IBOVESPA +0,40% | 137.824 Pontos
CÂMBIO -0,27% | 5,64/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana em queda de 1% em reais e em dólares, aos 137.824 pontos, após ter ultrapassado a marca dos 140 mil pontos na terça-feira (20).
O principal destaque positivo da semana foi Raízen (RAIZ4, +25,1%). A B3 questionou a empresa sobre a oscilação nas ações, e a companhia afirmou desconhecer qualquer fato relevante não divulgado que pudesse justificar o movimento. Além disso, JBS (JBSS3, +7,3%) também se destacou, impulsionada pelo sentimento positivo em torno do seu processo de dupla listagem, que foi aprovado na sexta-feira (23).
Na ponta negativa, Cogna (COGN3, -7,9%) recuou após o anúncio de um novo decreto do governo com mudanças nas regras da educação a distância (EaD) (veja mais detalhes aqui).
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Renda fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com fechamento na parte curta e abertura nos vértices intermediários e longos da curva. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de –94,00 pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -82,50 bps nesta semana. A curva, portanto, apresentou ganho de inclinação. As taxas de juro real tiveram aumento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,56% a.a. (vs. 7,46% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,73% (- 1,5 bps); DI jan/31 em 13,84% (+8 bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira (26), os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +1,2%; Nasdaq 100: +1,4%), após uma semana negativa marcada por nova escalada nas tensões comerciais. Na sexta-feira, o S&P 500 recuou 0,7% e o Nasdaq 1%, após Donald Trump afirmar que iPhones vendidos nos EUA precisarão ser produzidos domesticamente, sob pena de tarifas de 25%, e recomendar uma tarifa ampla de 50% sobre produtos da União Europeia a partir de 1º de junho. No domingo, Trump recuou e adiou a medida para 9 de julho, após conversa com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
As taxas dos Treasuries recuaram na sexta-feira, com alívio parcial após o susto inicial (dois anos: -1 bp; 10 anos: -4 bps; 30 anos: -3 bps).
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +1,1%), com o adiamento das tarifas sobre a UE. O CAC 40 sobe 1,2% e o DAX avança 1,7%, impulsionados por ações do setor automotivo (BMW +1,3%; Mercedes +1,6%; Volkswagen +1,4%), altamente exposto ao mercado americano. O índice de Londres está fechado por conta do feriado. Em destaque, a farmacêutica Zealand Pharma sobe +7,3% após revisão positiva da Cantor Fitzgerald.
Na China, os mercados fecharam em baixa (CSI 300: -0,6%; HSI: -1,4%), em dia de realização de lucros após semanas de otimismo e com novos sinais de enfraquecimento da demanda doméstica. Na sexta-feira, o governo chinês e os EUA afirmaram que pretendem manter o canal diplomático aberto após conversas entre autoridades de alto escalão. No Japão, o Nikkei subiu 1% e o Kospi avançou 2% com forte recuperação de empresas exportadoras. O dólar segue estável frente ao iene, enquanto o petróleo Brent opera a US$ 81,70.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira com alta de 0,10%, acumulando uma valorização de 0,81% no mês. Os Fundos de Tijolos lideraram a sessão, com valorização média de 0,20%, enquanto os FIIs de Papel tiveram um desempenho mais discreto, com alta média de apenas 0,01%. Entre os destaques positivos estão BLMG11 (+2,6%), PVBI11 (+1,6%) e SPXS11 (+1,5%). Já os destaques negativos foram BRCR11 (-1,2%), VIUR11 (-1,0%) e RVBI11 (-1,0%).
Economia
O presidente Donald Trump adiou a data de implementação da tarifa de 50% sobre importações da União Europeia para 9 de julho. A medida estava inicialmente prevista para entrar em vigor em 1º de junho, conforme declarado na sexta-feira. No Brasil, o governo implementou um aumento relevante na alíquota do IOF sobre operações de crédito envolvendo pessoas jurídicas. De acordo com nossos cálculos, isso corresponde a um aumento entre 0,25 e 0,50 p.p. na taxa Selic.
Na agenda internacional, o destaque desta semana será a divulgação do índice deflator do PCE, o indicador de inflação mais relevante para o Fed, banco central dos Estados Unidos. Além disso, a autoridade divulgará a ata da última reunião de política monetária. No Brasil, o protagonismo desta semana será a divulgação do PIB do primeiro trimestre deste ano, que deverá mostrar forte avanço da agropecuária e demanda doméstica sólida. Ainda do lado da atividade, a geração de empregos formais (relatório CAGED) e a PNAD Contínua serão publicadas. Por fim, conheceremos o IPCA-15 de maio, cujas métricas subjacentes continuarão sob pressão.
