IBOVESPA -0,7% | 127.468 Pontos
CÂMBIO 0,8% | 5,11/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem em queda de 0,73%, atingindo 127.468 pontos. Após operar próximo da estabilidade pela manhã, o índice brasileiro acompanhou os movimentos baixistas das principais bolsas internacionais e perdeu força. Destaque para o recuo de 0,79% do índice americano Nasdaq, que refletiu perdas em ações de gigantes da tecnologia. Enquanto isso, a cotação do dólar subiu 0,8% e alcançou R$ 5,11. Já as taxas futuras de juros encerraram a sessão de ontem com viés de alta, de modo mais firme na ponta longa, influenciadas pelo movimento de aversão ao risco global. DI jan/22 fechou em 5,795%; DI jan/24 encerrou em 7,915%; DI jan/26 foi para 8,42%; e DI jan/28 fechou em 8,74%.
Hoje, as principais bolsas internacionais amanheceram levemente positivas. Até o momento, o impacto da divulgação de resultados corporativos nos Estados Unidos tem sido ameno: as companhias reportaram lucros, em média, 18% acima do consenso, ao passo que suas ações recuaram em média 0,6% após as divulgações. A falta de novos catalisadores e preocupações com a variante Delta do coronavírus vêm dificultando altas adicionais nos mercados.
Na cena econômica internacional, a produção industrial dos Estados Unidos segue afetada pela restrição de insumos, principalmente no setor automotivo, impedindo que a oferta acompanhe a demanda robusta da economia local. Na Europa, a inflação ao consumidor permanece contida, a despeito da aceleração da atividade econômica. O Índice de Preços ao Consumidor da Zona do Euro (CPI) apresentou elevação mensal de 0,3% em junho, o equivalente a 1,9% em 12 meses, em linha com as expectativas do mercado. Já a medida de núcleo da inflação (exclui os itens mais voláteis de alimentos e energia) subiu 0,3% na métrica mensal e 0,9% na comparação anual. Por fim, o Banco do Japão (BoJ) deixou a política monetária inalterada (conforme esperado), mas reduziu sua projeção de crescimento econômico em 2021 (de 4,0% para 3,8%); já a expectativa de inflação ao consumidor no ano corrente foi elevada de 0,1% para 0,6%, em grande parte devido ao aumentos dos custos de energia.
Na agenda econômica de hoje, destaque para a divulgação das vendas no varejo dos Estados Unidos em junho (consenso: -0,4% m/m; anterior: -1,3% m/m) e da leitura preliminar do índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente a julho (consenso: 86,3; anterior: 86,4).
Enquanto isso, no Brasil, o Congresso Nacional aprovou ontem o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022, que estabelece metas e prioridades para o orçamento público do próximo ano. O texto aprovado, que agora será encaminhado para sanção presidencial, prevê déficit primário do setor público de R$ 177,5 bilhões em 2022 (-1,9% do PIB) e salário mínimo de R$ 1.147. Os recursos para financiamento de campanhas eleitorais aumentaram de R$ 2 bilhões em 2020 (último ano com pleito) para R$ 5,7 bilhões, um ponto bastante explorado por críticos do relatório. A aprovação do PLDO permitirá que os parlamentares entrem em recesso até o começo de agosto.
