IBOVESPA -0,73% | 124.729 Pontos
CÂMBIO -0,04% | 5,15/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em baixa ontem, aos 124.729 pontos (-0,7%). O mercado foi impactado principalmente pela divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI) americano, que mostrou um avanço e atingiu o maior nível em 25 meses, enquanto o consenso era de um leve recuo, reduzindo as expectativas de um corte de juros em breve.
O Ibovespa também foi impactado por queda em seus componentes de maior peso, com Vale (VALE3, -0,6%) e Petrobras (PETR3, -0,9%; PETR4 -1,0%) afetadas por quedas nos preços do minério de ferro e do Brent, respectivamente. Já o destaque positivo foi a Oncoclínicas (ONCO3, +23,5%), após o conselho de administração da empresa aprovar um aumento de capital de R$ 1,5 bilhão por meio da emissão de novas ações ordinárias via subscrição privada.
Para o pregão de sexta-feira, teremos o dado de sentimento do consumidor e expectativas de inflação nos EUA, referente ao mês de maio. Em termos de resultados globais, teremos o balanço do 1T24 da Dollar Tree.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de quinta-feira em queda, principalmente nos vencimentos intermediários e longos, na contramão do sentimento de aversão ao risco visto nos mercados globais. No campo doméstico, o discurso do diretor de política econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou o compromisso do Copom no cumprimento à meta de inflação, o que permitiu a retirada de prêmios da curva, que perdeu inclinação.
Nos EUA, a surpresa altista com os números preliminares do PMI reforçou os discursos contracionistas que vêm sendo conduzidos pelos dirigentes do Federal Reserve desde a última reunião do comitê de política monetária do país. Com isso, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam em 4,91% (+5,0bps) e as de 10 anos em 4,47% (+4,0bps). DI jan/25 fechou em 10,385% (queda de 1,5bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 10,735% (queda de 4,5bps); DI jan/27 em 11,04% (queda de 11bps); DI jan/29 em 11,49% (queda de 15bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os mercados operam em alta nos Estados Unidos (S&P 500: 0,3%; Nasdaq 100: 0,2%), se recuperando após queda no dia de ontem. Na Europa, as bolsas operam em baixa (Stoxx 600: -0,4%); e na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -1,1%; HSI: -1,4%).
Economia
Em maio de 2024, o PMI de Manufatura da Zona do Euro subiu para 47,4, o maior nível em 15 meses, enquanto o PMI de Serviços permaneceu estável em 53,3. Na Alemanha, o PIB cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o trimestre anterior, revertendo uma contração de 0,5%, impulsionado principalmente por investimentos em construção. No entanto, a economia alemã encolheu 0,2% ano a ano, entrando em recessão técnica pela primeira vez em mais de três anos.
Nos Estados Unidos, o PMI de Manufatura aumentou para 50,9 em maio de 2024, superando as previsões, enquanto o PMI de Serviços subiu para 54,8, indicando a maior expansão no setor de serviços em um ano. No Japão, a inflação anual caiu para 2,5% em abril de 2024, com o núcleo de inflação recuando para 2,2%, mantendo o Banco do Japão sob pressão para ajustar sua política monetária.
Hoje, a agenda econômica está relativamente tranquila. O Banco Central divulga sua nota de setor externo de abril, revelando o saldo em conta corrente e os investimentos estrangeiros no país.
Veja todos os detalhes
Economia
Nota de Setor Externo será divulgada hoje
- De acordo com estimativas preliminares, o PMI de Manufatura da Zona do Euro, medido pelo HCOB, subiu para 47,4 em maio de 2024, marcando seu nível mais alto em 15 meses, acima dos 45,7 de abril e superando as expectativas do mercado de 46,2, mas ainda abaixo da marca de 50 pontos que separa a contração da expansão. A produção manufatureira continuou sua tendência de queda pelo 14º mês consecutivo. Enquanto isso, o PMI de Serviços da Zona do Euro permaneceu em 53,3 em maio de 2024, inalterado em relação ao nível mais alto em quase um ano registrado no mês anterior e aproximadamente em linha com as expectativas do mercado de 53,5. Este foi o quarto mês consecutivo de expansão no setor de serviços, sugerindo algum impulso apesar das preocupações contínuas com o crescimento devido ao prolongado período de política restritiva do BCE. Olhando para o futuro, o otimismo para a atividade do próximo ano aumentou.
- A leitura final para o PIB da economia da Alemanha apontou uma expansão de 0,2% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, recuperando-se de uma contração de 0,5% no período anterior, em linha com as estimativas preliminares e do mercado. Essa recuperação foi impulsionada principalmente por um forte aumento nos investimentos em construção. A demanda externa líquida também contribuiu positivamente para o crescimento do PIB. Em termos anuais, a economia caiu 0,2%, inalterada em relação ao período anterior, entrando em recessão técnica pela primeira vez em mais de três anos.
