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Bolsas mistas no aguardo de dados de mercado de trabalho americano; XP revisa projeções de inflação, Selic e contas fiscais

Dados americanos e projeções de inflação no Brasil são alguns dos temas de maior destaque nesta quinta-feira, 06/04/2023

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O que pode impactar o mercado hoje

Destaque do dia

Em dia de véspera de feriado, os mercados aguardam uma série de dados do mercado de trabalho dos EUA. Nessa quinta-feira, destaque para os pedidos semanais de seguro-desemprego; amanhã, as atenções estarão voltadas ao relatório de emprego (nonfarm payroll) de março. No Brasil, destaque para entrevista do ministro Fernando Haddad ainda pela manhã, e investidores esperam também pelo texto final do arcabouço fiscal que deve chegar na Câmara até o início da semana que vem.

Brasil

O Ibovespa fechou a quarta-feira (5) em baixa de -0,9%, a 100.978 pontos, em linha com a queda dos índices americanos. A Bolsa foi pressionada pelas ações de commodities depois de dados econômicos indicando desaceleração da atividade econômica global. A Petrobras (PETR4) chegou a cair 4% durante o dia com fala do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre uma mudança na política de preços da companhia. As perdas da ação foram reduzidas depois de comunicado da própria empresa reafirmando seu compromisso com a prática de preços competitivos. Além disso, as varejistas também foram pressionadas por temores de mudanças tributárias que poderiam impactar o setor. Os ativos brasileiros também foram impactados por declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, elogiando a apresentação do projeto de arcabouço fiscal.

Já o dólar, fechou o dia em queda de -0,7% cotado a R$ 5,05. E na Renda Fixa, as taxas futuras de juros fecharam em queda, especialmente nos vértices mais longos da curva. DI jan/24 passou de 13,235% para 13,22%; DI jan/25 recuou de 11,995% para 11,96%; DI jan/26 caiu de 11,875% para 11,82%; DI jan/27 cedeu de 11,99% para 11,92%; e DI jan/31 regrediu de 12,69% para 12,57%.

Mundo

Bolsas internacionais amanhecem mistas (EUA -0,2% e Europa +0,5%). Investidores aguardam dados semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que serão divulgados ainda nesta manhã, e o payroll de março, a ser divulgado amanhã,  e ajudarão a avaliar os próximos passos de política monetária do Federal Reserve. Na Europa, a produção industrial da Alemanha foi o destaque e surpreendeu positivamente ao subir 2,0% m/m em fevereiro, quando se esperava estabilidade. Na China, o índice de Hang Seng encerrou levemente positivo (+0,3%), com o PMI Caixin de Serviços do país subindo para 57,8, o nível mais alto em dois anos.

Dados de atividade econômica dos EUA

Nos Estados Unidos, indicadores de atividade surpreenderam para baixo. O Índice de Serviços ISM – medida de sentimento econômico bastante acompanhada pelos agentes de mercado – recuou de 55,1 em fevereiro para 51,2 em março. Esse resultado veio muito aquém do consenso de mercado, que apontava para 54,5. Lembrando que o patamar de 50 pontos separa crescimento de contração no setor. O destaque para o componente de preços pagos, que declinou de 65,6 para 59,5 no período, uma boa notícia para o Federal Reserve acerca do combate à inflação.  

De forma semelhante, as contratações no setor privado dos Estados Unidos desaceleraram fortemente em março, conforme divulgado ontem pela companhia de recrutamento ADP. Houve geração líquida de 145 mil empregos no mês passado, muito abaixo dos 261 mil registrados em fevereiro e do consenso de mercado de 210 mil.

