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Entrega da Reforma Administrativa em foco no Brasil

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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IBOVESPA -0,3% | 101.911 Pontos

CÂMBIO -1,01% | 5,34/USD

O que pode impactar o mercado hoje

O Ibovespa encerrou o pregão de ontem em leve queda de 0,25%, fechando em 101.911 pontos, em um dia sem grandes destaques. As taxas futuras de juros operaram praticamente de lado ontem, fechando em leve alta nos prazos médios e longos. Ao longo do dia, tiveram efeito o alívio do mercado em relação à agenda fiscal e dados positivos de atividade, mas a expectativa pelo leilão de prefixados de hoje pesou no fechamento. DI jan/21 fechou em 1,99%; DI jan/23 encerrou em 4,01%; DI jan/25 foi para 5,82%; e DI jan/27 fechou em 6,79%.

Os mercados internacionais operam sem direção única nesta manhã. Por um lado, os futuros dos EUA operam em baixa, após o S&P 500 e o Nasdaq renovarem máximas de fechamento no pregão de ontem. Já na Europa, os mercados operam em alta moderada após a divulgação de dados econômicos mistos. O índice gerente de compras (PMI) da zona do euro recuou em agosto, de 54,9 em julho para 51,9, mas superou a primeira leitura de 51,6. Essa leitura foi parcialmente compensada pela divulgação de vendas no varejo mais fracas que o esperado na região. O indicador registrou uma queda de 1,3% em julho em relação a junho, enquanto o mercado trabalhava com uma expectativa de alta de 1,2% de acordo com o Broadcast. 

No Brasil, o governo deve entregar hoje ao Congresso a reforma administrativa que, segundo os jornais, deve reduzir o salário inicial dos servidores, aumentar o período de estágio antes da estabilidade para concursados, acabar com a licença-prêmio e gratificação por tempo de serviços, reduzir o número de carreiras e criar possibilidades de vínculos empregatícios com contratação sem concurso e sem estabilidade. Um dia antes do presidente Jair Bolsonaro enviar a proposta de reforma administrativa, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, apresentou o modelo de reforma administrativa dos servidores da Casa, que inclui a extinção de mil cargos efetivos e um aumento da progressão de carreira de 10 para 25 anos.

O principal ponto é a criação de três níveis de carreiras (carreiras típicas de estado; servidores com vínculo por tempo indeterminado; e por tempo determinado), as duas últimas sem estabilidade. Elas serão definidas futuramente por lei complementar. Outros pontos como redução do salário inicial e mudanças em regras de progressão de carreira também serão tratados no futuro por lei complementar. Para que a reforma fosse desengavetada, foi condição apresentada por Bolsonaro que ela não atingisse os atuais servidores.

A agenda de indicadores e eventos econômicos do dia traz como destaques a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em live com o empresário Abílio Diniz, a divulgação da produção industrial de julho pelo IBGE e da proposta de reforma administrativa à imprensa. Além disso, saem os índices de PMI do setor de serviços e composto do Brasil e dos EUA.

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Internacional

  1. Política internacional: EUA pede que estados se preparem para distribuir vacina a partir do 1o de novembro
    Acesse aqui o relatório internacional

Empresas

  1. Vale (VALE3): Pedido de suspensão de pagamento de dividendo da Vale
  2. Ambev (ABEV3): produção de bebidas alcoólicas em julho cresce 24% versus 2019

Veja todos os detalhes

Internacional

Política internacional: EUA pede que estados se preparem para distribuir vacina a partir do 1o de novembro

  • O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos enviou uma carta aos estados pedindo que eles atuem para garantir a eficaz distribuição de uma vacina para Covid-19 que pode estar pronta a partir do 1° de novembro (2 dias antes da eleição presidencial no país);  
  • Em meio a tensões raciais em alta nos EUA, nesta quinta-feira (3), o candidato democrata deve viajar a Kenosha, Wisconsin, cidade que tem sido palco de protestos e incidentes de violência nas últimas semanas. A campanha do ex-vice-presidente anunciou que arrecadou USD 364.5 milhões em agosto, quebrando recorde. O partido republicano ainda não anunciou quanto arrecadou no mês;  
  • No lado das tensões globais, os EUA anunciaram novas restrições de viagem a diplomatas chineses. Ainda, após o TikTok, a Índia proibiu mais de 100 aplicativos chineses em meio a tensões na fronteira entre os países;  
  • Na Europa, a Alemanha convocou o embaixador russo em Berlim para dar explicações sobre o envenenamento de Alexei Navalny, opositor de Vladimir Putin.

Empresas

Vale (VALE3): Pedido de suspensão de pagamento de dividendo da Vale

  • O Ministério Público Federal (MPF) de Minas Gerais pediu a suspensão do pagamento de dividendos ou juros sobre capital próprio, como parte de um pedido de intervenção judicial na Vale;
  • Na solicitação, a MPF também requereu a nomeação de um interventor judicial para identificar, em até 15 dias, os diretores e demais gestores da alta administração que deverão ser afastados de seus cargos. Esse interventor deverá, temporariamente, funções corporativas encarregadas de elaboração e implementação de planos e políticas de segurança interna da cia, além de elaborar um plano de trabalho de reestruturação da governança da companhia;
  • Por fim, o pedido também inclui a contratação de uma empresa de auditoria independente;
  • As ações podem sofrer impacto negativo caso venha uma decisão judicial favorável ao pedido descrito acima. Mantemos nossa recomendação de Compra (preço-alvo de R$85/ação).

Ambev (ABEV3): produção de bebidas alcoólicas em julho cresce 24% versus 2019

  • O setor de Alimentos e Bebidas foi destaque positivo na Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, cujo resultado de julho foi divulgado agora de manhã (03/09). Especificamente no caso de bebidas, os dados surpreenderam positivamente ao apresentar patamares de produção superiores aos do mesmo período no ano anterior; 
  • A produção de bebidas alcoólicas cresceu 3,6% versus junho, além de ter aumentado 24% versus julho de 2019; já a de bebidas não-alcoólicas cresceu 8,6% M/M e 7,1% A/A. Ou seja, após uma “recuperação em V” da produção de bebidas, a pior parte da crise já teria ficado para trás, como ilustra o gráfico abaixo da esquerda;
  • Para conferir todos os detalhes, acesse nosso relatório Expresso Alimentos & Bebidas.
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