IBOVESPA -0,8% | 103.922 Pontos
CÂMBIO +1,9% | 5,68/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa fechou o primeiro pregão do ano em queda de (-0,86%), cotado aos 103.922 pontos. O Brasil acabou encerrando a sessão em direção oposta a dos importantes índices no exterior. Nos Estados Unidos, o Dow Jones futuros subiu 0,68%. O S&P 500, 0,64%. Ambos em suas máximas históricas. O dólar comercial por sua vez, subiu +1,99%, cotado aos R$ 5,68. As taxas futuras de juros encerraram a sessão de ontem alta em alta nos vértices intermediários e longos, determinada principalmente pela piora do câmbio. DI jan/23 fechou em 11,88%; DI jan/24 foi para 11,19%; DI jan/26 encerrou em 10,81%; e DI jan/28 fechou em 10,96%.
No campo internacional, as bolsas amanhecem levemente positivas (EUA +0,2 e Europa +0,6%) enquanto investidores aguardam dados de atividade econômica (PMI) e de mercado de trabalho nos EUA, que deverão dar indícios sobre o impacto da disrupção nas cadeias globais de abastecimento sobre a economia do país. Casos da nova variante atingem novo recorde em solo americano, mas permanecem abaixo do pico de contaminações registrado anteriormente, segundo a Universidade John Hopkins. Notícias sobre a alta transmissibilidade do vírus alinhada a sintomas mais amenos parecem acalmar os mercados. Na China (-0,5%), o mercado encerra no negativo após piora nos dados de exportações e confiança das empresas contrabalancearem o maior crescimento da produção industrial nos últimos 6 meses. O índice de Hang Seng (0%) terminou sem movimentos expressivos após autoridade de segurança cibernética do país afirmar que empresas relacionadas a internet com dados de mais de 1 milhão de usuários deverão passar por uma auditoria antes de fazerem IPO no exterior. Por fim, o petróleo (+0,7%) amanhece em campo positivo em dia de reunião da OPEP+, estimativas apontam que o plano atual para o aumento de produção da commodity deverá ser mantido pela organização.
Do lado de economia, mercados globais em alta nessa terça-feira, dando continuidade ao início de ano positivo. Dados fortes de vendas no varejo na Alemanha aumentam a esperança de recuperação econômica estável apesar do aumento de casos de Covid-19. Na França, inflação se estabilizou em dezembro, dando suporte à argumentação do Banco Central europeu de que as pressões sobre preços podem estar perto do pico na zona do euro. Somou-se a esses dados melhores, a divulgação do PMI Caixin na China, que subiu mais que o esperado, o que mostra melhora na atividade fabril do país em dezembro, apesar da contínua incerteza em torno da pandemia. Na agenda, são aguardadas a divulgação do ISM de manufaturados de dezembro e o JOLTS de novembro nos EUA. Mercado também na expectativa em relação à decisão da OPEP +, que se reunirá virtualmente no final do dia e deve manter seu plano de aumentar a produção em 400.000 barris por dia em fevereiro. O grupo ficou aquém de suas cotas permitidas repetidamente nos últimos meses. Os preços do petróleo sobem antes da reunião. No Brasil, atenção para a saúde do presidente Jair Bolsonaro após este sentir dores abdominais em sua folga em Santa Catarina.
Tópicos do dia
Economia

- Vendas de varejo na Alemanha e PMI na China criam otimismo apesar da Ômicron
Empresas

- Bradespar (BRAP4): Atualizando estimativas após distribuição de proventos
- Kora Saúde (KRSA3): Criando Outro Centro de Crescimento
- Vivara (VIVA3): Prorrogação do benefício fiscal de Manaus
- Mills (MILS3): Mudança no conselho de administração
- Principais notícias dos setores
Mercados

- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | A maçã de US$ 3 trilhões
ESG