Tópicos do dia
Agenda de resultados
Economia

- Indústria dos EUA segue com dificuldades para acompanhar a demanda
Empresas

- Lojas Renner (LREN3): Dando os primeiros sinais de M&A para o mercado
- Setor Elétrico: Leilão de Privatização da CEEE Transmissão
- Tenda (TEND3) – 2T21: Outro trimestre Recorde
- MRV (MRVE3) – 2T21: Números operacionais sólidos, mas ligeira queima de caixa
- EZTec (EZTC3) – 2T21: Sólido volume de lançamentos, mas vendas em recuperação
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias de hoje do setor
Internacional

- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Netflix Games
ESG

- Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 16/07
Veja todos os detalhes
Economia
Indústria dos EUA segue com dificuldades para acompanhar a demanda
- A produção industrial dos Estados Unidos – inclui indústria de transformação, extrativa mineral e utilidade pública – registrou crescimento de 0,4% entre maio e junho, resultado abaixo do consenso de mercado (alta de 0,6%). Em relação à indústria de transformação, o volume produzido contraiu 0,1% no período, com destaque para a queda acentuada de 6,6% da produção de veículos, que segue bastante afetada pela escassez de semicondutores. Por sua vez, os níveis de atividade da extrativa mineral e do setor de utilidade pública cresceram 1,4% e 2,7%, respectivamente. Embora a demanda por bens industriais deva permanecer sólida nos próximos meses, não há sinais claros de que as atuais restrições da cadeia de suprimentos diminuirão substancialmente. De fato, a forte elevação das encomendas industriais não deverá ser acompanhada pela oferta manufatureira no curto prazo;
- A propósito, o Índice de Atividade Industrial Empire State (Fed de Nova Iorque) exibiu crescimento expressivo entre junho e julho, ao passar de 17,4 para 43,0, leitura muito superior às expectativas do mercado (18,0), puxado especialmente pela intensa expansão das encomendas. No mesmo sentido, o Índice de Manufatura do Fed de Filadélfia também mostrou aumento expressivo dos novos pedidos às fábricas americanas em julho. No entanto, os efeitos da pandemia sobre as cadeias de suprimentos foram refletidos nos outros componentes, levando o índice geral a declinar de 30,7 em junho para 21,9 em julho (o consenso de mercado estava em 28,0), o que representou o menor nível desde dezembro de 2020. Vale ressaltar ainda que, apesar do recuo observado na última divulgação (de 80,7 em junho para 69,7 em julho), o subíndice de preços pagos permanece em patamar historicamente muito elevado – a publicação anterior havia registrado o nível mais alto em 42 anos;
- Na agenda econômica internacional de hoje, destaque para a divulgação das vendas no varejo dos Estados Unidos em junho (consenso: -0,4% m/m; anterior: -1,3% m/m) e da leitura preliminar do índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente a julho (consenso: 86,3; anterior: 86,4). Já publicado nesta manhã, o Índice de Preços ao Consumidor da Zona do Euro (CPI) apresentou elevação mensal de 0,3% em junho, em linha com as expectativas do mercado. Em 12 meses, o indicador mostrou alta de 1,9%. Já a medida de núcleo da inflação (exclui itens mais voláteis de alimentos e energia) subiu 0,9% na comparação anual (e 0,3% na margem). Em síntese, a inflação ao consumidor permanece contida na região, apesar da aceleração da atividade econômica. Por fim, o Banco do Japão (BoJ) deixou a política monetária inalterada (conforme esperado), mas reduziu sua projeção de crescimento econômico em 2021 (de 4,0% para 3,8%); já a expectativa de inflação ao consumidor no ano corrente foi elevada de 0,1% para 0,6%, em grande parte devido ao aumentos dos custos de energia;
- No Brasil, o Congresso Nacional aprovou ontem o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022, que estabelece metas e prioridades para o orçamento público do próximo ano. O texto aprovado, que agora será encaminhado para sanção presidencial, prevê déficit primário do setor público de R$ 177,5 bilhões em 2022 (-1,9% do PIB) e salário mínimo de R$ 1.147. Os recursos para financiamento de campanhas eleitorais aumentaram de R$ 2 bilhões em 2020 (último ano com pleito) para R$ 5,7 bilhões, um ponto bastante explorado por críticos do relatório. A aprovação do PLDO permitirá que os parlamentares entrem em recesso a partir de 18 de julho. A agenda de hoje não traz divulgação de indicadores econômicos de destaque.
Empresas
Lojas Renner (LREN3): Dando os primeiros sinais de M&A para o mercado
- A Lojas Renner anunciou hoje sua primeira aquisição depois do seu aumento de capital de R$ 4 bilhões, com os recursos previstos para serem utilizados na construção de seu ecossistema de moda e lifestyle. A empresa está adquirindo 100% da Repassa, uma plataforma online de vestuário, calçados e acessórios usados com presença nacional;
- Vemos a transação como positiva, uma vez que está alinhada com a estratégia da companhia de fortalecer as iniciativas digitais e agenda ESG, *embora seja imaterial em termos de impactos financeiros, o que pode ter decepcionado os investidores* quando comparado ao tamanho da oferta concluída em abril;
- Trazemos no relatório a visão do nosso time de ESG assim como uma visão da Repassa e do cenário competitivo do setor. Mantemos recomendação Neutra e preço alvo de R$50,0 por ação;
- Clique aqui para ler o relatório completo.
