IBOVESPA +0,34% | 140.110 Pontos
CÂMBIO +0,26% | 5,67/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na terça-feira (20), o Ibovespa avançou 0,34%, encerrando o pregão aos 140.110 pontos e renovando sua máxima histórica ao superar, pela primeira vez, o patamar dos 140 mil pontos. Em um dia de agenda mais esvaziada, o foco dos investidores se voltou para a China, após o banco central do país anunciar o primeiro corte de juros desde outubro, em meio a esforços para estimular a economia diante dos impactos da guerra comercial com os EUA.
O principal destaque positivo do dia foi, pelo segundo pregão consecutivo, JBS (JBSS3, +4,8%), em meio às expectativas dos investidores para a assembleia de acionistas do dia 23 de maio, que decidirá sobre a dupla listagem da companhia. Já na ponta negativa tivemos as companhias do setor de educação, como Cogna e YDUQS (COGN3, -7,8%; YDUQ3, -5,1%), após o decreto do governo que altera as regras da educação a distância (EAD) – veja mais detalhes aqui.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com abertura ao longo da curva. No Brasil, no âmbito da gestão da dívida, o Tesouro realizou uma robusta oferta de NTN-Bs em seu leilão. Além disso, a aversão ao risco dos investidores aumentou após o governo anunciar um programa de crédito complementar ao Minha Casa, Minha Vida. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,74% (+1,9 bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,97% (+4 bps); DI jan/29 em 13,51% (+1,2 bp); DI jan/31 em 13,74% (+3,1 bps). Nos EUA, o mercado continuou a demonstrar pessimismo em relação ao rebaixamento do rating soberano do país de ‘Aaa’ para ‘Aa1’, ocorrido na semana passada. Por lá, os rendimentos dos Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,97% (-0,1 bp), enquanto os de 10 anos em 4,49% (+3,7 bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros de ações dos EUA operam em queda (S&P 500: -0,7%; Nasdaq 100: -0,8%), após a sessão de ontem interromper uma sequência de seis altas consecutivas. Na véspera, os índices oscilaram com menor ímpeto: o S&P 500 caiu 0,4% e o Nasdaq recuou 0,4%. A pausa acontece após uma recuperação expressiva desde o início de abril, mesmo diante da incerteza sobre tarifas e déficits fiscais.
No radar de hoje, investidores acompanham as negociações em Washington sobre o orçamento federal e a expectativa por novos resultados, incluindo Lowe’s, Target, TJX e Snowflake. Apesar do downgrade da nota de crédito dos EUA pela Moody’s, o S&P 500 segue com ganhos no acumulado do ano.
Os Treasuries avançam, com a taxa do título de 10 anos subindo 5 bps e a de dois anos avançando 2 bps. O rendimento do título de 30 anos também sobe 4 bps.
Na Europa, as bolsas recuam levemente (Stoxx 600: -0,5%), com quedas lideradas por França e Reino Unido. O CEO da Cisco afirmou em entrevista que “a Europa será um mercado ainda melhor” diante dos avanços em inteligência artificial. A companhia anunciou um hub global de IA em Paris.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,5%; HSI: +0,6%) após a decisão do Banco da Indonésia de cortar juros para 5,5%, reforçando o movimento de estímulo monetário em economias emergentes. No Japão, o Nikkei caiu 0,6% com a desaceleração das exportações pelo segundo mês consecutivo, refletindo o impacto das tarifas americanas.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a terça-feira com uma leve alta de 0,02%, acumulando uma valorização de 0,72% no mês. Apesar do desempenho discreto do índice na sessão, os FIIs de papel e de tijolo registraram valorizações médias de 0,36% e 0,13%, respectivamente. Entre os destaques individuais positivos estão CPSH11 (+4,0%), BROF11 (+2,3%) e ITRI11 (+2,1%), enquanto os destaques negativos incluem RCRB11 (-2,6%), BTRA11 (-1,8%) e TRBL11 (-1,2%).
Economia
Nos Estados Unidos, diversas autoridades do Fed afirmaram na terça-feira que os preços mais altos estão chegando e que será preciso esperar antes de tomar qualquer decisão sobre juros. Os dirigentes também afirmaram que será preciso observar se o aumento de preços esperado será pontual ou se há o risco de se tornar algo mais persistente. Na zona do euro, os dados de confiança do consumidor mostraram leve recuperação em maio, acima da expectativa do mercado. E no Reino Unido, a leitura de inflação de abril deu um salto e atingiu o maior valor em um ano (3,5%), ficando mais distante da meta de inflação (2,0%) e reduzindo o espaço para cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BoE).
Na agenda do dia, destaque para o PMI da manufatura e de serviços do Japão, compilado pela S&P Global/Jibun bank, e para os dados de estoque de petróleo nos Estados Unidos. O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, deve discursar em evento. Não há indicadores econômicos programados para o Brasil hoje.