- O desmatamento do Cerrado brasileiro atingiu níveis recordes em 2021 | Café com ESG, 04/01
Veja todos os detalhes
Economia
Vendas de varejo na Alemanha e PMI na China criam otimismo apesar da Ômicron
- Os dados divulgados no início do dia mostraram que o índice de gerentes de compras de manufatura (PMI) de Caixin foi de 50,9, o mais alto desde junho de 2021 e acima da marca de 50, indicando crescimento(expectativa era 50, enquanto o índice estava em 49,9 em novembro). A atividade fabril da China cresceu em um ritmo mais rápido em dezembro, graças aos aumentos de produção e ao afrouxamento das pressões sobre os preços. No entanto, um mercado de trabalho mais fraco e a confiança dos empresários estão pesando sobre o mercado;
- Na Alemanha, as vendas no varejo subiram 0,6% no mês em termos reais. Isso bateu a previsão da Reuters de uma queda de 0,5%. Mas a rápida disseminação da variante Omicron agora está obscurecendo as perspectivas para os varejistas no início de 2022 também. Devido às novas restrições ao coronavírus, a situação permanecerá tensa por enquanto, como já mostrou instituto de pesquisa de mercado GfK e Ifo no mês passado;
- A inflação francesa se estabilizou em dezembro, com o aumento anual de 3,4%, levemente menor do que os 3,5% esperados. O Banco Central Europeu argumentou que as pressões sobre os preços podem estar perto de seu pico na zona do euro, e os números franceses apoiam essa visão;
- Na agenda, nos EUA, às 12:00 serão divulgados o ISM de manufaturados de dezembro (exp. 60,0) e o JOLTS de novembro (exp. 11.000k);
- A OPEP + se reunirá virtualmente no final do dia e deve manter seu plano de aumentar a produção em 400.000 barris por dia em fevereiro. O grupo ficou aquém de suas cotas permitidas repetidamente nos últimos meses. Os preços do petróleo subiram antes da reunião.
Empresas
Bradespar (BRAP4): Atualizando estimativas após distribuição de proventos
- Estamos atualizando nossas estimativas para a Bradespar e mantemos nossa recomendação de compra para a companhia (novo preço-alvo de R$ 32,8 por ação, anterior de R$ 37,5 por ação);
- Para esta atualização, incorporamos os níveis de caixa mais baixos da holding em razão da forte distribuição de caixa recente. Adicionalmente, seguimos otimistas com a BRAP devido ao significativo potencial de valorização da Vale;
- Por fim, mantemos nosso desconto de holding justo de 20% e, portanto, preferimos Vale em vez de Bradespar;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Kora Saúde (KRSA3): Criando Outro Centro de Crescimento
- A Kora anunciou a aquisição do Hospital São Francisco por R$330M:
- O ativo tem 179 leitos em Ceilândia, região metropolitana de Brasília, e está com uma expansão em andamento de mais 89 leitos;
- Com a aquisição, a Kora passará a ter 9,2% dos leitos hospitalares com fins lucrativos da região, criando mais um polo para a empresa;
- O EV por leito da aquisição é de R$1,2M, e ajustando pelo imóvel seria de R$0,8M, o que é um preço justo a nosso ver;
- O EV/EBITDA estimado da aquisição é 7,7x, que se compara a 11x da Kora para 2023E, tornando a aquisição aditiva.
- Consideramos o anúncio como positivo tanto do ponto de vista de preço quanto de estratégia;
- Acesse o relatório completo aqui.
Vivara (VIVA3): Prorrogação do benefício fiscal de Manaus
- A companhia divulgou ontem (03) em fato relevante que os benefícios fiscais de ICMS dos quais a companhia se beneficia no Estado do Amazonas foram prorrogados pelo Governador do Estado até dezembro de 2032, anteriormente previstos para vencer em dezembro de 2024;
- A prorrogação do benefício vem em linha com nossas expectativas e já estão sendo consideradas em nossas premissas de modelagem da companhia;
- Reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 37 reais/ação. (Clique aqui para acessar nosso último relatório sobre a companhia e aqui para acessar nossa última atualização do preço-alvo e estimativas).
Mills (MILS3): Mudança no conselho de administração
- A Mills anunciou ontem (03) em comunicado ao mercado a renúncia de Diego Stark ao cargo de membro do Conselho de Administração, bem como a eleição de Sebastian Augustin Villa em seu lugar;
- Assim como Stark, Villa é sócio do Southern Cross Group (SCG). Além disso, é formado em economia pela Universidad de San Andrés e atuou no Conselho de Administração de empresas como More Pharma, Ultraperol e Tópico, além de passagens pela Three Cities Research e Boston Consulting Group;
- Reiteramos nossa recomendação de Compra para MILS3 e preço alvo de R$8,20/ação.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Energia (óleo & gás e elétricas).
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | A maçã de US$ 3 trilhões
- Apple assume liderança em vendas de smartphones na China;
- China anuncia corte de subsídios aos veículos elétricos;
- Xilinx é apontada como a nova aquisição da AMD;
- Concentração do S&P 500 atinge o maior patamar desde a bolha da internet;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
O desmatamento do Cerrado brasileiro atingiu níveis recordes em 2021 | Café com ESG, 04/01
- O mercado fechou o pregão desta segunda-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -0,9% e -1,9%, respectivamente;
- No Brasil, (i) com as mudanças nas regras de fundos de investimentos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os títulos “verdes” serão regulados oficialmente, a começar pelos fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs), entretanto, antes mesmo da regulação oficial, prevista para 2022, produtos com foco socioambiental já estão sendo estruturados e oferecidos ao mercado; e (ii) o desmatamento no ano passado atingiu o nível mais alto desde 2015 no Cerrado brasileiro, levando os cientistas a alarmar o estado, ontem, dado que a região é uma das mais ricas em espécies do mundo, um importante sumidouro de carbono que ajuda a evitar as mudanças climáticas;
- No internacional, uma pesquisa da Nasa indicou que o Oceano Antártico absorve mais carbono da atmosfera do que libera, confirmando que é um forte sumidouro de carbono e um importante amortecedor para os efeitos das emissões humanas de gases de efeito estufa. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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