Setor Elétrico: Leilão de Privatização da CEEE Transmissão
- Hoje às 11h será realizado na B3, o leilão de privatização onde o Governo do Estado do Rio Grande do Sul deve vender sua participação de 66% na CEEE Transmissão pelo valor mínimo de R$1,7bi;
- Segundo o noticiário, CPFL (não coberto), CTEEP, Taesa, Alupar (não coberto) e os fundos de pensão CPPIB e CDPQ devem participar do leilão, portanto a competição deve ser alta;
- Apesar de ser um ativo importante (aproximadamente R$870mn de RAP) enxergamos retornos limitados mesmo no valor mínimo. Para encontrar valor na aquisição, o comprador deverá assumir ganhos de eficiência relevantes. Estimamos a participação do Estado do Rio Grande do Sul na CEEE Transmissão em R$1,75bi sem assumir ganhos de eficiência.
Tenda (TEND3) – 2T21: Outro trimestre Recorde
- A Tenda apresentou mais um trimestre positivo com volume recorde de lançamentos e de vendas, o que reforça nossa visão de resiliência do segmento de baixa renda e ganho de participação de mercado no programa Casa Verde e Amarela das grandes incorporadoras. Com isso, esperamos uma reação positiva do mercado e reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$38,0/ação;
- Tenda lançou R$986 milhões (+56% ano contra ano e +62% trimestre contra trimestre), com 43% dos lançamentos na região metropolitana de São Paulo. Além disso, destacamos também o preço médio por unidade de R$151 mil (alta de 8,8% ano contra ano e 0,9% trimestre contra trimestre);
- Vendas brutas atingiram R$959 milhões (+39% ano contra ano e +18% trimestre contra trimestre) e distratos de R$101 milhões (10,5% das vendas brutas vs. 13,3% no trimestre passado), resultando em vendas líquidas de R$858 milhões (+49% ano contra ano e 22% trimestre contra trimestre), implicando em uma velocidade de vendas (VSO) robusta de 34,3% (vs. 31,5% no trimestre passado);
- Os repasses totalizaram R$707 milhões (+37% ano contra ano e 36% trimestre contra trimestre) após os gargalos no trimestre anterior. No entanto, a companhia destacou a esteira de repasses um pouco mais lenta e a mudança no critério da Caixa Econômica Federal podem impactar a geração de caixa no trimestre;
- Por fim, o banco de terrenos atingiu R$12 bilhões em VGV após a aquisição de cerca de R$1,5 bilhão, dos quais 35% estão localizados em São Paulo, reforçando a estratégia da companhia de aumentar o market share em São Paulo.
MRV (MRVE3) – 2T21: Números operacionais sólidos, mas ligeira queima de caixa
- MRV reportou sólidos resultados com lançamentos de R$2,4 bilhões e vendas de R$2,1 bilhões, impulsionados pelo desempenho positivo da AHS (subsidiária nos Estados Unidos) e pela resiliência do segmento de baixa renda no Brasil. A companhia reportou geração de caixa próxima de zero devido a queima de caixa nas subsidiárias brasileiras em razão da antecipação na compra de material de construção, que foi compensada pela sólida geração de caixa da AHS. Mantemos nossa recomendação neutra e preço-alvo de R$23,0/ação;
- MRV&Co lançou R$2,4 bilhões (+5,4% ano contra ano e +40,3% trimestre contra trimestre), dos quais: R$1,7 bilhão sob a marca MRV (principalmente dentro do programa Casa Verde e Amarela), R$571 milhões nos projetos da AHS e R$77 milhões da Urba (segmento de loteamento);
- As vendas líquidas atingiram R$2,1 bilhões (+13,7% ano contra ano e 27,5% trimestre contra trimestre), divididos em: i) R$1,7 bilhão da MRV, R$364 milhões da AHS e R$39 milhões da Urba. Além disso, a companhia se destacou pela evolução do programa de Venda Garantida que atingiu 77% das vendas contratadas no segundo trimestre. Dito isso, a velocidade de vendas registrou sólido 17,3% (vs. 17,4% no trimestre passado);
- A companhia reportou queima de caixa de R$167,8 milhões nas operações brasileiras (MRV, Urba e Luggo) devido a aceleração na aquisição de materiais de construção para conter novos aumentos de preços e possíveis desabastecimentos na cadeia de suprimentos que foram compensados pela sólida geração de caixa de R$167,1 milhões da AHS após a venda de dois empreendimentos.
