IBOVESPA -0,8% | 129.787 Pontos
CÂMBIO -0,2% | 5,03/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa interrompeu sequência de 8 altas e voltou aos 129 mil pontos ontem. A baixa pode ser facilmente atribuída a uma realização de ganhos, uma vez que depois de tantos dias positivos é normal que os investidores decidam embolsar lucros zerando em parte ou totalmente suas posições compradas. O dólar ficou estável.
Já as taxas futuras de juros, que haviam apresentado queda pela manhã, fecharam a sessão de ontem em relativa estabilidade. A retração nos juros das Treasuries norte-americanas, que ditou o tom no início do pregão, foi ofuscada pela sinalização do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o pagamento do auxílio emergencial deverá ser estendido em dois ou três meses, seguido pela reformulação do Bolsa Família. DI jan/22 fechou em 5,115%; DI jan/24 foi para 7,36%; DI jan/26 encerrou em 8,03%; e DI jan/28 fechou em 8,46%.
Os mercados globais amanhecem em mais um dia sem movimentos expressivos (EUA +0,1% e Europa 0%) na falta de catalisadores de preços. O S&P 500 fechou em seu 3º patamar recorde e, na China (+0,1%), maior alta dos preços ao produtor em 13 anos aumenta pressão sobre uma atuação mais firme do governo no mercado de commodities
Do lado político, as negociações entre a Casa Branca e a principal negociadora do partido republicano pelo pacote de infraestrutura foram encerradas nesta terça-feira (9). Ainda há uma tentativa de acordo sendo impulsionado por grupo de parlamentares dos dois partidos, mas líderes democratas já se preparam para avançar via reconciliation (manobra que permite esquivar obstrução da minoria no Senado).
Reiteramos que o cenário mais provável é de não haver acordo entre os partidos, portanto, o foco de agora em diante deve ser as negociações entre democratas. Os senadores Manchin e Sinema, cujos votos são precisos para aprovar o projeto no Senado, são os mais resistentes aos gastos e aumentos tributários propostos por Biden e devem ser chave no processo.
Ainda nos EUA, a política industrial ganha força. O Senado aprovou um projeto de lei para investir pesadamente em manufatura e tecnologia.
No Brasil, o ministro Paulo Guedes confirmou ontem a disposição do governo de estender o auxílio emergencial por “dois ou três meses”– a definição depende do tempo necessário para operacionalização do novo programa social que deve ser implementado no lugar do Bolsa Família. O governo trabalha para anunciar a prorrogação do auxílio até a semana que vem – o formato, o valor e o número de famílias beneficiadas seriam os mesmos do programa atual. Já na reforma tributária, o ministro acenou com a possibilidade de que o governo patrocine a criação de alíquotas diferentes para os setores de comércio e serviços dentro da CBS, o tributo fruto da unificação de PIS e Cofins que é discutido em projeto de lei já enviado pelo governo.
Na agenda, os destaques de hoje são o IPCA de maio e as discussões da privatização da Eletrobrás no Senado.
Do lado das empresas, estamos iniciando a cobertura de Arezzo & Co. (ARZZ3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 110,0/ação para o fim de 2021 (link). Trazemos como os principais destaques do nosso relatório: i) estimativa do potencial adicional com as opcionalidades de crescimento, olhando para as iniciativas Arezzo Bambini, Brizza e vestuário na Schutz; ii) análise do que a Reserva pode se tornar, olhando para os diferenciais da Uniqlo e estimando o potencial risco positivo dos segmentos infantil e feminino; iii) mapeamento dos potenciais alvos de fusões/aquisições da companhia; e iv) nossa análise completa ESG.