Macro Mensal

A equipe de Economia da XP revisou, nesta manhã, suas projeções para inflação, juros e contas públicas no Brasil. Segundo o novo cenário, o IPCA subirá 6,2% em 2023 e 5,0% em 2024. No lado fiscal, a proposta de novo arcabouço ajuda a reduzir incertezas, porém depende de medidas adicionais de receitas e um quadro macroeconômico otimista para garantir a sustentabilidade da dívida pública. Com a economia desacelerando, há expectativa de cortes de juros a partir de agosto deste ano, levando a taxa Selic para 12,00% ao final de 2023. A previsão para a taxa básica de juros ao final de 2024, entretanto, permaneceu em 11,00%. Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Veja todos os detalhes

Economia

Indicadores de atividade nos EUA mais fracos que o esperado; no Brasil, XP revisa projeções de inflação, taxa Selic e contas fiscais

  • O Índice de Serviços ISM dos Estados Unidos – medida de sentimento econômico bastante acompanhada pelos agentes de mercado – recuou de 55,1 em fevereiro para 51,2 em março. Esse resultado veio muito abaixo do consenso de mercado, que apontava para 54,5. O patamar de 50 pontos separa crescimento de contração no setor. O número mais fraco do que o esperado indica risco de recessão este ano, ainda que moderada. Com relação aos resultados desagregados, o componente de novas encomendas às empresas de serviços declinou de 62,6 em fevereiro para 52,2 em março. Por sua vez, a medida de preços pagos pelos insumos caiu de 65,6 para 59,5 no mesmo período, uma boa notícia para o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) no combate à inflação. Esse recuo nos preços pagos pelas companhias também reflete uma melhoria contínua no lado da oferta. Neste sentido, o componente de entregas de fornecedores cedeu de 47,6 para 45,8 – quanto menor o patamar, mais rápida a entrega. Além disso, a medida de emprego no setor de serviços decresceu de 54,0 para 51,3, uma evidência adicional do arrefecimento gradual no mercado de trabalho americano;
  • De forma semelhante, as contratações no setor privado dos Estados Unidos desaceleraram fortemente em março, conforme divulgado ontem pela companhia de recrutamento ADP. Houve geração líquida de 145 mil empregos no mês passado, muito abaixo dos 261 mil registrados em fevereiro e do consenso de mercado de 210 mil. Com isso, as contratações exibiram uma média mensal de 175 mil vagas no 1º trimestre de 2023, contra 216 mil no trimestre anterior e 397 mil no mesmo trimestre de 2022. Na abertura setorial, os piores resultados vieram de atividades financeiras (-51 mil ocupações), serviços profissionais e empresariais (-46 mil) e indústria de transformação (-30 mil). Do lado positivo, as atividades de lazer e hotelaria mostraram adição líquida de 98 mil trabalhadores no mês passado. Comércio e transportes (+56 mil) e construção civil (+53 mil) também apresentaram resultados sólidos. Ainda no que diz respeito ao mercado de trabalho americano, destaque para a publicação, nesta quinta-feira, dos pedidos iniciais de seguro-desemprego registrados na semana passada; amanhã, atenções voltadas ao relatório de emprego (nonfarm payroll) de março – o consenso aponta para criação líquida de aproximadamente 240 mil vagas;  
  • Na China, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de Serviços Caixin/S&P Global avançou de 55,0 em fevereiro para 57,8 em março, a terceira alta consecutiva na esteira do afrouxamento das restrições ligadas à Covid. O índice atingiu o patamar mais elevado desde novembro de 2020, impulsionado pelo salto do componente de novas encomendas. Destaque para os pedidos de exportação, que registraram o maior ritmo de expansão da série histórica. Além disso, a taxa de geração de empregos exibiu o melhor resultado em 28 meses, acompanhando a maior demanda das empresas. Já o PMI Composto do consórcio Caixin/S&P, que inclui indústria e serviços, subiu de 54,2 em fevereiro para 54,5 em março, o melhor número desde junho de 2022;
  • No Brasil, a área econômica da XP revisou, nesta manhã, suas projeções para inflação, juros e contas públicas. Segundo o novo cenário, o IPCA subirá 6,2% em 2023 e 5,0% em 2024. No lado fiscal, a proposta de novo arcabouço ajuda a reduzir incertezas, porém depende de medidas adicionais de receitas e um quadro macroeconômico otimista para garantir a sustentabilidade da dívida pública. Com a economia desacelerando, há expectativa de cortes de juros a partir de agosto deste ano, levando a taxa Selic para 12,00% ao final de 2023. A previsão para a taxa básica de juros ao final de 2024, entretanto, permaneceu em 11,00%. Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Empresas