EZTec (EZTC3) – 2T21: Sólido volume de lançamentos, mas vendas em recuperação
- A EZTec reportou fortes lançamentos de R$928 milhões e recuperação de vendas de R$285 milhões, ainda pressionada pelas restrições comerciais no segundo trimestre e pelo lançamento do projeto EZ Infinity próximo ao final do trimestre. Em suma, vemos um trimestre em recuperação para a EZTec e esperamos que as vendas acelerem gradativamente nos próximos trimestres. Como resultado, mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$48,0/ação;
- A EZTec lançou 2 empreendimentos (Dream View com VGV de R$253 milhões e EZ Infinity com VGV de R$675 milhões), totalizando R$928 milhões (vs. patamares mais brandos de R$28 milhões no trimestre passado). Além disso, a empresa anunciou que três outros projetos (com um total de cerca de R$1,3 bilhão em VGV) devem ser lançados no curto prazo;
- As vendas líquidas atingiram R$285 milhões (+21% t/t e +132% a/a), implicando em uma velocidade de vendas de 11% (vs. 14% no 1T21). O desempenho das vendas foi afetado pelo fechamento dos estandes de vendas até meados de abril (mas vem se recuperando gradativamente desde a reabertura) e pelo lançamento do empreendimento EZ Infinity próximo ao final do trimestre.
Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Acesse este relatório com notícias do setor financeiro que complementam nossos comentários publicados no Morning Call, mas que não consideramos relevantes o suficiente para serem analisadas. Aqui você encontra o título com o link para a fonte original da notícia, além de uma breve descrição do conteúdo;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
- Nesta publicação diária, trazemos as principais notícias do setor de varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.) nacional e internacional, complementando nossa visão sobre as tendências e acontecimentos mais importantes do dia. Além disso, o relatório contém um resumo dos múltiplos e recomendações para as empresas de nossa cobertura;
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Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias de hoje do setor
- Quais tópicos costumamos abordar? Notícias relevantes para os segmentos de proteínas (bovina, suína e frango); açúcar & etanol; milho e soja; exportações brasileiras; dentre outras. Confira os destaques de hoje:
- na Austrália, exportações de carne perdem tração no primeiro semestre (Euromeat News)
- no Brasil, Cade aprova Quiq, plataforma que une redes de restaurante contra apps de delivery (Valor Econômico)
- na União Europeia, estratégia de descarbonização passa a descartar renováveis que pressionem a floresta (Valor)
- Clique aqui para acessar o relatório completo: Clipping XP Agro, Alimentos e Bebidas
Internacional
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Netflix Games
- TSMC reportou bem em termos de receita e segue com expectativas de alta demanda para os seus chips, porém decepciona em margens e ações caem -5,51% no dia. Morgan Stanley supera o consenso impulsionado por gestão de investimentos e IB;
- Netflix planeja entrar no mundo dos games a partir de 2022 e para isso contrata executivo da Electronic Arts e Facebook.
- Johnson & Johnson faz recall de filtros solares em spray de suas marcas Neutrogena e Aveeno nos EUA após detectar o composto químico benzeno, potencialmente cancerígeno, em suas formulações;
- Facebook e Bytedance detém 6 dos 10 aplicativos com a maior demanda no segundo trimestre de 2021. Em contrapartida, apps de comunicação apresentam queda em downloads na medida em que aplicativos de previsão do tempo, finanças e esportes apresentaram o maior crescimento de demanda, acompanhando a tendência de redução do distanciamento social no mundo;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 16/07
- Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo falam sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança;
- Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance histórica do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP;
- Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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