Tópicos do dia
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Economia
- A política industrial ganha força nos EUA. O Senado aprovou um projeto de lei para investir pesadamente em manufatura e tecnologia. No Brasil, o governo confirmou a extensão do Auxílio Emergencial por pelo menos mais dois meses. Os destaques de hoje são o IPCA de maio e as discussões da privatização da Eletrobrás no Senado
Política
- Paulo Guedes confirma disposição do governo de estender auxílio por mais ‘dois ou três meses’
- Política internacional: negociações entre Casa Branca e republicanos
Empresas
- Arezzo&Co. (ARZZ3): Colocando o pé em novos mercados; Iniciando com Compra
- Vale (VALE3): Vale antecipa pagamento de US$ 2 bilhões para acelerar desinvestimento em mina de carvão
- Magalu (MGLU3): Aquisição da Bit55
- Lavvi (LAVV3): Forte performance de vendas do projeto Villa Versace
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
ESG
- Radar ESG | Arezzo & Co. (ARZZ3): Caminhando com seus próprios passos pela agenda ESG
- Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 09/06
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Economia
A política industrial ganha força nos EUA. O Senado aprovou um projeto de lei para investir pesadamente em manufatura e tecnologia. No Brasil, o governo confirmou a extensão do Auxílio Emergencial por pelo menos mais dois meses. Os destaques de hoje são o IPCA de maio e as discussões da privatização da Eletrobrás no Senado
- O Senado dos Estados Unidos aprovou por larga margem um projeto de lei para investir quase US$250 bilhões em manufatura e tecnologia. O projeto autoriza, por exemplo, US$190 bilhões em universidades e outras instituições de pesquisa. O objetivo é enfrentar a competição da China;
- Os preços do petróleo continuam subindo, apoiados por um forte crescimento global. O petróleo WTI está sendo negociado acima de US$70 o barril, enquanto o Brent ultrapassa US$72. A alta dos preços do petróleo alimenta preocupações com a inflação global;
- A inflação ao consumidor na China em maio ficou abaixo das expectativas. O IPC aumentou 1,3% a/a, contra 1,6% esperado. No atacado, a pressão continua. O Índice de Preços ao Produtor aumentou 9% a/a, acelerando de 6,8% em abril;
- No Brasil, as vendas do varejo ampliado cresceram 3,8% mês/mês em abril (41,0% a/a), muito acima da nossa estimativa (2,3% m/m; 37,8% a/a) e do consenso mercado (2,1% m/m; 37,0% a/a). A discrepância entre a nossa expectativa e o resultado real foi principalmente devido ao aumento das vendas de ‘eletrodomésticos’ e de ‘outros artigos pessoais e domésticos’. Em nossa opinião, a (forte) recuperação das vendas no varejo após a queda observada em março decorreu principalmente do (i) relaxamento das restrições de mobilidade a partir de meados de abril; (ii) retomada da confiança do consumidor; e (iii) nova rodada de transferências emergenciais de dinheiro para pessoas pobres e vulneráveis. Acreditamos que as vendas no varejo ampliado continuaram em trajetória de recuperação em maio;
- O ministro Paulo Guedes confirmou ontem que o programa Auxílio Emergencial será prorrogado até setembro, pelo menos. A prorrogação será financiada por crédito extraordinário, o que significa que ficará acima do teto de gastos;
- No dia, o destaque fica por conta da inflação do IPCA de maio, no final da manhã. Esperamos 0,73%, consenso de mercado 0,71%. O mercado também acompanhará as discussões da privatização da Eletrobrás no Senado.
Política
Paulo Guedes confirma disposição do governo de estender auxílio por mais ‘dois ou três meses’
- O ministro Paulo Guedes confirmou ontem a disposição do governo de estender o auxílio emergencial por “dois ou três meses”– a definição depende do tempo necessário para operacionalização do novo programa social que deve ser implementado no lugar do Bolsa Família. O governo trabalha para anunciar a prorrogação do auxílio até a semana que vem – o formato, o valor e o número de famílias beneficiadas seriam os mesmos do programa atual. Já na reforma tributária, o ministro acenou com a possibilidade de que o governo patrocine a criação de alíquotas diferentes para os setores de comércio e serviços dentro da CBS, o tributo fruto da unificação de PIS e Cofins que é discutido em projeto de lei já enviado pelo governo.
