IBOVESPA +0,64% | 106.890 Pontos
CÂMBIO -1,30% | 4,94/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Na agenda de hoje, o foco será nos dados de inflação ao produtor dos EUA (PPI, sigla em inglês). O consenso de mercado espera uma estabilidade de 0,0% no mês para a medida headline e um aumento de 0,3% na medida dos núcleos. Em uma base anual, espera-se que o PPI headline caia de 4,6% para 3,0% e o núcleo do PPI de 4,4% para 3,4%.
Brasil
A quinta-feira foi mais um dia de alta no Ibovespa, que subiu +0,6% e fechou aos 106.889 pontos. Enquanto isso, o dólar caiu para abaixo de R$5 pela primeira vez, em -1,3% ontem fechando em R$ 4,94. O movimento de alta continuou sendo catalisado pela publicação do último IPCA, que veio mais fraco do que esperado, levando a expectativas de uma redução na taxa Selic antes do esperado. Na Renda Fixa, as taxas futuras de juros fecharam em ligeira alta, em movimento de ajuste após a queda expressiva observada do pregão anterior. DI jan/24 oscilou de 13,125% para 13,14%; DI jan/25 subiu de 11,76% para 11,81%; DI jan/26 passou de 11,59% para 11,605%; DI jan/27 avançou de 11,735% para 11,755%.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem levemente positivas (EUA +0,2% e Europa +0,01%) enquanto investidores digerem as mensagens que vieram ontem da economia dos Estados Unidos e aguardam novos dados que podem oferecer pistas sobre os planos de aperto monetário do Federal Reserve. O consenso entre os analistas é que o Fed eleve os juros em maio mesmo com risco de recessão leve, apontado na ata do Federal Reserve pela primeira vez. Na Europa, a produção industrial da zona do euro surpreendeu com alta de 1,5%, na comparação anual, e continua sugerindo resiliência inesperada da atividade na região. Na China, o índice de Hang Seng (+0,2%) encerra em alta, também impactado pelas informações que vieram da economia americana e dados de exportações de março no país que surpreenderam.
Inflação CPI e ata do Fed
Nos Estados Unidos, o índice de inflação CPI divulgado ontem registrou um aumento de 0,1% m/m em março, abaixo das expectativas (consenso: 0,2%; XP: 0,17%). Já o índice dos núcleos, que exclui preços de alimentos e energia, aumentou 0,38% m/m em março (consenso: 0,4%; XP: 0,32%). Daqui para frente, a tendência é que o processo de desinflação avançará significativamente devido a efeitos de base favoráveis e condições financeiras mais restritivas. Ademais, a ata da reunião de março do FOMC publicada ontem reforçou preocupações contínuas com a inflação, porém indicou que fim do ciclo de aperto deve estar próximo. Essa ata, combinadas com os últimos desenvolvimentos no setor bancário e dados econômicos, são consistentes com nosso cenário base de que o Fed aumentará as taxas em 25 bps uma última vez.
Dados da balança comercial da China
Na China, os dados de comércio exterior de março são consistentes com uma forte reabertura e um crescimento econômico acima de 5% neste ano. As exportações aumentaram quase 15% em março, subindo pela primeira vez em seis meses. As importações também superaram as previsões e caíram apenas 1,4% a/a (consenso: -5.0% a/a).
Vendas no varejo do Brasil
No Brasil, as vendas no varejo cresceram em janeiro de 2023 em relação a dezembro de 2022, praticamente em linha com as expectativas. O varejo restrito – no qual são excluídos veículos, materiais de construção e atacado de alimentos, bebidas e fumo – subiu 3,8% na comparação mensal (XP: 3,5%; Consenso: 3,4%), compensando as quedas acentuadas nos últimos dois meses de 2022. Continuamos esperando um crescimento moderado para o consumo, e projetamos que as vendas totais do varejo crescerão em torno de 1,5% em 2023. Nosso cenário base considera um crescimento de 1% para o PIB total.
