumento objetiva acelerar a modernização da base de ativos da subsidiária, reduzir custos de operação e manutenção e elevar indicadores de qualidade;
  • Temos uma visão positiva do anúncio de reestruturação corporativa da Cemig, sinalizando o compromisso da empresa – com apoio do governo de Minas Gerais – com maiores economias e eficiências. Entretanto, nossa visão sobre o aumento de investimentos em distribuição é mista, haja visto que a Cemig está em um momento de redução de endividamento e já passou por um processo de revisão tarifária na Cemig D. Finalmente, a taxa de remuneração de futuros investimentos a ser incorporados na próxima revisão tarifária corre o risco de cair na próxima revisão, o que sinaliza uma alocação ineficiente de esforços. Mantemos nossa recomendação Neutra e preço-alvo de R$15/ação.

Cemig (CMIG4): Governador Zema reitera necessidade de privatização da Cemig

  • Segundo o Valor Econômico, em uma conferência com investidores, o Governador de Minas Gerais Romeu Zema reiterou a necessidade de se privatizar a Cemig para que a empresa deixe de ser um ônus aos habitantes do estado;
  • Segundo o Governador, a privatização é necessária para que a Cemig possa cumprir seu programa de investimentos de maneira autônoma, haja visto que o Estado não tem condições de realizar aportes na companhia. Além disso, Zema notou que a Cemig está criando obstáculos para a conexão de novas usinas fotovoltaicas no Estado;
  • Em que pese as externalidades positivas de uma privatização da Cemig, não vemos esse argumento como suficiente para convencer a Assembleia Legislativa do Estado a aprovar o projeto de lei que viabiliza privatizações em Minas Gerais. Programas de investimentos podem sempre ser revisados, e inclusive questionamos um aumento de desembolsos na Cemig em um momento que a empresa precisa reduzir endividamento. Mantemos nossa recomendação Neutra e preço-alvo de R$15/ação.

Mineração: ANM adia prazo para eliminar barragens a montante

  • A Agência Nacional de Mineração (ANM) publicou ontem resolução adiando em até quatro anos o prazo para eliminação de todas as barragens construídas pelo método de “alteamento a montante”, como Mariana e Brumadinho. O novo prazo definido é 15 de setembro de 2027, frente ao prazo anterior de agosto de 2023 para as barragens que estão em funcionamento e agosto de 2021 para as desativadas;  
  • A alteração publicada leva em consideração o volume de cada uma das barragens, com diferentes prazos frente aos diferentes volumes. Além disso, a agência também ampliou para até dezembro de 2019 o prazo para a conclusão do projeto técnico executivo de descaracterização da barragem e para de setembro de 2021 o prazo para conclusão das obras de estabilização da barragem existente ou a construção de nova estrutura de contenção situada à jusante;
  • Por fim, a resolução também determina a proibição de contrução ou manutenção de qualquer instalação na zona de autossalvamento (distância de até 10km ou 30min), válido para para todos os tipos de barragem de mineração. Quanto às instalações já existentes, elas devem ser desativadas até 12 de outubro deste ano.

Ecorodovias (ECOR3): Acordo de leniência com MPF no Paraná

  • A Ecorodovias anunciou ontem a assinatura de um acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, ainda a ser homologado. O acordo compreende um valor total de R$ 400 milhões, divididos em (i) pagamento de R$30 milhões a título de multa pela Companhia; (ii) realização de R$20 milhões em obras pela concessionária Ecovia e R$100 milhões de redução tarifária; e (c) realização de R$130 milhões em obras pela concessionária Ecocataratas e R$120 milhões de redução tarifária;
  • A redução da tarifa de pedágio se dará em todas as praças de pedágio operadas pelas Concessionárias do Paraná em 30% por, pelo menos, 12 meses. Adicionalmente, o Acordo de Leniência exige a adoção de outras medidas de aprimoramento de controles internos. Com isso, o MPF se compromete a encerrar os processos contra a companhia.
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O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto. 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