Veja todos os detalhes
Economia
Inflação nos Estados Unidos e PIB no Brasil são destaque para esta semana
- O presidente Donald Trump adiou a data de implementação da tarifa de 50% sobre importações da União Europeia para 9 de julho. A medida estava inicialmente prevista para entrar em vigor em 1º de junho, conforme declarado na sexta-feira e foi justificada dada as dificuldades das negociações comerciais entre as duas regiões. Em publicação nas redes sociais, Trump havia criticado a postura da União Europeia, classificando-a como “difícil de lidar” e afirmando que as negociações “não avançavam”. Von der Leyen, por sua vez, manifestou otimismo e afirmou que o bloco está pronto para avançar com as tratativas “de forma rápida e decisiva”.
- No Brasil, revisamos nossa projeção para a taxa Selic. O governo implementou um aumento na alíquota do IOF sobre operações de crédito envolvendo empresas. De acordo com nossos cálculos, isso corresponde a um aumento entre 0,25 e 0,50 p.p. na taxa Selic. Portanto, não esperamos mais uma alta final dos juros na reunião de junho. Isso não altera nossa visão de uma atividade econômica robusta e inflação acima do limite superior da meta para 2025 e 2026. Para detalhes, acesse o nosso relatório “Com elevação do IOF, não esperamos mais uma alta da taxa Selic em junho”.
- Na agenda internacional, o destaque desta semana será a divulgação do índice deflator do PCE na 6ª-feira, o indicador de inflação mais relevante para o Fed, banco central dos Estados Unidos. Além disso, a autoridade divulgará a ata da última reunião de política monetária (quarta-feira). Hoje, os mercados do Reino Unido e dos Estados Unidos estão fechados devido a feriados.
- No Brasil, o protagonismo será a divulgação do PIB do primeiro trimestre deste ano na sexta-feira, que deverá mostrar forte avanço da agropecuária e demanda doméstica sólida. Ainda do lado da atividade, a geração de empregos formais (relatório CAGED) e a PNAD Contínua serão publicadas na quarta e quinta-feira, respectivamente. Por fim, conheceremos o IPCA-15 de maio na terça-feira, cujas métricas subjacentes continuarão sob pressão
Empresas
Rodovias: Motiva ganha leilão de reequilíbrio da MSVia
- Ontem, a Motiva venceu o processo competitivo de reequilíbrio da MSVia e realizou uma teleconferência de mercado para, em nossa opinião, reduzir a incerteza em relação à economia do projeto;
- Destacamos:
- A competição reduzida durante o leilão, com nenhum player apresentando propostas, o que pode levar os investidores a acreditar que o mesmo possa ocorrer em projetos futuros desse tipo;
- A MOTV espera retornos sólidos (TIR real para o acionista alavancada na faixa dos “dois dígitos baixos”), sustentados por (a) os principais indicadores alinhados com as estimativas do governo, e (b) uma forte capacidade de alavancagem de 80-90% de dívida em relação ao capital;
- Dados financeiros reformulados que trazem um forte potencial de valorização em comparação com os números atuais, com EBITDA de aproximadamente R$190 milhões no primeiro ano, em contraste com –R$162 milhões em 2024;
- Adequação estratégica, com amplo conhecimento do projeto e do CAPEX incluído;
- Reiteramos nossa recomendação de Compra para a Motiva.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
XP Varejo | Implicações das mudanças do IOF
Ontem, o governo anunciou novas medidas relacionadas à tributação do IOF, sendo as principais:
- Enquadramento das operações de risco sacado como crédito e, portanto, sujeitas à cobrança de IOF;
- Aumento das taxas de IOF sobre operações de crédito para empresas (com algumas linhas ainda isentas);
- Tributação de empréstimos estrangeiros de curto prazo (abaixo de 364 dias); e
- Aumento das taxas de IOF sobre antecipação de recebíveis. De modo geral, vemos impactos limitados para as empresas até o momento, embora acreditemos que as medidas anunciadas possam trazer desafios para o setor no médio prazo, com um aumento no custo de capital, pressão inflacionária e/ou dinâmicas de capital de giro mais fracas.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- Beer today, gone tomorrow? Brewers face climate-change pressures – JustDrinks
- Alimentos
- US Beef Supplies Are Shrinking as Grilling Season Begins – Bloomberg
- Argentina nears deal to export beef offal to China – Reuters
- Agro
- Lavouras da SLC Agrícola vão gerar créditos de carbono – Globo Rural
- Pesquisa do Serasa mostra que inadimplência do produtor rural parou de subir. O pior ficou para trás? – AgFeed