3R (RRRP3): Relatório de Certificação de Reservas Atualizado – Inflação de custos mais baixa do que o esperado

  • A 3R divulgou o seu novo relatório de certificação de reservas;
  • Como esperado, os volumes 2P ficaram quase estáveis, mas sua curva foi “deslocada” para a direita (pico de produção em ~100kboe/d a ser alcançado em 2027 vs 2026 anteriormente);
  • O CAPEX 2P (USD 2,2 bilhões) aumentou 8,4% em relação à certificação anterior (positivo, pois esperávamos um aumento maior). OPEX teve resultados diferentes por bacia. Mas, no geral, a empresa aumentou o OPEX/boe para 2023 e 2024 (USD 19/boe e US$ 17/boe, respectivamente);
  • O efeito inflacionário foi parcialmente compensado pela captura de sinergias operacionais, logísticas e comerciais entre ativos integrados (não capturadas antes quando a certificação dos ativos de cada complexo era analisada de forma isolada);
  • Ainda vamos inserir os novos números em nosso modelo para atualizar nosso TP, mas todos os fatos apontam para uma revisão de números para baixo. Ainda assim, as ações da 3R permanecem em patamares bastante deprimidos, a nosso ver pela percepção de risco relacionado ao fechamento da aquisição da Potiguar;
  • Reconhecemos os riscos, mas nosso caso base continua sendo que a aquisição será concretizada e, portanto, mantemos nossa recomendação de compra no nome;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Saúde: Data Expert | ANS Tracker de Fevereiro de 2023

  • Este é o nosso ANS Tracker, no qual acompanhamos e analisamos os dados mensais da ANS sobre os beneficiários de planos de saúde. Os destaques são:
    • Após a interrupção de uma longa sequência de altas em janeiro, o mercado de planos saúde apresentou uma leve melhora;
    • O segmento de planos empresariais apresentou alguma recuperação, compensando os valores negativos do trimestre anterior;
    • O segmento de Medicina de Grupo teve o melhor desempenho no mês, mas ainda apresenta uma queda de 85k beneficiários no acumulado do 1T23;
    • Juntos, SP e RJ recuperaram 36% da perda apresentada em janeiro, enquanto MG e a região de CO apresentaram crescimento;
    • As operadoras da Hapvida recuperaram parcialmente a perda de janeiro, enquanto as operadoras do GNDI apresentaram comportamento estável no mês;
    • Os cancelamentos de planos no mês não preocupam – exceto para a Amil e a Athena; e
    • A SULA e a Unimed Seguros foram os destaques positivos do mês.
  • Apesar da recuperação parcial do setor, reiteramos a nossa visão cautelosa quanto à capacidade de crescimento do mercado de saúde e notamos que a Hapvida pode não entregar o crescimento esperado por mais um trimestre;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Análise (Crédito): Ânima Educação