Política internacional: negociações entre Casa Branca e republicanos
- As negociações entre a Casa Branca e a principal negociadora do partido republicano pelo pacote de infraestrutura foram encerradas nesta terça-feira (9). Ainda há uma tentativa de acordo sendo impulsionado por grupo de parlamentares dos dois partidos, mas líderes democratas já se preparam para avançar via reconciliation (manobra que permite esquivar obstrução da minoria no Senado);
- Reiteramos que o cenário mais provável é de não haver acordo entre os partidos, portanto, o foco de agora em diante deve ser as negociações entre democratas. Os senadores Manchin e Sinema, cujos votos são precisos para aprovar o projeto no Senado, são os mais resistentes aos gastos e aumentos tributários propostos por Biden e devem ser chave no processo;
- Também nesta terça-feira, o Senado americano aprovou uma série de medidas com custo total de USD 250 bilhões que visam impulsionar manufatura e tecnologia no país para se contrapor à China;
- Notamos ainda que o panorama permanece adverso para aprovação no Parlamento americano do acordo do G-7 sobre imposto mínimo para multinacionais. Já no Reino Unido, líderes fazem lobby para isenção do setor financeiro do imposto;
- Na seara diplomática, a União Europeia e os EUA devem se comprometer a encerrar as batalhas comerciais pendentes quando se reunirem na próxima terça-feira (15).
Empresas
Arezzo&Co. (ARZZ3): Colocando o pé em novos mercados; Iniciando com Compra
- Estamos iniciando a cobertura de Arezzo & Co. (ARZZ3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 110,0/ação para o fim de 2021;
- Nós temos uma visão construtiva uma vez que (i) ela é uma empresa de alta qualidade com perspectivas sólidas de crescimento orgânico além de contar com diversas opcionalidades de crescimento (com a entrada em infantil, chinelos e vestuário feminino); (ii) ela está bem posicionada para se beneficiar da retomada/recuperação econômica dado que acreditamos que a categoria de calçados foi duramente despriorizada em 2020, principalmente no que diz respeito a sapatos sociais/casuais (foco da Arezzo); e (iii) o papel está negociando 25,2x P/L 2022e, o que é um desconto de 20% vs. a média de 3 anos e um desconto e 8% aos pares;
- Trazemos como os principais destaques do nosso relatório: i) estimativa do potencial adicional com as opcionalidades de crescimento, olhando para as iniciativas Arezzo Bambini, Brizza e vestuário na Schutz; ii) análise do que a Reserva pode se tornar, olhando para os diferenciais da Uniqlo e estimando o potencial risco positivo dos segmentos infantil e feminino; iii) mapeamento dos potenciais alvos de fusões/aquisições da companhia; e iv) nossa análise completa ESG. Clique aqui para ser o relatório completo.
Vale (VALE3): Vale antecipa pagamento de US$ 2 bilhões para acelerar desinvestimento em mina de carvão
- Em comunicado divulgado ontem (8), a Vale informou que liquidará antecipadamente os passivos referentes ao Project Finance do Corredor Logístico de Nacala (CLN) que atende uma mina de carvão em Moçambique. O pagamento de aproximadamente US$2,5 bilhões está previsto para 22 de junho e, segundo a Vale, formaliza-se o cumprimento de todas as condições para a aquisição das participações da Mitsui na mina de carvão de Moatize e no corredor logístico;
- Com a conclusão, o EBITDA não será mais onerado com custos relacionados ao serviço da dívida, investimento na manutenção das operações e outros encargos que em 2020 impactaram seu resultado em cerca de US$ 300 milhões;
- Ressaltamos nossa perspectiva positiva para a Vale, uma vez que o acordo representa mais um passo para o desinvestimento responsável da Vale no negócio de carvão, com a simplificação da governança e gestão dos ativos. Temos a recomendação de Compra para Vale com preço-alvo de R$122 por ação.
