IBOVESPA +0,18% | 135.118 Pontos
CÂMBIO -1,02% | 5,51/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na segunda-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,2%, aos 135.118 pontos. O principal destaque positivo do dia foi Azul (AZUL4, +10,9%), após a companhia confirmar por meio de um fato relevante que está em negociações com arrendadores de aeronaves para melhorar a sua estrutura de capital. Já a Embraer (EMBR3, -5,3%) ficou na ponta negativa, com o anúncio de que a Boeing pagará US$ 150 milhões à companhia por conta de um processo de arbitragem resultante da rescisão do processo de fusão das operações de aviação comercial entre elas. Apesar disso, a reação foi negativa, dado que o valor a ser pago é menor do que o esperado pelo mercado.
Nesta terça-feira, teremos, no Brasil, a divulgação do IGP-10 de setembro. No cenário internacional, os destaques serão os dados de vendas no varejo e produção industrial de agosto nos EUA. O foco da semana está nas decisões de juros do Copom no Brasil e do FOMC nos EUA, ambas na quarta-feira.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento na parte curta, e abertura nos vértices intermediários e longos da curva. No Brasil, ocorreu a repercussão do aumento das expectativas para IPCA (4,35%) e PIB (2,96%) do Boletim Focus.
DI jan/25 fechou em 10,95% (queda de 1,3bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,83% (alta de 1,5bps); DI jan/27 em 11,855% (alta de 4,6bps); DI jan/29 em 11,97% (alta de 6,9bps).
Nos EUA, o mercado continuou a divergir sobre o ritmo de corte da taxa de juros pelo Fed, com os dados do CME Group apontando 67% de chance de ocorrer uma redução de 50 bps na reunião dessa semana. Os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de dois anos fecharam em 3,56% (-1,0bps) e os de dez anos em 3,63% (-3,0bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos Estados Unidos operam no campo positivo (S&P 500: +0,4%; Nasdaq 100: +0.6%), enquanto os investidores aguardam pela decisão de juros do FOMC na quarta-feira. Atualmente, o mercado atribui uma probabilidade de 67% de um corte de 0,50 p.p. contra 33% de um corte de 0,25 p.p segundo o CME Fed Watch.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,7%), com o destaque da semana na região sendo a divulgação da inflação ao consumidor de agosto na quarta-feira. Na China, a bolsa fechou positiva (HSI: +1,4%; CSI 300: não abriu devido ao Festival do Meio do Outono), com expectativas de um estímulo monetário após uma série de dados econômicos fracos recentes.
Economia
Na Zona do Euro, o Indicador de Sentimento Econômico medido pelo ZEW – que mede as expectativas de analistas e investidores – caiu de 17,9 pontos em agosto para 9,3 em setembro. Um valor inferior a 0 indica pessimismo. Na Alemanha, também houve uma queda significativa no indicador, passando de 19,2 pontos em agosto para 3,6 em setembro. Entre os entrevistados, o número de otimistas e pessimistas em relação à situação econômica está equilibrado, com a esperança de uma rápida melhoria na situação econômica diminuindo.
No Brasil, as projeções de mercado para o PIB de 2024 no boletim Focus apontaram para crescimento de 3%. As expectativas de inflação subiram para todos os anos de análise: 2024, 2025 e 2026. O movimento em 2026 merece atenção, especialmente com a reunião do Copom programada para esta semana. Com relação à taxa Selic, o consenso se manteve em 11,25%, indicando que a maioria do mercado espera um aumento dos juros por parte do Banco Central neste ano.
No calendário, destaque para a divulgação dos dados de vendas no varejo e produção industrial dos Estados Unidos. As expectativas apontam para recuo de 0,2% para o comércio, após forte avanço em julho, e alta de 0,2% para a indústria. No Brasil, hoje teremos o primeiro dia de reunião do Copom.
Veja todos os detalhes
Economia
Na véspera da reunião do Fed, vendas no varejo e produção industrial terão a atenção do mercado
- Na Zona do Euro, o Indicador de Sentimento Econômico medido pelo ZEW – que mede as expectativas de analistas e investidores – caiu de 17,9 pontos em agosto para 9,3 em setembro, ficando abaixo das previsões de 16,3. Essa é a terceira queda consecutiva do indicador, refletindo a incerteza em relação às perspectivas econômicas da região. Um valor inferior a 0 indica pessimismo. Na Alemanha, também houve uma queda significativa no indicador, passando de 19,2 pontos em agosto para 3,6 em setembro. Entre os entrevistados, o número de otimistas e pessimistas em relação à situação econômica está equilibrado, com a esperança de uma rápida melhoria na situação econômica diminuindo.