- Açúcar e Biocombustíveis
- A China e o DDG podem destravar investimentos no etanol de milho? – AgFeed
- Cooperativas vão investir R$ 1,2 bilhão para produzir biodiesel no Rio Grande do Sul – AgFeed
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- Bebidas
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Chinese tech giants reveal how they’re dealing with U.S. chip curbs to stay in the AI race (CNBC);
- Nova regra deve reduzir oferta de CRI e CRA em até 7%, diz estudo (Valor Econômico);
- Tanure negocia fatia da Novonor na Braskem, mas precisa do aval dos bancos (Pipeline);
- Fitch Revisa Observação de Ratings da Hidrovias para Positiva, de Negativa (Fitch Ratings);
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CMN altera regras para títulos de renda fixa
- No dia 22 de maio de 2025, o Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou regras para emissões de certificados de recebíveis (CRAs e CRIs) e de direitos creditórios (CDCAs), além de letras financeiras (LCIs e LCAs), via duas resoluções (nº 5.212 e 5.215, respectivamente);
- Em meio a outros anúncios realizados pelo governo federal na noite do dia 22 de maio, o CMN alterou regras para a emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) e imobiliários (CRIs), além de certificados de direitos creditórios do agronegócio (CDCAs);
- Em suma, a mudança nas regras para novas emissões desses títulos visa ao reforço da destinação desses recursos aos setores de interesse (agronegócio e imobiliário);
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Estratégia
Impactos do aumento do IOF nas ações brasileiras
- Em 22 de maio, o governo brasileiro implementou uma ampla reformulação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), com vigência a partir de 23 de maio de 2025. As medidas afetam três áreas principais: VGBL (um tipo de previdência privada brasileira), crédito corporativo e operações de câmbio;
- Embora vejamos um impacto macroeconômico relevante — equivalente a uma alta de 25 a 50 bps na taxa Selic —, esperamos que o impacto sobre as empresas sob nossa cobertura XP seja modesto, com os nomes mais afetados provavelmente conseguindo mitigar os efeitos por meio de estratégias alternativas;
- De forma geral, vemos a reação do mercado como surpreendentemente positiva, com a recuperação vista na sexta-feira refletindo um forte momentum de mercado;
- Nosso posicionamento em relação às ações brasileiras segue mais favorável a empresas de alta qualidade, baixo endividamento e pagadoras de dividendos, embora continuemos a adicionar marginalmente mais risco e ciclicidade em nossas carteiras;
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários reafirmam solidez e resistem a ruídos e ameaças de tributação (FIIs);
- FIIs apostam em “desdobramento” de cotas para atrair investidores e ampliar liquidez (InfoMoney);
- Sob pressão do setor imobiliário, CMN volta a reduzir prazo da LCI – e equaliza CRIs (Metro Quadrado).
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ESG
Trump assina decreto para expandir energia nuclear nos EUA | Café com ESG, 26/05
- O mercado fechou a semana passada em queda, com o Ibovespa e o ISE recuando 1,0% e 0,7%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira fechou em território positivo, com o IBOV avançando 0,4% e o ISE 0,5%;
No Brasil, a Petrobras informou, na última sexta-feira (23), que o seu conselho de administração aprovou o encerramento antecipado do mandato de Maurício Tolmasquim como diretor executivo de transição energética e sustentabilidade – William França, diretor executivo de processos industriais e produtos da companhia, vai exercer temporariamente a posição até a eleição de um novo nome para o cargo;
No Estados Unidos, (i) o presidente Donald Trump, assinou na sexta-feira (23) um decreto que determina a aceleração na construção de reatores nucleares no país, com a meta de quadruplicar a capacidade de energia atômica até 2050 – com isso, o Departamento de Energia deve iniciar esforços para construir 10 grandes reatores até 2030, ajudando também a financiar melhorias em outros já existentes; e (ii) a Agência de Proteção Ambiental confirmou neste sábado (24) que está elaborando um plano para eliminar todos os limites sobre gases de efeito estufa emitidos por usinas de carvão e gás natural no país – segundo a agência, esses gases representariam uma parcela pequena e em declínio das emissões globais; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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