  • A Ânima Educação é uma das maiores empresas do setor de educação privado de ensino superior no Brasil (em termos de receita e número de estudantes matriculados);
  • Em 2022, a companhia passou por uma reorganização societária, segregando o ensino de medicina das demais unidades de negócios para receber aporte de R$ 1 bilhão no novo braço (Inspirali);
  • Além de medicina, opera no Ensino Acadêmico Presencial (Ânima Core),  Ensino Acadêmico Digital e pós-graduação presencial (Lifelong Learning – LLL);
  • No 4T22, a Ânima apresentou pequeno crescimento da base de alunos e ticket médio em linha com o final de 2021. A receita líquida foi de R$ 845 milhões, queda de 0,4% em relação ao observado no 4T21 e o EBITDA Ajustado atingiu R$ 179 milhões, com margem de 21,1%. A alavancagem, medida por dívida líquida/EBITDA, fechou o trimestre em 4,0x. A companhia obteve waiver para a medição do índice em 2022 e março de 2023, devido ao aumento pontual após aquisição da Laureate;
  • Acesse aqui a análise completa.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
    • Crédito para empresas seca e renegociação de dívida dispara (Infomoney);
    • Banco do Brasil aumenta em mais de R$ 700 mi limites de clientes pf com auxílio do Open Finance (Broadcast);
    • Ex-executivos da Cielo pagarão R$ 960 mil à cvm para encerrar caso sobre WhatsApp Pay (Broadcast);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
    • Actis quer data centers, torres e fibra (Brazil Journal)
    • Tray anuncia integração completa com a Shopee (E-commerce)
    • Móvel pré-pago é o serviço de telecom mais bem avaliado pelos consumidores (Telesíntese)
    • E-commerce brasileiro movimentará R$ 186 bilhões em 2023 (E-commerce)
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Assaí cai após CEO falar em vender lojas. Falha de comunicação? (Brazil Journal);
    • Natura &Co ainda não sabe o que fazer com dinheiro de venda da Aesop (Exame);
    • Fim dos incentivos fiscais pode afetar resultados de varejistas da Bolsa, apontam analistas; “ruídos” no setor devem continuar (Infomoney);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Alimentos e Bebidas
      • Sem IPO, Dori tenta M&A – Pipeline;
      • Is Fake Meat Just a Fad? – Bloomberg.
    • Agro
      • RenovaBio: aprimorar para evoluir – epbr;
      • Embarques do grão em alta – Valor.
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
    • Lula assina decretos que alteram Marco do Saneamento (Valor Econômico);
    • Ministro quer nova política para Petrobras(Valor Econômico);
    • Ministro das Cidades reafirma potencial de investimentos de R$ 120 bi com novas regras para o saneamento (Valor Econômico);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Renda fixa

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • Mercados
    • Estrangeiro mostra otimismo com Brasil após arcabouço fiscal (Valor Econômico);
    • Alvarez & Marsal vê maior volume de RJs desde 2019, puxado por consumo (Pipeline). 
  • Noticiário Corporativo
    • Governo suíço considerou falência do Credit Suisse (Valor Econômico);
    • Light: Octavio Lopes deixa presidência da distribuidora e da geradora (Valor Econômico) 
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Sem dividendo mensal, fundo imobiliário derrete e fundo de real estate fecha para resgates (MoneyTimes);
    • Fundo imobiliário da Hectare suspende resgates após ‘pedidos incompatíveis com a liquidez’ (Valor Investe);
    • HGRU11 e MCCI11 permanecem em carteira de fundos imobiliários da XP para abril; veja lista (FIIs);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

WEG mira em carregadores elétricos no Brasil | Café com ESG, 06/04

  • O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -0,9% e -0,8%, respectivamente;
  • No Brasil, (i) a montadora chinesa Great Wall Motors (GWM), uma das maiores fabricantes de carros elétricos do mundo, fechou um contrato de exclusividade com a WEG para o fornecimento de carregadores elétricos no Brasil – a GWM vai vender os carregadores para instalação na casa do cliente e usá-los para criar uma rede de recarga no país; (ii) a Havaianas, em 2022, se uniu à ONG Gerando Falcões, que atua em cerca de 6 mil favelas do Brasil, para lançar a coleção “Quebrada Cria”, com 7% do valor das vendas revertidos para os projetos da Rede;
  • No internacional, o único porto de águas profundas da Alemanha, que abriga sua maior base naval, é onde as empresas de energia agora planejam gastar mais de US$ 5,5 bilhões para ajudar a construir a infraestrutura de energia limpa de que o país precisa para acabar com sua dependência do gás russo;
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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