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Economia
Inflação e a ata do FOMC consistentes com um último aumento de 0.25pp nos juros dos EUA
- Nos Estados Unidos, o índice de inflação CPI divulgado ontem registrou um aumento de 0,1% m/m em março, abaixo das expectativas (consenso: 0,2%; XP: 0,17%). Já o índice dos núcleos aumentou 0,38% m/m em março (consenso: 0,4%; XP: 0,32%). Em relação à média móvel de três meses dessazonalizada e anualizadas, a inflação headline diminuiu de 4,15% para 3,82%, enquanto a medida dos núcleos caiu ligeiramente de 5,17% para 5,11%. Daqui para frente, acreditamos que o processo de desinflação avançará significativamente devido a efeitos de base favoráveis e condições financeiras mais restritivas. Continuamos esperando que a inflação headline e o núcleo encerrem o ano em 2,8% e 2,9%, respectivamente. A persistência da inflação elevada e o mercado de trabalho ainda apertado, combinados com a diminuição das preocupações com a estabilidade do sistema bancário, ainda podem atrasar o fim do ciclo de aperto do Fed;
- A ata da reunião de março do FOMC publicada ontem revelou que todos os membros apoiaram um aumento de 25 bps nas taxas, apesar da turbulência no setor bancário. Ainda assim, muitas autoridades veem as taxas atingindo o pico mais cedo e consideram se devem fazer uma pausa após a reunião de março. Eles também viram desenvolvimentos no setor bancário influenciando as condições de crédito e futuras decisões de política monetária. De alta relevância, a declaração substituiu o comentário de que “aumentos contínuos para os juros de referência seriam apropriados” de declarações anteriores por “algum aperto adicional da política pode ser apropriado”, o que sugere que o Fed está próximo do fim do seu ciclo de aperto. Acreditamos que a ata do FOMC de março, combinadas com os últimos desenvolvimentos no setor bancário e dados econômicos, são consistentes com nosso cenário base de que o Fed aumentará as taxas em 25 bps uma última vez, com o objetivo de aumentar a confiança na estabilidade de preços. Esperamos que as taxas permaneçam estáveis até o final de 2023, o que acreditamos ser suficientemente restritivo para restaurar a estabilidade de preços no médio prazo. Vemos espaço para o início do ciclo gradual de flexibilização no 1T24 em meio à avanços consideráveis no processo de desinflação e desaceleração significativa da atividade;
- Na China, os dados de comercio exterior de março são consistentes com uma forte reabertura. As exportações aumentaram quase 15% em março, aumentando pela primeira vez em seis meses. O aumento foi impulsionado pelas vendas de veículos elétricos e seus componentes, bem como por um forte comércio com a Rússia. As importações também superaram as previsões e caíram apenas 1,4% a/a (consenso: -5.0% a/a). O comércio na China ainda pode ser impactado pela esperada desaceleração da atividade econômica global neste ano, embora os dados de março mostrem um desempenho sólido e consistente com o crescimento da China acima da meta de 5% estabelecida pelo governo;
- Na Europa, os dados da produção industrial publicados nesta manhã mostraram um aumento de 1,5% m/m em fevereiro e uma variação de 2,0% ano contra ano (consenso: 1,0% m/m; 1,5% a/a). Os dados de atividade na Europa surpreenderam positivamente recentemente, sugerindo resiliência inesperada, apesar da política monetária restritiva e da crise energética do ano passado;
- Na agenda de hoje, o foco será nos dados de inflação ao produtor dos EUA (PPI, sigla em inglês). O consenso de mercado espera uma estabilidade de 0,0% no mês para a medida headline e um aumento de 0,3% na medida dos núcleos. Em uma base anual, espera-se que o PPI headline caia de 4,6% para 3,0% e o núcleo do PPI de 4,4% para 3,4%;
- No Brasil, as vendas no varejo brasileiro cresceram em janeiro de 2023 em relação a dezembro de 2022, praticamente em linha com as expectativas. O varejo restrito – no qual são excluídos veículos, materiais de construção e atacado de alimentos, bebidas e fumo – subiu 3,8% na comparação mensal (XP: 3,5%; Consenso: 3,4%), compensando as quedas acentuadas nos últimos dois meses de 2022. Por sua vez, o índice do varejo ampliado avançou 0,2% em janeiro frente a dezembro (XP: 0,9%; Consenso: 0,6%), a segunda alta (tímida) consecutiva. A medida do trimestre móvel das vendas no varejo avançou apenas 0,2% no trimestre, enquanto o índice restrito caiu 0,8% no trimestre encerrado em janeiro de 2023. Continuamos esperando um crescimento moderado para o consumo, e projetamos que as vendas totais do varejo crescerão em torno de 1,5% em 2023. Nosso cenário base considera um crescimento de 1% para o PIB total.