Veja todos os detalhes
Economia
Autoridades do Fed mantêm tom cauteloso sobre a inflação
- Autoridades do Federal Reserve afirmaram na terça-feira que os preços mais altos estão chegando devido ao aumento das tarifas de importação dos EUA e aconselharam paciência antes de tomar qualquer decisão sobre as taxas de juros, até que fique claro se o choque inflacionário será passageiro ou mais persistente. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que “o impacto das tarifas até o momento ainda não apareceu nos números” e que “devemos esperar e ver para onde a economia está indo antes de tomarmos qualquer decisão definitiva”. A presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, disse que “a melhor ação que podemos tomar é esperar e analisar cuidadosamente os dados, interagir com nossas comunidades, ouvir o que elas estão pensando, ouvir sobre as escolhas que estão fazendo e ver como tudo isso se encaixa”. O presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, disse que o banco central precisa, antes de tudo, se proteger contra um aumento nas expectativas de inflação, e que o ponto-chave para isso será avaliar se os próximos aumentos de preços parecem ser pontuais ou se correm o risco de se tornar algo mais persistente.
- A confiança do consumidor na zona do euro subiu 1,4 ponto em maio em relação ao número de abril, segundo dados divulgados na terça-feira. A Comissão Europeia disse que uma estimativa preliminar mostrou que o moral do consumidor na zona do euro melhorou para -15,2 neste mês, ante -16,6 revisado em abril. Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento para -16,0. Na União Europeia como um todo, o sentimento do consumidor subiu 1,4 ponto, para -14,5.
- A inflação no Reino Unido subiu acentuadamente em abril, atingindo o seu nível mais alto em mais de um ano. A inflação anual dos preços ao consumidor subiu 3,5% em março, acima dos 2,6% observados no mês anterior e consideravelmente acima da meta de médio prazo de 2% do banco central do Reino Unido. A taxa mensal subiu 1,2%, um aumento considerável em relação aos 0,3% observados em março. Os analistas esperavam que o IPC subisse 3,3% em base anual e 1,1% no mês. O IPC básico, que exclui os preços voláteis da energia e dos alimentos, subiu 1,4% em termos mensais, com a taxa anual em 3,8%, acima dos 3,4% do mês anterior. Este forte aumento da inflação ocorreu num momento em que o país enfrentava uma confluência de fatores suscetíveis de impulsionar os preços, incluindo aumentos substanciais nas contas de energia e água, ajustes no imposto sobre veículos e aumentos nos impostos municipais.
- Na agenda internacional, temos o PMI de manufatura e serviços da S&P Global/Jibun Bank do Japão para maio e dados sobre os estoques de petróleo nos EUA. Além disso, um discurso do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, deve reforçar o tom das declarações divulgadas nos últimos dias.
Commodities
Mineração e siderurgia: altas importações de aço continuam pressionando a indústria doméstica do Brasil
Insights do Aço Brasil
- Para Abr’25, observamos uma desaceleração na demanda por aço no Brasil, com a demanda aparente de aços planos e longos subindo +1% A/A, respectivamente, embora tenha caído -9% M/M;
- (i) Para aços planos, a demanda geral desacelerou, com as vendas domésticas caindo -4% A/A, com um ambiente de preços pressionado devido ao aumento das importações e às preocupações em torno da demanda futura de aço.
- (ii) Para aços longos, também observamos um ambiente de preços desafiador (preços domésticos de vergalhões -13% no acumulado do ano), com o aumento da oferta esperado como um fator limitante no 2S25E.
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Mineração e siderurgia: China corta taxas básicas em resposta à guerra comercial; preços do minério de ferro aumentaram 1% S/S
- Os principais temas da semana foram os cortes nas taxas básicas chinesas, novos desenvolvimentos no potencial acordo da Bamin com a Vale e dados recentes do aço no Brasil.
- Notamos:
- (i) a China cortou as principais taxas de empréstimo de referência pela primeira vez em 7 meses, o que vemos como uma tentativa de proteger a economia chinesa dos impactos potenciais da guerra comercial contra os Estados Unidos;
- (ii) De acordo com a mídia recente, a Vale não estaria interessada na potencial aquisição da Bamin;
- (iii) A demanda aparente de aço desacelerou em Abr’25, segundo dados do IABr;
- (iv) Os preços de BQ e do vergalhão caíram -2% S/S no Brasil, com paridade de aço plano em +26%, enquanto a paridade do aço longo está atualmente em -6% para o vergalhão da Turquia, embora os preços do vergalhão do Egito sugiram paridade em +5%;
- (v) Os estoques portuários de minério de ferro da China ficaram estáveis S/S e os estoques de aço longo e plano da China -6% e -3% S/S, respectivamente;
- (vi) Por fim, vemos as ações da Vale precificando o minério de ferro em US$ 72/t, enquanto as ações da CBA estão em US$ 1.834/t, -27% e -25% em relação aos preços spot do minério de ferro e do alumínio, respectivamente;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Educação: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Ontem, o presidente do Brasil assinou o novo marco regulatório para os cursos de ensino superior, sendo que as principais medidas são:
- Estabelecer um mínimo de atividades presenciais e/ou aulas síncronas mediadas;
- Restringir as atividades de ensino a distância para cursos específicos, como Medicina, Direito e Enfermagem;
- Criar a modalidade semipresencial;
- Um limite máximo de 70 alunos por professor/mediador em aulas síncronas mediadas; e
- Impor uma estrutura mínima para os polos de EAD.