- No Brasil, as projeções de mercado para o PIB de 2024 no boletim Focus apontaram para crescimento de 3%. Será o 3º ano consecutivo que o PIB cresce a essa magnitude. As revisões para cima são majoritariamente atribuídas à resiliência do consumo das famílias, impulsionadas pelo impulso fiscal e pelo mercado de trabalho aquecido. As expectativas de inflação subiram para todos os anos de análise: 2024, 2025 e 2026. O movimento em 2026 merece atenção, especialmente com a reunião do Copom programada para esta semana, uma vez cria mais pressão para que o órgão considere um aumento na taxa Selic. O consenso de mercado para a taxa Selic ao final deste ano se manteve em 11,25%, indicando que a maioria do mercado espera um aumento dos juros por parte do Banco Central neste ano.
- Na ala política, o presidente Lula sancionou a desoneração da folha de pagamentos. O texto prevê a manutenção do regime tributário neste ano e a reoneração gradual dos segmentos econômicos e das cidades a partir de 2025.
- Publicamos nosso relatório “Esquenta do Copom: Início gradual, sem sinalização clara para frente” que discute o cenário atual e nossa expectativa para a taxa Selic na reunião do Copom de quarta-feira. Em nossa visão, o balanço dos dados divulgados desde a última reunião do Copom ficou entre neutro e mais preocupante para as perspectivas de inflação. Diante do quadro atual, acreditamos que o Copom aumentará, por unanimidade, a taxa Selic em 0,25 p.p. esta semana (de 10,50% para 10,75%). Projetamos a taxa Selic em 12,00% no início de 2025. Após o primeiro movimento de 0,25 p.p., prevemos dois aumentos de 0,50 p.p. em novembro e dezembro, e uma elevação final de 0,25 p.p. em janeiro. Leia o relatório completo aqui.
- No calendário, destaque para a divulgação dos dados de vendas no varejo e produção industrial dos Estados Unidos. As expectativas apontam para recuo de 0,2% no comércio, após forte avanço em julho, e alta de 0,2% para a indústria. No Brasil, hoje teremos o primeiro dia de reunião do Copom.
Commodities
Comentário Semanal Agro | Fundamentos altistas no curto prazo
- Grãos. Apesar de previsão de chuvas em outubro, clima seco na América do Sul deve durar até o fim de setembro. Clima seco nos EUA deve piorar condições de lavouras esta semana. No Mar Negro, a guerra volta a elevar preços de grãos com drone russo atingindo navio de trigo ucraniano;
- Açúcar e Etanol. Chuvas chegam à região sul de São Paulo nas últimas 24 horas, mas ainda não atingem as áreas mais secas do estado. Dados da Unica revelaram impactos das queimadas, com redução do mix de açúcar, aumentando a produção de etanol;
- Proteínas. Semana de alta generalizada com início positivo de exportações de carne bovina e frango em setembro.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Petróleo e Gás: Os preços do petróleo estão em baixa. Quais são as implicações?
- O sentimento do mercado tornou-se pessimista em relação ao petróleo nas últimas semanas, levando a uma queda acentuada nos preços do Brent;
- Dessa forma, os preços de paridade de importação da gasolina e do diesel caíram para abaixo dos preços domésticos da Petrobras – como mostramos em nosso novo rastreador de preços das refinarias brasileiras;
- Nesta nota, discutimos as implicações dos preços mais baixos do petróleo para as ações sob nossa cobertura;
- Destacamos os riscos para as margens de curto prazo das distribuidoras de combustível, os possíveis impactos sobre a inflação e as sensibilidades do FCF para as empresas produtoras;
- Em nossa opinião, a PRIO oferece a avaliação mais atraente, enquanto a PBR poderia oferecer o maior rendimento de dividendos;
- A RECV é a mais sensível aos preços do petróleo;
- Clique aqui para o relatório completo.