Empresas
Cyrela (CYRE3) | Desempenho de vendas líquidas melhor do que o esperado
- A Cyrela apresentou dados operacionais saudáveis no 1T23;
- Os lançamentos (100%) tiveram um desempenho resiliente, alcançando R$ 1,3 bilhão (+29,6% A/A), impulsionados pelo aumento de 78% A/A no segmento de média renda, com maior participação do segmento Vivaz Prime;
- Destacamos o sólido desempenho das vendas líquidas (%Cyrela), que atingiu R$1,1 bilhão (+8,6% A/A), acima de nossas estimativas (+9,3% vs. XPe), apesar do cenário macro desafiador com taxas de juros mais altas e baixa confiança do consumidor;
- Dito isso, mantemos nossa visão positiva para CYRE3 e reiteramos nossa recomendação de compra com um preço-alvo de R$33,00/ação;
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MRV (MRVE3) | Recuperação de vendas líquidas compensada por uma queima de caixa significativa
- A MRV (MRVE3) apresentou dados operacionais mistos no 1T23;
- Os lançamentos (MRV&Co) diminuíram significativamente no trimestre (-44% A/A) para focar no crescimento da VSO, devido ao maior volume de lançamentos no 4T22;
- Além disso, o consumo de caixa consolidado atingiu R$ 789 milhões (R$ 581 milhões da Resia e R$ 208 das operações do Brasil), parcialmente ajudado pelas vendas de recebíveis;
- Do lado positivo, vimos uma recuperação das vendas líquidas nas operações core (+21% A/A), auxiliada pela maior concentração de lançamentos no final do 4T22, transferindo a maior parte do reconhecimento de vendas para o 1T23. Assim, a VSO (operações core) aumentou para 21,8% (+1,6 p.p. A/A e +4,9 p.p. T/T);
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Mercado de Capitais: Destaques Operacionais da B3 – Março 2023
- Em 12 de abril, a B3 (B3SA3) divulgou seus números operacionais para março. Pelo terceiro mês consecutivo, a B3 registrou uma queda na comparação anual, levando a um trimestre fraco. Os principais indicadores operacionais do primeiro trimestre ficaram abaixo do 1T22 e de nossas estimativas;
- Embora OTC (Balcão) tenha continuado a crescer, os volumes de ações (ADTV) imprimiram -19% em relação às nossas estimativas e ao 1T22. Vale ressaltar, no entanto, que esse nível ainda está acima das médias diárias pré-pandemia;
- No lado da Renda Fixa, apesar do aumento de 32,6% em relação a fevereiro, em comparação com março de 2022, o número (+11,6%) ainda parece afetado pelas notícias sobre potenciais eventos adversos no mercado de crédito. No entanto, o volume financeiro pendente manteve um ritmo forte (+25,7% A/A e +1,0% M/M);
- No geral, apesar do atual cenário macro desafiador, vemos os números de março e do 1T23 como pouco inspiradores e a falta de gatilhos de curto prazo nos leva a reiterar nossa visão conservadora para a ação (Neutro e preço-alvo de R$ 14,00/ação);
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Caixa retoma contratações de crédito em programa para micro, pequenas e médias empresas (Valor);
- B3 (B3SA3) registra queda de 20,5% no volume negociado de ações em março na base anual (Infomoney);
- Alta da inadimplência pressiona pedidos de recuperação judicial (Valor);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Claro Pay planeja crescer associando conta digital e banda larga (Telesíntese);
- Mercado Pago lança solução que transforma celular em maquininha (Valor);
- Cresce o número de reclamações sobre instalação de painel solar (Folha de São Paulo);
- Kore se torna MVNO credenciada à rede da NLT (Mobile Time);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Difal-ICMS: decisão do STF pode elevar em até 12% os preços ao consumidor final (Fecomécio);
- O varejo brasileiro vai dobrar a Shein na marra (e com impostos)? (Neofeed);
- Carrefour explica o “big“ desconto de R$ 1 bilhão na compra do Big (Neofeed);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos e Bebidas
- China registra primeira morte humana no mundo por gripe aviária H3N8, diz OMS – Notícias; Agrícolas
- Pandemia da Covid-19 reduz a demanda chinesa por carne suína – S.I.