- Nos Estados Unidos, o PMI de Manufatura da S&P Global subiu para 50,9 em maio de 2024, acima dos 50 em abril e superando as previsões de 50, de acordo com estimativas preliminares. O PMI de Serviços subiu para 54,8 em maio de 2024, de 51,3 no mês anterior, excedendo significativamente as expectativas do mercado de 51,3, com base em dados preliminares. Este resultado marcou a expansão mais acentuada no setor de serviços privados dos EUA em um ano, destacando a resiliência da economia dos EUA apesar do prolongado período de taxas de juros mais altas. Olhando para o futuro, as empresas expressaram otimismo em relação aos níveis de produção para o próximo ano, embora o sentimento tenha permanecido abaixo das médias de longo prazo devido às incertezas em torno da política monetária e das próximas eleições.
- No Japão, a inflação acumulada em 12 meses diminuiu para 2,5% em abril de 2024, abaixo dos 2,7%. O núcleo de inflação – que exclui preços voláteis – também caiu, atingindo 2,2%, em comparação com 2,6%, de acordo com as expectativas de mercado, marcando a leitura mais baixa desde janeiro. Em uma base mensal, os preços ao consumidor subiram 0,2% em abril, o mesmo aumento de março, mantendo o ritmo mais acentuado desde outubro passado. O núcleo de inflação do Japão tem estado igual ou acima da meta do Banco do Japão (BOJ) por 25 meses consecutivos, colocando uma pressão contínua sobre o banco central para apertar ainda mais a política. Em março, o BOJ ajustou sua política monetária, aumentando as taxas de juros pela primeira vez desde 2007 e encerrando oito anos de taxas de juros negativas em resposta ao aumento dos salários e à alta inflação. Os mercados também antecipam um aperto adicional do banco central, com a expectativa de que o rendimento de 10 anos do Japão atinja 1% esta semana pela primeira vez desde maio de 2013.
- Hoje, a agenda econômica está relativamente mais calma. O Banco Central publica sua nota de setor externo de abril, pela qual conheceremos o saldo em conta corrente e os investimentos estrangeiros no país.
Empresas
Utilities: Divulgadas as regras para renovação de concessões
- O Ministério de Minas e Energia divulgou o decreto referente à Renovação da Concessão da DisCos;
- Foi encaminhado à Casa Civil para definição final;
- A maioria deles está relacionada a itens discutidos, como indicadores de qualidade mais rígidos, maior controle da sociedade e questões de modernização;
- Acreditamos que a maioria desses itens já são esperados;
- Vemos algumas questões como evoluções positivas, como a possibilidade de reconhecimento de capex entre ciclos e tarifas diferenciadas para áreas operacionais desafiadoras;
- Em geral, recebemos bem essas medidas e esperamos que as distribuidoras tenham um bom desempenho com a redução do risco percebido;
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Papel e Celulose: Perspectiva positiva para celulose reiterada; Futuros para Jun’24 a US$740/t
- Esta semana, observamos:
- (i) Esta semana organizamos uma reunião com a Hawkins Wright para discutir as perspectivas para os mercados de papel e celulose, com perspectivas positivas de curto prazo para os preços da celulose reiteradas, embora a expectativa de uma nova capacidade de celulose e papel na China possa levantar preocupações sobre um potencial excesso de oferta no mercado.
- (ii) Os futuros chineses da BHKP estão atualmente em US$ 740/t para Jun’24 (+2% S/S) e acima dos preços spot da BHKP de US$ 720/t na China e, finalmente,
- (iii) A Suzano está sendo negociada a 5,2x EV/EBITDA a termo quando excluído Cerrado, um desconto de 25% quando comparado à sua média histórica de 7,0x e -8% de desconto em relação aos players do mercado celulose.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Papel e Celulose: Feedback do Evento com a Hawkins Wright – Perspectivas positivas de curto prazo para celulose reiteradas
- Esta semana, organizamos uma reunião com a Hawkins Wright para discutir as perspectivas para os mercados de papel e celulose.
- As principais conclusões foram:
- Esperamos uma melhor perspectiva de curto prazo para os preços da celulose, dadas as interrupções no fornecimento de celulose (crise no Mar Vermelho, greves portuárias na Finlândia e outras várias paralisações temporárias) e um melhor mercado de P&B na Europa; e
- Embora a expectativa de nova capacidade de celulose e papel na China possa levantar preocupações sobre um potencial mercado super abastecido, o aumento dos custos e a disponibilidade limitada de madeira devem apoiar preços estruturalmente mais elevados a longo prazo.
- Continuamos positivos sobre os preços da celulose, dada a oferta versus demanda apertada no curto prazo, enquanto monitoramos de perto os impactos potenciais das novas adições de capacidade no equilíbrio do mercado nos próximos anos.