- Embora faltem alguns elementos (por exemplo, a definição do perfil do mediador), vemos a medida como uma etapa importante para abrir caminho para que as empresas de educação se concentrem em suas estratégias de médio a longo prazo. Entretanto, os resultados de curto prazo devem enfrentar alguns obstáculos à medida que as empresas ajustam suas ofertas para atender aos novos limites;
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- Ontem, o presidente do Brasil assinou o novo marco regulatório para os cursos de ensino superior, sendo que as principais medidas são:
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Os principais temas abordados neste relatório são:
- O consumo de energia diminuiu em todo país, -2,6% A/A semanal em maio de 2025;
- Os reservatórios do SIN permaneceram estáveis em aproximadamente 70%;
- A Energia Natural Afluente (ENA) apresentou um perfil misto em seus níveis atuais entre os subsistemas na última semana;
- Os preços de energia de curto prazo apresentaram uma tendência mista nos subsistemas do sul durante a semana, mas permaneceram no nível mínimo regulatório nos subsistemas do norte;
- Os preços de energia de longo prazo apresentaram leve aumento em comparação com a semana anterior;
- Um resumo dos eventos mais relevantes da semana passada;
- A agenda semanal da Aneel que, entre vários assuntos, inclui o o resultado da Consulta Pública nº 62/2020, estabelecida para obter subsídios e informações adicionais para a revisão da metodologia de opex regulatório; e
- Valuation atraente para empresas de utilities, com uma TIR real implícita média de aproximadamente 10,3% para o setor.
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Trade tariffs bite: Japan’s exports to the U.S. shrink for the first time this year (CNBC);
- Estrangeiros retiram R$ 178,5 mi na B3 em 16 de maio após 18 sessões de aportes (Valor Econômico);
- Após levantar US$ 700 milhões no exterior, Caixa avalia nova emissão este ano (Estadão);
- Brazilian Airline Azul S.A. Downgraded To ‘CCC-‘ From ‘CCC+’ On Elevated Default Risk; Outlook Negative (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
Posicionamento dos Fundos de Ações – Maio de 2025
- Atualizamos nossa estimativa de posicionamento dos fundos de ações. Nossa amostra conta com 1.066 fundos com um total de patrimônio líquido de R$ 296 bilhões.
- Destaques dos setores:
- Houve uma redução significativa na exposição a Elétricas, com uma queda para 26,7% de 28,2%. Apesar dessa redução de 147 pontos-base nos últimos 30 dias, os investidores continuam sobrealocados no setor;
- Também houve quedas para as empresas de Óleo, Gás e Petroquímicos (-163 pontos-base, para 13,6%), com alocação levemente abaixo do peso no índice, e Transportes (-95 pontos-base, para 5,8%), com exposição maior que o Ibovespa;
- Por outro lado, a exposição a Bancos aumentou 198 pontos-base nos últimos 30 dias, o que mostra uma mudança na tendência de queda vista nos últimos meses;
- Destaques dos fatores:
- Qualidade e Baixo Risco continuam em tendência de alta, como visto no último mês, subindo 236 e 56 pontos-base, respectivamente;
- Embora a exposição a Valor esteja negativa e 0,9 desvio-padrão abaixo da média de 5 anos, o fator mostrou um aumento de 51 pontos-base nos últimos 30 dias;
- Em tendência contrária, a exposição a Momentum caiu 154 pontos-base e está 1.4 desvios-padrão abaixo da média histórica.
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- XP recomenda compra de FII que mantém desconto de 7,8% na bolsa e dividendos de 12% (E-Investidor);
- Fundo imobiliário vende imóvel por R$ 18,5 milhões; entenda o impacto para os cotistas (Money Times);
- Fundo imobiliário vende parte de edifício em SP e projeta faturamento com reforma (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Comissões do Senado aprovam Lei Geral do Licenciamento Ambiental | Café com ESG, 21/05
O mercado fechou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,33% e 0,28%, respectivamente;
No Brasil, (i) o country manager da Engie Brasil, Eduardo Sattamini, defendeu ontem que a instalação de data centers e outras cargas eletrointensivas no Nordeste são parte da solução para o excesso de oferta de energia renovável e para o curtailment – segundo ele, é importante que a criação dessa capacidade seja feita nos locais onde existe excesso de oferta, como é o caso do Nordeste; e (ii) a Comissão de Meio Ambiente e a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado aprovaram ontem a Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021) – a previsão é de que o projeto seja votado ainda hoje pelo plenário da Casa;
No internacional, o governo japonês pretende realizar o primeiro teste em campo de uma usina geradora de eletricidade por fusão nuclear, sendo o primeiro país do mundo a desenvolver esse tipo de tecnologia – comparada à energia nuclear convencional baseada em fissão, a fusão produz combustível que emite menos radiação;
Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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