Empresas
Totvs (TOTS3) & Stone (STNE) | Uma transação ganha-ganha: é apenas uma questão de preço
- Segundo a notícia, Stone contratou recentemente assessores financeiros para iniciar a venda da Linx, conforme relatado pelo NeoFeed. Embora a Stone não tenha confirmado oficialmente essa possibilidade, movimentos internos sugerem uma potencial venda parcial;
- Adquirida pela Stone em 2020 por R$ 6,7 bilhões após uma licitação competitiva contra a Totvs, a Linx experimentou crescimento limitado e erosão de valor devido às recentes mudanças de gestão, mudanças estratégicas e problemas de carteira de crédito da Stone;
- O perfil de cliente mais alto da Linx não se encaixa perfeitamente na base de clientes principal da Stone, e a venda de software difere significativamente da venda de soluções de pagamento, complicando a integração da força de vendas. A Totvs segue estrategicamente interessada na Linx, tendo em vista os benefícios complementares ao seu portfólio;
- Para Stone, vender a Linx faz sentido, já que as sinergias de integração não se materializaram, e o novo CEO, Pedro Zinner, reconheceu que a busca por várias iniciativas diluiu os esforços da empresa. Assim, avaliar um possível desinvestimento se alinha com o novo foco de gestão da Stone;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Banco do Brasil concede R$ 4,5 bi para exportação um ano após lançar linha de crédito (Estadão);
- Com 740 transações em quatro anos, UBS BB se prepara para nova fila de emissões (Estadão);
- Crédito habitacional e previdência impulsionam setor de seguros no 1° semestre, diz CNseg (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- MVNOs chegam a 5,5 milhões de acessos no Brasil, aponta consultoria (Teletime);
- Oracle passa por ‘revival’ com demanda por IA; Ação vai ao high histórico (Brazil Journal);
- Valor 1000: Intelbras, a campeã do setor eletroeletrônica, tem a diversificação como estratégia (Valor);
- Valor 1000: Telefônica Brasil, campeã de TI & Telecom, confia na força de sua infraestrutura para alcançar alta rentabilidade (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Mater Dei (MATD3): Conclusão Desinvestimento Centro Saúde Norte (RI da Companhia);
- Valor 1000: Grupo Fleury, vencedor do setor serviços médicos, aposta na diversificação e disciplina para crescer (Valor Econômico);
- Valor 1000: Ventos favoráveis começam a soprar para os planos de saúde (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Subsídios à geração distribuída dividem o mercado de energia (Valor Econômico);
- ONS anuncia mudanças em restrições de geração (Eixos);
- Horário de verão é realidade urgente e ‘muito provavelmente’ será proposto ao governo, diz Silveira (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields little changed as Fed meeting set to kick off (CNBC);
- Equipe econômica aposta em alta de juros e culpa ‘comunicação excessiva’ do BC (O Globo);
- InterCement protocola plano de recuperação extrajudicial com R$ 22 bi em dívidas (InfoMoney);
- Perspectiva do rating da Even alterada para negativa por menor escala e diversificação; rating ‘brAA+’ reafirmado (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Kinea vê retomada do mercado de Fiagro, mas só no risco controlado (The AgriBiz);
- Venda da área de gestão dos FIIs do CSHG ao Patria foi concluída, montante chega a R$12 bilhões (Clube FII);
- Fiagros: mercado mantém expansão e ganha 13,5 mil investidores em agosto (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Exclusão da Americanas do Novo Mercado, precificação de carbono e mais destaques | Café com ESG, 17/09
- O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,17%, e 0,32%, respectivamente;
- No Brasil, (i) o Instituto Empresa, entidade que representa interesses de acionistas minoritários da Americanas, anunciou ontem que protocolou um pedido na B3 de exclusão definitiva da companhia do Novo Mercado, alegando que a companhia descumpriu obrigações que seriam essenciais para sua manutenção no segmento – segundo o Instituto, a Americanas ainda não divulgou o relatório dos auditores independentes sobre controles internos da companhia, e não foi realizada melhorias significativas nos controles internos, itens pedidos pela B3; e (ii) segundo um estudo da USP, as condições extremas de temperatura e umidade previstas para a região amazônica no contexto das mudanças climáticas podem aumentar o volume de microrganismos produtores de metano em áreas inundadas e diminuir em até 70% o potencial de consumo desse gás de efeito estufa em florestas de terra firme – os resultados, segundo os autores, reforçam a necessidade de políticas de conservação e manejo;
- No internacional, segundo a chefe da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, a precificação global do carbono é necessária para evitar que disputas “difíceis e problemáticas” sobre medidas ambientais atrapalhem o comércio – segundo a executiva, a OMC assumiu a liderança no trabalho para um sistema internacional de precificação de carbono com o FMI, a OCDE e a ONU em resposta ao mecanismo de ajuste de carbono nas fronteiras da EU;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!