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PagBank (PAGS): A dinâmica positiva deverá manter-se; Revisão 1T24
- O PagBank reportou números sólidos no 1T24, ligeiramente acima dos nossos números e do consenso. O lucro líquido atingiu R$ 483 milhões, um aumento de 31% A/A e 2% acima de nós e do consenso. Olhando para as Receitas, TPV e Lucro Líquido em relação ao consenso, o PagBank superou em todas as métricas (4,8%, 7,0%, 5,5%, respectivamente). Vale a pena destacar o sólido TPV com um forte crescimento de 27% A/A;
- Apesar da fraqueza sazonal no 1T, a receita permaneceu estável T/T e teve um sólido crescimento de 15% A/A. Relativamente à carteira de crédito, apesar do maior conservadorismo da empresa, é de salientar o crescimento de 8% T/T;
- O NPL>90 continua a diminuir, impulsionado principalmente pela estratégia da PAGS de crescer em produtos com garantia;
- A PAGS está no bom caminho para cumprir o seu objetivo para o ano. Gostamos do posicionamento da empresa no segmento MSMB e, neste cenário de concorrência menos intensa e de redução gradual das taxas de juro, acreditamos que a PAGS é o player do setor de pagamentos que mais se beneficiará. Reiteramos nossa recomendação de Compra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Câmara encerra sessão sem votar e PL do Mover fica para semana que vem (Valor Econômico);
- Lula fala em veto a taxação de compras até US$ 50, mas sinaliza negociar (Folha de São Paulo);
- Consumo no varejo do RS cresceu acima da média nacional na pior fase das enchentes (O Globo);
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- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Amil propõe à Dasa fusão de hospitais, segundo fontes (Valor Econômico);
- Justiça do DF proíbe Amil de cancelar planos de saúde de autistas; deputados pedem CPI dos convênios (Estadão);
- Viveo (VVEO3): Dynamo passa a deter 10,05% de participação acionária na empresa (SpaceMoney);
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- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Regulamentação da produção privada de HIS em São Paulo abre janela de oportunidades para o mercado (Abrainc);
- Ministro anuncia subsídio para moradias em pequenos municípios (Agência Brasil);
- Living, da Cyrela, amplia área máxima de imóveis e retoma linha de compactos (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Ministério de Minas e Energia encaminha à Casa Civil diretrizes para a renovação de concessões (Estadão);
- Leilão de energia nova 2024 previsto para dezembro (Energia Hoje);
- Ambipar promete reduzir alavancagem para 2,5x — e faz mudança no C-Level (Brazil Journal);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Estratégia
A maré está virando? | Gráfico da semana
- 2024 tem sido um ano desafiador para o Ibovespa: após fechar o ano passado com ganhos de 22,3%, o mercado neste ano até o momento apresenta queda de 6,4%, fortemente influenciada pela retirada de capital estrangeiro, o maior grupo de investidores na Bolsa em termos de participação, que acumula R$ 31,8 bilhões no ano;
- Porém, em maio até o momento, vemos o primeiro mês de entrada de capital estrangeiro desde dezembro de 2023;
- Isso pode ser explicado por 2 fatores principais:
- A temporada de resultados do 1T24 no Brasil foi melhor que esperado pelo mercado;
- O cenário macro tem melhorado, com um sinal positivo para o Brasil;
- Essa combinação do macro e do micro melhorando, mesmo que marginalmente, podem explicar este retorno que estamos começando a ver de capital estrangeiro de volta à Bolsa.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- The White House keeps talking up Fed independence. It could be a ‘message’ to Wall Street (Yahoo Finance);
- MME publica passo a passo para empresas enquadrarem projetos e emitirem debêntures isentas (Valor Econômico);
- Vale aprova contratação de consultoria internacional para seleção de novo CEO (Estadão);
- Fitch Eleva Rating da Selmi para ‘AA-(bra)’; Perspectiva Estável (Fitch);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Cresce número de FIIs que pagam dividendos acima de 1% ao mês; veja maiores retornos (InfoMoney);
- FII HGBL11 inicia nova emissão e tenta crescer mais de 1.900% (FIIs);
- FIIs são boa oportunidade de diversificação, diz Tiago Reis, fundador da Suno (FIIs);
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ESG
WEG (WEGE3) prevê produção 4x maior de estações de recarga para veículos elétricos em 2024 | Café com ESG, 24/05
- O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em queda, com o IBOV e o ISE recuando 0,73% e 0,64%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a WEG prevê quadruplicar a produção de estações de recarga para veículos elétricos em 2024, impulsionada pela alta demanda do setor e pelo crescimento do mercado de mobilidade sustentável, passando de cerca de 1 mil estações produzidas por mês em 2023 para 4000 – segundo o diretor superintendente WEG, Carlos Grillo, a fabricante é fornecedora de 24 montadoras de veículos elétricos, sendo as concessionárias o principal canal de distribuição dos equipamentos; e (ii) o conselho de administração da Vale aprovou a contratação da consultoria internacional Russell Reynolds para assessorar o colegiado na seleção de um novo presidente para a companhia – a companhia deve apresentar o novo presidente em 3 de dezembro, durante o Vale Day;
- No internacional, segundo dados do Serviço Meteorológico Nacional da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos EUA, a bacia do Atlântico deverá ter uma atividade de furacões acima do normal de furacões entre junho e novembro de 2024 – os estudos preveem de 17 a 25 tempestades, sendo que 8 a 13 devem se tornar furacões;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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