- Agro
- Milho e trigo sobem em Chicago após impasse no Mar Negro – Valor;
- Poder de compra de adubos pelo agricultor tem melhor nível em 21 meses, diz Mosaic – Notícias Agrícolas.
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- Alimentos e Bebidas
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- STF homologa acordo entre Itaú Unibanco e Paraná que envolvia a Copel. (Canal Energia);
- Petrobras conclui venda do Polo Norte Capixaba e recebe mais US$ 426 milhões da Seacrest. (Valor Econômico);
- Governo quer negociar decretos do saneamento. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Mercados
- Campos Neto tem visão positiva sobre arcabouço, diz fonte (Valor Econômico);
- Alta da inadimplência pressiona pedidos de recuperação judicial (Valor Econômico).
- Noticiário Corporativo
- Ratings da Light SESA rebaixados de ‘brCCC-’ para ‘D’ após aprovação de medida cautelar que suspende pagamento de obrigações financeiras (S&P Global);
- Justiça suspende dívidas da Light (Valor Econômico).
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários: Virada de jogo e papéis seguem dando trabalho (MoneyTimes);
- Ifix fecha estável, mas FIIs de “papel” têm mais um dia de queda; demanda abaixo do mínimo atrapalha oferta de Fiagro (InfoMoney);
- IFIX sobe novamente; KNRI11 e RZTR11 são destaques de alta (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
ESG nos 100 primeiros dias de 2023: Uma visão sobre os acontecimentos e o que esperar adiante
- A agenda ESG foi posta à prova nos primeiros 100 dias de 2023, considerando o desafiador cenário econômico global e a postura avessa ao risco por parte dos investidores. Embora os investimentos ESG não tenham passado ilesos, eles mostraram resiliência em meio à volatilidade, reforçando a visão de que vieram para ficar;
- Desde a urgência climática até os avanços regulatórios, os temas ESG são de longo prazo, mas alguns ganham maior força ao longo do caminho;
- Neste relatório, que faz parte do amplo conteúdo feito pelo time de Research XP, nosso objetivo é destacar cinco marcos que estão moldando 2023 e também devem continuar impulsionando a agenda ESG ao longo dos 265 dias adiante;
- Clique aqui para ler o feedback completo do evento.
EUA visa cortar 56% de emissões de veículos até 2032 | Café com ESG, 13/04
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira mais uma vez em território positivo, com o Ibov e o ISE alta de +0,6% e +1,2%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a nova diretoria da Petrobras apresentou uma proposta para extinguir a Diretoria de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade – medida que levantou questionamentos de alguns integrantes do conselho de administração da estatal; e (ii) no dia 1º de janeiro entrou em vigor no Brasil uma nova lei de emissões para veículos comerciais – mas apenas 6,4% dos caminhões vendidos no primeiro trimestre são modelos com a nova tecnologia, mais conhecida por Euro 6, sendo que os novo modelos custam, em média 20% a 25% mais porque carregam componentes mais sofisticados;
- No internacional, a proposta do governo Biden na quarta-feira de reduzir drasticamente as emissões de escapamento e os poluentes veiculares está avançando rapidamente, já que o futuro da produção de automóveis nos EUA pode se tornar uma questão de campanha presidencial no ano que vem – a Agência de Proteção Ambiental está agindo com urgência para determinar um corte de 56% nas emissões de veículos até 2032;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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