Magalu (MGLU3): Aquisição da Bit55
- A Magalu anunciou a aquisição da Bit55, plataforma de tecnologia para processamento de cartões de crédito e débito na nuvem, construída pelo Banco BS2. Segundo a empresa, as soluções da Bit55 possuem capacidade de processamento de mais de 2 mil transações por segundo e possibilitam a emissão de cartões em minutos, além de oferecerem a estrutura para a gestão de portfólios de cartões de crédito;
- A aquisição está em linha com a estratégia da empresa de complementar os serviços oferecidos pela Hub Fintech, que poderá oferecer a emissão de cartões de crédito e débito;
- Enxergamos a transação como positiva, mas não deve ter impacto financeiro relevante para os resultados no curto prazo. Mantemos a nossa recomendação neutra e preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 27,0/ação.
Lavvi (LAVV3): Forte performance de vendas do projeto Villa Versace
- Lavvi reportou forte performance de vendas do seu recém lançamento Villa Versace, seu principal projeto de alto padrão com VGV de R$632 milhões. Após uma semana do lançamento, a companhia já vendeu 60% do seu VGV, com performance sólida em todos os segmentos, desde studios até apartamentos maiores;
- Reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$11,50/ação, visto que o sólido desempenho de vendas deve impulsionar os resultados financeiros da companhia nos próximos trimestres.
Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Acesse este relatório com notícias do setor financeiro que complementam nossos comentários publicados no Morning Call, mas que não consideramos relevantes o suficiente para serem analisadas. Aqui você encontra o título com o link para a fonte original da notícia, além de uma breve descrição do conteúdo;
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Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
- Nesta publicação diária, trazemos as principais notícias do setor de varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.) nacional e internacional, complementando nossa visão sobre as tendências e acontecimentos mais importantes do dia. Além disso, o relatório contém um resumo dos múltiplos e recomendações para as empresas de nossa cobertura;
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ESG
Radar ESG | Arezzo & Co. (ARZZ3): Caminhando com seus próprios passos pela agenda ESG
- Dado o entendimento do setor de moda e vestuário como um grande influenciador de sustentabilidade, seria negligente pensar que o setor como um todo seria capaz de escapar do crescente interesse e demanda à cerca de áreas-chave como produção, cadeia de valor e força de trabalho. Diante desse movimento, as empresas de vestuário e calçados estão reconhecendo a necessidade de atender ao interesse dos investidores e consumidores que desejam entender melhor e opinar sobre como seus pertences são obtidos, produzidos e reciclados. E a Arezzo está caminhando nessa direção. Para este setor, vemos a frente Social como a mais importante das três, seguida pelo pilar Governança e Ambiental, respectivamente;
- Vemos com bons olhos os esforços e compromissos da Arezzo & Co. na agenda ESG, principalmente na frente G, enquanto esperamos ver mais avanços adiante nos pilares E e S. Na frente E, destacamos o Sistema de Gestão Ambiental da empresa, porém vemos espaço para melhorias no que diz respeito à eficiência energética e às emissões de gases do efeito estufa. Em relação ao S, ressaltamos as iniciativas para promoção da diversidade, enquanto esperamos divulgação mais detalhada em relação às políticas para gestão da força de trabalho na cadeia de suprimentos;
- Por fim, no G, notamos que a Arezzo é uma empresa familiar, controlada pela Família Birman, o que, em nossa opinião, é uma alavanca de valor única para a marca. Além disso, recebemos de forma positiva que (i) as ações da empresa são listadas no segmento do Novo Mercado; (ii) o Conselho de Administração da Arezzo tem 3 membros independentes de 7; e (iii) as mulheres representam 33% e 29% da Diretoria e Conselho da empresa, respectivamente. Neste relatório, destacamos os tópicos ESG que vemos como os mais importantes para o setor de Vestuário & Calçados e analisamos como a Arezzo & Co. (ARZZ) se posiciona quando o tema é ESG. Clique aqui para ler o conteúdo completo.
Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 09/06
- Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo falam sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança;
- Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance histórica do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP;
- Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!